quarta-feira, agosto 20, 2025
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    10 Filmes dos anos 90 que MATARAM Grandes Franquias!

    Um dos exercícios que mais gostamos de fazer aqui no CinePOP é voltar no tempo, para as queridas décadas de 80 e 90. Falando da segunda, ela foi responsável pelo surgimento de algumas das franquias mais queridas até hoje na sétima arte, e que continuam a render frutos hoje, com filmes modernos. Sucessos como ‘Jurassic Park’, ‘O Rei Leão’, ‘Toy Story’, ‘Missão: Impossível’ e ‘Pânico’, por exemplo, seguem firmes e fortes inseridos na cultura popular.

    Por outro lado, enquanto alguns filmes foram capazes de cativar tanto o público que deram origem à inúmeras continuações até hoje, outros filmes foram responsáveis por cortar essa fonte, e acabar de vez com os planos para as continuações de uma franquia. Abaixo conheceremos 10 filmes muito promissores dos anos 90 que tinham tudo para iniciar ou continuar uma franquia, mas que foram responsáveis por mata-las. Confira.

    Robocop 3 (1993)

    Robocop – O Policial do Futuro’ (1987), de Paul Verhoeven, se mantém ainda hoje não apenas como um dos melhores filmes de ação de todos os tempos no cinema, como também uma das melhores produções a sair dos anos 80. Ácido, violento e incrivelmente satírico, ‘Robocop’ possui camadas profundas que vão muito além do cinema de ação. Seu recado é claro. Com tantos elogios, o estúdio não ia perder a oportunidade de criar um novo herói, mas sem Verhoeven para dirigir ‘Robocop 2’ (1990), o filme sofreu críticas duras, mas ainda fez dinheiro o suficiente para seguir com os planos de ‘Robocop 3’ (1993). Já este terceiro filme provou que os filmes do policial mecânico já não tinham mais fôlego, ficando cada vez mais infantilizados – terminou por completo com qualquer possibilidade de um ‘Robocop 4’. E a franquia permanece na gaveta.

    Super Mario Bros. (1993)

    Outro filme de 1993. ‘Super Mario bros.’ guarda o título de ser o primeiro filme baseado em um videogame famoso da história do cinema. O sinal dos novos tempos havia chegado, e a popularidade dos personagens dos games adentrava o mundo do cinema em grande estilo, em clima de superprodução. Afinal, os quadrinhos haviam se mostrado uma fonte bastante rentável com ‘Batman’ (1989). É claro que o investimento pesado do estúdio tinha planos para criar uma franquia, e caso o primeiro filme tivesse caído nas graças do público, certamente teríamos visto um ‘Super Mario Bros.’ ainda nos anos 90, trazendo novos personagens queridos do público. Mas nem os carismas de Bob Hoskins e Dennis Hopper foram capazes de salvar essa versão sombria do colorido jogo. Mais alinhado com a verdadeira essência está o novo filme em animação, lançado em 2023.

    As Tartarugas Ninja 3 (1993)

    Não é implicância com 1993, mas o ano realmente trouxe muita tranqueira em seu repertório, com alguns dos filmes que infelizmente ficaram muito longe de seu potencial. Assim como ‘Robocop 3’, ‘As Tartarugas Ninja 3’ serviu para enterrar uma franquia querida do grande público, e dizer adeus a muitos milhões de dólares, tendo em mãos um dos produtos mais quentes da época. As quatro tartarugas humanoides eram as figuras mais amadas da criançada na época, e era uma verdadeira fábrica de fazer dinheiro.

    Hollywood logo percebeu isso e transformou em filme, com visual mais adulto e sombrio – criando um verdadeiro sucesso em 1990. Os pais reclamaram da violência, e a continuação ficou mais domada, mesmo assim agradando, em 1991. Porém, os produtores deviam achar que podiam fazer qualquer coisa com o título, que teriam um sucesso. Ledo engano. Assim, uma aventura chata, no Japão feudal, sem qualquer personagem dos desenhos (que era o que a criançada queria ver), levou essa franquia para o buraco e nunca mais veríamos as tartarugas de “borracha” em live-action.

    Mortal Kombat: A Aniquilação (1997)

    Hollywood pode ser uma fábrica de sonhos e movimentar rios de dinheiro, mas a maior indústria de cinema no mundo também sabe como ninguém perder verdadeiras fortunas. E tudo o que precisa para isso é não ouvir os fãs, e deixar de entregar o que eles verdadeiramente querem. A New Line Cinema até tirou a sorte grande e conseguiu adaptar o videogame ‘Mortal Kombat’ de forma satisfatória em 1995. Esse sucesso deu sinal verde para a continuação. Mas infelizmente, o que seguiu foi um dos piores filmes da história, com ‘A Aniquilação’ em 1997, que ficou parecendo um filme totalmente B, com caracterizações dignas de qualquer “cospobre”. Sendo assim, qualquer intenção de um ‘Mortal Kombat 3’ foi varrido para debaixo do tapete. Esperamos que o reboot da franquia se saia melhor – o segundo filme será lançado este ano.

    Street Fighter – A Última Batalha (1994)

    Se ‘Mortal Kombat’, de Paul W. S. Anderson, fez sucesso em 1995 ao menos para ganhar uma continuação, ‘Street Fighter’ não conseguiu o mesmo no ano anterior, mesmo contendo um dos maiores astros da ação da época estrelando o filme. A geração que cresceu nos anos 90, lembra bem a popularidade dos maiores jogos de luta da época: Street Fighter e Mortal Kombat. O anúncio de que ambos seriam adaptados ao cinema causou comoção em todo menino do período, e de seus pais, que iriam leva-los ao cinema.

    Street Fighter’ foi o primeiro a chegar, e a produção conseguiu escalar Jean-Claude Van Damme, um dos maiores nomes da ação da época como o protagonista. Mas não apenas isso, o talentoso Raul Julia também estava no elenco, no papel do vilão. Apesar do grande potencial para se tornar uma franquia, até mesmo os fãs perceberam que muita coisa estava errada, e jamais tivemos um ‘Street Fighter 2’. Mas um reboot da ideia está vindo aí…

    Double Dragon (1994)

    No mesmo ano de ‘Street Fighter’ nos cinemas, tivemos também o seu irmão pobre ‘Double Dragon’. Como dito acima, os games de luta mais populares da época dos 16 bits eram Mortal Kombat e Street Fighter. Mas eles não eram os únicos. Antes de ambos fazerem sucesso, existiu Double Dragon. Essa produção menor tentou pegar carona na onda que começava a crescer nos anos 90, a de adaptação de games queridos. Super Mario Bros, Street Fighter e Mortal Kombat estavam sendo produzidos, assim só restava vasculhar o que mais poderia ganhar as telas. Com Robert Patrick e Alyssa Milano no elenco, ‘Double Dragon’ contou com efeitos especiais chamativos para a época, mas passou bem longe de ser considerado um sucesso, recaindo mais no terreno cult e permanecendo na gaveta até hoje.

    Spawn – O Soldado do Inferno (1997)

    Os anos 90 também viram surgir uma era de quadrinhos promissores, com artistas que haviam deixado a Marvel e a DC, e formado sua própria editora, a Image Comics. O carro-chefe da recém-formada editora era ‘Spawn’, um anti-herói demoníaco, que foge do inferno para completar uma missão. Repleto de poderes sobrenaturais, a criação de Todd McFarlane caiu nas graças dos fãs. Assim, rapidamente o sinal verde foi dado para sua versão cinematográfica, repleta de efeitos especiais (revolucionários para a época), uma boa maquiagem e efeitos práticos, figurinos e caracterizações. Tudo parecia no lugar para o sucesso. A única coisa que faltou foi a mão firme de um bom diretor e um roteiro mais enxuto. Há certo tempo comenta-se sobre um reboot com Jamie Foxx, mas que parece não conseguir sair do papel.

    Godzilla (1998)

    Godzilla é provavelmente o monstro mais famoso do cinema. A criação japonesa de 1954, surgiu como crítica aos testes nucleares realizados pelas grandes potências, que na ficção terminaram por criar o monstro radioativo gigante que se volta contra a humanidade. O filme original fez tanto sucesso que gerou inúmeras sequências japonesas. O personagem sempre fez parte da cultura pop, mas foi só em 1998 que Hollywood resolveu dar seu pitaco sobre a criatura, transformando a ideia em uma superprodução milionária. Para o comando, ninguém menos que Roland Emmerich, o responsável por destruir o mundo em ‘Independence Day’, um enorme sucesso do cinema. Emmerich queria fazer o mesmo com Godzilla, deixando a possibilidade de uma sequência ao final do filme, como os ovinhos do réptil prontos para chocar. As críticas negativas que o longa recebeu colocaram um fim a essa possível franquia.

    Predador 2 (1990)

    Os dois últimos itens da lista podem soar como uma pegadinha para muitos. O primeiro, ‘Predador 2’ pode fazer muitos pensarem: “peraí, Predador é uma franquia estabelecida, que inclusive irá lançar um novo exemplar esse ano”. Tudo bem, mas vamos por partes. Voltando para 1987, o primeiro ‘O Predador’ fez sucesso ao misturar ‘Rambo’ e ‘Aliens’, como comentaram alguns críticos da época. É claro que o desejo foi por uma continuação, mas o astro Arnold Schwarzenegger não conseguiu chegar a um acordo sobre seu salário para reprisar o papel de Dutch, assim Danny Glover, astro de ‘Máquina Mortífera’, o substituiu em um filme passado no futuro, que apresentava a selva de pedra de uma Los Angeles quase apocalíptica.

    Apesar de ser um cult muito apreciado hoje em dia, ‘Predador 2’ foi um fracasso de crítica e público em sua época de lançamento em 1990. O fato colocou um ponto final (até então) na promissora franquia. O bichão com cara de crustáceo ficaria fora do ar por 14 anos, até ser trazido de volta em 2004 para ‘Alien vs. Predador’. Hoje, a franquia passa por seu terceiro ou quarto reboot (já perdemos as contas). Mas o que todos queriam ver mesmo na época era ‘O Predador 3’ – que nunca chegou.

    Batman – O Retorno (1992)

    Com ‘Batman – O Retorno’ temos o mesmo caso com o item acima. Uma franquia pode continuar, tendo sofrido inúmeras modificações e reboots. É o caso com ‘O Predador’ e ‘Alien’, por exemplo, que não seguiram uma única linha narrativa, e passaram por diversas reformulações. Esse é o caso também com o herói Batman no cinema. Podemos dizer que a primeira linha narrativa do cavaleiro das trevas começou em 1989 no cinema e seguiu até 1997 com o infame ‘Batman & Robin’. Aos trancos e barrancos, essa era para ser uma mesma série de filmes – até sofrer seu primeiro reboot com ‘Batman Begins’, de Christopher Nolan.

    Mas existe ainda um outro porém nessa primeira narrativa – pois ela é dividida entre duas visões do mesmo mundo: a visão de Tim Burton e a de Joel Schumacher. A de Tim Burton termina justamente após ‘Batman – O Retorno’, quando o diretor foi afastado da cadeira de comando, sendo levado a servir como produtor do terceiro filme. O motivo: a violência do segundo. Ah, como toda criança da época sonhou com um terceiro Batman de Tim Burton.

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