Em 1995, Toy Story iniciou a era dos desenhos animados digitais. Na época, se falou em moda passageira. Hoje, a animação computadorizada é o setor que mais cresce no cinema; mesmo com várias estúdios produzindo esse tipo de animação, são a Pixar/Disney e a Dreamworks que brigam pela liderança.
Mesmo com pouco mais de dez anos de “tradição”, já se pode fazer uma lista das melhoras animações… até agora…
Menção Honrosa
Duas menções honrosas: a primeira, ao Scrat, o esquilo da série Era do Gelo, já uma das personagens mais cultuadas da animação; a segunda, ao filme dos Simpsons, o primeiro longa-metragem da maior séria de animação da tv mundial – e totalmente em 2-D.
10. Madagascar (2005)
A produção da Dremworks foi a quinta mais rentável da era digital. A história de animais do zoológico de Nova York que vão parar na África é deliciosa. Em Madagascar eles se vêem presos por um grupo de lêmures. As imagens são boas, mas ainda devendo para filmes como ‘Shrek’. A história é leve, as piadas ao gosto do publico mirim é um mérito do filme; afinal, cada vez mais as produções se preocupam com os pais, muitas vezes fazem um humor adulto. ‘Madagascar’ oferece para os pais a gangue de pingüins.
9. Os Incríveis (2004)
Os Incríveis além de terem tido uma ótima bilheteria nos cinemas, dosou muito bem os temperos ação e comédia de costumes. O filme claramente se divide em duas partes: na primeira, encontramos Os Incríveis em um cotidiano morno; na segunda, a ação corre solta, em empolgantes seqüências. A primeira parte é mais voltada para os adultos, a segunda às crianças. No DVD, é imperdível o curta metragem sobre o bebê.
8. Toy Story (1995)
Pelo fato de ter sido a primeira animação digital, ela já merece entrar na lista. Marcou época, a produção foi a primeira parceria entre os estúdios Disney e a Pixar. A história é certeira no imaginário infantil: quando não há ninguém observando, os brinquedos tomam vida. Qual criança nunca imaginou os seus brinquedos tomarem vida?
7. Carros (2006)
Mais uma produção Pixar. Ao contrário do que normalmente ocorre em suas produções, neste trabalho o estúdio se preocupou menos com os pais e mais com as crianças. Muita ação, aventura, romances e corridas eletrizantes. A história trata de amizade e da importância que as relações humanas têm nas nossas vidas. Na tentativa de chegar à Califórnia, o carro de corridas Relâmpago McQueen se perde na Rota 66 e chega em uma cidade esquecida pelo mundo. Lá, aprenderá que ‘o verdadeiro sentido do encontro é a busca’ e que nenhuma conquista tem importância se não tivermos quem amamos por perto. As vezes, o filme peca por ser um pouco sem sal em certas partes. Outro mérito: computação gráfica de primeira capaz de humanizar os carros.
6. A Noiva Cadáver (2005)
Nem só de computador vive a era digital. Muito se fez fora dos computadores desde Toy Story. Alguma das melhores animações não digitais foram com base na técnica stop motion: Fuga das Galinhas renovou o gênero, Wallace e Gromit é um clássico antes mesmo de seu longa-metragem, mas foi A Noiva Cadáver, de Tim Burton, que melhor uso a técnica das massinhas e narrou um belo e surreal romance entre um homem e uma cadáver.
5. Monstros S. A. (2001)
Novamente deu Pixar!!! Nosso 5ª lugar foi uma das mais rentáveis produções da safra digital. O enredo se baseia na lenda dos monstros do armário: em um universo paralelo, existe uma terra de monstros que só conseguem obter energia elétrica através dos gritos das crianças. Uma explicação genial! Excelente animação, história empolgante e piadas maravilhosas. Isso é Monstros S. A.
4. Bee Movie – A História de uma Abelha (2007)
Este foi um presente de última hora, uma das melhores coisa que já se fez em animação. Em resumo, a história fala de uma abelhinha que se recusa a passar o resto de sua curta vida fazendo a mesma coisa. A medida que os fatos vão ocorrendo, um aparente filme infantil se torna uma sofisticadíssima comédia non sense que poucas crianças rirão e todos os pais vão achar genial. E tudo sob a batuta de Jerry Seinfeld.
3. Shrek 1 (2001) e 2 (2004)
De diferentes formas, ambos os filmes tem seu destaque: o primeiro foi marco na animação digital, alterando a lógica dos contos de fadas, excelentes imagens e uma interessante história; o segundo, se não tinha o ineditismo do 1, teve a melhor história da trilogia. A série conseguiu colocar um ogro como galã, o príncipe encantado e a fada madrinha como vilões e Antônio Banderas com um gato de botas.
2. Procurando Nemo (2003)
A busca do pai pelo filho desaparecido. Com este tema, fez-se grande sucesso, onde se atendeu tanto o gosto dos mais velhos – com uma história trágica e profunda – e as crianças – com boas piadas, muita ação, personagens cativantes. O maior trunfo do filme, no entanto, foi um peixe-pai e um peixe-filho extremamente reais, e tratando de assuntos delicados sem medo de ferir pais ou crianças. Diga-se: a última coisa que a Pixar faz é tratar seu publico infantil como imbecis.
1. Ratatouille (2007)
E o Oscar vai para: Pixar!!! Ratatouille pode não agradar aos baixinhos, mas é uma grande animação: graficamente impecável, conseguindo um realismo capaz de gerar nojo quando os ratos caem da tela; sutil em muitos momentos; bem humorado, dosando piadas sutis e escrachadas; ação, aventura, drama, comédia. Tudo junto e bem temperado. A história do ratinho que sonha em ser chefe de cozinha fala de preconceitos, de amor, de lutar pelos seus sonhos.
Apesar de um desenho, o filme é carregado de sutilezas, como o texto final feita pelo crítico de culinário Altor Ego um verdadeiro manifesto contra os preconceito e, para os adultos, uma evocação à infância. O filme também é bem montado e com trilha sonora de primeira.