domingo , 22 dezembro , 2024

Vem cá, vamos falar sobre ‘The Fosters’

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Enquanto pensava sobre o que escreveria em relação à representatividade LGBTQ em séries de TV, comecei a fazer uma lista mental: dentre todas as séries que acompanho, quais são os aspectos que as destacam e por qual razão falaria sobre eles aqui. Bom, definitivamente, a criação de Brad Bredeweg e Peter Caige, dupla de Fly Girls, chamada The Fosters, se sobressai, não só pelos personagens como também pela forma como escolheram contar a história dessas pessoas.

Para quem não conhece, a produção televisiva do canal Freeform conta a história dos Fosters formada por Stef (Teri Polo) e Lena Adams Foster (Sherri Saum), e os filhos Callie (Maia Mitchell), Jude (Hayden Byerly), Brandon (David Lambert), os gêmeos Mariana (Cierra Ramirez) e Jesus, que foi interpretado pelo ator Jake T. Austin, mas hoje em dia quem está no papel é Noah Centineo. O piloto começa com Callie, que estava no reformatório juvenil, e vai viver temporariamente com Stef e Lena. Bom, a partir disso o roteiro se desenvolve.



Mas vamos falar sobre o assunto pelo qual estou aqui hoje: representatividade.

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Se tem uma coisa que não falta em The Fosters é justamente isso. Para começar, o principal casal da série são duas mulheres e não, o que há de mais interessante sobre elas não é a sexualidade. O filho mais novo, Jude, irmão biológico de Callie, passa por um período de descoberta a respeito da própria orientação sexual, existem personagens transgêneros interpretados por atores transgêneros, por aí vai.

As atrizes Teri Polo e Sherri Saum possuem uma química singular e constroem um relacionamento realista. É impossível não se apaixonar pelas duas e não enxergar que uma família formada por pessoas do mesmo sexo possui os mesmos problemas que qualquer outra.  E este é o ponto principal da criação de Bredeweg e Caige, contar a história de uma família.

E por que isso é importante? Bom, quando o assunto é representatividade, pode-se dizer que desde Will & Grace, em 1998, isso tem melhorado no meio televisivo, contudo, ainda existem representações mal feitas, que se encaixam em estereótipos pré-determinados. As quebras de paradigmas ainda são pequenas e se precisa de mais, afinal, só assim para mais produtores tratarem personagens LGBTQs de forma real. Todo ser humano possui nuances, complexidades e características próprias e os roteiristas precisam levar isto em consideração ao criar todo e qualquer tipo de arte.

The Fosters faz isso muito bem, porque não se rotula pela orientação sexual dos personagens, pela cor de pele ou classe social, mas sim por família. Imagine criar cinco adolescentes? Imagine os conflitos, dramas, problemas, pais biológicos reaparecendo, namoros, questionamentos internos e externos, porém, tudo isso elevado ao dobro, porque é uma série de TV dramática (óbvio). Eis o ponto.

Brad Bredeweg e Peter Caige não querem contar ao público sobre gays, negros, transgêneros, órfãos, mas sobre pessoas que, como qualquer outra, têm momentos de alegrias, de tristezas, dúvidas, descobertas, e por aí vai. Uma coisa tão óbvia que muitos ainda, infelizmente, possuem dificuldade em enxergar. E é de suma importância que a TV, as produções audiovisuais, que permanece um dos meios com mais abrangência, evidencie personagens assim. Não só para as pessoas que se identificam, como também para aqueles que permanecem sem compreender esta obviedade.

The Fosters pode não ter o melhor roteiro do mundo e assim como muitas produções televisivas que já estão no ar faz um tempo, comete alguns erros aqui e ali, porém, acerta como poucas séries já acertaram quando o assunto é a comunidade LGBTQ e outras minorias. Os atores são comprometidos com os personagens, em transmitir o máximo que podem uma realidade pouco vista na TV.

Em tempos de tochas e discursos de ódio, é importante se ter uma série desta no ar. Assistir a The Fosters é, antes de qualquer coisa, se sentir representado como ser humano. Portanto, corre lá na Netflix e vai dar uma conferida nesta série de TV que tem tudo para ganhar o coração do telespectador.

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Enquanto pensava sobre o que escreveria em relação à representatividade LGBTQ em séries de TV, comecei a fazer uma lista mental: dentre todas as séries que acompanho, quais são os aspectos que as destacam e por qual razão falaria sobre eles aqui. Bom, definitivamente, a criação de Brad Bredeweg e Peter Caige, dupla de Fly Girls, chamada The Fosters, se sobressai, não só pelos personagens como também pela forma como escolheram contar a história dessas pessoas.

Para quem não conhece, a produção televisiva do canal Freeform conta a história dos Fosters formada por Stef (Teri Polo) e Lena Adams Foster (Sherri Saum), e os filhos Callie (Maia Mitchell), Jude (Hayden Byerly), Brandon (David Lambert), os gêmeos Mariana (Cierra Ramirez) e Jesus, que foi interpretado pelo ator Jake T. Austin, mas hoje em dia quem está no papel é Noah Centineo. O piloto começa com Callie, que estava no reformatório juvenil, e vai viver temporariamente com Stef e Lena. Bom, a partir disso o roteiro se desenvolve.

Mas vamos falar sobre o assunto pelo qual estou aqui hoje: representatividade.

Se tem uma coisa que não falta em The Fosters é justamente isso. Para começar, o principal casal da série são duas mulheres e não, o que há de mais interessante sobre elas não é a sexualidade. O filho mais novo, Jude, irmão biológico de Callie, passa por um período de descoberta a respeito da própria orientação sexual, existem personagens transgêneros interpretados por atores transgêneros, por aí vai.

As atrizes Teri Polo e Sherri Saum possuem uma química singular e constroem um relacionamento realista. É impossível não se apaixonar pelas duas e não enxergar que uma família formada por pessoas do mesmo sexo possui os mesmos problemas que qualquer outra.  E este é o ponto principal da criação de Bredeweg e Caige, contar a história de uma família.

E por que isso é importante? Bom, quando o assunto é representatividade, pode-se dizer que desde Will & Grace, em 1998, isso tem melhorado no meio televisivo, contudo, ainda existem representações mal feitas, que se encaixam em estereótipos pré-determinados. As quebras de paradigmas ainda são pequenas e se precisa de mais, afinal, só assim para mais produtores tratarem personagens LGBTQs de forma real. Todo ser humano possui nuances, complexidades e características próprias e os roteiristas precisam levar isto em consideração ao criar todo e qualquer tipo de arte.

The Fosters faz isso muito bem, porque não se rotula pela orientação sexual dos personagens, pela cor de pele ou classe social, mas sim por família. Imagine criar cinco adolescentes? Imagine os conflitos, dramas, problemas, pais biológicos reaparecendo, namoros, questionamentos internos e externos, porém, tudo isso elevado ao dobro, porque é uma série de TV dramática (óbvio). Eis o ponto.

Brad Bredeweg e Peter Caige não querem contar ao público sobre gays, negros, transgêneros, órfãos, mas sobre pessoas que, como qualquer outra, têm momentos de alegrias, de tristezas, dúvidas, descobertas, e por aí vai. Uma coisa tão óbvia que muitos ainda, infelizmente, possuem dificuldade em enxergar. E é de suma importância que a TV, as produções audiovisuais, que permanece um dos meios com mais abrangência, evidencie personagens assim. Não só para as pessoas que se identificam, como também para aqueles que permanecem sem compreender esta obviedade.

The Fosters pode não ter o melhor roteiro do mundo e assim como muitas produções televisivas que já estão no ar faz um tempo, comete alguns erros aqui e ali, porém, acerta como poucas séries já acertaram quando o assunto é a comunidade LGBTQ e outras minorias. Os atores são comprometidos com os personagens, em transmitir o máximo que podem uma realidade pouco vista na TV.

Em tempos de tochas e discursos de ódio, é importante se ter uma série desta no ar. Assistir a The Fosters é, antes de qualquer coisa, se sentir representado como ser humano. Portanto, corre lá na Netflix e vai dar uma conferida nesta série de TV que tem tudo para ganhar o coração do telespectador.

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