quarta-feira , 25 dezembro , 2024

10 álbuns INCRÍVEIS que nos levam de volta no tempo

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A música tem um papel essencial na nossa vida – e é capaz de nos transportar aos mais diversos.

Nos últimos anos, os artistas contemporâneos pareceram resgatar as glórias dos anos 70, 80 e 90 com produções incríveis, nostálgicas e recheadas de uma saudosa originalidade que nos guiou por anos bastante difíceis. Tivemos, por exemplo, o retorno ao disco de Dua LipaKylie Minogue, ou a exaltação do house promovida por Lady GagaBeyoncé.



Pensando nisso, preparamos uma lista com dez álbuns incríveis que nos levam de volta no tempo e que você precisa ouvir.

Veja abaixo as nossas escolhas:

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CONFESSIONS ON A DANCEFLOOR, Madonna (2005)

‘Confessions on a Dancefloor’ é uma ode ao narcótico saudosismo das pistas de dança dos anos 1970 e 1980, incorporando elementos do disco, do dance e do new wave para um universo ao mesmo tempo ácido e envolvente, além de entregar algumas das melhores canções da década passada. O resultado acrescentou mais capítulos ao legado de Madonna e a colocou no centro dos holofotes, concedendo-lhe mais duas estatuetas e mais de dez milhões de cópias vendidas – e, levando em conta que números realmente não importam, o sucesso inesperado de seu décimo álbum de estúdio atravessa as gerações e permanece impactando a esfera musical até os dias de hoje.

FUTURE NOSTALGIA, Dua Lipa (2020)

Com Future Nostalgia, Dua Lipa provou que veio para ficar – e que está pronta para fazer parte das A-Lists da esfera musical. Ao longo de onze canções unidas em um mesmo pano de fundo e convergindo para uma homenagem aplaudível àquilo que a inspira desde sempre, a cantora representa uma urgência coletiva, um pastiche cultural que é canalizado sem qualquer presunção (e era de se esperar que alguém recuperasse a união de vários segmentos, visto que há tempos não víamos isso com tanta expressividade no panorama geral).

CHROMATICA, Lady Gaga (2020)

A cada canção, percebe-se que a inusitada parceria assinada entre Lady Gaga e BloodPop funcionou em todos os aspectos: comandando o poderoso e inebriante liricismo, as peças sintéticas, mergulhadas sem escrúpulos em autotunes e dramatizações robóticas (nos relembrando de ‘ARTPOP’ inúmeras vezes), fornecem uma dúbia interpretação. Mostra-se, à medida que viajamos através desse colorido e vibrante mundo, o apreço pela estética instrumental dos anos 1980 e 1990, principalmente para as vanguardas do europop e do disco-dance. E, seguindo os passos de outras figuras, Gaga mantém-se verdadeira à sua identidade única e cria uma obra-prima, uma vendeta pessoal para aqueles que declaravam sua morte artística há alguns anos.

WHAT’S YOUR PLEASURE, Jessie Ware (2020)

Jessie Ware fez um estrondoso e aplaudível retorno para o mundo da música com o lançamento de ‘What’s Your Pleasure’, seu quarto álbum de estúdio. Sua arquitetura requintada e a ressonância que criou com o hi-NRG e com o post-disco transformaram o que poderia ser uma produção qualquer em um escapismo de alta qualidade, pincelado com as conhecidas incursões semi-melancólicas e uma narcótica jornada arranjada com perfeição ao longo de doze faixas.

UNGODLY HOUR, Chloe x Halle (2020)

Dois anos após o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, Chloe x Halle (dupla formada por Chloe BaileyHalle Bailey) retornaram para os holofotes com a estreia de Ungodly Hour. O disco é uma competente produção que explora, talvez mais que a investida anterior (‘The Kids Are Alright’), as habilidades e as incursões vocais de ambas as artistas, bem como letras recheadas com uma envolvência sensual e imediatamente relacionável com qualquer ouvinte que venha procurando boas músicas.

DISCO, Kylie Minogue (2020)

Desde o prematuro anúncio de que traria tendências clássicas do que se entende como a melhor era do pop, era inegável que a legião de fãs de Kylie Minogue ficaria em êxtase com o lançamento de Disco, aguardando o que a imperatriz australiana da indústria fonográfica lhes entregaria. Como era de se esperar, o forte primeiro single“Say Something”, daria as cartas do jogo através de uma bombástica sutileza movida por sintetizadores e um cativante ritmo – canalizado para as outras duas canções promocionais, a sinestésica “Magic” e a irretocável “I Love It”. Não é nenhuma surpresa que a garantia de uma produção coesa era certeira, mas o que não esperávamos era que o CD seria uma homenagem não apenas a si mesma, mas a todas as divas que explodiram na época em questão – incluindo Gloria GaynorDiana RossRoberta Kelly e tantas outras.

A TOUCH OF THE BEAT, Aly & AJ (2021)

Composto por doze faixas, o monstruoso e poético título A Touch of the Beat Gets You Up on Your Feet Gets You Out and Then Into the Sun’, de Aly & AJ, representa uma forte mudança no estilo apresentado aos fãs desde sua estreia nos anos 2000. Carregando apreço pelo costumeiro e mercadológico pop-rock ou pelo classicismo do nu-house, Aly e AJ resolveram apostar fichas em um nicho que começou a ser explorado ainda nas protuberâncias sessentistas do cenário europeu – o rock eletrônico ou synth-rock. É a partir daí que insurge a arquitetura principal da produção, alastrando-se ao longo de quase cinquenta minutos de forma a não cair na repetição e apresentar uma nostálgica e, ao mesmo tempo, original identidade sonora.

DAWN FM, The Weeknd (2022)

lead single de Dawn FMveio na forma de “Take My Breath”, uma das melhores canções da carreira do artista. Mantendo um belíssimo diálogo com a clássica “Blinding Lights”, a faixa se lança a um ambicioso projeto que estende ramificações pelo pop psicodélico e pelo disco, fazendo um incrível e desmedido uso de sintetizadores que remontam a Donna Summer com “I Feel Love” e ao lendário pai do discoGiorgio Moroder. Além de uma coesa e soberba produção, cortesia principalmente de Martin (cujo extenso trabalho parece tê-lo preparado para este momento de maior ousadia), somos agraciados com uma evocativa progressão e vocais poderosos que respaldam a sensual narrativa que se desenrola.

RENAISSANCE, Beyoncé (2022)

O primeiro capítulo de Renaissance marca mais uma transição profunda nas idiossincrasias eternizadas por Beyoncé, em que o art pop, o trip-hop e o R&B conceituais do disco anterior, ‘Lemonade’, são deixados de lado em prol de um mergulho no ponto de encontro entre o passado e o futuro. Logo, a amálgama de estilos, que já vinha sido explorada por nomes como Lady GagaDua Lipa e Drake nos últimos meses e anos, ganha um escopo gigantesco e de profunda sinestesia em basicamente qualquer uma das faixas que escolhamos para ouvir.

THAT! FEELS GOOD!, Jessie Ware (2023)

É quase impossível escolher um ponto alto de ‘That! Feels Good!’, visto que o álbum, em sua completude, é inenarrável e indescritível. Afinal, Jessie Ware não apenas nos convida para um convite deliciosamente anacrônico, perpassando as várias fases de um estilo de música que sofre constantes revisitações e redescobertas; ela dilui as barreiras entre som e imagem, criando uma confluência de textura que nos transporta a outro mundo – um mundo sem estresses contínuos e que a única obrigação é se divertir e aproveitar o que há de ser oferecido. Não é à toa que boa parte da temática adote uma persona sensual, livre de amarras e que é movida pelo poder empoderador da música.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A música tem um papel essencial na nossa vida – e é capaz de nos transportar aos mais diversos.

Nos últimos anos, os artistas contemporâneos pareceram resgatar as glórias dos anos 70, 80 e 90 com produções incríveis, nostálgicas e recheadas de uma saudosa originalidade que nos guiou por anos bastante difíceis. Tivemos, por exemplo, o retorno ao disco de Dua LipaKylie Minogue, ou a exaltação do house promovida por Lady GagaBeyoncé.

Pensando nisso, preparamos uma lista com dez álbuns incríveis que nos levam de volta no tempo e que você precisa ouvir.

Veja abaixo as nossas escolhas:

CONFESSIONS ON A DANCEFLOOR, Madonna (2005)

‘Confessions on a Dancefloor’ é uma ode ao narcótico saudosismo das pistas de dança dos anos 1970 e 1980, incorporando elementos do disco, do dance e do new wave para um universo ao mesmo tempo ácido e envolvente, além de entregar algumas das melhores canções da década passada. O resultado acrescentou mais capítulos ao legado de Madonna e a colocou no centro dos holofotes, concedendo-lhe mais duas estatuetas e mais de dez milhões de cópias vendidas – e, levando em conta que números realmente não importam, o sucesso inesperado de seu décimo álbum de estúdio atravessa as gerações e permanece impactando a esfera musical até os dias de hoje.

FUTURE NOSTALGIA, Dua Lipa (2020)

Com Future Nostalgia, Dua Lipa provou que veio para ficar – e que está pronta para fazer parte das A-Lists da esfera musical. Ao longo de onze canções unidas em um mesmo pano de fundo e convergindo para uma homenagem aplaudível àquilo que a inspira desde sempre, a cantora representa uma urgência coletiva, um pastiche cultural que é canalizado sem qualquer presunção (e era de se esperar que alguém recuperasse a união de vários segmentos, visto que há tempos não víamos isso com tanta expressividade no panorama geral).

CHROMATICA, Lady Gaga (2020)

A cada canção, percebe-se que a inusitada parceria assinada entre Lady Gaga e BloodPop funcionou em todos os aspectos: comandando o poderoso e inebriante liricismo, as peças sintéticas, mergulhadas sem escrúpulos em autotunes e dramatizações robóticas (nos relembrando de ‘ARTPOP’ inúmeras vezes), fornecem uma dúbia interpretação. Mostra-se, à medida que viajamos através desse colorido e vibrante mundo, o apreço pela estética instrumental dos anos 1980 e 1990, principalmente para as vanguardas do europop e do disco-dance. E, seguindo os passos de outras figuras, Gaga mantém-se verdadeira à sua identidade única e cria uma obra-prima, uma vendeta pessoal para aqueles que declaravam sua morte artística há alguns anos.

WHAT’S YOUR PLEASURE, Jessie Ware (2020)

Jessie Ware fez um estrondoso e aplaudível retorno para o mundo da música com o lançamento de ‘What’s Your Pleasure’, seu quarto álbum de estúdio. Sua arquitetura requintada e a ressonância que criou com o hi-NRG e com o post-disco transformaram o que poderia ser uma produção qualquer em um escapismo de alta qualidade, pincelado com as conhecidas incursões semi-melancólicas e uma narcótica jornada arranjada com perfeição ao longo de doze faixas.

UNGODLY HOUR, Chloe x Halle (2020)

Dois anos após o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, Chloe x Halle (dupla formada por Chloe BaileyHalle Bailey) retornaram para os holofotes com a estreia de Ungodly Hour. O disco é uma competente produção que explora, talvez mais que a investida anterior (‘The Kids Are Alright’), as habilidades e as incursões vocais de ambas as artistas, bem como letras recheadas com uma envolvência sensual e imediatamente relacionável com qualquer ouvinte que venha procurando boas músicas.

DISCO, Kylie Minogue (2020)

Desde o prematuro anúncio de que traria tendências clássicas do que se entende como a melhor era do pop, era inegável que a legião de fãs de Kylie Minogue ficaria em êxtase com o lançamento de Disco, aguardando o que a imperatriz australiana da indústria fonográfica lhes entregaria. Como era de se esperar, o forte primeiro single“Say Something”, daria as cartas do jogo através de uma bombástica sutileza movida por sintetizadores e um cativante ritmo – canalizado para as outras duas canções promocionais, a sinestésica “Magic” e a irretocável “I Love It”. Não é nenhuma surpresa que a garantia de uma produção coesa era certeira, mas o que não esperávamos era que o CD seria uma homenagem não apenas a si mesma, mas a todas as divas que explodiram na época em questão – incluindo Gloria GaynorDiana RossRoberta Kelly e tantas outras.

A TOUCH OF THE BEAT, Aly & AJ (2021)

Composto por doze faixas, o monstruoso e poético título A Touch of the Beat Gets You Up on Your Feet Gets You Out and Then Into the Sun’, de Aly & AJ, representa uma forte mudança no estilo apresentado aos fãs desde sua estreia nos anos 2000. Carregando apreço pelo costumeiro e mercadológico pop-rock ou pelo classicismo do nu-house, Aly e AJ resolveram apostar fichas em um nicho que começou a ser explorado ainda nas protuberâncias sessentistas do cenário europeu – o rock eletrônico ou synth-rock. É a partir daí que insurge a arquitetura principal da produção, alastrando-se ao longo de quase cinquenta minutos de forma a não cair na repetição e apresentar uma nostálgica e, ao mesmo tempo, original identidade sonora.

DAWN FM, The Weeknd (2022)

lead single de Dawn FMveio na forma de “Take My Breath”, uma das melhores canções da carreira do artista. Mantendo um belíssimo diálogo com a clássica “Blinding Lights”, a faixa se lança a um ambicioso projeto que estende ramificações pelo pop psicodélico e pelo disco, fazendo um incrível e desmedido uso de sintetizadores que remontam a Donna Summer com “I Feel Love” e ao lendário pai do discoGiorgio Moroder. Além de uma coesa e soberba produção, cortesia principalmente de Martin (cujo extenso trabalho parece tê-lo preparado para este momento de maior ousadia), somos agraciados com uma evocativa progressão e vocais poderosos que respaldam a sensual narrativa que se desenrola.

RENAISSANCE, Beyoncé (2022)

O primeiro capítulo de Renaissance marca mais uma transição profunda nas idiossincrasias eternizadas por Beyoncé, em que o art pop, o trip-hop e o R&B conceituais do disco anterior, ‘Lemonade’, são deixados de lado em prol de um mergulho no ponto de encontro entre o passado e o futuro. Logo, a amálgama de estilos, que já vinha sido explorada por nomes como Lady GagaDua Lipa e Drake nos últimos meses e anos, ganha um escopo gigantesco e de profunda sinestesia em basicamente qualquer uma das faixas que escolhamos para ouvir.

THAT! FEELS GOOD!, Jessie Ware (2023)

É quase impossível escolher um ponto alto de ‘That! Feels Good!’, visto que o álbum, em sua completude, é inenarrável e indescritível. Afinal, Jessie Ware não apenas nos convida para um convite deliciosamente anacrônico, perpassando as várias fases de um estilo de música que sofre constantes revisitações e redescobertas; ela dilui as barreiras entre som e imagem, criando uma confluência de textura que nos transporta a outro mundo – um mundo sem estresses contínuos e que a única obrigação é se divertir e aproveitar o que há de ser oferecido. Não é à toa que boa parte da temática adote uma persona sensual, livre de amarras e que é movida pelo poder empoderador da música.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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