Publicado no Brasil de 2005, a primeira edição de ‘Crepúsculo’ já vinha arrebatando leitoras nos Estados Unidos e no resto do mundo. Em pouco tempo, milhões de exemplares em diversas línguas foram vendidos e os direitos da história foram adquiridos para a produção de um longa-metragem. Três anos depois, em 2008, estreou nos cinemas o primeiro capítulo da improvável história de amor entre uma humana e um vampiro – que se tornaria uma das sagas mais inesquecíveis e importantes do século XXI e da cultura pop por inúmeras razões.
Com a Saga completa na Netflix, resolvemos criar uma lista com 16 Motivos que a fazem ser tão INESQUECÍVEL:
16 – O público alvo se identifica com Bella Swan
Até esse momento da cultura pop, não tínhamos visto ainda uma jovem protagonista com quem o público alvo se identificasse tanto! Bella é insegura, nova na escola, se veste super básica e não está focada em festas, meninos e maquiagem. O fato de Bella se vestir de jeans e blusinha e dirigir um carro todo ferrado a aproximou da realidade das espectadoras – e, consequentemente, aproximou sua história de amor da gente.
15 – Jovem protagonismo feminino
Foi a primeira vez na cultura pop dos anos 2000 que tivemos uma saga estrelada por uma mulher, e jovem ainda por cima. As grandes referências anteriores são aventuras protagonizadas por homens – ‘Star Wars’, ‘Harry Potter’, ‘O Senhor dos Anéis’, ‘Jornada nas Estrelas’, etc. A partir de 2005 e ‘Crepúsculo’, uma nova possibilidade se abre para as narrativas de filmes juvenis.
14 – O resgate do vampiro sexy
A mais popular personificação do vampiro na literatura é o Drácula, e, em seguida, os vampirões super sensuais (e adultos) de Anne Rice, como o Lestat e o Louis de ‘Entrevista com o Vampiro’. Em ‘Crepúsculo’, temos um inovador vampiro adolescente, sem uma pegada infantil, mas na dose certa da malícia de acordo com a idade dos personagens. E, com isso, milhares de adolescentes no mundo inteiro passaram a amar e consumir a cultura gótica vampiresca.
13 – Aparição da autora no filme
Para um escritor, ver sua história se tornar um longa-metragem é a concretização de um sonho. Porém, quase nunca o rosto do escritor fica associado ao filme. Embora muitos escritores já tivessem aparecido antes em suas produções, a partir da participação de Stephenie Meyer no casamento de Bella e Edward em ‘Amanhecer: Parte 1’ é que foi popularizado (e até esperado) essas aparições dos autores nas adaptações cinematográficas de livros da cultura pop.
12 – Robert Pattinson cantando
Então com apenas 22 anos, Robert Pattinson agarrou a oportunidade na saga ‘Crepúsculo’ para mostrar que era um ator com muitos talentos, e não só um rostinho bonito. Já no primeiro filme, na cena do restaurante em que Bella e Edward estão jantando (bom, ele não né, rs), a música ao fundo é Robert Pattinson cantando. Mais tarde, em ‘Amanhecer: Parte 2’, o rapaz volta a cantar, mas dessa vez tocando piano.
11 – Saga iniciou um formato de narrativa que se popularizou no mundo inteiro
Se você analisar bem, a saga ‘Crepúsculo’ tem uma estrutura bastante simples: uma mocinha indefesa dividida pelo amor de dois rapazes – um bom e seguro, o outro mau e atraente; a jovem passa por uma grande mudança (vai morar em outra cidade), tem pais ausentes (até demais né), poucos amigos na cidade e fica quase totalmente dependente do protagonista – que é um rapaz misterioso, rico e culto. Os dois querem ficar juntos, mas não podem, e toda a saga no final das contas tem a ver com eles conseguirem ficar juntos. Você vê essa mesma estrutura se repetir em muitas outras histórias lançadas a partir daí, como ‘Cidade dos Ossos’, ‘Jogos Vorazes’, ‘Cinquenta Tons de Cinza’, ‘O Inferno de Gabriel’ e por aí vai.
10 – Popularização da literatura clássica
Essa estrutura de que estamos falando se assemelha com a de ‘O Morro dos Ventos Uivantes’, e a própria Stephenie Meyer admitiu ter se inspirado no romance de Emily Brontë. Inclusive Bella Swan aparece lendo e comentando o livro – artifício que foi repetido em muitas outras literaturas jovens, como ‘O Diário de Anne Frank’ em ‘A Culpa é das Estrelas’ e ‘A Divina Comédia’ em ‘O Inferno de Gabriel’. Essa transmídia fez o público espectador se interessar por literaturas desconhecidas para eles até então, o que é bastante positivo, pois alavancou a venda de livros na época.
9 – Aprender a dor da perda
Pode parecer bobagem, mas quando Edward e Bella se separam em ‘Lua Nova’, milhares de adolescentes no mundo inteiro sentiram a dor de uma separação – e, com isso, aprenderam que essa dor é real e que é preciso fazer algo a respeito (mas não andar de moto né). Ensinamentos à parte, Bella ficar em casa todos os dias o dia inteiro sem ver o tempo passar também nos preparou para o que encararíamos nesse 2020.
8 – Gravações no Brasil
De todos os lugares do mundo em que Bella e Edward poderiam passar a lua de mel (já que ele evita ficar no sol), eles decidiram vir para o Rio de Janeiro (!!!!), onde dançaram numa rua da Lapa, e para a Ilha Grande (presente de Carlisle). Em pleno início de década, isso alvoroçou os hormônios de milhares de fãs da saga (e do casal) e, consequentemente, fez o Brasil parecer um paraíso nas telonas.
7 – O Mocinho Bad Boy e Protetor
Edward não é qualquer mocinho. Ele é perigoso, e, portanto, mau. Mas também é extremamente protetor – ao ponto de aparecer do nada no beco escuro para salvar Bella de uma enrascada. Esse arquétipo também foi reproduzido por diversas literaturas que depois viraram filmes, como ‘Cinquenta Tons de Cinza’, ‘O Inferno de Gabriel’ e ‘365 DNI’. Perceba também que esses protagonistas são ricos, dão presentes inacreditavelmente caros, propõem passeios deslumbrantes e, ainda por cima, tocam piano. Edward destruiu o imaginário do mocinho comum, rsrsrss.
6 – Tem o Booboo Stewart novinho
Para quem não lembra, temos o Booboo Stewart noviiiinho em três dos cinco filmes da franquia como um lobinho pré-adolescente bem fofinho. Mais tarde ele iria crescer, ficar com os cabelos compridos e ganhar músculos ao estrelar a trilogia ‘Descendentes’, da Disney. Mas ele nunca perdeu o aspecto lobinho dele.
5 – Celulares que só ligam
A saga ‘Crepúsculo’ foi uma das últimas produções em que os personagens não tinham smartphone ainda. É sério! Os celulares, ainda que com um display moderninho, só ligavam e mandavam mensagem, não entravam na internet. Isso não é lindo? Até porque se eles tivessem acesso à internet, não teríamos Bella se fazendo de boba na visita ao herbário e o Edward mandando ela consultar o Google. Rá!
4 – Rapazes sem camisa
Uma vez que finalmente tínhamos o protagonismo focado em uma adolescente, finalmente o público feminino foi contemplado com a exibição de corpos jovens, sarados e sem camisa, respaldados pela desculpa super plausível de que lobisomens sentem calor e, portanto, andam sem camisa.
3 – Frases cafonas que amamos
A saga ‘Crepúsculo’ é recheada de frases cafonérrimas que se tornaram inesquecíveis para muita gente, como ‘E então, o leão se apaixonou pelo cordeiro’. Suspira… Mas uma das melhores frases está em ‘Amanhecer: Parte 1’, a cena em que Bella está quase congelando de frio dentro da barraca, Edward não pode fazer nada porque também ele é frio e, pra piorar, se dá conta de que o único que pode aquecer sua namorada nesse momento é justamente Jacob – seu concorrente pelo coração de Bella. Não bastasse a situação extremamente constrangedora pro vampirinho, Edward vira para Jacob e pergunta por quê ele acha que seria a única opção para salvar Bella naquele momento, e Jacob simplesmente devolve: “porque eu sou mais quente que você!”. Aaaahhh Nossa Senhora do Trocadilho!
2 – Proporcionou o primeiro contato de Robert Pattinson com os morcegos
Muitos nerds ficaram enfurecidos com a representação de um vampiro que brilhava e com o frisson que a história estava causando no público feminino. Mas a verdade é que esses mesmos nerds agora têm que morder a língua, pois, não fosse seu trabalho em ‘Crepúsculo’ – e seu estrondoso sucesso como vampiro – Robert Pattinson provavelmente não seria tão bem cotado para ser o novo ‘Batman’, doze anos depois.
1 – Fez a gente esperar mais de uma década pelo novo livro
Poucas foram as sagas mundiais que cativaram seu público com tanto carinho, fazendo a galera esperar mais de 10 anos por um novo livro que, a bem da verdade, conta a mesma história que nós amamos, só que sob o ponto de vista do nosso doce vampiro. De repente, mulheres no mundo inteiro voltam a se sentir adolescentes por conta do frisson do lançamento de ‘Sol da Meia-Noite’, que acaba de chegar às livrarias, trazendo uma onda de bem-estar e satisfação a milhares de leitoras em um ano tão difícil como o de 2020. Só resta o agradecimento à Stephenie Meyer por tudo.