O Festival do Rio é uma grande vitrine para as produções nacionais, em cujo tapete vermelho passam realizadores, atores, atrizes e títulos que certamente farão burburinho pelo próximo ano nas salas de cinema. Esse é o momento do cinéfilo se antecipar ao que está por vir e conferir os longas brasileiros que serão aposta certa nas temporadas de premiação. Para te ajudar a montar sua grade, separamos aqui 12 títulos imperdíveis da edição desse ano:
12 – Assexybilidade
Histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. O filme fala sobre flerte, beijo na boca, namoro, masturbação, capacitismo e, é claro, sexo. A maior força do documentário é precisamente ouvir das pessoas com deficiência coisas que a sociedade não espera que elas digam e façam.
11 – Black Rio! Black Power!
Aborda a influência do movimento Black Rio na cultura, na sociedade e nos processos de luta por justiça racial no Rio de Janeiro e no Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. O filme apresenta o impacto do movimento na música e nos rumos da política e do movimento negro no período de redemocratização, influenciando gêneros como o hip-hop e o funk, e a postura afirmativa das mais novas gerações, que perpetuam o orgulho negro e a valorização estética difundidos pelo Black Rio há 50 anos.
Caetano Veloso, Nélida Piñon, Maria Bethânia, André Baniwa, Alberto Mussa. O que distingue um povo do outro é a língua, porque ela é o traço que define a sua identidade cultural e a sua experiência no mundo. Mas o Brasil vive uma situação linguística sui generis: ao mesmo tempo em que 98% da população fala o português, somos o país com uma das maiores diversidades linguísticas do mundo, com mais de 160 línguas nativas e africanas faladas em nosso território. Então, o que nos distingue como nação?
9 – A Flor do Buriti
Em 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um violento massacre, perpetuado pelos fazendeiros da região. Em 1969, durante a ditadura militar, o Estado brasileiro incita muitos dos sobreviventes a integrarem uma unidade militar. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô seguem caminhando sobre sua terra sangrada, reinventando diariamente as infinitas formas de resistência.
8 – A Paixão Segundo G.H.
Rio de Janeiro, 1964. Após o fim de uma paixão, G.H., escultora da elite de Copacabana, despede a empregada doméstica e decide arrumar seu apartamento, começando pelo quarto de serviço. Lá, G.H. se depara com uma enorme barata que revela seu próprio horror diante do mundo, reflexo de uma sociedade repleta de preconceitos contra os seres que elege como subalternos. Diante do inseto, G.H. vive sua via-crúcis existencial. A experiência narra a perda de sua identidade e a faz questionar todas as convenções sociais que aprisionam o feminino até os dias de hoje.
7 – As Polacas
Fugindo da fome, do antissemitismo e da guerra na Polônia, Rebeca chega ao Rio de Janeiro pronta para recomeçar a vida. Ao contrário das promessas de felicidade, a realidade encontrada na cidade é muito diferente. Ao descobrir que o marido faleceu, acaba se tornando refém de uma rede de prostituição e tráfico de mulheres judias, chefiada pelo impiedoso Tzvi. Obrigada a transgredir suas próprias crenças, ela encontra aliadas que vivem o mesmo drama e, juntas, lutam por liberdade.
6 – O Meu Sangue Ferve por Você
Em 1979, Magal, um dos artistas mais populares e celebrados do país, segue a rotina de ensaios e compromissos em Salvador. Durante um programa de TV, conhece a deslumbrante Magali e é acometido por uma paixão inédita e avassaladora. Para conquistá-la, precisará vencer a resistência de Jean Pierre, seu empresário passional, além da desconfiança da família, dos amigos e da própria amada. Embalado por grandes sucessos, o filme narra os encontros e desencontros da explosão de amor que muda para sempre a vida do casal.
5 – Mussum o Filmis
Narra a trajetória de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, indo muito além do Mussum que o grande público conhece: a infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira, o sucesso com os Originais do Samba e os bastidores d’Os Trapalhões.
4 – O Diabo na Rua no Meio do Redemunho
O filme é narrado por Riobaldo, que nos transporta para sua vida como jagunço e compartilha suas experiências e conflitos. Ao longo da trama, ele se envolve com diversos bandos e líderes carismáticos, entre os quais o temido Hermógenes. O coração de Riobaldo é conquistado por Diadorim, um jovem valente e misterioso que se torna o amor de sua vida. Através da narrativa de Riobaldo, o autor explora as complexidades da alma humana, mergulhando na dualidade entre o bem e o mal. Adaptação da aclamada obra-prima “Grande Sertão: Veredas”, escrita por Guimarães Rosa.
3 – Bizarros Peixes das Fossas Abissais
Com as vozes de Rodrigo Santoro, Natália Lage e Guilherme Briggs. Conta a história de uma mulher com esdrúxulos superpoderes, uma tartaruga com transtorno obsessivo-compulsivo e uma nuvem com incontinência pluviométrica em uma insólita jornada até as profundezas do oceano.
2 – Toda Noite Estarei Lá
Grande vencedor dos prêmios de Melhor Interpretação e Melhor Filme no Festival de Vitória desse ano. O documentário acompanha Mel, impedida de frequentar o culto de sua preferência e que, por isso, toda noite prepara cartazes e vai até a porta da igreja protestar por seu direito, à espera do dia que voltará poder entrar no local.
1 – Meu nome é Gal
Aguardadíssima cinebiografia de Gal Costa quando ainda era a jovem Gracinha. O longa acompanha a mudança da biografada para o Rio de Janeiro, onde encontra os amigos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dedé Gadelha e Maria Bethânia e inicia sua carreira como cantora. Estrelada por Sophie Charlotte.
Bônus: ‘Bergamota’
Curta do diretor Hsu Chien, primeira produção de terror LGBTQIAP+ do diretor. Todo em preto e branco, haverá uma única sessão, gratuita, dia 13/10, às 18hs, seguida de debate, dentro da programação paralela do RioMarket.