quarta-feira , 20 novembro , 2024

12 Filmes da Netflix que te Farão Refletir

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É muito legal passar horas na frente da TV maratonando aquela série adorada ou um monte de filmes. O valor de entretenimento e diversão é ótimo, mas tudo ganha outra conotação quando tais obras também nos fazem pensar e refletir. Geralmente, por mais que não percebamos, a maioria das produções possui uma mensagem a ser interpretada. Algumas se valem de temas muito atuais de serem discutidos, outras lidam com assuntos atemporais, daquele tipo que sempre estarão em voga, como relacionamentos e questões sociais.

Pensando nisso, resolvemos formular uma nova lista, com doze filmes que podem ser encontrados no acervo atual da Netflix e que nos fazem tirar um tempo para conversar sobre o que foi apresentado na tela. Vem com a gente debater estes temas importantes.



Amor por Direito (2015)

Bem, se já não cabia antes, hoje temos certeza absoluta de que não existe mais lugar no mundo para intolerância contra relacionamentos do mesmo sexo e homofobia. Amor por Direito não discute tanto estas questões, mas sim um tópico que vem como o próximo passo da aceitação, o direito.

Neste filme baseado numa história real, Julianne Moore (recém-saída do Oscar por Para Sempre Alice) e Ellen Page interpretam um casal, lutando na justiça pelo direito de pensão. Tal benefício só era concedido às esposas de policiais e a personagem de Moore, sendo uma agente da polícia, briga para que sua companheira tenha os mesmos privilégios.

Foi Apenas um Sonho (2008)

Todos adoram o sucesso Titanic (1997), o qual muitos milênios consideram um “hino”. No entanto, nem todos sabem que onze anos depois o casal Leonardo DiCaprio e Kate Winslet voltou a se encontrar nas telas, num filme ainda mais pesado do que um desastre de navio – acredite!

O tema aqui é a depressão e suas trágicas consequências. Considerado o mal do século, a depressão não é um assunto para ser desmerecido ou destratado e já virou tema até de séries juvenis, vide 13 Reasons Why. Este, no entanto, é um filme adulto e sério, que aborda o problema de forma real e consciente. Aqui, a dupla interpreta marido e mulher, pais de duas crianças e parte da típica família perfeita norte-americana dos subúrbios, saídas dos comerciais de margarina. Passado na década de 1950, o filme mostra que a fuga de nossas realidades pode ser uma saída, a chamada mudança de ares pode vir a ser um remédio para a saúde mental mais eficiente do que uma falsa segurança financeira dentro de uma rotina mundana.

Complicações do Amor (2014)

Seguindo pelo terreno dos relacionamentos a dois, a rotina pode ser complicada e enfraquecer qualquer união. O segredo é saber se reinventar dentro desta dinâmica para evitar o desgaste. O que nem sempre dá certo e pode se mostrar muito difícil. Mais uma vez a troca de cenário pode ser a solução para mexer tudo. É justamente esta a premissa de Complicações do Amor, cujo título pode enganar o espectador menos atento.

O filme na realidade é uma ficção científica com toques de fantasia. Então, espere elementos sobrenaturais permeando esta história sobre um casal tentando dar novo gás ao seu relacionamento. Recomendados pelo psicólogo, eles viajam até a casa de praia de seu terapeuta para um fim de semana romântico. Uma vez lá, descobrem literalmente novas versões de si mesmos. À primeira vista simples, o filme guarda conclusões complexas e abertas, já que podemos tirar várias analogias sobre quem de fato somos – talvez nunca os mesmos, dependendo da situação. O elenco conta com a talentosa atriz sensação, Elisabeth Moss (O Conto da Aia).

Meu Nome é Ray (2015)

Curiosamente, este filme estrelado pela jovem talentosíssima Elle Fanning mudou de nome nos EUA, deixando o título About Ray para se tornar 3 Generations por lá. O tema aqui, muito relevante e atual de ser debatido, fala sobre a escolha pela mudança de sexo.

Na trama, Ray (Fanning) é uma jovem que percebe que nasceu no corpo errado – cada vez mais comum hoje em dia. Assim, para se sentir melhor consigo mesmo e ser aceita, ela decide fazer a operação de mudança de sexo e se tornar um menino. O filme aborda o processo desta decisão, que precisa ser pesada tanto junto à família quanto psicologicamente, de longe não tão fácil quando pode-se imaginar. Ray tem o apoio da família liberal: a mãe (papel de Naomi Watts) e a avó (papel de Susan Sarandon).

Garotas Sem Rumo (2005)

Antes de vencer o Oscar por Os Miseráveis (2012), de sua primeira indicação por O Casamento de Rachel (2008) ou até mesmo antes do papel que viria a ser o divisor de águas em sua carreira, O Diabo Veste Prada (2006), Anne Hathaway já dava sinais de boas escolhas na carreira, com projetos polêmicos, porém, muito dignos.

Garotas Sem Rumo aborda dois temas bem fervorosos. O primeiro é a colisão cultural e social. O segundo é o perigo de, como diz o título, jovens influenciáveis e ainda na fase incompleta de uma bússola moral serem abduzidas pelas tentações de uma vida emocionante e desgovernada. Na trama, duas jovens de classe alta começam a frequentar ambientes ligados à cultura de gangues latinas em Los Angeles.

O Sol é para Todos (1962)

Grande clássico do cinema, vencedor de 3 Oscar e listado como uma das melhores produções cinematográficas de todos os tempos, O Sol é para Todos traz um fenomenal desempenho do icônico Gregory Peck – premiado pela Academia.

Na trama, baseada num livro da lendária autora Harper Lee, um advogado pega um caso que irá mudar sua vida: ele precisa defender um homem negro contra uma acusação falsa de estupro e, de quebra, seus filhos de preconceito, durante a era da grande depressão no sul dos EUA. Por esta premissa, entendemos um pouco de onde obras como Tempo de Matar (1996) e À Espera de um Milagre (1999) tiraram inspiração.

A Ganha-Pão (2017)

Indicada ao último Oscar, esta animação produzida pela engajada Angelina Jolie chega para mostrar que nem todo filme do gênero é exclusivamente recomendado para crianças. Pelo contrário, A Ganha-Pão é um filme tão recomendado para adultos igualmente. Os pais que quiserem transformar seus filhos em pessoas melhores, no entanto, podem mostrar tranquilamente esta obra para eles também.

Na trama desta animação tradicional, uma menina precisa se disfarçar de menino para poder trabalhar e sustentar sua família, depois que seu pai se vê impossibilitado de realizar tal tarefa. O filme mostra que ainda existe muita disparidade quando o assunto é oportunidade para mulheres. Em especial quando falamos em países de mentalidade tão atrasada quanto alguns do Oriente Médio, nos quais a mulher ainda é tratada como ser inferior e sem lugar de fala. O longa se passa em 2001, quando o Afeganistão se encontrava sob o domínio do Talibã.

Crítica Netflix | A Ganha-Pão – animação indicada ao Oscar tem produção de Angelina Jolie

O Cidadão Ilustre (2016)

Nostalgia e melancolia são os temas deste longa argentino, que conta com o talentoso Oscar Martínez protagonizando. No filme, ele vive um escritor renomado que acaba de vencer o prêmio Nobel de Literatura. Prontamente, os governantes de sua pequena cidade natal arrumam uma volta ao lar de seu cidadão ilustre – daí o título.

O amargurado e cínico protagonista venceu na vida, mas está muito longe de ser feliz. A volta no tempo parece ser a pedida ideal para preencher o que lhe falta, já que assim estará em contato direto com suas raízes. O que se passa, no entanto, uma vez estando no local é uma sucessão de ocorrências tragicamente hilárias, que mostram o quanto podemos mudar e o quanto as relações pessoais podem sofrer com nosso crescimento existencial e profissional. Uma ótima reflexão.

O Doador de Memórias (2014)

À primeira vista um filme voltado ao entretenimento, O Doador de Memórias esconde um forte subtexto em suas camadas. Uma obra voltada o público jovem, mas com muito conteúdo, o longa aborda o mundo ditatorial movido a regras e proibições, entre eles: sentimentos.

Uma alegoria ao fascismo e ao controle extremo dos cidadãos, O Doador de Memórias é uma versão moderna do clássico 1984. Uma das sacadas mais legais é a mudança do preto e branco para o colorido do mundo quando os personagens passam a conhecer a verdade e a sentir. O filme fala sobre a perda da história e como podemos aterrar tudo o que nos faz ser humanos quando agimos com censura e represálias em nome de um “bem maior”. Acima de tudo é uma crítica ao extremismo.

A Marca da Maldade (1958)

Um dos maiores filme noir da história do cinema, esta obra-prima do diretor Orson Welles é considerado uma das grandes produções cinematográficas de todos os tempos. Aqui o tema principal é a panela de pressão racial prestes a explodir entre americanos e mexicanos na fronteira dos países.

Com um espetacular plano-sequência a trama tem início. Uma bomba explode, matando um cidadão americano. Entre idas e vindas de um país ao outro, o espaço físico é pequeno, mas as diferenças sociais são imensas. Charlton Heston interpreta um detetive mexicano em lua de mel, que acidentalmente se vê no meio de uma conspiração envolvendo criminosos, sequestro, extorsão, assassinato e corrupção policial. Janet Leigh e o próprio Welles completam o elenco desta grandiosa peça do cinema.

Conspiração e Poder (2015)

Atualmente, um assunto muito em voga são as fake news e a responsabilidade da imprensa mundial, cada vez mais criticada e desmerecida. Pegando justamente esta deixa, chega o próximo filme de nossa lista. Protagonizado por monstros como Robert Redford e Cate Blanchett, Conspiração e Poder merecia mais atenção.

Na história, igualmente verídica, jornalistas do programa 60 Minutos, da rede CBS, investigam uma possível fraude em relação ao serviço militar do presidente George W. Bush, enquanto ele ainda estava no poder, em 2004. O que seria uma forte matéria expositiva, acaba se voltando contra os repórteres, que terminam desacreditados, com suas carreiras e vidas pessoais em risco.

A Garota Dinamarquesa (2015)

Na lista já tivemos tópicos como as tensões raciais, relacionamentos conturbados, depressão, luta por direitos igualitários das mulheres e homossexuais, e responsabilidades profissionais. Agora voltamos ao tópico da diversidade sexual para apresentar um impressionante drama histórico pouco conhecido.

Seguindo a linha de Meu Nome é Ray, este filme vai ainda mais longe ao narrar a história da primeira cirurgia de mudança de sexo do mundo, realizada por Einar Wegener, um homem casado, na Dinamarca do século XX. Aos poucos o sujeito começou a aflorar sua verdadeira personalidade, adormecida por todos esses anos. Einar era na verdade Lili Elbe. O filme conta sua transformação, o que abriu porta para todos os transexuais do mundo. Indicado para quatro prêmios no Oscar, incluindo melhor ator para Eddie Redmayne, o filme venceu na categoria de atriz coadjuvante para Alicia Vikander.

Bônus:

Um Contratempo (2016)

Produção espanhola de suspense, Um Contratempo apresenta um bem sucedido homem de negócios, papel de Mario Casas, casado, porém, infiel. Suas chances mudam radicalmente quando o sujeito aparece ao lado de um cadáver e de uma grande quantia de dinheiro, sem lembrar de absolutamente nada. Agora, ele precisa da ajuda de uma preparadora de álibi profissional, caso queira escapar da prisão. Por esta premissa, já dá para perceber que um dos tópicos é a corrupção e a forma como os poderosos lidam facilmente com desvios de conduta e da lei.

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Pensando nisso, resolvemos formular uma nova lista, com doze filmes que podem ser encontrados no acervo atual da Netflix e que nos fazem tirar um tempo para conversar sobre o que foi apresentado na tela. Vem com a gente debater estes temas importantes.

Amor por Direito (2015)

Bem, se já não cabia antes, hoje temos certeza absoluta de que não existe mais lugar no mundo para intolerância contra relacionamentos do mesmo sexo e homofobia. Amor por Direito não discute tanto estas questões, mas sim um tópico que vem como o próximo passo da aceitação, o direito.

Neste filme baseado numa história real, Julianne Moore (recém-saída do Oscar por Para Sempre Alice) e Ellen Page interpretam um casal, lutando na justiça pelo direito de pensão. Tal benefício só era concedido às esposas de policiais e a personagem de Moore, sendo uma agente da polícia, briga para que sua companheira tenha os mesmos privilégios.

Foi Apenas um Sonho (2008)

Todos adoram o sucesso Titanic (1997), o qual muitos milênios consideram um “hino”. No entanto, nem todos sabem que onze anos depois o casal Leonardo DiCaprio e Kate Winslet voltou a se encontrar nas telas, num filme ainda mais pesado do que um desastre de navio – acredite!

O tema aqui é a depressão e suas trágicas consequências. Considerado o mal do século, a depressão não é um assunto para ser desmerecido ou destratado e já virou tema até de séries juvenis, vide 13 Reasons Why. Este, no entanto, é um filme adulto e sério, que aborda o problema de forma real e consciente. Aqui, a dupla interpreta marido e mulher, pais de duas crianças e parte da típica família perfeita norte-americana dos subúrbios, saídas dos comerciais de margarina. Passado na década de 1950, o filme mostra que a fuga de nossas realidades pode ser uma saída, a chamada mudança de ares pode vir a ser um remédio para a saúde mental mais eficiente do que uma falsa segurança financeira dentro de uma rotina mundana.

Complicações do Amor (2014)

Seguindo pelo terreno dos relacionamentos a dois, a rotina pode ser complicada e enfraquecer qualquer união. O segredo é saber se reinventar dentro desta dinâmica para evitar o desgaste. O que nem sempre dá certo e pode se mostrar muito difícil. Mais uma vez a troca de cenário pode ser a solução para mexer tudo. É justamente esta a premissa de Complicações do Amor, cujo título pode enganar o espectador menos atento.

O filme na realidade é uma ficção científica com toques de fantasia. Então, espere elementos sobrenaturais permeando esta história sobre um casal tentando dar novo gás ao seu relacionamento. Recomendados pelo psicólogo, eles viajam até a casa de praia de seu terapeuta para um fim de semana romântico. Uma vez lá, descobrem literalmente novas versões de si mesmos. À primeira vista simples, o filme guarda conclusões complexas e abertas, já que podemos tirar várias analogias sobre quem de fato somos – talvez nunca os mesmos, dependendo da situação. O elenco conta com a talentosa atriz sensação, Elisabeth Moss (O Conto da Aia).

Meu Nome é Ray (2015)

Curiosamente, este filme estrelado pela jovem talentosíssima Elle Fanning mudou de nome nos EUA, deixando o título About Ray para se tornar 3 Generations por lá. O tema aqui, muito relevante e atual de ser debatido, fala sobre a escolha pela mudança de sexo.

Na trama, Ray (Fanning) é uma jovem que percebe que nasceu no corpo errado – cada vez mais comum hoje em dia. Assim, para se sentir melhor consigo mesmo e ser aceita, ela decide fazer a operação de mudança de sexo e se tornar um menino. O filme aborda o processo desta decisão, que precisa ser pesada tanto junto à família quanto psicologicamente, de longe não tão fácil quando pode-se imaginar. Ray tem o apoio da família liberal: a mãe (papel de Naomi Watts) e a avó (papel de Susan Sarandon).

Garotas Sem Rumo (2005)

Antes de vencer o Oscar por Os Miseráveis (2012), de sua primeira indicação por O Casamento de Rachel (2008) ou até mesmo antes do papel que viria a ser o divisor de águas em sua carreira, O Diabo Veste Prada (2006), Anne Hathaway já dava sinais de boas escolhas na carreira, com projetos polêmicos, porém, muito dignos.

Garotas Sem Rumo aborda dois temas bem fervorosos. O primeiro é a colisão cultural e social. O segundo é o perigo de, como diz o título, jovens influenciáveis e ainda na fase incompleta de uma bússola moral serem abduzidas pelas tentações de uma vida emocionante e desgovernada. Na trama, duas jovens de classe alta começam a frequentar ambientes ligados à cultura de gangues latinas em Los Angeles.

O Sol é para Todos (1962)

Grande clássico do cinema, vencedor de 3 Oscar e listado como uma das melhores produções cinematográficas de todos os tempos, O Sol é para Todos traz um fenomenal desempenho do icônico Gregory Peck – premiado pela Academia.

Na trama, baseada num livro da lendária autora Harper Lee, um advogado pega um caso que irá mudar sua vida: ele precisa defender um homem negro contra uma acusação falsa de estupro e, de quebra, seus filhos de preconceito, durante a era da grande depressão no sul dos EUA. Por esta premissa, entendemos um pouco de onde obras como Tempo de Matar (1996) e À Espera de um Milagre (1999) tiraram inspiração.

A Ganha-Pão (2017)

Indicada ao último Oscar, esta animação produzida pela engajada Angelina Jolie chega para mostrar que nem todo filme do gênero é exclusivamente recomendado para crianças. Pelo contrário, A Ganha-Pão é um filme tão recomendado para adultos igualmente. Os pais que quiserem transformar seus filhos em pessoas melhores, no entanto, podem mostrar tranquilamente esta obra para eles também.

Na trama desta animação tradicional, uma menina precisa se disfarçar de menino para poder trabalhar e sustentar sua família, depois que seu pai se vê impossibilitado de realizar tal tarefa. O filme mostra que ainda existe muita disparidade quando o assunto é oportunidade para mulheres. Em especial quando falamos em países de mentalidade tão atrasada quanto alguns do Oriente Médio, nos quais a mulher ainda é tratada como ser inferior e sem lugar de fala. O longa se passa em 2001, quando o Afeganistão se encontrava sob o domínio do Talibã.

Crítica Netflix | A Ganha-Pão – animação indicada ao Oscar tem produção de Angelina Jolie

O Cidadão Ilustre (2016)

Nostalgia e melancolia são os temas deste longa argentino, que conta com o talentoso Oscar Martínez protagonizando. No filme, ele vive um escritor renomado que acaba de vencer o prêmio Nobel de Literatura. Prontamente, os governantes de sua pequena cidade natal arrumam uma volta ao lar de seu cidadão ilustre – daí o título.

O amargurado e cínico protagonista venceu na vida, mas está muito longe de ser feliz. A volta no tempo parece ser a pedida ideal para preencher o que lhe falta, já que assim estará em contato direto com suas raízes. O que se passa, no entanto, uma vez estando no local é uma sucessão de ocorrências tragicamente hilárias, que mostram o quanto podemos mudar e o quanto as relações pessoais podem sofrer com nosso crescimento existencial e profissional. Uma ótima reflexão.

O Doador de Memórias (2014)

À primeira vista um filme voltado ao entretenimento, O Doador de Memórias esconde um forte subtexto em suas camadas. Uma obra voltada o público jovem, mas com muito conteúdo, o longa aborda o mundo ditatorial movido a regras e proibições, entre eles: sentimentos.

Uma alegoria ao fascismo e ao controle extremo dos cidadãos, O Doador de Memórias é uma versão moderna do clássico 1984. Uma das sacadas mais legais é a mudança do preto e branco para o colorido do mundo quando os personagens passam a conhecer a verdade e a sentir. O filme fala sobre a perda da história e como podemos aterrar tudo o que nos faz ser humanos quando agimos com censura e represálias em nome de um “bem maior”. Acima de tudo é uma crítica ao extremismo.

A Marca da Maldade (1958)

Um dos maiores filme noir da história do cinema, esta obra-prima do diretor Orson Welles é considerado uma das grandes produções cinematográficas de todos os tempos. Aqui o tema principal é a panela de pressão racial prestes a explodir entre americanos e mexicanos na fronteira dos países.

Com um espetacular plano-sequência a trama tem início. Uma bomba explode, matando um cidadão americano. Entre idas e vindas de um país ao outro, o espaço físico é pequeno, mas as diferenças sociais são imensas. Charlton Heston interpreta um detetive mexicano em lua de mel, que acidentalmente se vê no meio de uma conspiração envolvendo criminosos, sequestro, extorsão, assassinato e corrupção policial. Janet Leigh e o próprio Welles completam o elenco desta grandiosa peça do cinema.

Conspiração e Poder (2015)

Atualmente, um assunto muito em voga são as fake news e a responsabilidade da imprensa mundial, cada vez mais criticada e desmerecida. Pegando justamente esta deixa, chega o próximo filme de nossa lista. Protagonizado por monstros como Robert Redford e Cate Blanchett, Conspiração e Poder merecia mais atenção.

Na história, igualmente verídica, jornalistas do programa 60 Minutos, da rede CBS, investigam uma possível fraude em relação ao serviço militar do presidente George W. Bush, enquanto ele ainda estava no poder, em 2004. O que seria uma forte matéria expositiva, acaba se voltando contra os repórteres, que terminam desacreditados, com suas carreiras e vidas pessoais em risco.

A Garota Dinamarquesa (2015)

Na lista já tivemos tópicos como as tensões raciais, relacionamentos conturbados, depressão, luta por direitos igualitários das mulheres e homossexuais, e responsabilidades profissionais. Agora voltamos ao tópico da diversidade sexual para apresentar um impressionante drama histórico pouco conhecido.

Seguindo a linha de Meu Nome é Ray, este filme vai ainda mais longe ao narrar a história da primeira cirurgia de mudança de sexo do mundo, realizada por Einar Wegener, um homem casado, na Dinamarca do século XX. Aos poucos o sujeito começou a aflorar sua verdadeira personalidade, adormecida por todos esses anos. Einar era na verdade Lili Elbe. O filme conta sua transformação, o que abriu porta para todos os transexuais do mundo. Indicado para quatro prêmios no Oscar, incluindo melhor ator para Eddie Redmayne, o filme venceu na categoria de atriz coadjuvante para Alicia Vikander.

Bônus:

Um Contratempo (2016)

Produção espanhola de suspense, Um Contratempo apresenta um bem sucedido homem de negócios, papel de Mario Casas, casado, porém, infiel. Suas chances mudam radicalmente quando o sujeito aparece ao lado de um cadáver e de uma grande quantia de dinheiro, sem lembrar de absolutamente nada. Agora, ele precisa da ajuda de uma preparadora de álibi profissional, caso queira escapar da prisão. Por esta premissa, já dá para perceber que um dos tópicos é a corrupção e a forma como os poderosos lidam facilmente com desvios de conduta e da lei.

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