Lançado em 2013, O Homem de Aço foi o filme responsável por dar início ao “SnyderVerso” da DC, que dividiu opiniões e agora sofrerá um reboot para seguir a visão de James Gunn e Peter Safran para os heróis. No entanto, mesmo com muitas polêmicas, o filme conseguiu conquistar uma base sólida de fãs, que o cultuam até hoje. No entanto, mais interessante que o próprio filme em si são as histórias de bastidores do longa. Por isso, selecionamos dez delas para você conhecer. Confira!
Sem preparo
A ideia original da Warner era ter o ator e diretor Ben Affleck no comando de O Homem de Aço. No entanto, Affleck recusou o emprego por não se considerar apto a dirigir um filme que precisasse tanto de grandes efeitos visuais. Posteriormente, ele comentou que nunca escolhe seus projetos baseado no orçamento ou na disposição do estúdio em investir em tecnologias visuais. Para ele, ainda inexperiente nesse segmento, a história era o mais importante. Assim, o estúdio foi atrás de Zack Snyder, que escalaria Ben Affleck para ser o Batman desse universo.
Provador
Zack Snyder revelou que, durante os testes para o papel de Clark Kent, a equipe de figurinistas conseguiu um dos trajes usados por Christopher Reeve no clássico imortal Superman, de 1978, para que Henry Cavill usasse.
A ideia era ver se ele se encaixava no padrão visual do herói, mesmo que o traje fosse substancialmente mais claro que o usado no filme. Henry conseguiu andar pelo set sem parecer ridículo, dando porte ao traje e vice-versa.
O resultado foi tão impressionante que eles se convenceram imediatamente de que ele era o ator certo para o papel, fazendo com que até mesmo o próprio Zack mudasse de ideia sobre seu ator ideal para dar vida ao novo Clark Kent das telonas.
Quase perdeu
Quando começou a procurar por seu “Superman perfeito”, Zack Snyder tinha um nome bem claro na cabeça: Joe Mangiello, que não passou no teste e depois foi chamado para viver o Exterminador. Além dele, nomes como Armie Hammer, Matt Bomer, Zac Efron e Matthew Goode estavam na lista do diretor. Porém, após vestir o traje, não teve como não escalar Henry Cavill, que já havia feito teste para o papel em Superman: O Retorno (2006). O mais curioso disso é que Henry quase perdeu o papel por não ter atendido às ligações do estúdio para contar que ele havia sido aprovado para viver o Superman. O motivo dele não ter atendido é que estava muito envolvido com o jogo World of Warcraft, que não tem como pausar.
O shape fala
Zack Snyder deixou claro que queria fazer cenas do Superman sem camisa, porque o uniforme era bem colado então precisava de momentos em que o público pudesse ver que eram músculos de verdade, não enchimento ou músculos de borracha. Henry Cavill comprou a ideia, mas fez algumas exigências, sendo a principal delas não apelar para anabolizantes ou retoques em seu corpo por meio de computação gráfica. Ele quis ficar forte de forma honesta, com pura regulamentação alimentar e exercícios físicos, para honrar a pureza do personagem e entregar uma aparência honesta para o público.
Peito peludo
Outro ponto que chamou atenção na época da divulgação do filme foi o peito peludo de Clark Kent. Numa época em que o padrão estético mundial tem aversão a pelos, Henry Cavill teve de argumentar com a produção para manter seus pelos corporais. Ele disse que queria quebrar esse paradigma de que corpos musculosos precisam ser lisos e depilados. Para concluir a argumentação, ele trouxe exemplares de A Morte do Superman, uma das sagas mais icônicas do herói nos quadrinhos, em que ele é retratado de forma humana, o que inclui o peito peludo.
Traje secundário
Falando no físico e no traje do herói, o uniforme do Superman no filme é justificado como sendo um tipo de pijama da sociedade de Krypton, sendo usado por todos eles abaixo de suas armaduras de defesa, ataque e proteção. No entanto, segundo o roteirista David S. Goyer, Clark adota esse “pijama” como seu traje para representar sua identidade de refugiado. Ele não se considera um guerreiro e claramente se colocaria em desvantagem defensiva contra seu próprio povo. É uma justificativa funcional para a piadinha do Super voar por aí de pijama e ainda legitima a roupa ser tão coladinha.
Reescalada
Se você acha que só o Ben Affleck que deixou de se envolver com esse filme e depois foi chamado para um papel maior, está profundamente enganado. Isso porque a primeira atriz escalada para interpretar a kryptoniana Faora foi uma tal de Gal Gadot. Só que, para a sorte dos fãs, Gal acabou engravidando e teve que abandonar o papel, obrigando Snyder a chamar a atriz alemã Antje Traue para vivê-la no filme. Anos mais tarde, Gal foi escalada novamente por Snyder, agora em um papel significantemente mais importante não só para esse universo, mas para a mitologia das histórias em quadrinhos em geral: a Mulher-Maravilha.
Resiliente
A atriz Amy Adams já virou meme em Hollywood por sofrer da “Maldição DiCaprio” de nunca ter ganho um Oscar, mesmo acumulando impressionantes seis indicações. No entanto, não é só com o Oscar que ela tenta exaustivamente conquistar. Ao longo de sua bela carreira, a atriz tentou o papel de Lois Lane três vezes. A primeira foi no projeto cancelado do diretor Brett Ratner, que tinha Brendan Fraser como favorito para viver o Superman. A segunda foi para Superman: O Retorno, em que ela também não foi escalada. Então, quando surgiu a oportunidade do terceiro teste, para O Homem de Aço, ela colocou na cabeça que era uma questão de honra conseguir o papel. E assim ela fez.
Forças Armadas
Valorizando as forças armadas norte-americanas, Zack Snyder chamou soldados do exército, marinha e aeronáutica de verdade para interpretarem os soldados que compõe as cenas militares, até mesmo os policiais de Smallville eram oficiais de verdade. Da mesma forma, os aviões, tanques e afins também eram equipamentos das forças armadas.
Mundo novo
A Krypton colapsada na sequência de abertura foi literalmente criada pela equipe do filme, com regras sociais, idioma, fauna e flora próprios e toda uma hierarquia social baseada em A República, de Platão. Para se ter uma ideia, a professora de antropologia e linguística da Universidade da Colúmbia Britânica, Christine Schreyer, para ajudar a criar do zero um idioma que refletisse a perdição da sociedade kryptoniana, que se colocou de forma egoísta acima do bem e do mal. Para isso, ela estabeleceu um idioma que colocasse o autor da fala sempre em destaque, de forma completamente arrogante. Também foi calculada uma geometria própria, em que toda a tecnologia do planeta era baseada em prata líquida flutuando sobre campos magnéticos. Foi um trabalho fantástico usado em pouco mais de 15 minutos de filme, o que mostra o compromisso da equipe em criar um mundo crível para dar uma base sólida ao Superman.
O Homem de Aço está disponível no HBO Max.