Um assunto importante para o refletir da sociedade e que é visto em algumas obras no universo cinematográfico é a intolerância religiosa. Caracterizado como a falta de reconhecimento ou respeito de crenças religiosas de outros o tema pode ser visto em qualquer uma das obras abaixo:
Na trama, ambientada na década de 60, enxergamos tudo pela ótica de um jovem menino chamado Buddy (Jude Hill) que vê se despedaçar e atravessar inúmeras mudanças o local onde nasceu e foi criado que agora é tomado por intolerância religiosa que geram conflitos agressivos. Em paralelo a esses conflitos vemos sua rotina, seu cotidiano dentro desse cenário mas sem deixar de brincar na rua com os amigos, se apaixonar pela primeira vez, os sonhos e dedicações na sala de aula, as discussões dos pais (interpretados pelos ótimos Caitriona Balfe e Jamie Dornan), as idas e vindas do pai que trabalha num lugar muito longe. Também refletimos dentro dos diálogos com os avós, os indicados ao Oscar Judi Dench e Ciarán Hinds, num misto de pré saudade e aprendizados que ficariam guardados por toda uma vida.
Beginning
Visual aos montes, verbal quando necessário. Selecionado para o Festival de Cannes (2020), Festival de Toronto (2020) e vencedor de prêmio no Festival de San Sebastian (2020), Beginning, dirigido e escrito pela cineasta georgiana Dea Kulumbegashvili, fala sobre intolerância religiosa e a luta constante contra traumas difíceis de superar e dúvidas recentes de uma protagonista que busca achar soluções para o que acredita. Há cenas fortes e angustiantes, também longos planos, além de uma inquietante câmera estática onde os personagens compõem a trajetória de ações ou até mesmo a força dos sentidos da natureza. Um impactante e duro filme de Kulumbegashvili.
Na trama, conhecemos o tradicional Claude Verneuil (Christian Clavier), um homem com uma vida boa que vive seu final de vida ao lado da esposa com quem tem quatro filhas. A pacata vida deste orgulhoso cidadão francês é completamente abalada quando é apresentado aos pretendentes de suas filhas, cada um dos noivos tem uma religião diferente e o tradicional Claude entra em total loucura quando sabe desta informação. Sua esperança era a última filha que vai casar mas surpresas o aguardam.
Na trama, conhecemos o professor Leon (Leonardo Medeiros), um educador de uma prestigiada escola francesa que após perder a paciência pela interferência em sua método de ensino, acaba sendo chamado a conhecer uma nova maneira de enxergar o mundo através de reuniões quase que escondidas onde outros, de outros planos, fazem contato através de outras pessoas. Impactado e no início totalmente descrente do que é aquilo que vivencia nessas reuniões, acaba sendo convencido a ser um dos porta vozes através de textos impactante de pessoas que não estão mais em nosso plano. Lutando bravamente contra a força contrária da igreja católica e contra a absurda censura a liberdade de expressão, agora já conhecido como Kardec, leva o que escuta para olhos de todo o mundo.
Na trama, conhecemos a belíssima May (Cherien Dabis, que também assina a direção), uma escritora que não escreve faz um tempo e chega em Amã, na Jordânia, onde nasceu e foi criada, para casar com o professor palestino Ziad. Chegando lá, precisa encarar a imaturidade de suas irmãs, a mãe católica que não aprova o casamento de May com um muçulmano e o distante pai que resolve se tornar presente.