Baran bo Odar nasceu na Suíça em uma cidadezinha de quase 17.000 habitantes chamada Olten mas cresceu em Erlangen, uma cidade no estado da Baviera (Alemanha). Quando chegou a hora de definir seu futuro como profissional, com cerca de 20 anos, entrou na Universidade de Televisão e Cinema de Munique lugar onde estudou por oito anos, e conheceu a mulher que seria sua parceira de vários projetos, Jantje Friese, não só no lado profissional, já que eles são casados.
Depois de lançar um curta-metragem de sete minutos chamado Quietsch, seu primeiro trabalho como diretor, no ano de 2004, no ano seguinte, lançou um média-metragem de uma hora intitulado Unter der Sonne. Esses projetos serviram de experiência para que quatro anos mais tarde ele escrevesse e dirigisse seu primeiro longa-metragem, Das letzte Schweigen (O Silêncio), filme que inclusive foi exibido na 34ª Mostra de Cinema de São Paulo em 2010. Mas a projeção da carreira só viria no filme seguinte, o elogiado Invasores: Nenhum Sistema Está Salvo (disponível na Prime Video) que mostra a história de um jovem gênio da computação que é chamado a compor um grupo de hackers com ações de escala mundial. Esse projeto o levou à Hollywood, onde dirigiu seu único filme lá, Nos Limites da Lei, lançado em 2017 e com o ganhador do Oscar Jamie Foxx como protagonista.
Mas aí chegou a era dos streamings, e Baran teve um projeto aprovado pela Netflix, uma misteriosa trama que envolvia viagens no tempo e enormes reviravoltas a cada novo episódio, estamos falando de uma das séries mais aclamadas dos últimos anos: Dark. Com o sucesso de Dark, Baran e sua parceira Jantje começaram a desenvolver um novo projeto que mais tarde virou o misterioso 1899, seriado que chega em 17 de novembro também na Netflix. Na história eventos misteriosos mudam o rumo de um navio de imigrantes a caminho de Nova York. Assim, os passageiros terão que desvendar um enorme enigma.
Para saber um pouco mais sobre esse ótimo cineasta, separamos abaixo sugestões de três grandes trabalhos seus:
Das letzte Schweigen (O Silêncio)
Em seu terceiro trabalho como diretor, Baron Bo Odar nos apresenta a história de uma jovem, moradora de uma pequena cidade na Alemanha, que some 23 anos após uma outra jovem sumir no mesmo lugar. A situação modifica a rotina da cidade e os moradores vão enfrentar o passado que já parecia distante.
O tempo sendo associado ao ato de amar em tempos em que o esquecimento é o grande vilão da nossa realidade. Criado por Baran bo Odar e pela cineasta alemã Jantje Friese, Dark chegou ao catálogo do poderoso streaming Netflix sem muito ‘oba oba’, mas bastou os espectadores irem aos poucos terminando a primeira temporada para o burburinho positivo começar. Muito bem amarrada, com começo meio e fim estrategicamente bem desenvolvidos, com uma produção de arte belíssima, fotografia ótima, trilha impecável e uma montagem de elenco espetacular a produção alemã se tornou um fenômeno cult em pouco tempo, culminando no desfecho da última temporada dentro do período pandêmico que o mundo viveu em 2020. Muito bem ranqueado em diversas listas dos principais sensores de cinema/séries do mundo, Dark é uma série difícil de esquecermos.
Invasores: Nenhum Sistema Está Salvo
Lançado no segundo semestre de 2014 em todo o planeta, um dos filmes mais elogiados de Baran Bo Odar é Invasores: Nenhum Sistema Está Salvo. Na trama, um jovem alemão com enormes conhecimentos de computação acaba se juntando a um grupo de hackers. O filme foi indicado a um prêmio no Festival de Zurique. Tem na Prime Video.