Lançado em 2001, A.I. – Inteligência Artificial foi vendido como uma ficção brilhante chancelada pelas mentes de Stanley Kubrick e Steven Spielberg. Porém, o resultado ficou no meio termo entre a ficção e a fantasia, o que acabou dividindo o público. Inspirada na jornada do Pinóquio, o filme conta a história de um robozinho avançado que vive uma história única no futuro. Além das histórias vistas em tela, o longa esconde alguns segredos. Pensando nisso, o CinePOP separou 10 curiosidades para você conferir.
Problema com o nome
O título original do filme era A.I., e nada mais. Só que a equipe de marketing, após uma enquete com o logo, percebeu que as pessoas estava confundindo o título com A.1., que é uma famosa marca de molho de churrasco nos EUA. Então, para evitar confusões, o título oficial foi alterado para A.I. – Inteligência Artificial.
Gênios
A curiosidade mais conhecida sobre este filme é que o projeto esteve nas mãos de Stanley Kubrick por mais de 20 anos. No entanto, antes de morrer, o próprio Kubrick perguntou se Steven Spielberg não gostaria de assumir o longa, após entender que a visão do colega se adequava mais à história. E não deu outra: Spielberg aceitou.
Visão sombria
No entanto, ao contrário do que muitos acreditam, as partes mais sombrias da história foram sugeridas justamente por Steven Spielberg. Não apenas isso, mas também as partes mais “fofinhas” da história, como a adição do ursinho de pelúcia e o desfecho mais sonhador e positivo da trama, constantemente criticados pelos fãs e atribuídos a Steven, foram justamente sugestões de Stanley Kubrick.
Depilação
Um dos motivos do filme funcionar tão bem é a atuação “robótica” do jovem Haley Joel Osment, que despontava na época como um dos mais promissores atores mirins de sua geração. Para ajudar nesse aspecto mais ‘plástico’, a equipe de maquiagem depilava todas as partes visíveis da pele do menino, como bracinhos, testa e bochechas, para que a pele ficasse a mais “não humana” possível.
O segredos dos olhos
Além da questão da pele, outro ponto usado para diferenciar os robôs dos humanos foi sugerido pelo próprio Haley Osment. Ele disse a Spielberg que faria mais sentido se o seu personagem, David, não piscasse, já que era um robô. O diretor gostou tanto da ideia do garoto que pediu a todos os atores “robóticos” que não piscassem enquanto estivessem em cena. Nem todos conseguiram.
Inclusivo
Em vez de remover digitalmente ou procurar esconder os membros, a produção convocou atores deficientes físicos para interpretarem os robôs que haviam perdido membros, como braços e pernas.
Complexo
Dentre todos os robôs e animatrônicos feitos para o filme, o lendário Stan Winston disse que o mais complexo para ser desenvolvido foi justamente o ursinho Teddy. Afinal, enquanto os outros robôs ficavam parados ou se mexiam pouco, Teddy precisava andar, falar e até mesmo ter trejeitos próprios. Segundo Winston, o ursinho foi mais complexo e deu mais trabalho que qualquer dinossauro do primeiro Jurassic Park (1993).
Voz conhecida
O ursinho Teddy foi interpretado por Jack Angel, um lendário “voice actor” – o equivalente aos nossos dubladores aqui no Brasil -, que deu voz a diversos personagens de clássicos das animações, como Transformers, DuckTales, Super Amigos, Toy Story e Os Smurfs. Apesar de ter gravado as falas do ursinho previamente, o ator foi convidado pelo próprio Spielberg a fazer parte permanente da equipe dos sets. Afinal, se ele sentisse que deveria mudar uma fala ou Spielberg quisesse uma mudança repentina, o ator poderia fazer a voz na mesma hora.
Realidade alternativa
Diversos filmes foram afetados pelo atentado de Osama Bin Laden às Torres Gêmeas, e A.I. foi um deles. Apesar de ser ambientado muitos anos no futuro, as cenas em Nova York mostram o World Trade Center ao fundo, que foi destruído apenas três meses após o lançamento oficial do longa. Apesar das críticas, Spielberg decidiu manter as torres na versão para DVD do filme.
Robin Williams
Muita gente não sabe, mas antes de interpretar um robô em O Homem Bicentenário, o ator e comediante Robin Williams gravou uma pequena passagem robótica como o holograma Dr. Conhecimento neste filme. A gravação foi feita muito tempo antes de Spielberg assumir a direção. Ou seja, toda a passagem de Williams no longa foi dirigida exclusivamente por Kubrick.