25 anos de ‘Um Lugar Chamado Notting Hill’, aquela história de amor que todo mundo gosta!

As declamações do passo a passo de um amor visto por muitos com impossível. Tendo um agradável bairro londrino como palco, 25 anos atrás chegava aos cinemas uma história de amor digna das telonas: um relacionamento entre um anônimo e uma estrela do cinema que conquistaria cinéfilos de todo o planeta. Dirigido pelo cineasta sul-africano Roger Michell e escrito pelo excelente roteirista britânico Richard Curtis, Um Lugar Chamado Notting Hill apresenta uma narrativa envolvente que utiliza o acaso e o inusitado como fortes elementos. Quando pensamos em comédias românticas, essa é sem dúvidas uma das mais lembradas.

Na trama, conhecemos o simpático William (Hugh Grant), um dono de uma pequena livraria no bairro de Notting Hill que nunca deu sorte no campo amoroso. Certo dia, vê seu mundo virar de cabeça pra baixo quando conhece a estrela de cinema Anna (Julia Roberts) que aparece de surpresa em seu estabelecimento. Ao longo dos meses que se seguem, os dois buscam um no outro um complemento para uma linda história de amor mas sem deixar de passar por alguns obstáculos.

Temos que ter um cuidado ao analisar essa obra pois é muito mais do que uma história de amor, há pontos importantes que são jogados para reflexões. Num olhar mais profundo e com atenção se chega a muitos outros méritos. Os lados bons e ruins da fama, o machismo, as indefesas contra o circo midiático, são alguns dos pontos que o filme transborda na sua poesia romântica. Mesmo de forma descontraída encontra espaço para profundos dramas existenciais, entre uma cena e outra podemos achar a história mais fofa do mundo e logo depois ficar chocado com os dramas vividos, principalmente pela personagem Anna.

A narrativa caminha pelos conflitos ligados ao coração para nos apresentar de forma leve e romântica as possibilidades e as suas lutas constantes contra as impossibilidades. O caminho feito é bem simples, pegou-se dois mundos diferentes apresentou os choques provocados e as ações que se chegaram até virarem complementares. Mas nada disso seria possível se os protagonistas não tivessem uma harmonia perfeita em cena (Grant e Roberts estão maravilhosos), além de coadjuvantes carismáticos como o amigo de William, Spike (interpretado pelo sempre ótimo Rhys Ifans).

O poder midiático de um clique em tempos ainda longe dos avanços da internet é a crítica mais escancarada que vemos por aqui. Uma parte importante dos conflitos dos personagens chega exatamente do assédio da imprensa à vida particular da artista, algo que acontece com muitos famosos até hoje. Com o consumismo por esse tipo de jornalismo nunca perdendo a força, impressos se alimentando dos deslizes (nos novos tempos soma-se às redes sociais), muitas vezes rompendo linhas tênues da ética e a moral. Olhando mais profundamente para isso, o projeto não deixa de fixar essa importante crítica social.

E pensar que essa história poderia ser maior, o corte final passou das três horas, depois editado para a minutagem que fora lançada. Mas Um Lugar Chamado Notting Hill logo se tornou atemporal e não seria um absurdo encontrar pessoas que imaginam o depois de quando o filme termina. E como esquecer da música She na versão de Elvis Costello? Uma canção completamente associada ao filme que só de escutarmos já lembramos de William e Anna. Esse é um dos raros filmes que quando estão passando pela televisão ainda paramos para ver. Para quem quer rever ou assistir pela primeira vez, o filme está no catálogo da Disney Plus.

 

 

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