Surpreendentemente, a fita funciona como uma boa mistura de suspense e policial até um pouco depois da metade. Infelizmente, porém, perde o ritmo e cai na pieguice perto da meia hora final, resultando assim em apenas mais uma produção mediana.
Willis interpreta o convalescente policial Jack Mosley, que por problemas de alcoolismo foi tirado das ruas para desempenhar apenas funções burocráticas. Isso até ser convocado para escoltar o criminoso falastrão (e irritante) Eddie Bunker (Mos Def, também cantor de hip pop) que precisa sair da cadeia para depor no tribunal. O trabalho é dos mais simples: percorrer 16 quadras, o que tomaria apenas 15 minutos de carro.
Ocorre que o tal preso irá depor justamente contra os policiais corruptos de Nova York, e assim que põe o pé na rua, passa a ser perseguido pelos mesmos alguns deles velhos conhecidos de Mosley.
O jogo de gato e rato funciona bem nos primeiros momentos da fita, pois Donner recorre a dois recursos que vêm dando certo na série 24 Horas: a história passa-se praticamente em tempo real e alguns mistérios demoram para ser revelados. No momento final, porém, quando o roteiro expõe mais detalhes, a trama perde veracidade e, conseqüentemente, empolgação. Restará ainda ao espectador agüentar o final piegas, tão comum aos filmes norte-americanos atuais.
Crítica por: Edson Barros