Abrindo o calendário audiovisual brasileiro em 2025, a 28a Mostra de Cinema de Tiradentes chega com uma programação repleta de filmes inéditos, debates e com vários recortes do cinema contemporâneo de nosso país em uma programação totalmente gratuita.
De 24 de janeiro até 01 de fevereiro, a cidade histórica de Tiradentes terá toda a atenção do público cinéfilo e nós do Cinepop estaremos fazendo a cobertura do evento! Para citar algumas obras para ficarmos de olho, segue abaixo uma lista abaixo:
Filme de Abertura da Mostra de Cinema de Tiradentes 2025, o longa-metragem dirigido por Eder Santos é um dos mais aguardados de todo o evento. De acordo com a sinopse oficial: Girassol Vermelho é um filme inspirado em Murilo Rubião, mestre do realismo fantástico brasileiro, sobre a jornada de Romeu, um homem que deixa seu passado, numa busca pela liberdade. Por acaso, ele chega a uma estranha cidade onde um sistema opressor e patético, que não permite questionamentos, o arrasta para uma sequência de interrogatórios e torturas. Nesse mundo absurdo, Romeu percebe que perdeu seu maior valor: a liberdade. Cheio de dor e fúria, Romeu, delirante, se entrega a uma nova e ainda mais estranha viagem.
Outro aguardado longa-metragem da Mostra de Cinema de Tiradentes 2025, o documentário dirigido por Flávia Moraes promete emocionar a todos! De acordo com a sinopse oficial: Parte da turnê de despedida de Milton Nascimento, para entender a complexidade simples de sua obra, e os mistérios que ele carrega nos fazem refletir sobre a alma brasileira. O filme mostra a dimensão mundial de Milton, capta a comoção que ele provoca nos fãs, explora a forte carga espiritual de sua obra, e investiga as origens de sua musicalidade nas entranhas do Brasil profundo.
Dos assobios iniciais ao amplo contexto de homens e suas fragilidades, o longa-metragem Oeste Outra Vez é uma cirúrgica equação rumo ao caos. Escrito e dirigido por Érico Rassi, o projeto atravessa a iminência pelo trágico transformando os momentos anteriores das grandes ações em verdadeiras percepções das vulnerabilidades. Na trama, conhecemos o amargurado Totó (Ângelo Antônio), dono de um bar decadente, que após ser abandonado pela companheira, resolve acertar as contas com um outro morador da cidade onde mora, Durval (Babu Santana). Totó então contrata Jerominho (Rodger Rogério), que diz ser um competente pistoleiro, para matar Durval. Mas as coisas não saem conforme o planejado, levando essa história para uma série de desencontros rumo às profundezas da solidão.
Dirigido por Rodrigo Aragão, esse longa-metragem capixaba promete muitas emoções! De acordo com a sinopse oficial: a jovem Luna parte em uma jornada em busca de sua mãe, desaparecida no último dia de Carnaval em Guarapari. Suas buscas a levam a um antigo edifício aparentemente vazio, mas habitado por almas atormentadas.
O longa-metragem carioca dirigido pela dupla Bruno Safadi e Ricardo Pretti é mais um filme em pré-estreia que será exibido na Mostra. De acordo com a sinopse: Nos anos 1950, no Rio de Janeiro, Lota Macedo Soares se casa com a poeta americana Elizabeth Bishop. Poucos anos mais tarde, Carlos Lacerda, amigo de Lota, torna-se prefeito da cidade e a convida para criar um parque onde havia sido feito um aterro de 7 quilômetros de extensão. O parque do Flamengo viria a se tornar o segundo maior parque urbano do mundo.
Esse projeto, que teve sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Chicago e passou pelo Festival de Brasília ano passado é dirigido pela dupla Clarissa Campolina e Sérgio Borges. De acordo com a sinopse oficial: Suçuarana narra a história de Dora, uma mulher que passou os últimos anos de sua vida na estrada, em busca de uma terra perdida que ela e sua mãe tanto sonharam, um lugar mítico onde imagina que possa encontrar pertencimento. Em meio a encontros com outros viajantes e guiada por um misterioso cachorro, Dora atravessa um território em ruínas, devastado pela mineração, onde seu destino parece sempre um pouco mais distante. Após um acidente, ela encontra refúgio em uma fábrica abandonada, onde se encontra com uma vila de trabalhadores que vivem em coletividade e lembram o lar que ela tanto procura.
Partindo de um drama familiar e abrindo um leque de camadas contextualizadas por dilemas da vida, o longa-metragem Kasa Branca, que teve sua estreia no Festival do Rio 2024, é um passeio sobre verdades da realidade. Escrito e dirigido por Luciano Vidigal, de forma simples, objetiva e sem esquecer do bom humor, somos apresentados a carismáticos amigos, seus dramas e cotidianos. Na trama conhecemos o jovem e gente boa Dé (Big Jaum) que está passando por um momento delicado. Sua avó, a única parente de seu presente, está numa estrada sem volta com a doença de alzheimer e, precisando cuidar dela, as contas só acumulam. Morador de um bairro de Mesquita, Chatuba, no Rio de Janeiro, ele resolve enfrentar esse momento vivendo o máximo de experiências com ela, contando com a ajuda de seus dois melhores amigos Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco).
O documentário Tijolo por Tijolo nos leva até a história de uma carismática família, moradores do Ibura, na periferia do Recife, com a realidade atravessando o sonhar ainda numa época de pandemia. A reconstrução de uma casa se torna o primeiro passo para abertura de camadas profundas onde descobertas chegam ao mesmo tempo de recortes intimistas de um cotidiano guiados pela figura materna que se lança como influenciadora digital.
Dirigido pela cineasta Luna Alkalay, Trópico de Leão é um filme bastante aguardado na Mostra de Cinema de Tiradentes. De acordo com a sinopse oficial: A história, narrada pela diretora, retrata sua experiência em um relacionamento abusivo com um homem 35 anos mais jovem. Explora o abuso psicológico e o impacto emocional desse relacionamento na vida da protagonista. Através de uma abordagem ensaística e poética, o filme se desenvolve em diferentes planos da realidade, misturando o tempo real, memórias e elementos míticos representados por 3 figuras extraídas da mitologia, que funcionam como exemplos da mulher que só repete o que o homem lhe ordena, Eco, a que espera seu retorno, Penélope e a que se desespera e quer vingança, Medéia.
Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá
Documentário que faz parte da seleção da Mostra Autorias, de acordo com a sinopse oficial “Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá” conta a busca de Sueli Maxakali e Maísa Maxakali pelo pai, Luis Kaiowá, de quem foram separadas durante a ditadura militar no Brasil. O filme acompanha a jornada da cineasta para reencontrar o pai, bem como as lutas enfrentadas pelos povos indígenas Tikmũ’ũn e Kaiowá em defesa de seus territórios e modos de vida.