domingo , 22 dezembro , 2024

‘Velozes e Furiosos’ | Os Clichês de “Novela Mexicana” que a Franquia Empurrou no Público

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A querida franquia ‘Velozes e Furiosos’ acaba de chegar ao seu décimo filme – que estreou na última quinta-feira, dia 18 de maio, no Brasil e ao redor do mundo no mesmo fim de semana. ‘Velozes e Furiosos 10’ promete quebrar novos recordes para a franquia da Universal, novamente apostando na ação desenfreada, cenas de tirar o fôlego, muito humor e, acima de tudo, emoção com o foco na família. Na trama desta vez, um novo vilão surge em cena, chamado Dante, e promete vingança contra a turma turbinada por pecados do passado – que ligam o novo filme com o quinto (um dos mais queridos pelos fãs).

Para o papel do vilão Dante, temos o ‘Aquaman’ em pessoa, o grandalhão Jason Momoa. Além do ator, outras adições bem-vindas ao elenco surgem nas formas da vencedora do Oscar Brie Larson (a Capitã Marvel), a portuguesa Daniela Melchior (‘O Esquadrão Suicida’) e a veterana Rita Moreno. Como se não bastasse, temos também a volta de atores recorrentes na franquia, que já se tornaram parte da família, como a vencedora do Oscar Charlize Theron, Jason Statham, John Cena, Helen Mirren e Scott Eastwood. Além, é claro, dos próprios membros originais da família que não podem faltar: Vin Diesel, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Sung Kang e Nathalie Emmanuel. Formando assim um dos maiores e melhores elencos do ano.



Apesar de adorarmos a franquia ‘Velozes e Furiosos’, e querermos que ela ainda dure muito tempo – com o final sendo prolongado de dois filmes, para possíveis três -, um elemento é inegável sobre os longas da série: suas tramas de “folhetins mexicanos”. ‘Velozes e Furiosos’ já parou de se levar a sério há muito tempo, e foi a melhor decisão, já que quanto mais ridículos os filmes ficam, mais fãs conquistam. O propósito aqui é a diversão e o entretenimento. Quanto mais absurdas a ação e a trama, melhor ainda. E nos últimos filmes, a franquia usa e abusa dos clichês que vemos nas mais batidas novelas mexicanas – daquelas bem exageradas – e que vira e mexe usamos aqui no Brasil também em nossos próprios folhetins. Confira abaixo os principais clichês neste estilo utilizados nesta que é uma das maiores franquias da atualidade.

Personagens que voltam da morte

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Começamos com um clichê bem impactante. Uma das maiores revelações em qualquer mídia da dramaturgia é a volta do personagem que todos achavam que estava morto. Esse artifício pode ter surgido de forma surpreendente quando foi criado, mas já foi tão utilizado que se tornou um dos clichês mais “sem-vergonha”, ainda mais se usado de forma inacreditável, e isso a franquia ‘Velozes e Furiosos’ fez bem. Desde novelas, séries, filmes, todas as mídias já utilizaram essa facilitação de roteiro uma hora ou outra. Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, brinca-se que nenhum personagem fica verdadeiramente morto, já que cedo ou tarde irão retornar.

Em ‘Velozes e Furiosos’ dois personagens importantes dados como mortos “retornaram do túmulo” para novas aventuras na franquia. Primeiro, Letty (Michelle Rodriguez) teria morrido fora de cena no quarto filme, para dar um peso mais trágico a Dom (Vin Diesel) – e quem sabe arrumá-lo novas parcerias como Gisele (Gal Gadot) e Elena (Elsa Pataky). Mas Letty ficaria morta apenas no filme cinco, retornando no seis novinha em folha para se juntar novamente à família.

Outro que voltou dos mortos foi Han (Sung Kang), que por uma brincadeira com a cronologia da franquia – que ligava o terceiro filme com o final do sexto -, pôde retornar nos filmes quatro, cinco e seis. Porém, com o sétimo e o oitavo precisou realmente “bater as botas”. Isto é, até ser trazido à vida no nono e fazer parte do décimo. Sendo assim, seria pedir muito trazer Gal Gadot de volta à franquia também?

Amnésia

The Fast And The Furious' To 'F9': 20 Years Long Journey Inspiring Numbness – Reelistics Views

Esse clichê tem ligação direta com o anterior. Isso porque fez parte da subtrama da “ressurreição” de Michelle Rodriguez igualmente. Sua personagem, Letty, é dada como morta após uma explosão a jogar longe no quarto filme. Porém, no sexto, Hobbs (Dwayne Johnson) descobre que ela na verdade estava viva. Mas não apenas isso, ela também estava com amnésia e não lembrava de nada de sua vida pregressa. Justamente por isso, não sabia de sua verdadeira identidade junto à família e nem de Dom, decidindo trabalhar ao lado dos vilões daquele filme, comandados por Shaw (Luke Evans).

Quando o trailer de ‘Velozes e Furiosos 6’ foi lançado, não bastasse a surpresa de ver Letty viva, ainda ficávamos sem entender nada quando ela, ao dar de frente com Dom, tinha como primeiro instinto sacar a arma e dar-lhe um tiro – despertando assim a icônica frase do protagonista: “não se vira as costas para a família, mesmo quando eles fazem isso”. Ao assistirmos de fato ao filme, entendíamos que nada mais era do que o batido clichê da amnésia. É claro. E o que mais poderia ser? Quando a trama precisa que um personagem não lembre de nada, se tornando facilmente manipulável pelos vilões, é só inventar que ele teve amnésia devido a um acidente. Por enquanto, a franquia só deu a tal condição para Letty, afinal dois personagens com amnésia seria demais. Ou não?

O irmão perdido – que ninguém nunca tinha ouvido falar

Esse é outro clichê muito utilizado em dramaturgias rasas. Não me leve a mal, todos esses clichês podem funcionar, caso utilizados da maneira certa, e bem trabalhados dentro da narrativa – afinal, quando falamos de histórias em qualquer que seja a mídia, quase tudo já foi tentado. No entanto, revelar um irmão ou parente nos 45 do segundo tempo, é um artifício que não soa muito natural. Nas novelas mexicanas é muito comum um personagem descobrir um irmão perdido do qual nunca havia ouvido falar. Pior quando esse irmão é um vilão tentando dar um golpe, ou apenas fingindo ser parente de sangue.

Em ‘Velozes e Furiosos’ a coisa se torna absurda porque foi apenas no nono filme da franquia que os produtores decidiram que Dom (Vin Diesel) e Mia (Jordana Brewster) tinham mais um irmão, Jakob (papel de John Cena). Onde ele esteve durante todo esse tempo não me pergunte. Aliás, o roteiro até tenta explicar, mas não fica muito convincente. É claro que aqui esse artifício não foi pensando desde o início, ou sequer desde o último filme. A inclusão de um novo irmão para a família Toretto foi algo de última hora mesmo, para trazer um elemento inesperado ao nono filme. É de se pensar que algo tão importante assim deveria ter surgido antes, terminando com a clara sensação do famoso “tirar um coelho da cartola”.

O vilão que estava por trás de tudo

Agora temos um clichê que a franquia ‘Velozes e Furiosos’ adora tirar da manga: o vilão que estava por trás de tudo desde o início. Sabe aquilo tudo o que você viu, esqueça. Quem estava por trás de tudo manipulando desde o princípio era este fulano aqui, que você nunca havia ouvido falar e que o filme não fez questão de induzir. Sim, esta é mais uma decisão de último minuto, criada para dar mais importância a um antagonista, o incluindo nos bastidores dos outros filmes – mesmo que não faça muito sentido. A primeira vez que a franquia usou foi com Deckard Shaw (Jason Statham) e ficou muito legal. A sacada foi inteligente ao colocar o vilão como causador da “morte” de Han no terceiro filme, ligando as narrativas e o anunciando como a maior ameaça destes filmes (até aquele momento).

Depois a franquia ainda utilizaria esse clichê novamente com Cipher (Charlize Theron) no oitavo filme, a vilã hacker que conhecia a “família” de Dom como ninguém, e com Jakob (John Cena) no nono, o irmão desaparecido de Dom e Mia, que na verdade era um super espião no estilo Jason Bourne. E quem disse que a franquia desistiu desse clichê? Neste décimo filme, Dante (Jason Momoa) é o filho de Reyes (Joaquim de Almeida), o vilão do quinto filme, atrás de vingança.

O herói que vira vilão por causa de chantagem

A cada novo filme de ‘Velozes e Furiosos’ somos levados a revelações bombásticas, no melhor estilo ‘A Usurpadora’ ou ‘Maria do Bairro’. Em anos recentes ficamos pasmos ao descobrir que Letty estava viva e se voltava contra Dom (por que ela faria isso?); que Deckard Shaw era irmão do vilão do sexto filme e queria vingança (tendo sido responsável pela “morte” de Han); que Dom e Mia tinham mais um irmão nas formas de Jakob (que estava atrás de vingança por ter sido menosprezado todos esses anos); e finalmente este ano, Dante tem ligações com o quinto filme e, claro, está atrás de vingança. Mas não para por aí, já que agora chegamos ao nosso último item dos clichês de ‘Velozes e Furiosos.

Com o oitavo filme a revelação do trailer era que Dom havia se voltado contra sua própria família. Dom (Vin Diesel), o herói e protagonista da franquia, era agora o grande vilão, se unindo à misteriosa Cipher (Charlize Theron), com direito até a uma casquinha do ator careca beijando a loiraça (mesmo que não fizesse sentido algum à trama). O que teria levado Dom a cometer atos tão terríveis contra àqueles que ama e jurou proteger? Amnésia também? Um irmão gêmeo maligno (não, isso guardariam para o nove – só trocando o gêmeo por um irmão normal)? Ou Dom teria sido substituído por um robô (é melhor parar de dar ideia, ou podem usar em ‘Velozes e Furiosos 11’)?

Nada disso, como sabemos, Dom estava apenas sendo chantageado por Cipher, que havia sequestrado Elena (Elsa Pataky) e revelado que Dom teve um filho (que nunca soube) com ela. Com uma facilidade tremenda e esperada, o bebê é resgatado, e tudo volta ao normal. Teria sido mais fácil ter feito isso desde o início. Acho que Dom nunca ouviu a diretriz dos EUA de não negociar com terroristas.

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A querida franquia ‘Velozes e Furiosos’ acaba de chegar ao seu décimo filme – que estreou na última quinta-feira, dia 18 de maio, no Brasil e ao redor do mundo no mesmo fim de semana. ‘Velozes e Furiosos 10’ promete quebrar novos recordes para a franquia da Universal, novamente apostando na ação desenfreada, cenas de tirar o fôlego, muito humor e, acima de tudo, emoção com o foco na família. Na trama desta vez, um novo vilão surge em cena, chamado Dante, e promete vingança contra a turma turbinada por pecados do passado – que ligam o novo filme com o quinto (um dos mais queridos pelos fãs).

Para o papel do vilão Dante, temos o ‘Aquaman’ em pessoa, o grandalhão Jason Momoa. Além do ator, outras adições bem-vindas ao elenco surgem nas formas da vencedora do Oscar Brie Larson (a Capitã Marvel), a portuguesa Daniela Melchior (‘O Esquadrão Suicida’) e a veterana Rita Moreno. Como se não bastasse, temos também a volta de atores recorrentes na franquia, que já se tornaram parte da família, como a vencedora do Oscar Charlize Theron, Jason Statham, John Cena, Helen Mirren e Scott Eastwood. Além, é claro, dos próprios membros originais da família que não podem faltar: Vin Diesel, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Sung Kang e Nathalie Emmanuel. Formando assim um dos maiores e melhores elencos do ano.

Apesar de adorarmos a franquia ‘Velozes e Furiosos’, e querermos que ela ainda dure muito tempo – com o final sendo prolongado de dois filmes, para possíveis três -, um elemento é inegável sobre os longas da série: suas tramas de “folhetins mexicanos”. ‘Velozes e Furiosos’ já parou de se levar a sério há muito tempo, e foi a melhor decisão, já que quanto mais ridículos os filmes ficam, mais fãs conquistam. O propósito aqui é a diversão e o entretenimento. Quanto mais absurdas a ação e a trama, melhor ainda. E nos últimos filmes, a franquia usa e abusa dos clichês que vemos nas mais batidas novelas mexicanas – daquelas bem exageradas – e que vira e mexe usamos aqui no Brasil também em nossos próprios folhetins. Confira abaixo os principais clichês neste estilo utilizados nesta que é uma das maiores franquias da atualidade.

Personagens que voltam da morte

Começamos com um clichê bem impactante. Uma das maiores revelações em qualquer mídia da dramaturgia é a volta do personagem que todos achavam que estava morto. Esse artifício pode ter surgido de forma surpreendente quando foi criado, mas já foi tão utilizado que se tornou um dos clichês mais “sem-vergonha”, ainda mais se usado de forma inacreditável, e isso a franquia ‘Velozes e Furiosos’ fez bem. Desde novelas, séries, filmes, todas as mídias já utilizaram essa facilitação de roteiro uma hora ou outra. Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, brinca-se que nenhum personagem fica verdadeiramente morto, já que cedo ou tarde irão retornar.

Em ‘Velozes e Furiosos’ dois personagens importantes dados como mortos “retornaram do túmulo” para novas aventuras na franquia. Primeiro, Letty (Michelle Rodriguez) teria morrido fora de cena no quarto filme, para dar um peso mais trágico a Dom (Vin Diesel) – e quem sabe arrumá-lo novas parcerias como Gisele (Gal Gadot) e Elena (Elsa Pataky). Mas Letty ficaria morta apenas no filme cinco, retornando no seis novinha em folha para se juntar novamente à família.

Outro que voltou dos mortos foi Han (Sung Kang), que por uma brincadeira com a cronologia da franquia – que ligava o terceiro filme com o final do sexto -, pôde retornar nos filmes quatro, cinco e seis. Porém, com o sétimo e o oitavo precisou realmente “bater as botas”. Isto é, até ser trazido à vida no nono e fazer parte do décimo. Sendo assim, seria pedir muito trazer Gal Gadot de volta à franquia também?

Amnésia

The Fast And The Furious' To 'F9': 20 Years Long Journey Inspiring Numbness – Reelistics Views

Esse clichê tem ligação direta com o anterior. Isso porque fez parte da subtrama da “ressurreição” de Michelle Rodriguez igualmente. Sua personagem, Letty, é dada como morta após uma explosão a jogar longe no quarto filme. Porém, no sexto, Hobbs (Dwayne Johnson) descobre que ela na verdade estava viva. Mas não apenas isso, ela também estava com amnésia e não lembrava de nada de sua vida pregressa. Justamente por isso, não sabia de sua verdadeira identidade junto à família e nem de Dom, decidindo trabalhar ao lado dos vilões daquele filme, comandados por Shaw (Luke Evans).

Quando o trailer de ‘Velozes e Furiosos 6’ foi lançado, não bastasse a surpresa de ver Letty viva, ainda ficávamos sem entender nada quando ela, ao dar de frente com Dom, tinha como primeiro instinto sacar a arma e dar-lhe um tiro – despertando assim a icônica frase do protagonista: “não se vira as costas para a família, mesmo quando eles fazem isso”. Ao assistirmos de fato ao filme, entendíamos que nada mais era do que o batido clichê da amnésia. É claro. E o que mais poderia ser? Quando a trama precisa que um personagem não lembre de nada, se tornando facilmente manipulável pelos vilões, é só inventar que ele teve amnésia devido a um acidente. Por enquanto, a franquia só deu a tal condição para Letty, afinal dois personagens com amnésia seria demais. Ou não?

O irmão perdido – que ninguém nunca tinha ouvido falar

Esse é outro clichê muito utilizado em dramaturgias rasas. Não me leve a mal, todos esses clichês podem funcionar, caso utilizados da maneira certa, e bem trabalhados dentro da narrativa – afinal, quando falamos de histórias em qualquer que seja a mídia, quase tudo já foi tentado. No entanto, revelar um irmão ou parente nos 45 do segundo tempo, é um artifício que não soa muito natural. Nas novelas mexicanas é muito comum um personagem descobrir um irmão perdido do qual nunca havia ouvido falar. Pior quando esse irmão é um vilão tentando dar um golpe, ou apenas fingindo ser parente de sangue.

Em ‘Velozes e Furiosos’ a coisa se torna absurda porque foi apenas no nono filme da franquia que os produtores decidiram que Dom (Vin Diesel) e Mia (Jordana Brewster) tinham mais um irmão, Jakob (papel de John Cena). Onde ele esteve durante todo esse tempo não me pergunte. Aliás, o roteiro até tenta explicar, mas não fica muito convincente. É claro que aqui esse artifício não foi pensando desde o início, ou sequer desde o último filme. A inclusão de um novo irmão para a família Toretto foi algo de última hora mesmo, para trazer um elemento inesperado ao nono filme. É de se pensar que algo tão importante assim deveria ter surgido antes, terminando com a clara sensação do famoso “tirar um coelho da cartola”.

O vilão que estava por trás de tudo

Agora temos um clichê que a franquia ‘Velozes e Furiosos’ adora tirar da manga: o vilão que estava por trás de tudo desde o início. Sabe aquilo tudo o que você viu, esqueça. Quem estava por trás de tudo manipulando desde o princípio era este fulano aqui, que você nunca havia ouvido falar e que o filme não fez questão de induzir. Sim, esta é mais uma decisão de último minuto, criada para dar mais importância a um antagonista, o incluindo nos bastidores dos outros filmes – mesmo que não faça muito sentido. A primeira vez que a franquia usou foi com Deckard Shaw (Jason Statham) e ficou muito legal. A sacada foi inteligente ao colocar o vilão como causador da “morte” de Han no terceiro filme, ligando as narrativas e o anunciando como a maior ameaça destes filmes (até aquele momento).

Depois a franquia ainda utilizaria esse clichê novamente com Cipher (Charlize Theron) no oitavo filme, a vilã hacker que conhecia a “família” de Dom como ninguém, e com Jakob (John Cena) no nono, o irmão desaparecido de Dom e Mia, que na verdade era um super espião no estilo Jason Bourne. E quem disse que a franquia desistiu desse clichê? Neste décimo filme, Dante (Jason Momoa) é o filho de Reyes (Joaquim de Almeida), o vilão do quinto filme, atrás de vingança.

O herói que vira vilão por causa de chantagem

A cada novo filme de ‘Velozes e Furiosos’ somos levados a revelações bombásticas, no melhor estilo ‘A Usurpadora’ ou ‘Maria do Bairro’. Em anos recentes ficamos pasmos ao descobrir que Letty estava viva e se voltava contra Dom (por que ela faria isso?); que Deckard Shaw era irmão do vilão do sexto filme e queria vingança (tendo sido responsável pela “morte” de Han); que Dom e Mia tinham mais um irmão nas formas de Jakob (que estava atrás de vingança por ter sido menosprezado todos esses anos); e finalmente este ano, Dante tem ligações com o quinto filme e, claro, está atrás de vingança. Mas não para por aí, já que agora chegamos ao nosso último item dos clichês de ‘Velozes e Furiosos.

Com o oitavo filme a revelação do trailer era que Dom havia se voltado contra sua própria família. Dom (Vin Diesel), o herói e protagonista da franquia, era agora o grande vilão, se unindo à misteriosa Cipher (Charlize Theron), com direito até a uma casquinha do ator careca beijando a loiraça (mesmo que não fizesse sentido algum à trama). O que teria levado Dom a cometer atos tão terríveis contra àqueles que ama e jurou proteger? Amnésia também? Um irmão gêmeo maligno (não, isso guardariam para o nove – só trocando o gêmeo por um irmão normal)? Ou Dom teria sido substituído por um robô (é melhor parar de dar ideia, ou podem usar em ‘Velozes e Furiosos 11’)?

Nada disso, como sabemos, Dom estava apenas sendo chantageado por Cipher, que havia sequestrado Elena (Elsa Pataky) e revelado que Dom teve um filho (que nunca soube) com ela. Com uma facilidade tremenda e esperada, o bebê é resgatado, e tudo volta ao normal. Teria sido mais fácil ter feito isso desde o início. Acho que Dom nunca ouviu a diretriz dos EUA de não negociar com terroristas.

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