sábado, abril 27, 2024

10 filmes que trazem reflexões sobre os períodos de ditaduras na América do Sul

Desde o início da década de 50 até o final da década de 80, no Brasil mais precisamente em 1964, terríveis e sombrios tempos de ditadura estiveram presentes em países sul-americanos. Nessa época de muitos absurdos cometidos por governos autoritários, milhares de vidas foram traumatizadas. Algumas produções cinematográficas nos trazem pontos e visões importantes desse tempo, não deixando o tema cair em esquecimento para que as futuras gerações tenham plena consciência dos absurdos que aconteceram. Pensando nisso, segue abaixo uma lista com 10 filmes que trazem reflexões sobre os períodos de ditaduras na América do Sul:

 

O Mensageiro

Na trama, conhecemos um soldado Armando (Shi Menegat) que durante os tempos cruéis da Ditadura no Brasil esteve servindo em um lugar onde estavam prisioneiros políticos. Entre esses, uma jovem de classe média chamada Vera (Valentina Herszage) que sofre terríveis barbaridades durante todo o período em que fica presa. Um dia, o soldado resolve levar uma mensagem dela para a mãe Maria (Georgette Fadel), criando assim uma linha de diálogo com essa mulher.

 

Guapo’Y

Como seguir com a vida após um forte trauma em tempos de ditadura? Diretamente do Paraguai, exibido no Cine Bh 2023, o documentário Guapo’Y, dirigido pela cineasta Sofía Paoli Thorne, nos mostra os fortes e emocionados relatos de uma mulher que sofreu diversos traumas num campo de concentração paraguaio durante o período de governo autoritário de um dos mais cruéis ditadores da América do Sul, Alfredo Stroessner. Um fato interessante do projeto é que a narrativa consegue criar interessantes paralelos, tendo a Terra como referência em uma aplicação de simbolismo de esperança e cura.

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Na trama, ambientada nos tempos sombrios da ditadura, conhecemos Zé (Caio Horowicz), um rapaz vindo de uma família de classe média, influente dentro do Movimento Estudantil, que se junta a amigos com o mesmo pensar revolucionário fazendo parte assim de um grupo de resistência contra a Ditadura. Quando o cerco aperta para ele e outros membros do grupo, Zé resolve viver na clandestinidade, nesse tempo desenvolve uma família ao lado da companheira Bete (Eduarda Fernandes) e precisa viver longe de tudo e todos, praticamente ficando sem contato com os pais. Com a vida rumando para o imprevisível, uma traição de alguém próximo ao grupo será o início de mais uma tragédia na vida dele.

 

Argentina, 1985

Na trama, voltamos no tempo indo para um recorte importante na Argentina, em meados da década de 80 onde logo após um regime bruto de ditadura imposta no país, um promotor chamado Julio César Strassera (Ricardo Darín) tem a missão de juntamente com um grupo de jovens advogados liderar uma equipe de julgamento onde precisam reunir provas suficientes para condenar militares que impuseram o terror na população durante os tempos de ditadura. Strassera contará principalmente com a ajuda de outro promotor público, Luis Moreno Ocampo (Peter Lanzani). Durante todo os meses que cercaram o início, meio e fim do julgamento, sem poderem contar muito com a polícia, que em grande parte era a favor dos militares, os promotores sofrem ameaças e tem a rotina completamente abalada mas sem nunca deixarem de acreditar na importância do que faziam.

 

Kamchatka

Na trama, conhecemos um pai (Ricardo Darín) advogado e uma mãe trabalhadora (Cecilia Roth) que do dia par a anoite se veem em incertezas e decepções após os militares darem o golpe pelo poder na Argentina em meados da década de 70. Tendo que fugir do lar onde moram, por conta de estarem em uma lista que são contrários ao regime que agora domina o país, vão enfrentar muitas dificuldades para contar aos filhos pequenos sobre o porquê precisam ir morar em outro lugar e viverem longe dos amigos. Assim, tentam seguir em frente, com novas identidades, à bordo de um carro amarelo, olhando as estrelas cadentes e vivendo momentos que podem ser último como família unida.

 

O Esquecimento (Im)possível

Como filmar o que não existe? O que não tem forma, o que falta? Em busca de preencher lacunas sobre seu pai, um militante argentina em época de ditadura, o cineasta argentino Andrés Habegger tenta recriar os caminhos de momentos importantes da vida desse homem que nunca mais viu desde os 09 anos de idade. O Esquecimento (Im)possível , selecionado para o Festival é Tudo Verdade de anos atrás, é mais um documentário, um retrato, sobre descobertas através do caos da época em que as ditaduras dominavam alguns países.

 

Repare Bem

O ótimo trabalho de Maria de Medeiros conta a história de uma família que por meio de depoimentos vívidos relembram os duros tempos da ditadura brasileira e chilena. Assim, conhecemos a história de Eduardo Crispim, o Bacuri, militante durante a ditadura militar no Brasil. Os relatos são emocionantes e detalhistas. As histórias de terror contadas através dos abusos da polícia nos tempos da ditadura ganham contornos poderosos na voz e memória da ex-militante Denise Crispim.

 

El Pepe, uma Vida Suprema

Dirigido pelo premiado cineasta sérvio Emir Kusturica, El Pepe, uma Vida Suprema navega pela intensa vida do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, um homem adorado por seu povo que conseguiu mudar o Uruguai de patamar no cenário latino-americano e porque não dizer também mundial. Ao longo dos quase 80 minutos de projeção, conhecemos as manias, as famosas histórias sempre em pano de fundo os últimos dias de presidência da celebridade sul americana.

 

Aos Nossos Filhos

Na trama, conhecemos Vera (Marieta Severo), uma mulher recém divorciada que comanda uma ONG. Ela é mãe de Tânia (Laura Castro), uma mulher na casa dos 40 anos, casada Vanessa (Marta Nobrega) que tem o sonho de ter um filho com a companheira. Vera sofreu traumas enormes durante a ditadura, principalmente no período em que esteve presa. Ela não tem um bom relacionamento com a filha. Essa última passa por uma fase muito difícil, estudando para concurso e tendo que lidar com os conflitos no seu relacionamento, muitos desses provocados pelas tentativas de gravidez. Essas duas estradas acabam entrando em choques as levando para um caminho de questões que precisam serem debatidos.

 

Simonal

Orçado em 7.5 milhões de reais, Simonal nos mostra o sempre animado Wilson Simonal (Fabricio Boliveira) e seu início na carreira de músico se apresentando em festas e eventos com o grupo Dry boys. Após conhecer Carlos Imperial e seu assistente na época, Erasmo Carlos, ganha a grande chance de sua vida e daí vira um dos grandes cantores do Brasil. Um dos pioneiros na criação da própria gravadora, Simonal, no auge, é envolvido em um escândalo, condenado por sequestro e extorsão, além de sair dessa história como dedo duro em tempos de ditadura. Exilado no próprio país, sendo negado pela grande maioria da classe artística, restou apenas pelas décadas seguintes tentar provar que nunca havia sido um delator a serviço da ditadura militar.

 

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