sexta-feira, março 29, 2024

12 Grandes Espiões do Cinema

Missão Impossível: Efeito Fallout‘ se consagrou como o mais bem-sucedido filme da franquia no seu primeiro fim de semana no Brasil, arrecadando R$ 14,5 milhões e levando 773 mil espectadores aos cinemas – a maior abertura da franquia e de um filme estrelado por Tom Cruise no país.

Cruise volta à frente da produção, quebrando mais alguns ossos para desempenhar cenas de ação inacreditáveis – bem diante de nossos olhos.

Para homenagear este blockbuster, resolvemos criar uma lista apresentando os grandes, os melhores e os mais memoráveis espiões do cinema. Vem conhecer.

Ethan Hunt

Já que a lista aproveita o gancho do lançamento do novo Missão: Impossível, não poderíamos começar de forma diferente. O astro Tom Cruise apostou na ideia e ela deu muito certo. É claro que o primeiro longa, datado de 1996 e dirigido pelo mestre Brian De Palma, se trata de uma reformulação de um programa de TV clássico sobre uma equipe de agentes secretos realizando… bem, missões impossíveis – exibido de 1966 a 1973.

O programa ganhou sobrevida na década de 1980, e durou de 1988 a 1990. Seis anos depois, Tom Cruise levava a ideia para as telonas, na forma de um verdadeiro thriller intrincado (mas com direito a cenas de ação eletrizantes) e apresentava seu Ethan Hunt, um personagem inédito no seriado. As continuações seguiram em 2000, 2006, 2011 e 2015 – assumindo de vez as tintas de superprodução de entretenimento escapista.

James Bond

Com todo respeito a Tom Cruise e seu Ethan Hunt, mas Bond, James Bond é o primeiro e único. O maior espião do cinema, ao contrário do colega de Missão: Impossível, não saiu de um programa de TV, mas sim de uma série literária escrita pelo autor icônico Ian Fleming. No cinema, o primeiro livro transposto foi 007 Contra o Satânico Dr. No, ou simplesmente Dr. No, que ganhou as telonas em 1962 personificado por Sean Connery – ainda o James Bond favorito da maioria. O curioso é que o personagem só viria a atingir de forma certeira o conceito que leva até hoje no terceiro longa da franquia, 007 Contra Goldfinger (1964).

James Bond é também o personagem mais vezes retratado numa série cinematográfica, que já soma 24 filmes. Dentre seus intérpretes ao longo desta jornada de quase seis décadas estão, além do citado Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan, até chegarmos ao atual Daniel Craig – dono do papel de 007 por quatro vezes, indo para a quinta no próximo filme que já tem lançamento marcado para 2019.

Jason Bourne

Também saído das páginas de um livro, este do autor Robert Ludlum, Jason Bourne é interpretado por Matt Damon e seus filmes fizeram tanto sucesso que o personagem acabou se tornando o terceiro maior espião da atualidade no cinema. O que talvez nem todos saibam é que a primeira adaptação do livro A Identidade Bourne foi na forma de uma minissérie em dois episódios (num total de 3 horas de projeção) de 1988, no qual o protagonista foi interpretado por Richard Chamberlain – mais conhecido por interpretar Allan Quatermain, outro personagem literário, nos filmes As Minas do Rei Salomão (1985) e Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido (1986).

Não deixe de assistir:

A reimaginação de A Identidade Bourne era lançada em 2002 com Damon agora no papel e se transformava numa celebrada trilogia, com as sequências A Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne (2007). Com a série aparentemente encerrada, a Universal Pictures planejou um derivado, desta vez focando em Aaron Cross, outro super agente do mesmo universo, interpretado por Jeremy Renner em O Legado Bourne (2012). Como o filme não vingou, Damon foi convocado mais uma vez e retornou ao papel em Jason Bourne (2016).

Jack Ryan

Bem que este agente da CIA, criado nos livros pelo autor Tom Clancy, pode servir como contraponto americano para James Bond. Embora possua bem menos produções protagonizadas por ele em comparação ao Agente da Rainha, Jack Ryan igualmente já vivenciou um desfile de intérpretes. No cinema, começou a carreira como coadjuvante em Caçada ao Outubro Vermelho (1990), no qual foi vivido por Alec Baldwin, e era eclipsado pelo comandante russo renegado de Sean Connery. Com Jogos Patrióticos (1992), assumia sua forma mais famosa na pele de Harrison Ford, e via sua família posta no alvo de terroristas irlandeses.

Novamente vivido por Ford, Perigo Real e Imediato (1994) o levou ao combate ao narcotráfico em países da América do Sul. Quando Ford não quis mais voltar ao papel, a opção foi por um Ryan mais jovem, em início de carreira. Nas formas de Ben Affleck, A Soma de Todos os Medos (2002) falhou em cativar o público e a franquia entrava em novo hiato. Novamente optando por um Ryan mais novo, e apostando como nunca antes na ação (reflexo de franquias que já estavam a toda como Bourne, Missão: Impossível e o novo Bond de Daniel Craig), Operação Sombra trouxe o agente na pele de Chris Pine, mas o resultado igualmente ficou abaixo do esperado. A nova encarnação do personagem chega ainda este ano, vivido agora por John Krasinski (Um Lugar Silencioso), apostando no formato para a telinha numa série. Jack Ryan estreia no dia 31 de agosto.

Xander Cage

No mesmo ano em que A Identidade Bourne e 007 – Um Novo Dia para Morrer eram lançados no cinema, uma proposta de rejuvenescer ainda mais o conceito de “filme de espiões” era tentada. Vin Diesel era o astro do momento, que se comunicava bem com a audiência jovem devido ao sucesso de Velozes e Furiosos (2001). Careca, musculoso e cheio de atitude, sua persona era a ideal para um novo tipo de agente secreto. Xander Cage, seu personagem, é um esportista rebelde, que passa seus dias se arriscado em ousadas façanhas para desafiar as autoridades. O sujeito é recrutado e torna-se o novo espião do pedaço.

A ideia, que pode soar bem idiota para os mais velhos, deu certo e XxX (ou Triplo X) pegou carona na fama do ator. A continuação era certa, porém, não saiu exatamente como esperado, já que Diesel quis alçar novos voos para não ficar preso a um estereotipo de personagem – o qual abraçou por completo atualmente. Por isso, XxX 2: Estado de Emergência (2005) saiu do papel, mas sem Diesel como protagonista. Em seu lugar, o ex-agente prisioneiro Darius Stone (Ice Cube) comandou a ação. É claro que o público não engoliu, afinal o que queriam ver era Diesel. Assim, doze anos depois, Xander Cage e Diesel estavam de volta para mais um round – com uma equipe legal à tira colo – numa aventura ainda mais divertida que a original, investindo por completo no absurdo total. Com o sucesso, um quarto filme já é prometido e Diesel aposta de vez em sua nova franquia.

Nikita

Esta definitivamente é uma espiã famosa no terreno do entretenimento. Quando criou a personagem e a história em 1990, com Nikita: Criada para Matar, o cineasta francês Luc Besson não imaginava que ela iria ressoar ao longo dos anos em variadas mídias. No original, vivida por Anne Parillaud, Nikita, ou Marie Clément, é uma criminosa que ao invés de ir para a cadeia, recebe uma nova chance ao ser recrutada como assassina de uma agência ultra-secreta do governo francês. Suas missões impossíveis sempre envolvem eliminar desafetos poderosos.

Dois anos depois era lançada a refilmagem americana, com a sumida Bridget Fonda no papel de Maggie (e não Marie), uma viciada em drogas transformada em superespiã. A Assassina (1992) repete inclusive algumas das cenas icônicas do clássico francês. Depois, a mesma história foi contada na forma de uma série de TV intitulada La Femme Nikita (assim como o filme francês), que durou de 1997 a 2001, na qual a protagonista ganhava as formas da loura gelada Peta Wilson. Com menos tempo de vida, a personagem retornava para um novo programa televisivo, desta vez nas formas da asiática Maggie Q, em Nikita, a última encarnação da assassina, durou de 2010 a 2013.

Eggsy e Harry Hart

Agentes secretos famosos do cinema também saem das páginas das HQs. Aqui, trata-se da criação de Mark Millar e Dave Gibbons para Kingsman – Serviço Secreto (2015). Um espião jovem, cheio de atitude, que sabe se virar nas ruas e com a participação de Samuel L. Jackson… não, esta não é mais uma sequência de XxX. Jackson aqui é o vilão, que até possui um plano louco compreensível, correspondendo ao planejado pelo titã Thanos no recente Vingadores: Guerra Infinita. Aqui, o protagonista é Eggsy, jovem de origem humilde da periferia de Londres, selecionado para um programa que vai eleger o novo membro de uma agência altamente secreta do governo inglês.

O mentor do jovem é Harry Hart, agente veterano que irá lhe ensinar todos os segredos da arte da espionagem. Eggsy e Hart são vividos respectivamente por Taron Egerton e Colin Firth. A agência Kingsman ainda conta com uma linhagem de espiões cujos nomes remetem aos cavaleiros da Távola Redonda e à lenda do Rei Arthur, vividos por Michael Caine e Mark Strong, por exemplo. Na sequência do filme, O Círculo Dourado (2017), somos introduzidos a uma nova organização, a agência americana, conhecida como Statesman, da qual fazem parte Whiskey (Pedro Pascal), Tequila (Channing Tatum), Ginger (Halle Berry) e o líder Champ (Jeff Bridges). Ah sim, não podemos terminar sem citar a antagonista Gazelle, a capanga de letais pernas de lâminas, interpretada por Sofia Boutella no primeiro filme.

Austin Powers

Agentes secretos rendem muito pano para manga quando o assunto é thriller, suspense e ação. Bem, como não poderia deixar de ser, a comédia também visitou o tema. Uma das mais famosas paródias do gênero, que brinca com todos os itens da cartilha dos filmes de espiões – em especial os de 007 (servindo até hoje como molde) – é Austin Powers (intitulado 000 – Um Agente nada Discreto no Brasil).

O espião britânico interpretado por Mike Myers é dono de um visual peculiar, mas isso não o impede de ser um conquistador nato (assim como James Bond). Além disso, o sujeito protagoniza aventuras dignas de sua contraparte mais séria, fazendo uso inclusive de seu próprio arqui-inimigo, Dr. Evil (também vivido por Myers), uma cópia deslavada de Blofeld (o vilão do icônico Agente da Rainha).

A curiosidade é que embora tenha feito enorme sucesso em 1997, se tornando um sucesso surpresa nos EUA, o primeiro longa de Austin Powers aportou no Brasil direto em vídeo. Com o sucesso conquistado nas videolocadoras de nosso país, o sinal verde era dado para as continuações seguirem por caminhos diferentes em O Agente ‘Bond’ Cama (1999) e O Homem com o Membro de Ouro (2002), que tiveram lançamento nos cinemas e se mostraram bem sucedidos. Na época, falava-se em um quarto filme, que nunca viria a acontecer.

Johnny English

Na falta de Austin Powers e Mike Myers, o britânico Rowan Atkinson ocupava a vaga, pegando para si o posto de agente secreto atrapalhado da vez. E realmente, o primeiro Johnny English chegava aos cinemas no ano seguinte do último Austin Powers. A ideia aqui, no entanto, não era exatamente a mesma do colega humorista canadense. Enquanto Austin Powers apostava no escracho geral, com a maioria dos personagens e do universo que cercava o protagonista voltados ao humor – geralmente com apenas um personagem sério na história toda (a mulher ‘powersgirl’ da vez) – o mundo de Johnny English é levado a sério e poderia ser tirado de um filme de espiões de verdade, não fosse pelo protagonista, o único personagem levado na comédia.

O curioso, ao contrário de Austin Powers, é que os filmes de Johnny English sofrem grande hiato entre as continuações. O Retorno de Johnny English só foi lançado oito anos depois do original, em 2011. E em 2018, depois de cinco anos, seremos brindados com o terceiro filme da franquia, Johnny English 3.0, com estreia programada para 18 de outubro.

Harry Tasker

O sonho de muitos diretores famosos sempre foi comandar uma aventura de James Bond – afinal o personagem tem histórias interessantes para dar e vender. Foi assim, por exemplo, que nasceu Indiana Jones, da vontade de Spielberg em dirigir um filme de 007. Seu colega George Lucas o convenceu a desistir de tais planos ao lhe apresentar uma solução mais cativante e assim nascia uma das maiores lendas do cinema. Caminho semelhante percorreu o grande James Cameron. Depois do sucesso dos dois primeiros O Exterminador do Futuro (1984 e 1991), o diretor se reuniu com seu astro Arnold Schwarzenegger para um filme de superespiões.

No entanto, existe uma guinada na batida fórmula. Desta vez, o tal superespião seria um homem de família, que esconde seu verdadeiro trabalho da mulher e filha. Para elas, ele não passa de um vendedor de computadores entediante. Em meio a uma crise, sua esposa (papel de Jamie Lee Curtis – exibindo formas estonteantes) busca mais adrenalina na vida. Assim, Harry Tasker (Schwarzenegger), o melhor James Bond que não é 007, precisa ao mesmo tempo criar uma elaborada farsa para satisfazer a esposa e combater ameaças terroristas em solo americano. Apesar de inúmeros boatos ao longo dos anos, esta é uma continuação que a dupla Cameron/Schwarzenegger ficou nos devendo.

Rudolf Abel

Saindo do terreno de blockbusters para uma obra mais séria e dramática, que trata a espionagem de uma forma mais real, Ponte de Espiões (2015) é dirigido pelo mestre Steven Spielberg e baseado em uma história real. No longa, o espião é o personagem de Mark Rylance, um agente soviético infiltrado em solo americano, capturado atrás das linhas inimigas durante a Guerra Fria na década de 1960. Sua prisão é usada como vantagem na hora do governo realizar uma troca por militares americanos capturados na União Soviética.

Ponte de Espiões foi indicado ao Oscar de melhor filme e Rylance levou a estatueta para casa por seu retrato do pacífico espião inimigo.

Joseph Turner

Um dos temas mais comuns dentro de filmes de espionagem é o do funcionário usado como bode expiatório que precisa provar sua inocência. Essa é a premissa de itens acima como o primeiro Missão: Impossível (1996). A produção talvez tenham se inspirado em Três Dias do Condor (1975), filme de Sydney Pollack, baseado no livro de James Grady. Na trama, um pesquisador da CIA (Robert Redford) encontra seus companheiros de trabalho mortos e se vê eleito como culpado. Até que possa provar sua inocência e descobrir os verdadeiros culpados, o agente terá que fugir de seus aliados no governo e dos responsáveis pelo ataque.

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