sábado, abril 27, 2024

‘Viúva Negra’, ‘Eu, Tonya’ e os Projetos dos SONHOS de Grandes Astros de Hollywood

Existe dois tipos de trabalho para um ator. O que ele faz pelo dinheiro, sem que esteja verdadeiramente apaixonado pela ideia, ou sequer convencido de que ela dará certo de verdade. E o segundo, que são as obras pelas quais eles são apaixonados realmente, visando levar tal história para as telonas, às vezes por décadas. O saudoso Ray Liotta, ator falecido recentemente, se definia (e também seus companheiros de profissão) como um contador de histórias – que é como se encaixam todos os membros de uma equipe cinematográfica. Assim, um ator é parte central dessa máquina, muitas vezes com a gana de levar determinados projetos adiante maisdo que qualquer outro envolvido. Esses são os projetos de paixão dos atores. O sonho pelo qual muitas vezes se tornaram atores de começo.

Uma forma de detectar um projeto dos sonhos para os atores é perceber quando eles produzem determinado filme. Quando isso ocorre, eles saem da função de apenas vender a obra, para estar incluído em seu conceito desde os primórdios. Em alguns casos, sendo donos inclusive do conceito em seu surgimento. Sendo assim, trazemos essa nova matéria que apresenta atores que estavam tão envolvidos com determinadas produções e acreditavam tanto nestas narrativas, que investiram pesado em seus projetos dos sonhos. Confira.

Leia também: Conheça os Filmes que Foram Verdadeiros “Projetos dos Sonhos” de Astros de Hollywood

Viúva Negra

Nem sempre um projeto dos sonhos sai como esperado e por vezes pode terminar em treta. É o caso com a primeira produção de um longa de ficção da atriz Scarlett Johansson – falamos de Viúva Negra (2021). Johansson entrou meio que de gaiata na Marvel, já que a primeira opção do estúdio para viver a espiã ruiva era Emily Blunt (que havia aceitado, mas não pôde sair do compromisso em As Viagens de Gulliver). Assim, Scarlett foi fazer Homem de Ferro 2 (2010). Depois a atriz seguiu para Os Vingadores (2012) recebendo cada vez mais elogios pelo desempenho, e o resto é história. Mas enquanto seus colegas de elenco homens ganhavam não apenas filmes solo, mas também as continuações destes, nada de um longa com o nome da Viúva Negra. E não foi por falta de campanha da estrela. Depois de muito insistir, o estúdio finalmente tirava do papel o filme solo da personagem, mas aí veio a pandemia, a Disney Plus e um certo processo…

Sombras da Noite

Vivendo atualmente um dos momentos mais invasivos e horripilantes de sua vida pessoal, numa batalha judicial contra sua ex-esposa Amber Heard, o astro Johnny Depp iniciou sua carreira ainda bem jovenzinho e logo ocuparia o posto de galã. Lugar este que Depp nunca esteve confortável em ocupar. O ator sempre gostou mesmo foi das esquesitices e descobriu ao lado do gótico Tim Burton um parceiro criativo, com filmes como Edward Mãos de Tesoura (1990), Ed Wood (1994), A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) e Sweeney Todd (2007), por exemplo. Assim, Depp sabia que não havia outro para levar seu sonho de adaptar a novela sobrenatural Dark Shadows – projeto que o ator perseguiu por anos. Pena que apesar do potencial, renderia o minguado Sombras da Noite (2012).

Eu Ainda Estou Aqui

Hoje um vencedor do Oscar respeitadíssimo, os mais novos talvez não lembrem muito bem da época de “surtação” do ator Joaquin Phoenix. Ela ocorreu no fim da década de 2000, onde era noticiado que o ator estava completamente fora de si, drogado e bêbado, trocando a carreira de ator pela de cantor de rap. Era um desastre de trem anunciado, que culminou na ida do ator ao programa de entrevistas de David Letterman, portando um visual de ermitão (com enorme barba) e alheio ao mundo ao seu redor. Depois, descobriu-se que tudo não passava de uma armação, uma grande pegadinha para o lançamento de um documentário falso, criado por ele e seu cunhado, Casey Affleck, intitulado Eu Ainda Estou Aqui (I’m Still Here), de 2010. O filme veio e foi sem que ninguém tomasse conhecimento, mas Phoenix perdeu dois anos de sua vida “trabalhando” no projeto. Mas será que seu surto foi falso mesmo?

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Até o Limite da Honra

Estrela adolescente nos anos 80, a bela Demi Moore fez parte do chamado Brat Pack, grupo de jovens atroes da época, do qual incluíam Emilio Estevez, Molly Ringwald, Ally Sheedy e Anthony Michael Hall, por exemplo. Na fase adulta, Demi se destacou graças ao sucesso estrondoso de Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990), seguido por acertos consecutivos como Questão de Honra (1992) e Proposta Indecente (1993). Porém, três anos depois a atriz precisaria amargar o fracasso de Striptease (1996), que é baseado num livro cômico de sucesso, mas a versão para o cinema parecia interessada apenas em mostrar a estrela nua. Assim, ela resolveu pegar novamente as rédeas de sua carreira e produzir Até o Limite da Honra (1997), filme que mostra o treinamento sofrido de uma corajosa militar nos EUA. Para o papel, Demi inclusive raspou a cabeça. Ela até hoje afirma que este foi seu melhor momento profissional de todos os tempos. Mal sabia ela que décadas depois seria motivo de um dos momentos mais vergonhosos da história dos prêmios do Oscar.

Magic Mike

O ator Channing Tatum começou sua carreira como dançarino, assim nada mais natural que seus primeiros trabalhos no cinema fossem voltados para a dança também.  E do gênero sairia um de seus primeiros sucessos, com o filme Ela Dança, Eu Danço (Step Up, 2006). Depois de se transformar em um astro no início da década de 2010, Tatum firmou parceria com o prestigiado Steven Soderbergh para que levasse às telas uma espécie de biografia sua. Trata-se de Magic Mike (2012), filme que relata em partes a vida do ator como Go-Go Boy. Tatum ainda protagonizaria a continuação Magic Mike XXL (2015) e atualmente grava o terceiro filme, novamente dirigido por Soderbergh. Pena que o ator não conseguiu tirar do papel outro projeto dos sonhos seu, o filme do personagem Gambit.

X-Men Origens: Wolverine

Por falar em Gambit, o personagem apareceu em X-Men Origens: Wolverine (2009), na pele do ator Taylor Kitsch. E é deste filme que iremos falar agora, e também do ator Hugh Jackman. Todos sabem que o mutante Wolverine foi o papel que transformou Jackman num rosto conhecido e em um astro de Hollywood. O próprio também sabe disso e é muito agradecido ao papel. Tudo começou em X-Men (2000), e depois o ator interpretaria o personagem mais duas vezes, nas sequências de 2003 e 2006. Mas para um eventual quarto filme, o estúdio resolveu deixar Jackman e Wolverine terem seu veículo solo, numa espécie de derivado que se passaria antes das tramas anteriores. E assim, o ator se sentiu tão honrado com o projeto que comprou a proposta produzindo o longa também. Bem, depois do resultado, Jackman não produziria mais nenhum outro filme, e o longa segue como motivo de zoação para Ryan Reynolds.

Eu Tonya

Já que falamos de personagens que caíram como uma luva em determinados atores e ajudaram a transformá-los em astros extremamente populares, depois de Hugh Jackman e Wolverine, temos na lista a Arlequina em pessoa, Margot Robbie. E você pode até pensar que eu estou me referindo a Aves de Rapina (2020), o projeto mais pessoal na pele de Arlequina para Margot Robbie. E você até estaria certo, este também foi um projeto dos sonhos para a loirinha australiana. Mas antes dele, existiu Eu, Tonya, de 2017, filme no qual Robbie viveu a polêmica patinadora olímpica Tonya Harding, que perdeu sua licença no esporte devido ao envolvimento no ataque a uma concorrente. Robbie investiu no drama e deu tudo de si, sendo recompensada com sua primeira indicação ao Oscar.

A Voz Suprema do Blues

Talentosíssimo e incrivelmente renomado, Denzel Washington não é apenas um dos maiores astros da atualidade, é também um realizador muito respeitado. Washington já dirigiu quatro filmes, todos contando histórias pessoais para ele. Mas o filme que iremos falar aqui é um que ele não dirigiu, mas produziu, A Voz Suprema do Blues (2020). O ator é fã do dramaturgo August Wilson, e já havia levado às telas o indicado ao Oscar Um Limite Entre Nós – o qual dirigiu, produziu e protagonizou. Quatro anos depois, ele levaria outro texto de Wilson para as telas, desta vez na Netflix, sobre uma cantora de blues que fez história. Washington foi o grande responsável por tirar a adaptação do papel. O filme marcaria infelizmente o último trabalho do talentoso Chadwick Boseman.

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