No nosso esquenta especial dessa semana, estamos separando 13 dicas super especiais de apenas filmaços que vamos recomendar e estão disponíveis nos streamings mais populares. Produções consagradas, que não apenas deram o que falar quando estrearam, mas que foram importantes para o gênero ou ideia que abordam.
Listamos também filmes que representam categorias específicas, seja com um final surpreendente, por ser um clássico, por ser símbolo do cinema brasileiro ou mesmo sul-americano, por trazer inovações técnicas ou mesmo conquistarem prêmios importantes, como Cannes ou o Oscar, onde todos estão disponíveis na HBO Max.
E não esquece de comentar também se já viu todos eles e se tem outros tão bons na HBO Max que merece ganhar um espaço na parte dois dessa lista. E fica ligado que vai vir por aí muito mais dicas de outros streamings como Star+, Netflix e Amazon Prime. Bora lá!
Deserto Particular (2021)
Dirigido pelo ótimo Aly Muritiba, a mente por trás de ‘Para Minha Amada Morta’ e ‘O Caso Evandro’, ‘Deserto Particular’ tem um primeiro ato completamente diferente do que o filme vai se tornar ao decorrer da trama, muito pela obra expressar o quão mundano e comum é o seu personagem. Revelado então o verdadeiro enredo, a paixão de um policial, branco e do Sul por um garoto nordestino travesti, é que vemos várias camadas serem debulhadas em tela, seja do ponto de vista social ou no que se refere a sentimentos. Não à toa, o longa foi o representante do Brasil no Oscar.
Maligno (2021)
Definitivamente, ‘Maligno’ foi um dos filmes de terror mais surpreendente dos últimos anos dentro do mainstream, já que foi dirigido por James Wan, conhecido cineasta e criador de franquias emblemáticas do estilo, como ‘Jogos Mortais’ e ‘Invocação do Mal’. Wan dessa vez foi mais autoral do que nunca, pegou a estética do cinema giallo, mesclou ao seu estilo soturno e criou um final simplesmente aterrador. Isso sem falar em toda linguagem quadrinista, onde o personagem principal mais parece uma mistura do Corvo com um monstro contorcido. Brilhante!
Clube da Luta (1999)
David Fincher é hoje um dos grandes cineastas americanos em atividade, muito por dois filmes: ‘Seven’ e absolutamente genial ‘Clube da Luta’. O filme estrelado por Edward Norton e Brad Pitt moldou uma geração, foi o soco na mente de muita gente que viva em inércia e que finalmente acordou, quando entendeu o funcionamento de muita coisa dentro da sociedade. Além disso, o filme tem um roteiro primoroso e uma condução narrativa irretocável, construindo tudo para chegar no clímax desejado. Um verdadeiro jovem clássico.
Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994)
Quentin Tarantino já havia deixado muita gente maluco com o igualmente genial ‘Cães de Aluguel’, porém com ‘Pulp Fiction’ o cineasta atingiu uma maturidade narrativa que o colocou no patamar dos grandes autores do cinema moderno. Contando uma trama absolutamente insana, através de um formato ainda mais louco e ousado, Tarantino encaixa diversas histórias dentro de uma história que em muitos momentos parece sem sentido, e ainda assim entrega diversas cenas que ficaram marcadas na história do cinema.
Moonlight: Sob a Luz do Luar (2017)
O filme oscarizado da A24, ‘Moonlight‘ é um inesquecível espetáculo intimista que tocará cada espectador de um jeito. Se o filme pode ser visto como sendo sobre a busca de uma identidade, ele nunca perde a sua, caminhando a passos largos na direção de um futuro incerto, mas carregado de vida, escolhas, imposições e, sim, amor. Um filme que possui uma quantidade imensa de grandes performances e entrega muito além dos longas do estilo.
Jogador Nº 1 (2018)
Steven Spielberg retorna à ficção cientifica com ‘Jogador Nº 1‘. Baseado num livro de Ernest Cline, o filme parece na verdade uma desculpa para fazer uma homenagem colossal a cultura pop em geral. É uma ode à música (com passagens de Van Halen, Duran Duran e New Order); uma ode ao cinema (e nesse sentido então creio que não dá pra medir a quantidade de produções referenciadas, mas se destacam coisas como ‘De Volta Para o Futuro’, ‘O Iluminado’, ‘Star Wars’, ‘Star Trek’, ‘Gigante de Ferro’ e ‘Monty Python’ – tendo até uma auto referência a ‘Jurassic Park’); e uma ode também aos games, por que não.
Dentre as muitas passagens de ‘Halo’, ‘Overwatch’, ‘Final Fantasy’, ‘Warcraft’, ‘Street Fighter’ e afins, há também uma metalinguagem primeiro na concepção de mundo, que é lá chamado de Oasis. Depois nos avatares usados como forma de interação entre pessoas. Onde muitos vivem reclusas a isso. Acima de tudo, Jogador N1 é um filme jovem. Extremamente atual em sua linguagem, nos temas abordados e principalmente pelos seus personagens, o velhinho Spielberg, no auge dos seus 71 anos, mostra aos jovenzinhos porque é considerado o pai da cultura pop mundial. Uma obra revigorante que traz a magia e a nostalgia de clássicos que víamos antigamente. E se ele irá ou não virar um clássico também, só o tempo dirá.
Esquadrão Suicida (2021)
Dois casos fizeram o ‘Esquadrão Suicida‘ de James Gunn ser ainda mais surpreendente: 1) o fato do longa anterior, comandado por David Ayer, ser um verdadeiro crime, um filme tão ruim e bagunçado que foi completamente ignorado com o lançamento da sua sequência; 2) depois porque Gunn havia sido literalmente chutado da Marvel, após descobrirem antigos tweets que queimaram o seu filme.
Enfurecido, o diretor entregou um dos filmes de histórias em quadrinhos mais inspirados da história. Repleto de elementos temáticos e narrativos, que tomou emprestado até mesmo ideias das produções japonesas, montou um novo grupo de heróis que ao mesmo tempo que eram estranhos, também eram violentos e brutais, isso sem falar no modo em que Gunn consegue criar o clima de ameaça, já que a qualquer momento um dos seus protagonistas pode morrer. Até a Arlequina foi reinventada. Espetacular!
Batman (2021)
O Batman de Robert Pattinson, ator que casou como uma luva nessa abordagem, também surge como um aspecto original dentro da produção como um todo. Isso porque, pela primeira vez em live-action, temos a intepretação do Cavaleiro das Trevas atuando como um verdadeiro detetive. São recorrentes os momentos que vemos o Batman presente nas cenas crime junto a polícia ou mesmo ao Alfred (Andy Serkis) investigando os cenários dos delitos ou tentando resolver os enigmas do Charada. E falando naquele que é o principal vilão, é impressionante o que Paul Dano é capaz de fazer quando interpreta esses tipos esquisitos exagerados, não ficando atrás, por exemplo, do Coringa de Joaquin Phoenix.
As Golpistas (2019)
Esse filme pegou todo mundo de surpresa, por trazer uma Jennifer Lopez mais sensual do que nunca, mas ao mesmo tempo por exibir uma personagem muito humana e capaz de tudo por sua filha. A trama foca na vida de Destiny, que muda para sempre quando ela se torna amiga de Ramona, que lhe mostra como lidar com a rica clientela no clube em que trabalha como stripper. Mas, quando a crise financeira chega, as amigas percebem o declínio na quantidade de clientes de Wall Street abalar sua rentabilidade. Com isso, decidem elaborar um esquema ousado para recuperar suas vidas. Um filme sexy, pulsante e com uma história empolgante.
Mad Max – Estrada da Fúria (2015)
Mais de 20 anos após o terceiro filme, George Miller voltou com uma produção que é considerado por muitos o grande filme da década passada, pois ‘Mad Max: Estrada da Fúria’, além de ser um estrondoso filme de ação, traz algumas das cenas mais grandiosas feitas nos últimos tempos. Carros e caminhões explodindo no meio do deserto, pancadaria para todo lado, insanidade a cada tomada criada e, acima de tudo, personagens marcantes, que não à toa, irão ganhar histórias próprias, vide a Furiosa. É difícil algo chegar perto de Estrada da Fúria quando o assunto é ação.
Relatos Selvagens (2014)
O cinema argentine sempre ostentou filmes brilhantes, bem como Ricardo Darín sempre esteve presente como um dos atores mais importantes da história dos Hermanos. Em Relatos Selvagens ele está apenas em uma das seis histórias, que focam basicamente em vinganças cotidianas. De um passageiro revoltado no avião ou mesmo numa briga de trânsito, até um casamento repleto de traições e histórias de quadrilhas locais, todos casos comuns que, pela ótica do longa, parecem absolutamente insanos.
O Grande Gatsby (2013)
Luhrmann se mostra bem-sucedido durante a maior parte do tempo justamente por conferir energia e cor às palavras evocativas de Fitzgerald ao mesmo tempo em que se mantém fiel à sua trama. ‘O Grande Gatsby‘ vai encher os seus olhos, o fará rir e chorar e no fim, poderá deixá-lo com uma sensação de vazio no peito. Talvez, após ver o filme, você entenda um pouco melhor como Nick Carraway sentiu-se ao narrar sua história. É um filme de visual impressionante, trilha sonora que tem tudo para estourar e trama bem amarrada. Vale muito conferir esse filme classudo.
O iluminado (1980)
Falar e recomendar um filme como ‘O Iluminado‘ é pura redundância. É um filme que desafia os sentidos, que nos faz mergulhar em mundo do qual temos até dificuldade de voltar tamanha é a imersão que a fita proporciona. É Kubrick mostrando absoluta maestria sobre mais um filme de gênero e sobre o Cinema em si. Com cenas tão belas que chegam ser hipnóticas e com um rigor técnico assustador. Tudo isso para criar uma atmosfera opressiva, onde uma família é aterrorizada por aflições internas de um pai que se torna a figura mais louca que o cinema já viu.