Vindo do sul dos Estados Unidos no século 19 o jazz é uma mistura de ritmos dentro de uma criatividade coletiva musical que se envolvem entre Saxofones, piano, teclado, trompete, clarinete, contrabaixo, bateria, vocais entre outros instrumentos pulsantes que levam a quem toca e quem escuta a um prazer inenarrável. Ao longo do tempo grandes nomes fizeram história no universo da música dentro desse gênero musical e que deixam lembranças até hoje. No universo do cinema, algumas produções buscaram de alguma forma esse resgate de todo o contexto de um músico de jazz ou mesmo o amor do ouvinte por essa arte de improvisação. Assim, segue abaixo uma lista com 10 grandes filmes que mostram de alguma forma o universo do Jazz:
Por Volta da Meia-Noite
Ambientado em uma Paris perto da década de 60, conhecemos um músico e seus conflitos que quando ajudado por um fã começa a encontrar mais sentido em sua vida. Filme dirigido por Bertrand Tavernier e que conta com alguns maravilhosos músicos profissionais no seu elenco. No elenco também, os maravilhosos François Cluzet e Philippe Noiret.
Estados Unidos Vs Billie Holiday
A incompreensão sobre a dona de uma voz marcante, inesquecível. Baseado no livro Chasing the Scream de Johann Hari, Estados Unidos Vs Billie Holiday, o trabalho do cineasta Lee Daniels (diretor do sucesso Preciosa: Uma História de Esperança), Estados Unidos Vs Billie Holiday conta em certos detalhes (dentro de um ponto de vista que pode ser até questionável) alguns anos de vida da inesquecível cantora norte-americana Billie Holiday e sua guerra contra o governo, entre outras questões por conta de uma música emblemática chamada Strange Fruit onde condena o racismo em seu país, especialmente o linchamento de afro-americanos. O filme teve uma indicação ao Oscar de Melhor atriz pela bela e impactante interpretação de Andra Day.
O Amor de Sylvie
A vida é muito curta para desperdiçarmos com coisas que não amamos. Escrito e dirigido pelo cineasta Eugene Ashe, produzido pela Amazon, O Amor de Sylvie é uma linda história de amor entre dois amantes do Jazz, que vivem realidades diferentes ao longo do tempo em uma grande cidade norte-americana em meados das décadas de 50 e 60, na época de Miles Davis, Stevie Wonder, Sarah Vaughan. Fala sobre o preconceito, sobre as diferenças para alguns sobre as classes sociais, os sonhos, as desilusões e como o amor pode provocar tamanhas mudanças em nossas vidas. Protagonizado pelos ótimos Tessa Thompson e Nnamdi Asomugha.
I Called Him Morgan
Como contar a história de uma tragédia e fazer ser interessante os dois lados da moeda? Apresentando uma das histórias mais trágicas e banais da história do Jazz, o cineasta sueco Kasper Collin apresenta ao público argumentos e os porquês que encerraram no início da década de 70 a trajetória do genial trompetista Lee Morgan nesse mundo. Descobrindo uma inusitada entrevista da autora do crime em fita k7, a esposa na época de Lee, Helen Morgan, conseguimos descobrir os motivos da tragédia e um pouco mais da personalidade desses dois personagens, marido e mulher sua união e sua tragédia. Uma história impactante, do início ao fim. Tem na Netflix.
Chasing Trane
É algo realmente notável tocar em um nível tão especial. Tentando decifrar, de alguma forma, parte da genialidade de um dos maiores músicos saxofonistas da história desse imenso planeta em que vivemos, Chasing Trane, dirigido pelo cineasta John Scheinfeld, exibe várias curiosidades de um dos mitos das origens do jazz, John Coltrane. Filho único, nascido no sul dos Estados Unidos, tocava em casas de shows badaladas (algumas cheias de cafetões e vigaristas) trabalhando para sustentar sua esposa e a sua enteada, desde os tempos em que era integrante da espetacular banda de outro genial, Miles Davis (Miles Davis Quintet). O documentário, que tem narração de passagens na voz de Denzel Washington, é cronológico e aos poucos, com muitos detalhes, acompanhamos a construção desse mito do sax. Um projeto para sempre ser exibido a cada nova geração. Nunca podemos nos esquecer dos bons, jamais. Tem na Netflix.
Born to be Blue
Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia. Dirigido pelo desconhecido cineasta canadense Robert Budreau, Born to be Blue mostra de maneira forte, segura e honesta parte a trajetória do mundialmente conhecido trompetista norte-americano Chet Baker. Usando várias sacadas interessantes, do roteiro à condução do argumento, Budreau consegue extrair a alma da trama que é brindada com uma atuação beirando a perfeição do experiente ator Ethan Hawke. Born to be Blue exala emoção com uma calorosa, harmônica e estonteante sonora de trompete.
Whiplash – Em Busca da Perfeição
Na trama, acompanhamos o jovem músico Andrew (Miles Teller), um garoto talentoso que estuda na escola de música mais prestigiada dos Estados Unidos. O protagonista é um prodígio da bateria e não pensa em outra coisa a não ser estudar e aperfeiçoar todos seus movimentos. Certo dia, durante uma seleção surpresa para a principal banda de Jazz da escola em que estuda, Andrew é recrutado pelo temido professor Fletcher (J.K. Simmons) e assim começa uma trajetória de dor, sofrimento, dedicação, esforço e amor pela música.
Bird
Em 1988 chegava aos cinemas de todo o mundo um longa-metragem impactante, pulsante, dirigido por um grande fã de Jazz, Clint Eastwood. Contando parte da trajetória do lendário saxofonista Charlie Parker, sua genialidade e seu caótico estado de emoções que o levou a falecer antes dos 35 anos. O filme ganhou o prêmio de melhor ator (Forest Whitaker) no Festival de Cannes. Imperdível!
O Ocaso de uma Estrela
Dirigido pelo cineasta canadense Sidney J. Furie e baseado no livro autobiográfico de Billie Holiday, Lady Sings the Blues, escrito por William Dufty, O Ocaso de uma Estrela, lançado no início da década de 70, conta a história de Billie Holiday e seus enormes conflitos durante a vida. No papel principal: Diana Ross.
Soul
Se você pudesse ver toda sua vida até aqui e além disso refletir sobre ela, você viraria uma pessoa melhor? Lançado na plataforma Disney+ , Soul é um inteligente drama com pitadas cômicas de aventura usando a técnica de animação. Emocionante, foca no inusitado universo das almas, o curioso espaço entre o físico e o espiritual. Não importa sua religião, esse é um projeto, dirigido pela dupla Pete Docter e Kemp Powers, que nos apresenta a esperança e a importância dos valores emocionais para qualquer ser vivo. É uma animação para grandinhos mas onde também a criançada pode aprender bastante de forma muito divertida. Não ganhou as telonas do cinema mas ganhou nossos corações.