Tem alguns filmes que grudam nos nossos corações de uma forma que é bem difícil de esquecer, volta e meia estamos sempre lembrando deles. Um baita documentário, filmes de pequenos orçamentos, projetos frutos do cinema independente norte-americano, um forte e profundo drama francês, separamos abaixo uma espetacular lista com 10 ótimos filmes que ficarão na sua memória por muitos anos!
7 Caixas
Em 7 Caixas, somos apresentados a Víctor (Celso Franco), um carreteiro de 17 anos, que trabalha dia e noite em um famoso mercado no centro de Assunção (Paraguai) sonhando em algum dia ser famoso e aparecer nas telinhas das televisões que lotam as lojas do grande mercado. Certo dia, recebe uma proposta diferente e misteriosa, transportar 7 caixas de madeira até um lugar, cujo conteúdo ele desconhece, em troca de uma nota rasgada ao meio de 100 dólares. Assim, ao lado de sua amiga Liz (Lali Gonzalez) precisa chegar até o seu destino fugindo de todos que não querem que isso aconteça.
Short Term 12
Na trama, conhecemos um abrigo para jovens com problemas familiares graves. A instituição é um porto seguro contra todas as maldades que o mundo exterior fez a cada um dos participantes do programa de recuperação. O novo lar desses jovens é liderado por Grace (Brie Larson), uma atenciosa assistente social que precisa, em meio a crises emocionais constantes de suas crianças, superar uma gravidez inesperada, um momento difícil com o namorado de longa data e a saída da prisão de seu pai que a abusou quando mais jovem.
Na trama, acompanhamos o cineasta Erik (Thure Lindhardt), um documentarista morador de Manhattan, homossexual, que gosta de conhecer pessoas pelo telefone. Em uma dessas ligações, conhece o enrustido advogado Paul. O relacionamento dos dois se torna cada vez mais excessivo, alimentado por altos e baixos e comportamentos fora do normal. A luta de ambos é na verdade uma grande negociação dos limites que ambos ultrapassam a cada nova ação inconsequente.
Stan & Ollie – O Gordo e o Magro
Na trama, começamos essa jornada nos anos dourados da dupla ‘O Gordo e o Magro’ quando após anos de sucesso nos Estados Unidos, embarcam em sua turnê pelo Reino Unido em 1953, buscando colocar suas carreiras novamente nos holofotes apesar dos efeitos da Segunda Guerra Mundial. O sonho deles, além de continuarem brilhando no teatro, é cada vez mais estarem fazendo filmes, grande prazer da dupla. Mas a jornada acaba sendo uma grande despedida pois Babe, como Laurel carinhosamente chamava Hardy, começa a ter a saúde bastante debilitada.
Na trama, acompanhamos a trajetória de Tony (Emmanuelle Bercot) e Giorgio (Vincent Cassel), um casal que briga mais do que faz amor, muito por conta do jeito possessivo de ser do segundo. O filme traça e mostra um paralelo sempre na visão de Tony, onde no primeiro andamento está se recuperando de uma grave lesão ortopédica e paralelamente vamos conhecer sua história e todo o começo da relação conturbada com o futuro marido. O público acompanha de perto todo o trajeto dessa história que emociona e toca profundamente nossos corações.
As mais belas descobertas ocorrem quando as mesmas coisas são vistas com um novo olhar. Filme sensação do Festival Internacional de Cinema de Toronto anos atrás, esse baita filme Moonlight: Sob a Luz do Luar é uma pérola que precisa ser descoberta por todos que amam cinema. Dirigido pelo cineasta norte-americano Barry Jenkins, com roteiro baseado na peça In Moonlight Black Boys Look Blue, de Tarell McCraney, o filme fala sobre a vida de um garoto de origem humilde que precisa enfrentar os absurdos feitos pela mãe e acreditar nas suas escolhas num mundo tão insensível em que vivemos.
Não consigo evitar me apaixonar. Um dos filmes mais aguardados de 2022 finalmente chegou as salas de cinema de todo o Brasil meses atrás, Elvis, novo blockbuster do experiente cineasta australiano de 59 anos Baz Luhrmann é uma jornada por muitas fases da vida do inesquecível cantor e por muitas estradas onde sua trajetória e conflitos encontra a do controverso empresário coronel Tom Parker. Ao longo de impactantes 169 minutos de projeção vamos acompanhando desde a infância, suas referências, seus amores, seus dramas e a carreira meteórica marcada por recordes nunca mais alcançados. No papel título, o ator californiano Austin Butler marca de vez sua carreira com uma interpretação de tirar o fôlego.
Na trama, conhecemos Anthony (Anthony Hopkins), um homem já no terço final de sua vida, perto dos 80 anos, que vive seus dias em um apartamento confortável em Londres onde recebe a visita constante de sua filha Anne (Olivia Colman). Quando essa última conta para ele que está indo morar em Paris, situações diferentes começam a aparecer nos seus dias, até mesmo personagens diferentes mas que significam algo ao redor da vida dele, e assim conflitos familiares são trazidos à tona. Alucinações? Lembranças? Quais peças não estão lugar?
Nesse impactante documentário, somos teletransportados para as lentes de um dos maiores fotógrafos do planeta, o brasileiro Sebastião Salgado. Ao longo dos últimos anos, Salgado viajou o mundo registrando dramas, emoções e apresentando para quem quisesse ver muitos problemas ao redor da Terra. Por meio de fotos instigantes, somos testemunhas de um registro único de um ser humano pra lá de especial. Sua história, começou em uma cidade do interior do Brasil chamada Aimorés, único irmão entre sete irmãs, Tião, como carinhosamente é mencionado vários vezes no filme pelo seu pai, mostra ao público como a fotografia é explicada como um alguém que escreve em luz.
É preciso saber viver… Adaptação britânica de um filme chamado Viver do genial cineasta japonês Akira Kurosawa, Living é um emocionante drama que nos mostra o recorte final de uma estrada dentro de um universo de possibilidades que se abrem, quando enxergar-se outros sentidos para vida, na trajetória de um burocrata que busca servir de exemplo, sem tempo para raivas ou arrependimentos. O cineasta sul-africano Oliver Hermanus consegue chegar à sua obra-prima da carreira, emocionando o público ao longo de inesquecíveis 102 minutos de projeção. As atuações de Bill Nighy e Aimee Lou Wood (a Aimee de Sex Education) são estupendas! Living pode ser a grande surpresa do próximo Oscar!