sábado , 21 dezembro , 2024

17 Filmes com Monstros Gigantes

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Com a estreia de ‘Godzilla vs Kong‘ se aproximando (29 de Abril), decidimos relembrar 17 grandes produções com monstros nos cinemas.

Vamos lá?



Kong: A Ilha da Caveira

Godzilla pode levar o título de “o rei dos monstros” (ou seria rainha?), mas antes da primeira aventura truculenta do réptil nuclear japonês em 1954, o gorilão americano já aterrorizava plateias em 1933, no primeiro longa-metragem de King Kong. Hoje, o que assusta no filme é seu stop motion, ainda assim mais crível que o sujeito no traje de macaco da refilmagem de 1976, filme que contou com Jeff Bridges e Jessica Lange no elenco.

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Depois de uma malfadada continuação em 1986, na qual Kong encontra uma fêmea, foi em 2005 que o grande símio ganharia sua melhor e mais completa roupagem até hoje – pelas mãos de Peter Jackson, protagonizado por Naomi Watts. Tudo bem, podemos até considerar que Kong não é um monstro de verdade, e sim o herói de sua própria história, que se apaixona pela mocinha. No entanto, escolhemos para figurar na lista a última iteração do gigantesco primata, com Kong: A Ilha da Caveira, lançado ano passado, que traz o protagonista se digladiando não com dinossauros como de costume, mas com criaturas pré-históricas monstruosas.

Conheça todos os filmes de King Kong em nossa lista especial

Godzilla

Agora sim. Considerado o Rei dos Monstros, Godzilla, ou gojira no original, que significa uma mistura das palavras japonesas para gorila e baleia (???), surgiu no auge do medo da era nuclear. Não por menos, em 1954, do meio do mar emerge esta criatura reptiliana capaz de destruir tudo por onde passa devido a seu tamanho expressivo e seus poderes radioativos, como rajadas de fogo e laser. Inúmeras sequências foram produzidas após o filme original em preto e branco virar cult – algumas inclusive colocando a criatura para lutar com monstros que viriam igualmente a se tornar icônicos, como a Mothra (uma mariposa gigante), Rodan (um pterodátilo mutante) e Ghidorah (um dragão de três cabeças).

Na época Godzilla chegou a enfrentar King Kong, numa produção japonesa – feito que deve volta a ocorrer em Godzilla vs Kong, programado para estrear em 29 de Abril. Em 1998, Godzilla ganhava sua primeira superprodução norte-americana pelas mãos de Roland Emmerich, recém-saído do sucesso de Independence Day (1996), lançado pela Sony. O filme não rendeu o esperado de crítica e bilheteria. Assim, um reboot, pelas mãos da Warner, chegaria aos cinemas em 2014 – e este é o escolhido para ilustrar nossa matéria, já que se trata da última encarnação do lagartão nos cinemas e mais próxima esteticamente do sua versão original.

Godzilla II: O Rei dos Monstros

Godzilla II: O Rei dos Monstros traz de volta do primeiro filme Sally Hawkins e Ken Watanabe, além do próprio Godzilla, e a adição de nomes de peso ao elenco, como Vera FarmigaKyle ChandlerCharles Dance e Millie Bobby Brown, a Onze de Stranger Things. Mas nem essa galera toda dividindo tela consegue fazer a trama humana do filme interessante.

É um dos daqueles casos em que o filme funcionaria melhor se o foco fosse nos Monstros, não em pessoas tentando sobreviver a eles. Mas ainda assim vale a pena pelas cenas de ação e dos tão sonhados embates entre os Titãs.

A direção de Michael Dougherty não é tão técnica e focada na tensão como foi a de Gareth Edwards no Godzilla de 2014. Ele apela pra algo mais dinâmico e agressivo, quase como se fosse um videogame. Vai agradar a alguns, principalmente pelos confrontos, mas pode incomodar os fãs da tensão.

O Império das Formigas

Produção lançada em 1977 que aterrorizou minha infância com suas reprises no SBT – onde tenho quase certeza que o filme era exibido com outro título. O longa é uma grande homenagem ao “clássico” de 1954, O Mundo em Perigo (Them!), ainda o filme sobre formigas gigantes mais cultuado da história. Nesta produção, como era de se esperar, testes atômicos transformam simples formigas em monstros gigantes devoradores de homens. Uma curiosidade é que a obra norte-americana foi lançada no mesmo ano de Godzilla e mostra o pavor que os EUA e Japão sentiam na época.

Mas aqui o assunto é minha nostalgia, que fica como dica para que vocês busquem encontrar o filme – hoje com certeza completamente datado com seus efeitos práticos, que mesclavam bonecos animatrônicos com efeitos visuais de formigas comuns aumentadas – algo como quando o mesmo ator de Chaves se encontra em personagens diferentes. Na trama, uma cidadezinha é dominada e escravizada por formigas mutantes – sim, elas comandam os humanos através de controle mental. Tudo se passa numa ilha e ninguém é poupado ou está a salvo.

O Ataque dos Vermes Malditos

Talvez este aqui você conheça. É provável que este divertido filme protagonizado por Kevin Bacon tenha feito mais parte de sua infância nas reprises do SBT. Confesso que também peguei esta época e igualmente fiquei entretido pela produção de Ron Underwood, que funciona justamente como grande homenagem ao cinema fantástico da década de 1950. No making of da produção, os envolvidos afirmam que não queriam deixar claro de onde vieram os monstros subterrâneos, similares a grandes minhocas velozes – então, durante toda a projeção os personagens especulam sobre a origem das criaturas: do espaço, radiação, sempre estiveram no planeta, etc..

Tremors (ou tremores), no título original, é criativo, e apesar de alguns sustos, possui muito bom humor. O que intriga também é motivo de um título original tão simples e explicativo ter se transformado numa frase gigantesca em nosso país. Foram produzidas quatro continuações até 2015 – todas lançadas em vídeo e protagonizadas por Michael Gross. Em 2003 uma série de TV, também com Gross no papel principal, exibiu 13 episódios. Uma curiosidade é que havia falatório de um reboot na forma de uma nova série (vide Ash Vs Evil Dead) ou um novo filme. E ele vai acontecer mesmo. Dirigido por Vincenzo Natali, e protagonizado por Kevin Bacon e Fred Ward, retirando Val e Earl da aposentadoria, o filme se encontra em fase de pós-produção e será lançado direto na TV. O que chama atenção é que este ano sai o sexto filme da franquia, também direto em vídeo, novamente com Gross, levando a ação para a neve pela primeira vez. Tudo soa como briga entre produtores por direitos autorais, algo como 007 Nunca Mais Outra Vez, com Sean Connery.

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

É fato que Jurassic Park (1993) mudou o jogo. E mudou o jogo não somente para o cinema blockbuster de entretenimento, ou para a forma de se fazer efeitos especiais, mas também para os filmes de monstros e sua recepção pelo público. É como se Spielberg, um aficionado pelo subgênero, tivesse tirado tais filmes da marginalidade e levado às claras, ao grande público, a ser consumido como qualquer outra digna superprodução. Para este que vos fala, amante dos filmes de monstros, era como estar assistindo a O Império das Formigas nas reprises do SBT, mas numa sala de cinema cheia de gente vibrando – e claro, com uma qualidade muito superior em todos os sentidos.

Ao longo das continuações – sejamos sinceros, desnecessárias – algo foi se perdendo, mas o dinheiro foi entrando. Assim chegamos a 2015, com o quarto filme da franquia, Jurassic World, uma espécie de reboot, bem mais sanitário e menos intenso. E é justamente este longa que consta em nossa lista, representando toda a franquia, por ser o último exemplar lançado nos cinemas. Isto é, até daqui a alguns meses, quando veremos sua continuação direta atingir os cinemas, com Jurassic World – Reino Ameaçado. Dinossauros continuam a ser grandes monstros, e os modificados geneticamente mais ainda.

Tentáculos

Não é dizer que não teremos itens trash em nossa lista. Alguns lançados há não muito tempo. Este que vos fala é um experiente cinéfilo, que marca presença nas salas de cinema desde o final da década de 1980, conferindo inúmeras produções ao longo desta jornada. Entre elas está esta obra de 1998, que, sim, assisti em tela grande. Produção B até a medula, mas que fez certo sucesso em sua época de lançamento, chegando a figurar entre as dez maiores bilheterias de seu respectivo fim de semana, Tentáculos – ou Deep Rising (algo que surge das profundezas) – mistura filmes de assalto com cinema de monstros, apostando em seus efeitos computadorizados muito em voga no período.

Na trama, um grupo de criminosos (piratas modernos), capitaneados por Treat Williams, resolve assaltar um luxuoso cruzeiro. O que tanto assaltantes quanto vítimas não contavam era com a presença de uma espécie de polvo gigante, do qual tudo que vemos durante os ataques são os tentáculos adentrando a embarcação. O filme entretém e rende alguns momentos de sustos. Além disso chama atenção pela presença da holandesa Famke Janssen antes de se tornar a Jean de X-Men, e a direção de Stephen Sommers (que também assina o roteiro), antes de “rebootar” A Múmia (1999).

Malditas Aranhas

Insetos gigantes rendem bons monstros no cinema. E na lista já tivemos formigas gigantes. Agora chega a vez de aranhas gigantes no “terrir” Malditas Aranhas, lançado nos cinemas em 2002. Produzido por Roland Emmerich (Independence Day e Godzilla), o filme abraçava a vibe de tosqueira completamente, entrando na brincadeira e nos fazendo (ou tentando) rir com o longa. É só olhar para o protagonista David Arquette e perceber que a obra não deseja, nem de longe, se levar a sério.

O título original “Eight Legged Freaks!”, algo como “aberrações de oito patas”, já diz tudo. A trama é exatamente o que você imagina: uma cidadezinha americana é atacada por aranhas gigantes. Esta, no entanto, não é uma produção feita para vídeo, mas sim um lançamento da Warner nos cinemas. Em nota de rodapé, este é um dos primeiros filmes de destaque de uma ainda miudinha Scarlett Johansson.

Reino de Fogo

Ainda no ano de 2002, esta produção subestimada atracava nos cinemas, somente para passar em branco. Este que vos fala teve o prazer de assistir nas telonas, e guarda com boas recordações o longa – será que uma investida atual tiraria o gosto bom da boca? Seja como for, aqui temos Christian Bale, numa era pré-Batman, mas pós-Psicopata Americano, encorpando o líder de uma resistência num futuro apocalíptico. No entanto, não são zumbis, selvagens ou máquinas (como ele viria a combater posteriormente) os algozes da nova realidade, mas sim impetuosos dragões cuspidores de fogo.

Não bastasse esse Mad Max da fantasia (com dragões), Reino de Fogo apresenta Matthew McConaughey em uma caracterização irreconhecível na pele de Van Zan, um matador profissional das criaturas que respiram fogo, líder de uma equipe de especialistas. Vale muito ser encontrado.

O Hospedeiro

Homenageando o maior clássico imortal asiático Godzilla, esta produção sul coreana decide fazer sua própria versão de um filme do gênero. Elevando em muitos quesitos uma obra B do subgênero, O Hospedeiro, lançado em 2006, concentra-se no drama familiar de um pai, fazendo de tudo para resgatar sua pequena filha, abduzida por uma criatura mutante, transformada devido a um acidente químico de uma grande empresa. Aqui, o monstro é uma espécie de superbagre, ágil e muito veloz, que toca o terror na cidade. As cenas do ataque do grande anfíbio são realistas e impressionam.

Não por acaso, O Hospedeiro é escrito e dirigido por um dos cineastas mais proeminentes a sair de seu país, Bong Joon-ho, de O Expresso do Amanhã (2013), e que voltou a este tipo de filme – com mais coração e menos terror (ao menos explícito) – ano passado, com Okja, da Netflix.

O Nevoeiro

Stephen King já aterrorizou multidões com seus livros abordando todo tipo de monstro e criatura. O escolhido aqui é um no qual ele deixa correr solta sua veia “Lovecraftiana” para contar a história de um grupo de pessoas bem distintas de uma cidadezinha, presas num supermercado quando militares deixam aberto um portal interdimensional, soltando em nosso mundo todo tipo de ser estranho e abominável.

É claro que as ameaças só vão aumentando durante a exibição, e os níveis de evolução passam de insetos gigantes, a pássaros, até grandes tentáculos e por fim… bem, você precisa assistir para crer. Ano passado, o canal Spike resolveu adaptar para a telinha sua própria versão do conto, que acabou não vingando. Por isso mesmo, e porque aqui iremos concentrar apenas em filmes, o item escolhido para compor a lista é a versão cinematográfica de 2007, dirigida por um especialista em King: Frank Darabont, de Um Sonho de Liberdade (1994) e À Espera de um Milagre (1999).

Cloverfield – Monstro

Esta produção de J.J. Abrams, dirigida por Matt Reeves (do vindouro filme solo do Batman), lançada em 2008, subverte o cinema de monstros, introduzindo na mistura o subgênero do found footage – e se mantendo como um dos melhores exemplares de tal, talvez abaixo somente de A Bruxa de Blair (1999). Fora isso, como de praxe nas obras com envolvimento de Abrams, o mistério em torno do que era o filme, o vendeu melhor do que qualquer publicidade.

A trama apresenta um grupo de amigos de classe média alta de NY numa festa de despedida para um deles, que está de mudança ao Japão –pegaram a referência aos clássicos do gênero?  No meio da festa, o pior acontece e a cidade parece estar sob ataque terrorista (outro grande medo dos EUA). Justamente por ter se tornado uma série cinematográfica de antologia, na qual os filmes parecem não ter muita ligação entre si, somente este primeiro longa se encaixa na lista – o segundo, Rua Cloverfield 10, é um suspense claustrofóbico e minimalista, e o terceiro, o decepcionante Cloverfield Paradox (lançado direto na Netflix), é uma ficção científica passada no espaço.

Monstros

Aqui nesta lista temos filmes de monstros de todos os tipos e estilos. Este, por exemplo, é uma pequena (dentro do possível) produção independente britânica, focada muito mais no relacionamento de um casal de humanos, do que nas criaturas que estão assombrando o planeta – seres monstruosos que parecem diretamente saídos de O Nevoeiro. Os gigantes aparecem apenas de relance servindo como pano de fundo desta história poética e reflexiva.

Escrito e dirigido por Gareth Edwards (seu primeiro longa-metragem pro cinema), que depois alçaria voos maiores, com Godzilla (2014) e Rogue One (2016), Monstros foi lançado em 2010 e conta a história Andrew (Scoot McNairy), um jornalista que precisa levar Sam (Whitney Able), a namorada de seu chefe (e sua namorada na vida real – hoje, casados), pela área infestada de colossais criaturas através do México até a fronteira com os EUA.

O Caçador de Troll

Produção norueguesa de 2010 que se diverte ao criar um “mockumentary” – um documentário falso – sobre míticas criaturas gigantes, os trolls (com um design bem caricato no longa, o que diminui um pouco o realismo almejado, mas não a galhofa) – todo confeccionado no estilo found footage.

A criatividade está na escolha dos monstros usados como tópico desta obra, com toda a pompa de cult. Um caçador experiente é nosso guia através desta jornada, levando também os cinegrafistas que documentam tudo. Hans, o caçador, papel de Otto Jespersen, usa diversas e inovadoras armas no combate às mortíferas criaturas humanoides.

Círculo de Fogo: A Revolta

O Círculo de Fogo original, lançado em 2013, e dirigido pelo vencedor do Oscar deste ano, Guillermo del Toro, era por si só uma grande homenagem ao gênero, encorpado e modelado com muita verve do cinema atual, moderno e recheado de apelo visual. A potência era mais de filme de super-heróis do que cinema de monstro.

Quase quatro anos depois e recebemos a sequência, sem del Toro na direção (apenas como produtor), que até tenta se distanciar (ao menos no roteiro) do original. A produção consegue guardar certos mistérios e algumas reviravoltas – mesmo que nem todas as decisões do texto sejam plausíveis ou palatáveis. Mas ainda assim entretém com seu jeitão de produção B.

Colossal

A criatividade é sempre importante na hora de adentrar um gênero cinematográfico e utilizar um tópico contido nele. Aqui, o cinema de monstro é mais uma vez virado do avesso pelo diretor Nacho Vigalondo, que acrescenta na mistura drama independente e bastante humor negro. A mescla desses subgêneros termina rendendo uma grande inovação e um dos filmes mais elogiados do ano passado.

Na trama, Anne Hathaway vive uma de suas melhores personagens na pele de Gloria, um desastre de trem ambulante, alcoólatra, festeira e sem rumo na vida, que termina dispensada pelo namorado. Ao ter que voltar para sua cidadezinha, percebe estar vivendo uma grande metáfora real, que a transforma num monstro destruidor, simultaneamente devastando Tóquio. Mesmo que nem tudo seja perfeito na obra, a maioria funciona.

Megatubarão

No último item da lista, um filme recentemente foi lançado nos cinemas, e já se tornou um fenômeno de bilheterias. Na lista já tivemos gorilas gigantes, lagartos, dinossauros, formigas, vermes malditos, trolls e mulheres desesperadas. Agora é a vez do rei dos mares, o tubarão, ganhar sua versão monstruosa com Megatubarão, longa estrelado por Jason Statham.

Produção da Warner, o filme traz, além de Statham, Ruby Rose, Rainn Wilson, Li Bingbing e Masi Oka enfrentando o peixe de quase 22 metros de comprimento. E não é que o monstrengo tocou o terror no divertido filme?

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Kong: A Ilha da Caveira

Godzilla pode levar o título de “o rei dos monstros” (ou seria rainha?), mas antes da primeira aventura truculenta do réptil nuclear japonês em 1954, o gorilão americano já aterrorizava plateias em 1933, no primeiro longa-metragem de King Kong. Hoje, o que assusta no filme é seu stop motion, ainda assim mais crível que o sujeito no traje de macaco da refilmagem de 1976, filme que contou com Jeff Bridges e Jessica Lange no elenco.

Depois de uma malfadada continuação em 1986, na qual Kong encontra uma fêmea, foi em 2005 que o grande símio ganharia sua melhor e mais completa roupagem até hoje – pelas mãos de Peter Jackson, protagonizado por Naomi Watts. Tudo bem, podemos até considerar que Kong não é um monstro de verdade, e sim o herói de sua própria história, que se apaixona pela mocinha. No entanto, escolhemos para figurar na lista a última iteração do gigantesco primata, com Kong: A Ilha da Caveira, lançado ano passado, que traz o protagonista se digladiando não com dinossauros como de costume, mas com criaturas pré-históricas monstruosas.

Conheça todos os filmes de King Kong em nossa lista especial

Godzilla

Agora sim. Considerado o Rei dos Monstros, Godzilla, ou gojira no original, que significa uma mistura das palavras japonesas para gorila e baleia (???), surgiu no auge do medo da era nuclear. Não por menos, em 1954, do meio do mar emerge esta criatura reptiliana capaz de destruir tudo por onde passa devido a seu tamanho expressivo e seus poderes radioativos, como rajadas de fogo e laser. Inúmeras sequências foram produzidas após o filme original em preto e branco virar cult – algumas inclusive colocando a criatura para lutar com monstros que viriam igualmente a se tornar icônicos, como a Mothra (uma mariposa gigante), Rodan (um pterodátilo mutante) e Ghidorah (um dragão de três cabeças).

Na época Godzilla chegou a enfrentar King Kong, numa produção japonesa – feito que deve volta a ocorrer em Godzilla vs Kong, programado para estrear em 29 de Abril. Em 1998, Godzilla ganhava sua primeira superprodução norte-americana pelas mãos de Roland Emmerich, recém-saído do sucesso de Independence Day (1996), lançado pela Sony. O filme não rendeu o esperado de crítica e bilheteria. Assim, um reboot, pelas mãos da Warner, chegaria aos cinemas em 2014 – e este é o escolhido para ilustrar nossa matéria, já que se trata da última encarnação do lagartão nos cinemas e mais próxima esteticamente do sua versão original.

Godzilla II: O Rei dos Monstros

Godzilla II: O Rei dos Monstros traz de volta do primeiro filme Sally Hawkins e Ken Watanabe, além do próprio Godzilla, e a adição de nomes de peso ao elenco, como Vera FarmigaKyle ChandlerCharles Dance e Millie Bobby Brown, a Onze de Stranger Things. Mas nem essa galera toda dividindo tela consegue fazer a trama humana do filme interessante.

É um dos daqueles casos em que o filme funcionaria melhor se o foco fosse nos Monstros, não em pessoas tentando sobreviver a eles. Mas ainda assim vale a pena pelas cenas de ação e dos tão sonhados embates entre os Titãs.

A direção de Michael Dougherty não é tão técnica e focada na tensão como foi a de Gareth Edwards no Godzilla de 2014. Ele apela pra algo mais dinâmico e agressivo, quase como se fosse um videogame. Vai agradar a alguns, principalmente pelos confrontos, mas pode incomodar os fãs da tensão.

O Império das Formigas

Produção lançada em 1977 que aterrorizou minha infância com suas reprises no SBT – onde tenho quase certeza que o filme era exibido com outro título. O longa é uma grande homenagem ao “clássico” de 1954, O Mundo em Perigo (Them!), ainda o filme sobre formigas gigantes mais cultuado da história. Nesta produção, como era de se esperar, testes atômicos transformam simples formigas em monstros gigantes devoradores de homens. Uma curiosidade é que a obra norte-americana foi lançada no mesmo ano de Godzilla e mostra o pavor que os EUA e Japão sentiam na época.

Mas aqui o assunto é minha nostalgia, que fica como dica para que vocês busquem encontrar o filme – hoje com certeza completamente datado com seus efeitos práticos, que mesclavam bonecos animatrônicos com efeitos visuais de formigas comuns aumentadas – algo como quando o mesmo ator de Chaves se encontra em personagens diferentes. Na trama, uma cidadezinha é dominada e escravizada por formigas mutantes – sim, elas comandam os humanos através de controle mental. Tudo se passa numa ilha e ninguém é poupado ou está a salvo.

O Ataque dos Vermes Malditos

Talvez este aqui você conheça. É provável que este divertido filme protagonizado por Kevin Bacon tenha feito mais parte de sua infância nas reprises do SBT. Confesso que também peguei esta época e igualmente fiquei entretido pela produção de Ron Underwood, que funciona justamente como grande homenagem ao cinema fantástico da década de 1950. No making of da produção, os envolvidos afirmam que não queriam deixar claro de onde vieram os monstros subterrâneos, similares a grandes minhocas velozes – então, durante toda a projeção os personagens especulam sobre a origem das criaturas: do espaço, radiação, sempre estiveram no planeta, etc..

Tremors (ou tremores), no título original, é criativo, e apesar de alguns sustos, possui muito bom humor. O que intriga também é motivo de um título original tão simples e explicativo ter se transformado numa frase gigantesca em nosso país. Foram produzidas quatro continuações até 2015 – todas lançadas em vídeo e protagonizadas por Michael Gross. Em 2003 uma série de TV, também com Gross no papel principal, exibiu 13 episódios. Uma curiosidade é que havia falatório de um reboot na forma de uma nova série (vide Ash Vs Evil Dead) ou um novo filme. E ele vai acontecer mesmo. Dirigido por Vincenzo Natali, e protagonizado por Kevin Bacon e Fred Ward, retirando Val e Earl da aposentadoria, o filme se encontra em fase de pós-produção e será lançado direto na TV. O que chama atenção é que este ano sai o sexto filme da franquia, também direto em vídeo, novamente com Gross, levando a ação para a neve pela primeira vez. Tudo soa como briga entre produtores por direitos autorais, algo como 007 Nunca Mais Outra Vez, com Sean Connery.

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

É fato que Jurassic Park (1993) mudou o jogo. E mudou o jogo não somente para o cinema blockbuster de entretenimento, ou para a forma de se fazer efeitos especiais, mas também para os filmes de monstros e sua recepção pelo público. É como se Spielberg, um aficionado pelo subgênero, tivesse tirado tais filmes da marginalidade e levado às claras, ao grande público, a ser consumido como qualquer outra digna superprodução. Para este que vos fala, amante dos filmes de monstros, era como estar assistindo a O Império das Formigas nas reprises do SBT, mas numa sala de cinema cheia de gente vibrando – e claro, com uma qualidade muito superior em todos os sentidos.

Ao longo das continuações – sejamos sinceros, desnecessárias – algo foi se perdendo, mas o dinheiro foi entrando. Assim chegamos a 2015, com o quarto filme da franquia, Jurassic World, uma espécie de reboot, bem mais sanitário e menos intenso. E é justamente este longa que consta em nossa lista, representando toda a franquia, por ser o último exemplar lançado nos cinemas. Isto é, até daqui a alguns meses, quando veremos sua continuação direta atingir os cinemas, com Jurassic World – Reino Ameaçado. Dinossauros continuam a ser grandes monstros, e os modificados geneticamente mais ainda.

Tentáculos

Não é dizer que não teremos itens trash em nossa lista. Alguns lançados há não muito tempo. Este que vos fala é um experiente cinéfilo, que marca presença nas salas de cinema desde o final da década de 1980, conferindo inúmeras produções ao longo desta jornada. Entre elas está esta obra de 1998, que, sim, assisti em tela grande. Produção B até a medula, mas que fez certo sucesso em sua época de lançamento, chegando a figurar entre as dez maiores bilheterias de seu respectivo fim de semana, Tentáculos – ou Deep Rising (algo que surge das profundezas) – mistura filmes de assalto com cinema de monstros, apostando em seus efeitos computadorizados muito em voga no período.

Na trama, um grupo de criminosos (piratas modernos), capitaneados por Treat Williams, resolve assaltar um luxuoso cruzeiro. O que tanto assaltantes quanto vítimas não contavam era com a presença de uma espécie de polvo gigante, do qual tudo que vemos durante os ataques são os tentáculos adentrando a embarcação. O filme entretém e rende alguns momentos de sustos. Além disso chama atenção pela presença da holandesa Famke Janssen antes de se tornar a Jean de X-Men, e a direção de Stephen Sommers (que também assina o roteiro), antes de “rebootar” A Múmia (1999).

Malditas Aranhas

Insetos gigantes rendem bons monstros no cinema. E na lista já tivemos formigas gigantes. Agora chega a vez de aranhas gigantes no “terrir” Malditas Aranhas, lançado nos cinemas em 2002. Produzido por Roland Emmerich (Independence Day e Godzilla), o filme abraçava a vibe de tosqueira completamente, entrando na brincadeira e nos fazendo (ou tentando) rir com o longa. É só olhar para o protagonista David Arquette e perceber que a obra não deseja, nem de longe, se levar a sério.

O título original “Eight Legged Freaks!”, algo como “aberrações de oito patas”, já diz tudo. A trama é exatamente o que você imagina: uma cidadezinha americana é atacada por aranhas gigantes. Esta, no entanto, não é uma produção feita para vídeo, mas sim um lançamento da Warner nos cinemas. Em nota de rodapé, este é um dos primeiros filmes de destaque de uma ainda miudinha Scarlett Johansson.

Reino de Fogo

Ainda no ano de 2002, esta produção subestimada atracava nos cinemas, somente para passar em branco. Este que vos fala teve o prazer de assistir nas telonas, e guarda com boas recordações o longa – será que uma investida atual tiraria o gosto bom da boca? Seja como for, aqui temos Christian Bale, numa era pré-Batman, mas pós-Psicopata Americano, encorpando o líder de uma resistência num futuro apocalíptico. No entanto, não são zumbis, selvagens ou máquinas (como ele viria a combater posteriormente) os algozes da nova realidade, mas sim impetuosos dragões cuspidores de fogo.

Não bastasse esse Mad Max da fantasia (com dragões), Reino de Fogo apresenta Matthew McConaughey em uma caracterização irreconhecível na pele de Van Zan, um matador profissional das criaturas que respiram fogo, líder de uma equipe de especialistas. Vale muito ser encontrado.

O Hospedeiro

Homenageando o maior clássico imortal asiático Godzilla, esta produção sul coreana decide fazer sua própria versão de um filme do gênero. Elevando em muitos quesitos uma obra B do subgênero, O Hospedeiro, lançado em 2006, concentra-se no drama familiar de um pai, fazendo de tudo para resgatar sua pequena filha, abduzida por uma criatura mutante, transformada devido a um acidente químico de uma grande empresa. Aqui, o monstro é uma espécie de superbagre, ágil e muito veloz, que toca o terror na cidade. As cenas do ataque do grande anfíbio são realistas e impressionam.

Não por acaso, O Hospedeiro é escrito e dirigido por um dos cineastas mais proeminentes a sair de seu país, Bong Joon-ho, de O Expresso do Amanhã (2013), e que voltou a este tipo de filme – com mais coração e menos terror (ao menos explícito) – ano passado, com Okja, da Netflix.

O Nevoeiro

Stephen King já aterrorizou multidões com seus livros abordando todo tipo de monstro e criatura. O escolhido aqui é um no qual ele deixa correr solta sua veia “Lovecraftiana” para contar a história de um grupo de pessoas bem distintas de uma cidadezinha, presas num supermercado quando militares deixam aberto um portal interdimensional, soltando em nosso mundo todo tipo de ser estranho e abominável.

É claro que as ameaças só vão aumentando durante a exibição, e os níveis de evolução passam de insetos gigantes, a pássaros, até grandes tentáculos e por fim… bem, você precisa assistir para crer. Ano passado, o canal Spike resolveu adaptar para a telinha sua própria versão do conto, que acabou não vingando. Por isso mesmo, e porque aqui iremos concentrar apenas em filmes, o item escolhido para compor a lista é a versão cinematográfica de 2007, dirigida por um especialista em King: Frank Darabont, de Um Sonho de Liberdade (1994) e À Espera de um Milagre (1999).

Cloverfield – Monstro

Esta produção de J.J. Abrams, dirigida por Matt Reeves (do vindouro filme solo do Batman), lançada em 2008, subverte o cinema de monstros, introduzindo na mistura o subgênero do found footage – e se mantendo como um dos melhores exemplares de tal, talvez abaixo somente de A Bruxa de Blair (1999). Fora isso, como de praxe nas obras com envolvimento de Abrams, o mistério em torno do que era o filme, o vendeu melhor do que qualquer publicidade.

A trama apresenta um grupo de amigos de classe média alta de NY numa festa de despedida para um deles, que está de mudança ao Japão –pegaram a referência aos clássicos do gênero?  No meio da festa, o pior acontece e a cidade parece estar sob ataque terrorista (outro grande medo dos EUA). Justamente por ter se tornado uma série cinematográfica de antologia, na qual os filmes parecem não ter muita ligação entre si, somente este primeiro longa se encaixa na lista – o segundo, Rua Cloverfield 10, é um suspense claustrofóbico e minimalista, e o terceiro, o decepcionante Cloverfield Paradox (lançado direto na Netflix), é uma ficção científica passada no espaço.

Monstros

Aqui nesta lista temos filmes de monstros de todos os tipos e estilos. Este, por exemplo, é uma pequena (dentro do possível) produção independente britânica, focada muito mais no relacionamento de um casal de humanos, do que nas criaturas que estão assombrando o planeta – seres monstruosos que parecem diretamente saídos de O Nevoeiro. Os gigantes aparecem apenas de relance servindo como pano de fundo desta história poética e reflexiva.

Escrito e dirigido por Gareth Edwards (seu primeiro longa-metragem pro cinema), que depois alçaria voos maiores, com Godzilla (2014) e Rogue One (2016), Monstros foi lançado em 2010 e conta a história Andrew (Scoot McNairy), um jornalista que precisa levar Sam (Whitney Able), a namorada de seu chefe (e sua namorada na vida real – hoje, casados), pela área infestada de colossais criaturas através do México até a fronteira com os EUA.

O Caçador de Troll

Produção norueguesa de 2010 que se diverte ao criar um “mockumentary” – um documentário falso – sobre míticas criaturas gigantes, os trolls (com um design bem caricato no longa, o que diminui um pouco o realismo almejado, mas não a galhofa) – todo confeccionado no estilo found footage.

A criatividade está na escolha dos monstros usados como tópico desta obra, com toda a pompa de cult. Um caçador experiente é nosso guia através desta jornada, levando também os cinegrafistas que documentam tudo. Hans, o caçador, papel de Otto Jespersen, usa diversas e inovadoras armas no combate às mortíferas criaturas humanoides.

Círculo de Fogo: A Revolta

O Círculo de Fogo original, lançado em 2013, e dirigido pelo vencedor do Oscar deste ano, Guillermo del Toro, era por si só uma grande homenagem ao gênero, encorpado e modelado com muita verve do cinema atual, moderno e recheado de apelo visual. A potência era mais de filme de super-heróis do que cinema de monstro.

Quase quatro anos depois e recebemos a sequência, sem del Toro na direção (apenas como produtor), que até tenta se distanciar (ao menos no roteiro) do original. A produção consegue guardar certos mistérios e algumas reviravoltas – mesmo que nem todas as decisões do texto sejam plausíveis ou palatáveis. Mas ainda assim entretém com seu jeitão de produção B.

Colossal

A criatividade é sempre importante na hora de adentrar um gênero cinematográfico e utilizar um tópico contido nele. Aqui, o cinema de monstro é mais uma vez virado do avesso pelo diretor Nacho Vigalondo, que acrescenta na mistura drama independente e bastante humor negro. A mescla desses subgêneros termina rendendo uma grande inovação e um dos filmes mais elogiados do ano passado.

Na trama, Anne Hathaway vive uma de suas melhores personagens na pele de Gloria, um desastre de trem ambulante, alcoólatra, festeira e sem rumo na vida, que termina dispensada pelo namorado. Ao ter que voltar para sua cidadezinha, percebe estar vivendo uma grande metáfora real, que a transforma num monstro destruidor, simultaneamente devastando Tóquio. Mesmo que nem tudo seja perfeito na obra, a maioria funciona.

Megatubarão

No último item da lista, um filme recentemente foi lançado nos cinemas, e já se tornou um fenômeno de bilheterias. Na lista já tivemos gorilas gigantes, lagartos, dinossauros, formigas, vermes malditos, trolls e mulheres desesperadas. Agora é a vez do rei dos mares, o tubarão, ganhar sua versão monstruosa com Megatubarão, longa estrelado por Jason Statham.

Produção da Warner, o filme traz, além de Statham, Ruby Rose, Rainn Wilson, Li Bingbing e Masi Oka enfrentando o peixe de quase 22 metros de comprimento. E não é que o monstrengo tocou o terror no divertido filme?

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