Lançado em 1998, Impacto Profundo se consolidou como um clássico das reprises no Brasil, apesar de não ter sido bem recebido pela crítica, e sempre garante audiência com sua mistura de ação com ficção científica.

Pensando nesse sucesso improvável das TVs abertas, selecionamos 10 curiosidades que você talvez não conheça sobre os bastidores do filme. Confira!

Ideia antiga

Apesar de só ter saído em 1998, Impacto Profundo era um sonho antigo dos produtores. Nos anos 90, o filme recebeu sinal verde, mas a ideia deles para a direção era o consagrado Steven Spielberg, com quem havia trabalhado em Tubarão (1975). Isso porque, segundo a produção, a ideia era fazer um arrasa-quarteirão que tivesse cérebro, e ninguém sabia fazer isso melhor que Spielberg. Porém, o diretor estava ocupado com as filmagens de Amistad e O Resgate do Soldado Ryan. Ainda assim, Spielberg decidiu participar do projeto por meio de sua produtora, a DreamWorks, e indicou a diretora Mimi Leder para comandar o longa.

Embate

Se o pessoal já estranhou o Barbenheimer, que trouxe dois filmes opostos estreando juntos, imagina os cinéfilos de 1998 que viram Impacto Profundo e Armaggedon estrearem num intervalo de um mês com a mesmíssima temática? Pois é, ambos os filmes falam sobre o impacto de um asteroide na Terra e acabaram competindo entre si. No fim das contas, Armaggedon se saiu melhor nas bilheterias, mas Impacto Profundo levou críticas relativamente melhores. Ou seja, nessa guerra de temas iguais, quem se deu bem mesmo foi o filme de elenco mais ‘Pop’.

Referência

O impacto dessa disputa foi tão profundo que uma das falas do Presidente Beck teve de ser removida do filme porque fazia uma menção ao “rival”. Originalmente, seu discurso motivacional terminaria com a frase “isto não é o Armaggedon”, mas quando perceberam que isso poderia estimular o público a assistir o concorrente, eles editaram a cena e removeram esse período.

Publicidade científica

Pouco tempo antes do lançamento do filme, a comunidade científica anunciou uma descoberta apocalíptica: o asteroide 1997 XF11 se chocaria contra a Terra em alta velocidade em outubro de 2028. A notícia bombástica ajudou a promover o filme, que falava justamente sobre o impacto de um meteoro contra nosso planeta. No entanto, um mês depois do lançamento do filme, foi divulgado um novo estudo que mostrava que ele erraria a trajetória da Terra por muitos quilômetros.

Último filme

O diretor de fotografia de Impacto Profundo foi comandada por Dietrich Lohmann, porque já havia trabalhado anteriormente com a diretora do filme, Mimi Leder.

Durante as filmagens, ele parecia estar sempre muito doente, e durante a fase de pós-produção, o elenco e a equipe descobriram que ele estava vivendo seu últimos dias de vida com eles, porque estava sofrendo com os efeitos da leucemia.

Infelizmente, Lohmann faleceu pouco tempo depois do longa ser finalizado, fazendo de Impacto Profundo o último filme de sua carreira. Por isso, eles incluíram uma dedicatória especial para ele nos créditos finais.

Presidente negro

Em entrevista ao The New York Times, concedida em 2016, Lori McCreary revelou que houve resistência a ideia de escalar Morgan Freeman para interpretar o presidente dos Estados Unidos. E o motivo é esse mesmo que você pensou. Apesar do desejo da diretora do filme de contar com Freeman no papel, o estúdio alegou que ter um presidente norte-americano negro era algo muito fantasioso e que não faria sentido. No fim das contas, Freeman foi uma das melhores coisas do filme – e os EUA elegeram um presidente negro 10 anos depois.

Inapropriado

A personagem de Téa Leoni foi escrita para ser funcionária da CNN. Porém, a emissora não achou adequado ter sua marca explorada em um filme que poderia retratar as notícias de forma sensacionalista. Então eles trocaram para a MSNBC, que havia sido lançada há apenas dois anos e queria divulgar a marca da emissora em um grande sucesso.

Projeto Manhattan

Em dado momento do filme, eles comparam as medidas de tentar evitar a colisão do asteroide ao Projeto Manhattan, que foi o responsável por criar a bomba atômica e que voltou a ser debatido recentemente com Oppenheimer. O interessante disso é que o nome fantasia usado nas filmagens externa de Impacto Profundo era justamente “Projeto Manhattan”.

Bilheteria

Com grandes efeitos para a época, o filme custou aproximadamente 80 milhões de dólares. Em contrapartida, arrecadou quase 350 milhões de dólares em bilheteria, fazendo dele um sucesso financeiro para o estúdio. Isso fez dele o filme de maior bilheteria da história a ter sido dirigido por uma mulher, até ser superado 10 anos depois por Crepúsculo. Atualmente, quem detém esse título é Barbie.

Reciclado

Composta por James Horner, a trilha sonora de Impacto Profundo serviu de inspiração – e algumas faixas fora recicladas, para compor a trilha de outro sucesso da época: O Homem Bicentenário, que chegou aos cinemas em 1999.

Impacto Profundo está disponível para aluguel no AppleTV+