Hello old friend
Como começar uma análise que nem você está sabendo como começar? Google. Pesquisar. Eis a minha questão! Que episódio foi este de Westworld? É aquele momento que você entende aqui, desentende ali, fica ainda mais confusa lá e não sabe mais de nada. Este período deveria se chamar fases vividas ao assistir um capítulo da série de Jonathan Nolan (Interestelar) e Lisa Joy (Burn Notice).
Enfim, vamos lá, vamos tentar: primeiro, foi só eu ou vocês perceberam um arrependimento da parte de Dolores (Evan Rachel Wood) por reiniciar o Teddy (James Marsden), que por sinal está totalmente diferente daquele que conhecíamos? Não sei se digo ‘bom trabalho’ ou ‘deu ruim um pouquinho, né?’? Dúvidas. A questão é que diferente de certos personagens das séries da HBO, ela (Dolores) chega aos lugares. Já foi visto antes que Peter Abernathy (Louis Herthum) irá fugir novamente das mãos de Charlotte Hale (Tessa Thompson) e com a chegada da camponesa à mesa, fica para o próximo episódio descobrir se é ela quem o ajudará.
Maeve (Thandie Newton) cumpriu a “jornada de herói”, ou quase, e finalmente chegou até a filha (Jasmyn Rae). Mas antes, deixa eu perguntar: haverá um dia que teremos superado a Newton falando japonês? Continuando… Nem tudo são flores e ainda mais em uma série como Westworld. É claro que outro androide estaria na função da meretriz na narrativa da criança. Mas o ponto que marca é o momento em que um dos membros da Ghost Nation diz que ela precisa se juntar a eles, não, aparentemente, em forma de ameaça, mas como se a união fosse para um plano maior.
Entretanto o centro da questão foi Bernard (Jeffrey Wright) e as revelações em relação ao personagem, e também uma brecha sobre o que pode estar acontecendo no sistema do parque. A questão é que existe mais de um do personagem de Wright, o que envolve dúvidas diferentes sobre o motivo da criação de tantos por Ford (Anthony Hopkins). Sem contar que as bolinhas inseridas nos cérebros dos androides possuem cores diferentes, o que levanta a pergunta sobre o que quer dizer cada uma delas: uma espécie de divisão entre androide, híbrido, clone, talvez?
A verdade é que vou jogar uma teoria bem louca aqui e pode ser que alguma coisa esteja certa: na minha percepção, a Elsie (Shannon Woodward) é um androide. Primeiro, ela estava muito limpa para quem ficou tanto tempo presa naquela caverna. Segundo, ela nem sequer tinha água para beber e sabe-se que nenhum ser humano sobrevive sem água potável. Outra coisa, o Homem de Preto (Ed Harris) também não é humano. Se pegar para analisar diversos momentos dele ao longo das duas temporadas, é possível perceber alguns detalhes que não se explicam a não ser que isto seja verdade (pode ser erro de continuísta também rs).
Um terceiro ponto é o que fazia parte dos planos de Ford e o que não fazia. Acredito que a Dolores, mesmo que seja perder o controle dela, era parte do que o doutor estava construindo. Já Maeve é a “falha” no sistema que ninguém previa, o que, de certa forma, a torna mais no controle de si e de outros, e propensa a ser “mais forte” dentro da trama da série. É de crucial importância a união dela com a personagem de Wood futuramente. Afinal, seria um belo exemplo de se juntas já causa, imagine juntas.
Para finalizar: a primeira cena deste sexto episódio aparenta ser a continuação do que foi visto no primeiro capítulo – uma conversa entre Dolores e Bernard –, só que desta vez quem controla a situação é a camponesa, o que poderia significar que o telespectador está diante de uma linha temporal futura e não passada como anteriormente dita. Bom, o retorno quase que inesperado de Hopkins pode confirmar o que disse no texto anterior de que o criador daquele universo se tornou uma inteligência artificial que a tudo no parque controla. Já comecei a sonhar com um embate de mentes entre ele e a Maeve.
Enfim, onde está o sétimo episódio, HBO?