quinta-feira, junho 27, 2024

Sente falta das LOCADORAS? Ainda há QUATRO em São Paulo que você pode conhecer!

Há muitos anos, era costume dos amantes de cinema visitar as famosas locadoras de vídeos para conferir os mais recentes lançamentos e levar para casa, nem que por alguns dias, títulos para conferir em família ou à própria companhia – e todo o processo de visitar tais locais era uma espécie de ritual semanal. Entretanto, essa prática entrou em desuso por inúmeros motivos – e teve um fim quase imediato com o advento das plataformas de streaming.

Ainda que boa parte das locadoras tenham fechado – como a icônica Blockbuster, que foi extinta oficialmente em 2014 e licenciada para as Lojas Americanas pouco depois -, há pouquíssimas unidades que sobreviveram à popularização dos serviços virtuais, como aponta o Metrópoles em uma matéria publicada no começo deste mês.

De acordo com o veículo, é possível encontrar quatro locadoras na cidade de São Paulo: a Video Connection, localizada na Avenida Ipiranga, no bairro Copan; a Charada Clube, na Vila Tolstoi, na zona leste; a Eject Video, na Vila Clementino; e a Horus Vídeo Locadora, na Vila da Saúde. Cada uma delas oferece um gigantesco acervo que, acreditem ou não, sobrevivem em virtude de uma clientela variada e fiel.

O consórcio ainda oferece detalhes sobre os preços para aluguel, que tem uma base em R$10,00 e tem variação mínima de locadora para locadora. A Eject Video, por exemplo, que contém um acervo de 11 mil títulos, cobra R$16,00 pelo DVD; já a Horus, com 6 mil longas-metragens, apresenta um preço mais acessível de R$8,00.

Por mais que permaneçam vivas, os donos de tais locadoras notam um obstáculo em comum – afinal, ainda que obras audiovisuais sejam lançadas todas as semanas no streaming, a conversão dos títulos em DVDs tem um fluxo baixíssimo, visto a queda considerável de aquisição por parte do público. De qualquer forma, eles afirma que “o aluguel tem vantagem, porque a escolha é mais assertiva e não exige que o cliente pague múltiplos serviços”.

“Não é uma competição, mas é uma outra proposta. A gente ajuda o cliente a conhecer aquele filme que ele talvez nunca assistiria, ao invés de ficar procurando por horas. A plataforma tem o seu valor, mas a gente sabe que aquela quantidade de opções muitas vezes é uma ilusão. Você procura, procura, e não encontra nada”, afirmou Val Ramos, uma das donas da Horus, em entrevista ao Metrópoles.

Rose Carvalho, outra das donas, disse que os problemas enfrentados são inúmeros – incluindo a pirataria e a dificuldade de pagar o aluguel do imóvel para manter a locadora funcionando. Entretanto, Carvalho e Ramos permanecem firmes em deixar o sonho vivo e, inclusive, perceberam uma redescoberta das locadoras pelo público mais jovem, de 15 a 25 anos.

“Jamais fechar, porque é uma missão nossa. Essa locadora é um sonho nosso, independente de qualquer coisa. Assim como os livros ensinam, a gente pensa que os filmes também têm essa função. Eles contam uma história, e levar essas histórias para as pessoas é o propósito da Horus”, ela disse.

E você? Sente falta das locadoras?

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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