domingo , 22 dezembro , 2024

Feliz Dia do Cinema Brasileiro

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O cinema do Brasil existe como exibição e entretenimento desde julho de 1896, e como realização e expressão desde 1897. A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa do exibidor itinerante belga Henri Paillie.

Embora nunca tenha chegado a se estruturar plenamente como indústria, o cinema brasileiro, em seus mais de 110 anos de História, teve momentos de grande repercussão internacional, como na época do Cinema Novo (1963 a 1970).



Não consigo entender como o país de maior referência de produção e consumo de novelas no mundo tenha tamanha resistência para com o cinema nacional. Para aqueles que já pensaram em criticar, espere: estou levantando aqui linguagem dentro de narrativa audiovisual, roteiro, criação de personagens e desenvolvimentos de histórias que nos fazem acompanhar algo – seja por uma hora e meia, seja por oito meses.

Desde os anos 1970, 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro.

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Separamos 10 entre os muitos fatos relevantes sobre o cinema Brasileiro:

Pensando nisso e, aproveitando a oportunidade aqui, decidi levantar dez motivos para disseminar e esclarecer, na medida do possível, esse preconceito em relação ao nosso cinema. Porque preconceito nada mais é do que falta de informação.

1.

O item mais comum é o péssimo hábito de classificar filmes feitos por aqui como simplesmente nacionais. Nacional não é gênero! Por acaso, quando alguém te pergunta que tipo de filme é Atividade Paranormal, você responde: americano? Não, você diz terror!Então porque quando o filme é feito no Brasil existe esse terrível costume de usar a nacionalidade para defini-lo?Amarelo Manga é um drama, Se eu Fosse Você, comédia, e por aí vai.

2.

Muita gente ainda diz não gostar de produções nacionais porque são ‘mal feitas’ ou ‘baixaria’. Isso era aplicável no início do século passado quando o cinema brasileiro nasceu e só havia orçamento pra se fazer chanchadas, que nada mais são do que comédias, com certo apelo erótico, de baixo custo (não confunda com pornochanchada). Dercy Gonçalves esteve em boa parte deles, inclusive.

3.

O Cinema Novo foi um movimento nacional que mudou a cena cinematográfica em todo o mundo. Diretores brasileiros foram premiados no pomposo festival de Cannes, como Nelson Pereira dos Santos, com Vidas Secas; e Glauber Rocha com Terra em Transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, por exemplo.

4.

O Brasil só ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro uma vez, em 1960, pelo filme Orfeu Negro, de Marcel Camus; em 1962 o país recebeu sua segunda indicação, por O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte; as outras indicações vieram com O Quatrilho, em 1995; O Que é Isso Companheiro?, 1997; e Central do Brasil, em 1998.

5.

Depois de ganhar notoriedade internacional por meio de festivais estrangeiros, os filmes feitos aqui passaram a influenciar o trabalho de diretores que você com certeza já ouviu falar.

Sabe Os Infiltrados? E A Ilha do MedoCabo do MedoTouro Indomável?

Então, são do aclamado Scorsese. Esse diretor é fã assumido de Glauber Rocha e já disse em várias entrevistas que o trabalho do cineasta brasileiro o influencia até hoje.

6.

Sabe por que o hábito de ir aos cinemas de rua meio que morreu por aqui? A famigerada pornochanchada surgiu em 1970 e desde então dominou os circuitos de exibição do país, que eram primordialmente de rua. Quando Collor abriu as pernas do país para empresas estrangeiras, grandes redes como Cinemark e UCI se instalaram nos shoppings do país e dominaram a mente dos expectadores, cujos pais traziam consigo a cultura de que filme que passa em cinema de rua é pornô. Uma pena pelo Cine Marabá, Espaço Unibanco e o extinto Cine Belas Artes, aqui de Sâo Paulo, entre centenas de outros espalhados pelo Brasil.

7.

Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma “Vista da baia da Guanabara” teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto, em 19 de junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil. No entanto, este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido e sua existência só é provada por uma nota num jornal carioca da época.

8.

Quando Glauber Rocha lançou o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, em 1964, alguns críticos tiveram o dom de dizer que o cara não sabia filmar por deixar a luz estourar em quase todas as cenas e, em outras, permitir que a escuridão dominasse. Alguém aqui já esteve sob um Sol escaldante, naqueles dias em que não há nuvens no céu e seus óculos escuros ficaram em casa? Então, a idéia era recriar essa experiência. Tal como a escuridão absoluta em cenas noturnas (ou você acha que no sertão tem poste de luz?). Vale lembrar que esse estilo de luz foi aclamado pela crítica estrangeira por ser peculiar à cena cinematográfica brasileira e passou a ser usada por muitos diretores daqui e de fora depois disso.

9.

Alguns artistas brasileiros têm ganhado reconhecimento internacional, provando a qualidade de nossas atuações.

É o caso de Sônia Braga, que está no cinema norte-americano desde 1988 até hoje; Rodrigo Santoro, que começou com uma ponta muda em Panteras e depois interpretou o Rei Xerxes, em 300 de Esparta. Atualmente, filma a sequência ‘300 – A Ascensão do Império‘; Alice Braga, que teve papel de destaque em Ensaio Sobre a Cegueira, Predadores 3 e Eu Sou a Lenda. Em breve, chega aos cinemas em Elysium, próximo filme de Neill Blomkamp, diretor de Distrito 9, com estreia programada para o fim de 2013.  Wagner Moura também está em Elysium, em papel de destaque.

10.

A maior bilheteria de filme nacional até o momento foi de Tropa de Elite 2, que só perdeu o primeiro lugar nas bilheterias brasileiras em 2010 pro megalomaníaco Avatar. O filme brasileiro teve o maior público entre os filmes nacionais da história, com 11.002.441 pagantes e arrecadou R$ 102.188,333. Ele, inclusive, representou o Brasil no Oscar de 2012.

Por: Juliana Cruz

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O cinema do Brasil existe como exibição e entretenimento desde julho de 1896, e como realização e expressão desde 1897. A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa do exibidor itinerante belga Henri Paillie.

Embora nunca tenha chegado a se estruturar plenamente como indústria, o cinema brasileiro, em seus mais de 110 anos de História, teve momentos de grande repercussão internacional, como na época do Cinema Novo (1963 a 1970).

Não consigo entender como o país de maior referência de produção e consumo de novelas no mundo tenha tamanha resistência para com o cinema nacional. Para aqueles que já pensaram em criticar, espere: estou levantando aqui linguagem dentro de narrativa audiovisual, roteiro, criação de personagens e desenvolvimentos de histórias que nos fazem acompanhar algo – seja por uma hora e meia, seja por oito meses.

Desde os anos 1970, 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro.

 

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Separamos 10 entre os muitos fatos relevantes sobre o cinema Brasileiro:

Pensando nisso e, aproveitando a oportunidade aqui, decidi levantar dez motivos para disseminar e esclarecer, na medida do possível, esse preconceito em relação ao nosso cinema. Porque preconceito nada mais é do que falta de informação.

1.

O item mais comum é o péssimo hábito de classificar filmes feitos por aqui como simplesmente nacionais. Nacional não é gênero! Por acaso, quando alguém te pergunta que tipo de filme é Atividade Paranormal, você responde: americano? Não, você diz terror!Então porque quando o filme é feito no Brasil existe esse terrível costume de usar a nacionalidade para defini-lo?Amarelo Manga é um drama, Se eu Fosse Você, comédia, e por aí vai.

2.

Muita gente ainda diz não gostar de produções nacionais porque são ‘mal feitas’ ou ‘baixaria’. Isso era aplicável no início do século passado quando o cinema brasileiro nasceu e só havia orçamento pra se fazer chanchadas, que nada mais são do que comédias, com certo apelo erótico, de baixo custo (não confunda com pornochanchada). Dercy Gonçalves esteve em boa parte deles, inclusive.

3.

O Cinema Novo foi um movimento nacional que mudou a cena cinematográfica em todo o mundo. Diretores brasileiros foram premiados no pomposo festival de Cannes, como Nelson Pereira dos Santos, com Vidas Secas; e Glauber Rocha com Terra em Transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, por exemplo.

4.

O Brasil só ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro uma vez, em 1960, pelo filme Orfeu Negro, de Marcel Camus; em 1962 o país recebeu sua segunda indicação, por O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte; as outras indicações vieram com O Quatrilho, em 1995; O Que é Isso Companheiro?, 1997; e Central do Brasil, em 1998.

5.

Depois de ganhar notoriedade internacional por meio de festivais estrangeiros, os filmes feitos aqui passaram a influenciar o trabalho de diretores que você com certeza já ouviu falar.

Sabe Os Infiltrados? E A Ilha do MedoCabo do MedoTouro Indomável?

Então, são do aclamado Scorsese. Esse diretor é fã assumido de Glauber Rocha e já disse em várias entrevistas que o trabalho do cineasta brasileiro o influencia até hoje.

6.

Sabe por que o hábito de ir aos cinemas de rua meio que morreu por aqui? A famigerada pornochanchada surgiu em 1970 e desde então dominou os circuitos de exibição do país, que eram primordialmente de rua. Quando Collor abriu as pernas do país para empresas estrangeiras, grandes redes como Cinemark e UCI se instalaram nos shoppings do país e dominaram a mente dos expectadores, cujos pais traziam consigo a cultura de que filme que passa em cinema de rua é pornô. Uma pena pelo Cine Marabá, Espaço Unibanco e o extinto Cine Belas Artes, aqui de Sâo Paulo, entre centenas de outros espalhados pelo Brasil.

7.

Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma “Vista da baia da Guanabara” teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto, em 19 de junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil. No entanto, este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido e sua existência só é provada por uma nota num jornal carioca da época.

8.

Quando Glauber Rocha lançou o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, em 1964, alguns críticos tiveram o dom de dizer que o cara não sabia filmar por deixar a luz estourar em quase todas as cenas e, em outras, permitir que a escuridão dominasse. Alguém aqui já esteve sob um Sol escaldante, naqueles dias em que não há nuvens no céu e seus óculos escuros ficaram em casa? Então, a idéia era recriar essa experiência. Tal como a escuridão absoluta em cenas noturnas (ou você acha que no sertão tem poste de luz?). Vale lembrar que esse estilo de luz foi aclamado pela crítica estrangeira por ser peculiar à cena cinematográfica brasileira e passou a ser usada por muitos diretores daqui e de fora depois disso.

9.

Alguns artistas brasileiros têm ganhado reconhecimento internacional, provando a qualidade de nossas atuações.

É o caso de Sônia Braga, que está no cinema norte-americano desde 1988 até hoje; Rodrigo Santoro, que começou com uma ponta muda em Panteras e depois interpretou o Rei Xerxes, em 300 de Esparta. Atualmente, filma a sequência ‘300 – A Ascensão do Império‘; Alice Braga, que teve papel de destaque em Ensaio Sobre a Cegueira, Predadores 3 e Eu Sou a Lenda. Em breve, chega aos cinemas em Elysium, próximo filme de Neill Blomkamp, diretor de Distrito 9, com estreia programada para o fim de 2013.  Wagner Moura também está em Elysium, em papel de destaque.

10.

A maior bilheteria de filme nacional até o momento foi de Tropa de Elite 2, que só perdeu o primeiro lugar nas bilheterias brasileiras em 2010 pro megalomaníaco Avatar. O filme brasileiro teve o maior público entre os filmes nacionais da história, com 11.002.441 pagantes e arrecadou R$ 102.188,333. Ele, inclusive, representou o Brasil no Oscar de 2012.

Por: Juliana Cruz

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