Não é sempre o máximo reunir toda a família e assistir a um bom filme? Geralmente no fim de semana, inúmeros cinéfilos e cinéfilas de todo os lugares zapeiam os streamings atrás de obras que possam assistir juntos de sua família. As vezes são filmes com conflitos, divertidas animações, longas-metragens que nos fazem refletir sobre a vida em sociedade.
Para lhe ajudar a escolher um bom filme, segue abaixo: 10 Filmes para assistir com TODA A FAMÍLIA nos streamings!
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (Netflix)
Talvez um dos filmes menos badalados da última seleção do Oscar de Melhor Animação, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é uma aventura empolgante que nos leva a diversos pontos de reflexão que vão desde os conflitos familiares até as ações e interações de diferentes gerações dentro do sempre atualizado universo da tecnologia. Um trabalho primoroso, dirigido pela dupla Michael Rianda e Jeff Rowe, que consegue a mágica de criar uma obra para toda a família. Vale o destaque também para o criativo créditos finais que mostra as famílias reais da equipe que faz parte desse filme.
Apollo 10 e meio: Aventura na era Espacial (Netflix)
A criatividade para entender os contextos de uma época que não volta mais. Em Apollo 10 e meio: Aventura na era Espacial, disponível na Netflix, o cineasta texano Richard Linklater volta as suas origens para resgatar memórias dentro de uma fábula impossível sobre a ajuda de um menino na ida do homem à lua. Em criativos 97 minutos de projeção assistimos, sempre com uma ótima dose de bom humor os conflitos de toda uma geração repleta de acontecimentos ao seu redor que definiriam lutas e reflexões durante muitos anos.
No Ritmo do Coração (Prime Video)
É possível remakes serem tão bons quanto os originais! Indicado a três Oscars em 2022, chegou à plataforma da Amazon Prime Video um emocionante filme que adapta toda a ternura e harmonia do seu original francês. No Ritmo do Coração aborda temas importantes sobre família, inclusão social, desafios no trabalho, as escolhas da vida no choque entre sonhos e realidade. Dirigido pela cineasta Sian Heder, em seu segundo longa-metragem na carreira, o projeto promete emocionar com suas linhas mensagens nas entrelinhas. A britânica Emilia Jones brilha como a protagonista, assim como Troy Kotsur que interpreta seu pai.
Quem vai ficar com Mário? (Prime Video)
Não importa o rótulo e sim o conteúdo. Chega aos cinemas nessa semana, o novo projeto de um dos cineastas mais cinéfilos da indústria brasileira, Hsu Chien. Quem vai ficar com Mário? é um longa-metragem, com roteiro baseado no filme italiano Mine Vaganti, que busca no humor reflexões profundas sobre as escolhas de um jovem que mentiu a vida toda para sua família e agora resolve sair do armário. Há críticas bem sutis às piadas machistas, a forma como alguns olham para mulheres no comando de decisões empresariais, aos julgamentos familiares que podem existir. O protagonista busca em suas novas ações corajosas a liberdade de que nunca teve além de seguir acreditando na sua própria verdade. Mesmo com ótimas mensagens que chegam fáceis ao espectador, os arcos intermediários perdem força quando buscam o equilíbrio entre o drama e a comédia (o primeiro funciona melhor), o roteiro parece fora de rumo em muitos desses momentos. Mesmo com alguns calcanhares de aquiles, o filme busca a diversão sendo reflexivo.
A Despedida (Paramount+)
O último desabafo dentro de razões quase não compreendidas. Baseado em um ótimo filme dinamarquês chamado Coração Mudo, que inclusive teve exibições do Festival do Rio, Blackbird, escrito pelo roteirista Christian Torpe (que também assina o roteiro do projeto europeu e também é o criador da série Rita, disponível na Netflix) traz à tona uma situação bastante complexa para os envolvidos, quando uma mulher decide dar um fim na sua vida e chama toda a família para compartilhar os últimos momentos, em uma fim de semana, com ela. Analisando todos ao seu redor, a matriarca faz suas leituras sobre casamentos, sexualidade, amizade e família. Há uma sutileza nos diálogos mesmo nos momentos de tensão.
A Perfectly Normal Family (MUBI)
É difícil aceitar as pessoas do jeito que são? Selecionado para o Festival de Rotterdam do ano passado, o longa-metragem dinamarquês A Perfectly Normal Family conta a trajetória de um homem que quer trocar de gênero o que o leva a um enorme conflito familiar. Dirigido pela cineasta holandesa Malou Reymann, de apenas 32 anos e em seu primeiro longa-metragem como diretora, o projeto navega pela visão das jovens sobre o divórcio, principalmente a irmã menor com todas as suas dúvidas e incompreensões que a levam em uma jornada de redescoberta do pai. Belo filme. Disponível no MUBI.
Quando rezamos, podemos ver o céu enquanto dormimos? Exibido em muitos festivais e premiado com os dois principais prêmios do Festival de Sundance ano passado, Minari fala sobre os poderes da fé e até onde pode ir um sonho de uma família que enfrenta obstáculos de todos os tipos quando resolvem se mudar para Arkansas após saírem de uma grande cidade norte-americana. Escrito e dirigido pelo cineasta norte-americano Lee Isaac Chung o projeto, super badalado pela crítica internacional, também é um delicado retrato sobre tradições e culturas.
Minha Mãe é uma Peça 3 (Globoplay)
A necessidade de atenção de uma mãe com os filhos já criados e suas descobertas sobre a esquecida arte do viver. Uma das grandes trilogias do cinema brasileiro contemporâneo, quando pensamos pura e exclusivamente em bilheteria (ingressos vendidos), Minha Mãe é uma Peça 3, baseado no estrondoso sucesso no teatro de Paulo Gustavo, é a continuação da história de uma família que o Brasil aprendeu a amar. Reunindo todos os personagens dos filmes passados e adotando curtos flashbacks entre arcos para sintonizar a emoção e pensamentos do presente, o filme dirigido por Susana Garcia (Minha Vida em Marte), pouco antes do fechamentos dos cinemas por conta da pandemia que domina o mundo, Minha Mãe é uma Peça 3 se tornou o filme mais lucrativo da história do cinema nacional.
Meu Amigo Enzo (Star+)
A arte de andar na chuva. Chegou aos cinemas brasileiros tempos atrás, quase de que maneira desapercebida, um lindo filme que além de falar sobre amizade, universo canino, diz muito sobre o poder de nossos sonhos e a importância que a família tem em nossa vida. Dirigido pelo britânico Simon Curtis (A Dama Dourada), baseado em um roteiro adaptado do livro de Garth Stein, dos mesmos produtores de Marley e Eu, Meu Amigo Enzo é uma grande jornada ao redor da vida de um amoroso e carinhoso piloto profissional de carros. Dividido em arcos bem definidos, vamos nos aproximando da história através da narração de Enzo, o cãozinho que vive os dias mais intensos da vida do protagonista.
Benzinho (Globoplay)
Os filhos são para as mães as âncoras da sua vida. Exibido no importante Festival de Sundance, Benzinho conta todas as dificuldades de uma família moradora da região de Petrópolis no Rio de Janeiro, seja no lado financeiro, seja no lado emocional com a eminente partida do filho mais velho para uma nova oportunidade na Alemanha. O longa, dirigido por Gustavo Pizzi (do ótimo Riscado), gira todo em torno da forte personagem Irene, interpretado magistralmente pela excelente atriz brasileira Karine Teles. Entre as dificuldades do cotidiano, o amor não falta nesse grande retrato de família brasileira.