quarta-feira , 20 novembro , 2024

10 curiosidades de ‘Shrek’, a revolucionária animação da DreamWorks

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Lançado em 2001, Shrek se tornou uma daquelas animações revolucionárias. Na época, a Disney vivia uma fase espetacular adaptando clássicos da literatura. Com isso, dominavam o mercado das animações e ditavam os rumos desses filmes.



Contando com um humor subversivo, repleto de piadas de duplo-sentido e agradando também ao público adulto, Shrek mostrou que era possível fazer longas animados que não fossem exclusivamente focados no público infantil, indo além da “fórmula Disney. O filme foi um sucesso espetacular, rendeu uma franquia que perdura desde então e criou uma legião de fãs. Por isso, o CinePOP separou dez curiosidades que você talvez não conheça sobre o primeiro filme. Confira!

Adaptação

Apesar de parecer uma história original, Shrek é uma adaptação do livro infantil Shrek!, do autor norte-americano William Steig. No livro, Shrek é um jovem ogro que mora em um pântano com seus pais. Porém, ao atingir a idade adulta, ele é expulso de casa para encontrar um rumo na vida. Em sua jornada, ele cruza caminho com uma bruxa que prevê que o ogro se juntará a um burrico para salvar uma princesa tão horrorosa quanto ele.

Mudanças

A ideia original era fazer uma animação tradicional. No entanto, houve uma série de debates sobre o quanto eles deveriam apelar para piadas que dialogassem com o público adulto, fazendo com que eles optassem por abordar o longa como uma grande paródia. Ainda assim, a ideia original era fazer algo mais próximo do livro, com Shrek morando com os pais, sendo mantido no quarto com peixes podres. No entanto, em vez do pântano, ele moraria num aterro sanitário. Ele também teria um visual mais fiel ao do livro. Felizmente, decidiram dar a ele um design mais original que acabou eternizado na mente dos fãs.

Tragédia

Originalmente, o ator e humorista Chris Farley havia sido escalado para interpretar o Shrek. Ele, inclusive, chegou a gravar quase todas as falas do personagem. No entanto, ele faleceu precocemente por conta de uma overdose em 1997. Assim, o papel foi dado a seu amigo de Saturday Night Live, Mike Myers. O mais bizarro dessa situação é que o comediante Bussunda, do Casseta & Planeta, foi escolhido para dublar o personagem no Brasil. Ele também viria a falecer, mas em 2006, durante a Copa do Mundo.

Elogiado

Com cerca de 95% do filme gravado com a voz de Farley, a produção debateu se manteriam o trabalho do humorista ou se deveriam escalar um novo ator. Como ainda faltavam algumas falas, eles optaram por trazer Myers para o papel. Mike solicitou que o roteiro fosse reescrito, apagando qualquer traço de humor dado pelo amigo falecido. Com o novo texto, ele pôde interagir mais com as piadas. Myers gravou as falas com sua voz normal, mas sentiu que estava faltando algo. Então, forçou um sotaque canadense em algumas falas. Estava quase lá. Ele chegou ao tom do personagem quando decidiu fazer o sotaque escocês que sua mãe usava para contar histórias para dormir. O problema é que o filme já estava todo pronto, e regravar as falas aumentaria o custo em cerca de 4 milhões de dólares. Normalmente essa ideia seria prontamente descartada. No entanto, eles gostaram tanto do trabalho de Myers que decidiram abrir o bolso. O trabalho deu tão certo que o próprio Steven Spielberg enviou uma carta ao ator, elogiando sua preocupação com o personagem e sua atuação.

Novo personagem

O trabalho de Myers foi realmente elogiado, e parte desse sucesso veio de terem reescrito o roteiro. Com o novo texto, ele teve mais liberdade de transpor sua própria personalidade para o Shrek, improvisando uma série de falas do personagem. Além disso, ele convidou sua então esposa, Robin Ruzan, para ir com ele ao estúdio na hora de gravar as cenas de amor. Ele gravou as falas “românticas” do Shrek recitando o texto para sua amada.

Indicações

O filme foi um verdadeiro sucesso de público e críticas, não à toa foi indicado em duas categorias no Oscar de 2002. Ele concorreu em Melhor Roteiro Adaptado e venceu o prêmio de Melhor Animação, batendo Jimmy Neutron: O Menino Gênio e o grande favorito da noite: Monstros S.A., da Pixar. Com isso, Shrek conquistou o primeiro Oscar de Melhor Animação da história. Lembrando que os três vencedores anteriores foram considerados como premiações especiais/ honorárias.

Acaso

Fenômeno dentre a geração dos anos 1990/ 2000, a música All Star, do Smash Mouth, ficou imortalizada pela cena de abertura de Shrek. O mais curioso da situação é que essa canção foi usada inicialmente como um “tapa-buraco” da produção. Eles queriam usar uma música famosa, mas ainda estavam decidindo qual. Acontece que o público das sessões de teste saiu fascinado pela cena de abertura, fazendo com que eles deixassem tudo do jeito que estava. O resultado foi tão positivo que convidaram a banda para gravar a música de encerramento: I’m a Believer.

Rivalidade

Quando assumiu que o filme seria uma paródia, a DreamWorks Animation decidiu tirar sarro de sua principal rival sacaneando sua estratégia institucional de adaptações. Enquanto a DreamWorks é conhecida por comprar histórias infantis mais criativas e promissoras, a Disney historicamente só adapta contos e fábulas clássicos, que tenhas seus direitos em domínio público. Dessa forma, Shrek pegou os mesmos contos que a casa do Mickey havia transformado em filmes de sucesso e sacaneou um por um, além de zombar de algumas atrações do parque temático na sequência de Duloc.

Escolha acertada

O vilão do filme é o baixinho Lorde Farquaad. Originalmente, os produtores queriam que o ator Alan Rickman interpretasse o pintor de rodapé, chegando até mesmo a convidá-lo a participar do filme. Porém, o ator recebeu a resposta de um outro trabalho para o qual havia feito teste. Sabendo da possibilidade de virar franquia e dialogar com um público mais amplo, ele decidiu aceitar o convite da Warner, deixando de lado o Lorde Farquaad, que foi dado a John Lithgow. O papel em questão era o do professor Snape, de Harry Potter, que viria a eternizá-lo na história do cinema.

Distantes

O filme foi um sucesso total e acabou sendo amado pelos próprios atores. Eddie Murphy, que dá voz ao Burro, já falou várias vezes que o personagem é um de seus melhores trabalhos. Entretanto, apesar de terem gostado tanto do filme, os atores não interagiram durante as gravações. Cada um gravou suas falas de forma isolada e em dias diferentes. Isso foi uma decepção para John Lithgow, que queria ter conhecido os comediantes do elenco.

Shrek está disponível no Amazon Prime Video e na Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Contando com um humor subversivo, repleto de piadas de duplo-sentido e agradando também ao público adulto, Shrek mostrou que era possível fazer longas animados que não fossem exclusivamente focados no público infantil, indo além da “fórmula Disney. O filme foi um sucesso espetacular, rendeu uma franquia que perdura desde então e criou uma legião de fãs. Por isso, o CinePOP separou dez curiosidades que você talvez não conheça sobre o primeiro filme. Confira!

Adaptação

Apesar de parecer uma história original, Shrek é uma adaptação do livro infantil Shrek!, do autor norte-americano William Steig. No livro, Shrek é um jovem ogro que mora em um pântano com seus pais. Porém, ao atingir a idade adulta, ele é expulso de casa para encontrar um rumo na vida. Em sua jornada, ele cruza caminho com uma bruxa que prevê que o ogro se juntará a um burrico para salvar uma princesa tão horrorosa quanto ele.

Mudanças

A ideia original era fazer uma animação tradicional. No entanto, houve uma série de debates sobre o quanto eles deveriam apelar para piadas que dialogassem com o público adulto, fazendo com que eles optassem por abordar o longa como uma grande paródia. Ainda assim, a ideia original era fazer algo mais próximo do livro, com Shrek morando com os pais, sendo mantido no quarto com peixes podres. No entanto, em vez do pântano, ele moraria num aterro sanitário. Ele também teria um visual mais fiel ao do livro. Felizmente, decidiram dar a ele um design mais original que acabou eternizado na mente dos fãs.

Tragédia

Originalmente, o ator e humorista Chris Farley havia sido escalado para interpretar o Shrek. Ele, inclusive, chegou a gravar quase todas as falas do personagem. No entanto, ele faleceu precocemente por conta de uma overdose em 1997. Assim, o papel foi dado a seu amigo de Saturday Night Live, Mike Myers. O mais bizarro dessa situação é que o comediante Bussunda, do Casseta & Planeta, foi escolhido para dublar o personagem no Brasil. Ele também viria a falecer, mas em 2006, durante a Copa do Mundo.

Elogiado

Com cerca de 95% do filme gravado com a voz de Farley, a produção debateu se manteriam o trabalho do humorista ou se deveriam escalar um novo ator. Como ainda faltavam algumas falas, eles optaram por trazer Myers para o papel. Mike solicitou que o roteiro fosse reescrito, apagando qualquer traço de humor dado pelo amigo falecido. Com o novo texto, ele pôde interagir mais com as piadas. Myers gravou as falas com sua voz normal, mas sentiu que estava faltando algo. Então, forçou um sotaque canadense em algumas falas. Estava quase lá. Ele chegou ao tom do personagem quando decidiu fazer o sotaque escocês que sua mãe usava para contar histórias para dormir. O problema é que o filme já estava todo pronto, e regravar as falas aumentaria o custo em cerca de 4 milhões de dólares. Normalmente essa ideia seria prontamente descartada. No entanto, eles gostaram tanto do trabalho de Myers que decidiram abrir o bolso. O trabalho deu tão certo que o próprio Steven Spielberg enviou uma carta ao ator, elogiando sua preocupação com o personagem e sua atuação.

Novo personagem

O trabalho de Myers foi realmente elogiado, e parte desse sucesso veio de terem reescrito o roteiro. Com o novo texto, ele teve mais liberdade de transpor sua própria personalidade para o Shrek, improvisando uma série de falas do personagem. Além disso, ele convidou sua então esposa, Robin Ruzan, para ir com ele ao estúdio na hora de gravar as cenas de amor. Ele gravou as falas “românticas” do Shrek recitando o texto para sua amada.

Indicações

O filme foi um verdadeiro sucesso de público e críticas, não à toa foi indicado em duas categorias no Oscar de 2002. Ele concorreu em Melhor Roteiro Adaptado e venceu o prêmio de Melhor Animação, batendo Jimmy Neutron: O Menino Gênio e o grande favorito da noite: Monstros S.A., da Pixar. Com isso, Shrek conquistou o primeiro Oscar de Melhor Animação da história. Lembrando que os três vencedores anteriores foram considerados como premiações especiais/ honorárias.

Acaso

Fenômeno dentre a geração dos anos 1990/ 2000, a música All Star, do Smash Mouth, ficou imortalizada pela cena de abertura de Shrek. O mais curioso da situação é que essa canção foi usada inicialmente como um “tapa-buraco” da produção. Eles queriam usar uma música famosa, mas ainda estavam decidindo qual. Acontece que o público das sessões de teste saiu fascinado pela cena de abertura, fazendo com que eles deixassem tudo do jeito que estava. O resultado foi tão positivo que convidaram a banda para gravar a música de encerramento: I’m a Believer.

Rivalidade

Quando assumiu que o filme seria uma paródia, a DreamWorks Animation decidiu tirar sarro de sua principal rival sacaneando sua estratégia institucional de adaptações. Enquanto a DreamWorks é conhecida por comprar histórias infantis mais criativas e promissoras, a Disney historicamente só adapta contos e fábulas clássicos, que tenhas seus direitos em domínio público. Dessa forma, Shrek pegou os mesmos contos que a casa do Mickey havia transformado em filmes de sucesso e sacaneou um por um, além de zombar de algumas atrações do parque temático na sequência de Duloc.

Escolha acertada

O vilão do filme é o baixinho Lorde Farquaad. Originalmente, os produtores queriam que o ator Alan Rickman interpretasse o pintor de rodapé, chegando até mesmo a convidá-lo a participar do filme. Porém, o ator recebeu a resposta de um outro trabalho para o qual havia feito teste. Sabendo da possibilidade de virar franquia e dialogar com um público mais amplo, ele decidiu aceitar o convite da Warner, deixando de lado o Lorde Farquaad, que foi dado a John Lithgow. O papel em questão era o do professor Snape, de Harry Potter, que viria a eternizá-lo na história do cinema.

Distantes

O filme foi um sucesso total e acabou sendo amado pelos próprios atores. Eddie Murphy, que dá voz ao Burro, já falou várias vezes que o personagem é um de seus melhores trabalhos. Entretanto, apesar de terem gostado tanto do filme, os atores não interagiram durante as gravações. Cada um gravou suas falas de forma isolada e em dias diferentes. Isso foi uma decepção para John Lithgow, que queria ter conhecido os comediantes do elenco.

Shrek está disponível no Amazon Prime Video e na Netflix.

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Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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