Lançado em 2004, O Terminal é um daqueles dramas que cativam até os mais fechados emocionalmente. Dirigido por Steven Spielberg e contando com uma série de estrelas no elenco, o longa conta a história de um homem que perde seus documentos quando tenta adentrar os EUA. Com isso, ele acaba ficando preso no aeroporto, que passa ser sua casa enquanto a situação não é resolvida.
Com o passar dos anos, o filme virou sucesso das reprises de TV aberta, contando essa história inusitada para diferentes gerações. Nesta matéria, o CinePOP listou 10 curiosidades que você talvez não conheça sobre o filme. Confira!
História real
Por mais surreal que possa parecer, O Terminal foi inspirado em uma história real que causou muita polêmica na Europa. Ele se baseada livremente na jornada de Mehran Karimi Nasseri, um refugiado iraniano que teve seus documentos roubados e passou a viver no terminal um do Aeroporto Charles de Gaulle entre 1988 e 2006. No começo de sua vida na França, o rapaz havia sido detido pelas autoridades francesas. Porém, com o passar dos anos, ele recebeu permissões para entrar no país ou voltar para sua terra de origem, só que ele preferiu ficar vivendo no saguão. Eventualmente, sua saúde mental passou a ser questionada e ele só deixou o aeroporto porque recebeu uma pomposa quantia da DreamWorks para adaptar sua biografia. Com o dinheiro, ele passou a viver em um hotel de Paris.
Mudou
A ideia inicial do roteiro era tratar Viktor, o protagonista, como um imigrante da Eslovênia, que fugiu de uma guerra civil iniciada em sua terra natal. No entanto, o então cônsul da Eslovênia nos EUA, Mark Rijavec, comentou com a produção que não seria uma boa ideia, já que o país é considerado um tipo de ‘Suíça do Leste Europeu’, dada a altíssima qualidade de vida. Ou seja, não passaria muita credibilidade que uma guerra civil estourasse por lá de uma hora para outra. Eles aceitaram o conselho e decidiram criar um país fictício para o protagonista.
Leste europeu
Por mais que a equipe criativa tenha criado o país fantasioso de Krakozhia para o filme, é nítida a inspiração que tomaram de países do Leste Europeu. Por exemplo, Viktor fala búlgaro, sua carteira de motorista é da Bielorrússia e as revistas que ele lê estão escritas em um tipo de russo bem rudimentar.
Não deixe de assistir:
Alemanha
Apesar de ser ambientado quase que exclusivamente no Aeroporto Internacional de Nova York, o set de filmagem construído para o longa foi baseado no Aeroporto Internacional de Düsseldorf, na Alemanha. Mais do que isso, o trabalho foi tão bem feito que não chega a ser exagero dizer que eles construíram uma réplica em tamanho real de partes do aeroporto. Foram 16 semanas para terminar a construção do set, que contou com escadas rolantes funcionais e praças de alimentação.
Do Brasil
Uma das diversas cenas curiosas do filme é o momento que mostra a manutenção da higiene de Viktor dentro do aeroporto. Ele escova os dentes e se banha na pia do banheiro do terminal. Os fãs de Fórmula 1 já sabia dessa referência há tempos, mas vale reparar que Viktor usa sempre uma toalha estampada do Ayrton Senna, lendário piloto brasileiro.
Confiou no projeto
Gravado no início dos anos 2000, O Terminal conta com dois dos maiores nomes do cinema norte-americano da época: Steven Spielberg e Tom Hanks. O mais curioso disso tudo é que Hanks embarcou nesse projeto antes mesmo de Spielberg. Ele havia se interessado pela história há algum tempo e não hesitou em aceitar o papel.
Just Do It
Tom Hanks virou o rosto da Nike nos cinemas uma década antes, quando encantou o mundo ao interpretar o protagonista de Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994), que encontra em seus Nike Cortez a chave para o sucesso. No filme, ele ganha os tênis de presente de sua amada e começa uma jornada correndo pelos EUA. Isso é apenas mais um dos feitos que o transformam em um tipo de guru. Em O Terminal, seu personagem tem uma cena em que procura tênis para comprar. Ele pergunta onde pode comprar Nike’s.
Dois finais
O filme teve dois finais diferentes gravados. Na conclusão original, Amelia (Catherine Zeta-Jones) iria para Manhattan junto com Viktor. No entanto, Spielberg decidiu gravar um novo encerramento, que é o utilizado no corte-final. Por conta das refilmagens, o diretor teve seu filme seguinte, Munique (2005), atrasado. Assim, Ben Kingsley, que estava escalado para atuar em Munique, teve de deixar o projeto por conflitos de agenda.
Retorno
Com custo de 60 milhões de dólares, o filme arrecadou honestos US$ 219 milhões, não fazendo dele um fenômeno de bilheteria, mas conseguindo um bom retorno comercial. As críticas foram mistas, elogiando, em sua maioria, o trabalho de Tom Hanks.
Faleceu
Mehran Karimi Nasseri, o homem que inspirou essa história surreal, faleceu em 12 de novembro de 2022, no Aeroporto Charles de Gaulle em Paris, França. Ao longo de sua vida fora do terminal, ele usou o dinheiro para bancar um hotel, mas ficava ‘indo e vindo’ para o aeroporto periodicamente. Quando o dinheiro acabou, ele voltou a morar no aeroporto por vontade própria e teve um ataque cardíaco fatal aos 76 anos.
O Terminal está disponível para aluguel no Amazon Prime Video.
