Vivemos hoje em Hollywood a era das franquias, e o que são estas senão sequências de filmes que renderam uma boa bilheteria, mas não, necessariamente, qualidade?
Claro que existem exceções, embora não muitas. De qualquer forma, para homenagear essa realidade do cinema norte-americano que invade os telões ao redor do globo, separei as 10 franquias mais famosas do cinema atual, boas, ou nem tanto.
Ah, já aviso que não encontrarão filmes de terror nessa lista, pois as franquias famosas desse gênero são tantas que, em breve, ganhará uma lista própria.
Confira o top 10 de hoje a seguir:
Falo aqui daquele primeiro estágio, com quatro filmes, tendo sido os dois primeiros dirigidos por Tim Burton e os dois últimos por Joel Schumacher.
A quadrilogia, não importa o que os fãs de Christopher Nolan digam, foram muito importantes para levar o universo HQ para o cinema.
Sim, os cenários beiram a fantasia, mesmo se tratando de uma fotografia sombria, no caso dos longas de Tim Burton, mas ainda assim, para a época, os filmes foram muito bem feitos (tirando a escalação de Arnold Schwarzenegger em Batman e Robin)
A Era do Gelo
Como não amar o Sid? Aquela preguiça pré-histórica é, sem dúvida, a estrela da franquia. Tanto, que, em minha opinião, contrariando todas as regras das continuações, o segundo filme é melhor que o primeiro. E por quê? Por causa do humor de Sid (a cena das preguicinhas dançantes marcou minha vida para sempre). Ainda assim, o primeiro filme não pode ser considerado ruim, ainda mais se tratando de uma continuação da história de um esquilinho atrás de uma noz, o qual hoje, embora de suma importância para os espectadores, constitui o elenco B do filme.
Com três filmes, essa franquia se matou morosa e dolorosamente. O primeiro filme foi incrível. Proposta filosófica em um universo fictício, já vislumbrado por muitos de nós (quem nunca se perguntou se o que vivemos é real que atire a primeira pedra). O segundo filme mais pareceu uma ode ao super herói Neo, enquanto o terceiro, tirando o finalzinho e a batalha épica entre Smith e o escolhido, se resumiu a um painel de exposição de efeitos especiais modernos.
Gente, como assim? Li todos os livros então posso falar sobre o assunto com propriedade. Na literatura, a saga começa interessante e vai decaindo, até que no último livro, desanda de vez. No cinema a história já começa péssima, com enredo truncado, fotografia patética e atuações fracas. Sabendo que se tratou de um filme de baixo orçamento, é até compreensível que isso tenha acontecido, mas com isso em mente, me diga: como pode, com o aumento da verba e sucesso absoluto entre adolescentes de todo o planeta, a qualidade técnica, interpretativa e de roteiro piorar tanto? Será que é pra acompanhar a decadência dos livros ou a produtora realmente achou que ninguém ia perceber? Juro que estou com medo de assistir ao final, mesmo.
Harry Potter
Independentemente de ser fiel aos livros ou não, uma reclamação muito comum entre os maníacos potterianos, os filmes se sustentam por si só. Eu não li nenhunzinho e acompanhei a história do bruxinho sem problema algum, achando-a interessante em alguns momentos e monótona em outros, tal como uma sequência de oito filmes deve ser. Além disso, o fechamento da série constituiu a terceira maior bilheteria da história do cinema, e isso deve ser respeitado.
A quadrilogia do Alien é essencial a qualquer fã de ficção científica ou se você, assim como eu, acredita que a verdade está lá fora. Estrelada por Sigourney Weaver, a franquia conseguiu manter o nível de qualidade em termos de elenco e complexidade da história, afinal quatro filmes sobre uma mesma raça alienígena matando todo mundo em naves espaciais isoladas poderia se tornar maçante, mas, felizmente, não foi o que aconteceu.
São três filmes, sendo o último uma batalha divertidíssima contra o oitavo passageiro da nave da Sigourney Weaver. É outro vilão que tem como marca registrada um efeito sonoro intrigante. Essa série, por incrível que pareça, traçou o caminho inverso na regra das sequências, mais ou menos como a Era do Gelo. O primeiro, com Arnold Schwarzenegger, foi interessante pelo fator novidade, mas, em minha opinião, o terceiro foi o melhor de todos. A ideia de caçar humanos num planeta exclusivo para tal atividade, como se fossemos as raposas, coelhos, veados e afins que caçamos por esporte aqui foi incrível. Achei digno e bem feito.
Senhor dos Anéis
Das adaptações literárias que já vi, essa foi uma das mais fiéis, também porque, com cerca de 9h de filme (na versão editada) não tinha como deixar de fora muita coisa. Não as importantes, pelo menos. Super produção que deu certo. Senhor dos anéis marcou uma geração que, mesmo sem ler a obra de Tolkien, recebeu sua mensagem sobre superação de limites, etc., e tal, com qualidade em todos os âmbitos que a sétima arte pode oferecer.
Star Wars
Essa franquia criou George Lucas, não o contrário. Reza a lenda, que o visionário diretor, ainda em início de carreira, tentou fazer o primeiro dos seis longas em várias produtoras e em quase todas levou um grande não. Somente a Fox, desesperada por novidade no final dos anos 70 lhe deu uma chance. Mas o acordo deixava claro que nem o diretor, nem os atores seriam remunerados. O otimista George Lucas então propôs que ele fosse o responsável por toda a campanha de marketing do filme e que ficaria com todos os lucros referentes a produtos secundários da produção. Bem… hoje em dia já fica claro como a Lucas Film nasceu tão cedo e como continua firme e forte financeiramente.
O Exterminador do Futuro
Até série de TV já rendeu. E eu gostava, nem sei porque desistiram dela…
Enfim, o quarto e, momentaneamente, último filme da série data de 2009 e é quase tão cheio de efeitos especiais quanto Missão impossível, que não entrou na lista por opção minha (acho o Tom Cruise um completo canastrão, não que Schwarzenegger não seja, mas pelo menos ele tem noção disso e não se joga em produções complexas para tentar enganar o público quanto a sua real capacidade de atuação). Voltando ao Exterminador, óbvio para quem assistiu todos que o primeiro é o melhor: produção de baixo orçamento, com um roteiro original e efeitos especiais inovadores para a época de lançamento (1984). Obra prima da ficção científica.
Bom, a lista fica por aqui e me despeço com a saudação mais famosa do cinema atual: Hasta La vista, baby.