A relação entre o público e o cinema é única – e o laço que se cria entre espectadores e produções da sétima arte parece inquebrável, mesmo tantos anos depois do lançamento de algum filme.
Há cinco décadas, inúmeras incursões cinematográficas ganhavam espaço nas telonas e calcavam um legado inesquecível. Tivemos, por exemplo, a estreia do primeiro blockbuster da história, ‘Tubarão’, que também se sagrou o primeiro grande trabalho do lendário cineasta Steven Spielberg; ou o clássico cult ‘The Rocky Horror Picture Show’, que se transformou em um emblema do Dia das Bruxas e angariou uma legião de fãs com o passar dos anos.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista separando icônicos longas-metragens que completam 50 anos em 2025.
Veja abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:
TUBARÃO
Em 1975, o termo blockbuster era oficialmente cunhado com o lançamento de ‘Tubarão’. Comandado por Steven Spielberg, o longa-metragem se tornou o primeiro a cruzar a marca de US$100 milhões arrecadados nas bilheterias e estipulava regras e trejeitos que seriam emulados nas décadas posteriores – além de colocar o nome do cineasta no centro dos holofotes como um artesão fílmico.
Na trama, um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se alimentar dos turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local (Roy Scheider) pede ajuda a um ictiologista (Richard Dreyfuss) e a um pescador veterano (Robert Shaw) para caçar o animal. Mas a missão vai ser mais complicada do que eles imaginavam.
THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW
À época de seu lançamento, ‘The Rocky Horror Picture Show’ foi massacrado pelos críticos; décadas depois, a icônica produção é considerada por inúmeros especialistas como um dos maiores musicais de todos os tempos. E não apenas isso: o crescente sucesso do filme construiu um evento parassocial nos Estados Unidos, em que fãs se reuniam noite após noite para assistir à produção na virada da meia-noite e em uma espécie de postura rebelde à par da atmosfera da obra.
Na trama, os namorados Brad e Janet têm um pneu furado durante uma tempestade e descobrem a misteriosa mansão do louco cientista Dr. Frank-N-Furter. Eles encontram uma casa cheia de personagens selvagens, incluindo um motociclista e um mordomo assustador. Através de danças sistemáticas e canções de rock, Frank-N-Furter revela sua mais recente criação: um homem musculoso chamado Rocky.
UM ESTRANHO NO NINHO
Dirigido por Milos Forman e estrelado por Jack Nicholson, ‘Um Estranho no Ninho’ permanece na memória popular como um dos maiores filmes do século passado. Inspirado no romance homônimo de Ken Kesey, a trama é centrada em Randall McMurphy, um homem que acaba em uma clínica psiquiátrica depois de fugir da prisão. Lá, ele lidera os pacientes em uma rebelião contra a equipe de enfermagem.
Além de contar com performances incríveis e apresentar ao público uma das maiores vilãs da sétima arte, a Enfermeira Ratched, o longa se tornou o segundo a conquistar todos os cinco principais prêmios do Oscar (Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção e Melhor Roteiro). Como se não bastasse o aclame crítico e a sólida bilheteria, a obra foi homenageada de diversas maneiras com o passar dos tempos – tendo sido citada ou remodelada em produções como ‘Ratched’ e ‘Once Upon a Time’.
MONTY PYTHON E O CÁLICE SAGRADO
Em ‘Monty Python e o Cálice Sagrado’, o Rei Artur sai à procura de cavaleiros que o acompanhem em uma jornada histórica: a busca do Santo Graal. Aparecem então Sir Lancelot, o Bravo; Sir Robin, o Não-Tão-Bravo-Quanto-Sir-Lancelot; Sir Galahad, o Puro, entre outros personagens surreais. Escrita pelo genial grupo de comédia britânico Monty Python, a trama do longa satiriza diversos eventos históricos ocorridos na Idade Média.
Contando com nada menos que 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, o longa é considerado uma das maiores produções cômicas de todos os tempos e serve de inspiração para diversos comediantes ao redor do mundo – incluindo os pertencentes ao Teatro do Improviso no Brasil. Como se não bastasse, o filme ajudou a eternizar o talento inegável de nomes como Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin.
BARRY LYNDON
‘Barry Lyndon’ faz parte do extenso grupo de produções cinematográficas que, à época de seu lançamento, não foram compreendidas pelo público ou pelos especialistas. Dirigido, escrito e produzido por ninguém menos que Stanley Kubrick, o filme teve uma modesta bilheteria e recepção mista por parte da crítica – apenas para ser revisitado décadas depois como uma das obras mais originais e envolventes do cineasta.
A trama nos leva de volta para o século XVIII e segue o aventureiro irlandês Redmond Barry, que transgride a lei e é obrigado a deixar sua cidade. Ele junta-se ao exército para logo em seguida tornar-se espião e traidor. Seu principal objetivo é chegar até a aristocracia através do casamento. Ele consegue casar-se com a milionária Lady Lyndon, mas após um breve período de felicidade, um triste destino o aguarda.