‘Querido John‘ foi exibido hoje na Sessão da Tarde da Rede Globo e logo entrou para os Trendings Topics do Twitter.
O longa, baseado no best-seller do escritor norte-americano Nicholas Sparks, e dirigido pelo ótimo Lasse Hallström (Minha Vida de Cachorro, Sempre ao seu Lado, Chocolate, Regras da Vida), é uma história de amor açucarada, daquelas que arrancam lágrimas com facilidade dos mais sensíveis. Para aqueles que, como eu, não choram à toa, o filme pode surpreender porque, por incrível que pareça, é ótimo.
Na trama, John (Channing Tatum) é um jovem soldado que está em casa. Um dia ele conhece Savannah Curtis (Amanda Seyfried), uma universitária idealista em férias, por quem se apaixona. Eles iniciam um relacionamento, só que logo John precisará retornar ao trabalho.
Dentro de um ano ele terminará o serviço militar, quando poderão enfim ficar juntos. Neste período eles trocam diversas cartas, onde cada um conta o que lhe acontece a cada dia.
O CinePOP selecionou 10 Filmes que seguem o mesmo estilo.
Pegue o lencinho e confira:
Tudo por Amor (Dying Young, 1991)
O que seria de qualquer lista romântica sem uma das representantes máxima do subgênero, a musa Julia Roberts. Mas nem só de comédias leves e sonhos de Cinderela viveu a musa. Aqui, com 24 aninhos, e já duas indicações ao Oscar no currículo, Roberts vive uma jovem com desejo de recomeçar a vida. Ela arruma emprego cuidando de um rapaz com câncer, interpretado por Campbell Scott. Nem precisa dizer que os dois se apaixonam, e lá vêm as lágrimas. A obra é baseada no Livro de Marti Leimbach e a direção é do inconstante Joel Schumacher.
Um Amor para Recordar (A Walk to Remember, 2002)
Segundo romance do escritor Nicholas Sparks adaptado para o cinema, Um Amor para Recordar é também um dos mais adorados pelos fãs do autor. Esta lista, aliás, poderia contar somente com obras de Sparks, já que seus textos sempre contam com os mesmos elementos, o principal deles sendo “um amor sofrido demais”. Aqui, os sumidos Mandy Moore e Shane West interpretam Jamie, a filha do pastor da cidade e Landon, o rebelde infrator local. Tais personalidades tão distintas se apaixonam de forma inesperada, somente para serem testados pela doença terminal da menina. A veterana Daryl Hannah também está no elenco, e a direção é de Adam Shankman, de Rock of Ages: O Filme.
Doce Novembro (Sweet November, 2001)
Talvez só exista um par tão perfeito quanto Sandra Bullock para o ator Keanu Reeves no cinema. E ele é Charlize Theron. Aqui, a dupla refaz a parceria do suspense Advogado do Diabo (1997), num filme bem diferente. Trata-se da refilmagem de Por Toda a Minha Vida (1968), de Robert Ellis Miller. O remake é dirigido pelo irlandês Pat O´Connor, de Círculo de Paixões (1997) – com Liv Tyler e Joaquin Phoenix, e também apresenta um romance inusitado entre duas pessoas bem diferentes. Uma delas, no caso Theron, é uma doente terminal de câncer. Apesar de adorada pelas românticas irremediáveis, a produção recebeu três indicações ao Framboesa de Ouro, o anti-Oscar (pior ator e atriz para Reeves e Theron respectivamente, e pior refilmagem ou sequência).
Agora e Para Sempre (Now is Good, 2012)
Talvez o filme atual que venha à mente da maioria quando se pensa em jovem terminal de câncer buscando novas experiências. A menina Dakota Fanning entrou na fase mais madura de sua carreira, embora muitos ainda não tenham percebido. O motivo é que a atriz tem optado por produções do cinema independente americano (este aqui, britânico, com direito a sotaque) e muitas dessas obras são desconhecidas do grande público. De cabelos curtos, Fanning é uma jovem que resolve criar uma lista com tudo o que deseja realizar antes de partir. Agora e Para Sempre é baseado no livro de Jenny Downham.
Diário de uma Paixão (The Notebook, 2004)
Eu disse que a lista poderia ter apenas produções baseadas em Nicholas Sparks, mas esta será a última selecionada, prometo. Não por menos, esta é considerada a obra quintessencial no que diz respeito a adaptações do escritor. Mesmo quem não tem consciência de se tratar de uma adaptação, aprova este romance intenso protagonizado por Ryan Gosling e Rachel McAdams. A história de Romeu e Julieta, ou da Dama e o Vagabundo, é recriada nos anos 1940. Um jovem pobre e apaixonado começa um relacionamento com uma burguesa e passam por todos os empecilhos imagináveis. O interessante aqui é mostrar o depois, com o casal de pombinhos agora interpretado pelos veteranos James Garner e Gena Rowlands (mãe do diretor do filme, Nick Cassavetes, do recente Mulheres ao Ataque), enfrentando o Alzheimer dela.
50% (50/50, 2011)
Agora, um filme no qual o doente é o rapaz, para variar. Esse é também provavelmente o melhor filme da lista. Uma mistura de comédia, com drama edificante e sério, esta produção trata o câncer de forma indulgente e para cima, de forma respeitosa. O ótimo Joseph Gordon-Levitt é Adam, um jovem que se descobre com câncer. Ao mesmo tempo em que é deixado pela egoísta namorada, vivida por Bryce Dallas Howard (que não quer lidar com este problema em sua vida), seu melhor amigo interpretado pelo sempre divertido Seth Rogen, faz de tudo para animá-lo e fazê-lo seguir. O rapaz reata os laços com mãe, papel de Anjelica Huston (ótima) e vê surgir em sua vida uma nova promessa de felicidade, na forma de sua psicóloga, Anna Kendrick.
Amor Louco (Mad Love, 1995)
Outro saído diretamente dos anos 1990, esse filme traz como protagonistas a dupla saída de Batman Eternamente, do mesmo ano. O sumido Chris O´Donnell (então com 25 anos) e Drew Barrymore (20 aninhos na época) interpretam estudantes colegiais muito diferentes que… você adivinhou, se apaixonam. Onde estão os casais parecidos do cinema? Ele é Matt, um rapaz certinho, e ela vive Casey (o mesmo nome da primeira vítima do terror Pânico, interpretada pela própria), a doidinha de plantão. Depois de problemas e do comportamento errático constante, Casey é internada num hospital psiquiátrico. Seu cavaleiro reluzente a resgata do local, somente para depois perceberam que a menina sofre de transtorno bipolar.
Antes que o Dia Termine (If Only, 2004)
Este filme feito para a TV nos Estados Unidos, traz a sumida Jennifer Love Hewitt como a protagonista. A atriz, que teve o seu auge com filmes de terror e algumas comédias no fim da década de 1990, vive Sam, uma musicista americana vivendo em Londres com o marido Ian, papel de Paul Nicholls. O casal passa por dificuldades de relacionamento. É quando de forma impactante, a personagem de Hewitt sofre um acidente de trânsito fatal. Na manhã seguinte, o casal recebe uma nova chance de ficar junto. A obra tem elementos que depois foram utilizados no suspense romântico com Sandra Bullock, Premonições (2007). Duas curiosidades são a presença do talentoso Tom Wilkinson (Conduta de Risco) no elenco e a direção de Gil Junger, do cultuado 10 Coisas que eu Odeio em Você (1999). Hewitt também produz o filme.
Para Sempre (The Vow, 2012)
Muitos acreditam que este romance é baseado num livro de Nicholas Sparks. Talvez até mesmo os produtores, que o venderam de forma agressiva desta maneira. O motivo para isso é que temos como protagonistas as estrelas de duas de suas obras mais conhecidas e adoradas, Rachel McAdams (Diário de uma Paixão) e Channing Tatum (Querido John). No filme, Tatum é um jovem precisando lidar com uma realidade devastadora: Após envolverem-se em um acidente de carro, sua esposa (McAdams) o apagou de sua memória. De todo o resto ela lembra. O fato faz seus pais (Jessica Lange e Sam Neill) tentarem resgatar a antiga vida da filha longe dele, enquanto o marido tenta desesperadamente reconquistá-la. O filme fez sucesso com o público jovem e figurou com indicações no MTV Movie Awards e Teen Choice Awards.
O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook, 2012)
O único filme da lista indicado ao Oscar, O Lado Bom da Vida também trouxe uma indicação para o protagonista Bradley Cooper e deu a vitória para a talentosa Jennifer Lawrence. Esse também não é um filme sobre câncer, mas sim sobre doenças mentais, como a bipolaridade. Após pegar a traição da esposa, o professor Pat (Cooper) surta e é internado num hospital psiquiátrico. Ao ser liberado, a coisa que parece lhe dar forças é a amizade com a igualmente atormentada Tiffany (Lawrence), uma recente viúva, que usa o sexo como forma de escape. A obra é baseada no livro de Matthew Quick, e inspirou o cineasta David O. Russell, que sofre com o filho, portador de um mal similar.