quarta-feira, agosto 20, 2025
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    Os Filmes de Terror Mais DECEPCIONANTES do Ano (Até Agora)

    Enquanto 2025 vem se provando um ano muito bom para o terror – com ótimos remakes como ‘Nosferatu’‘Lobisomem’, além de incursões despojadas como ‘Premonição 6: Laços de Sangue’ e potentes dramas sobrenaturais como ‘Pecadores’ -, nem todas as investidas do gênero deram certo.

    Nos últimos seis meses, algumas investidas prometiam entregar aos espectadores exatamente o que eles queriam, mas falharam em conquistar o público e a crítica – como foi o caso do quarto capítulo da franquia ‘Rua do Medo’ e o inexplicável e esquecível ‘DIAbólica’.

    Continuando nossas matérias de meio de ano – após as Melhores Animações do Ano e os Melhores Filmes de Terror do Ano -, preparamos uma breve lista escalando os cinco Filmes de Terror Mais Decepcionantes do Ano (que foram oficialmente lançados em circuito nacional em 2025).

    Veja abaixo as nossas escolhas:

    5. A MULHER NO JARDIM 

    a mulher no jardim 2

    Direção: Jaume Collet-Serra

    ‘A Mulher no Jardim’ não chega a ser uma produção ruim, mas comete o crime de não explorar todo seu potencial e nos frustrar por não ousar mais do que deveria. Contando com fabulosas atuações, em especial a da indicada ao SAG Award Danielle Deadwyler, o longa morre na praia ao não saber como alcançar a linha de chegada, deixando-nos com um gostinho agridoce conforme saímos da sala de cinema.

    Na trama, Deadwyler encarna Ramona, uma mulher traumatizada que fica paralisada pela dor após a morte de seu marido, deixando-a sozinha para cuidar de seus dois filhos. Sua tristeza logo se transforma em medo quando uma mulher espectral vestida de preto aparece em seu jardim da frente.

    4. O MACACO

    No ambicioso ‘O Macaco’, inspirado nos escritos de Stephen King, o público acompanha irmãos gêmeos que encontram um misterioso macaco de corda. Após a descoberta, uma série de mortes absurdas destroça a família. Muitos anos depois, o macaco inicia uma nova onda de assassinatos, forçando os irmãos a enfrentar o brinquedo amaldiçoado – e os levando em vórtice de insanidade que os enclausura.

    O projeto é comandado por Osgood Perkins, que mostrou suas incríveis habilidades fílmicas com o recente e aplaudido ‘Longlegs – Vínculo Mortal’ – um poderoso thriller que encantou o público ao redor do mundo. Aqui, porém, Perkins parece perdido em relação ao que fazer com o material original, mesmo ficando a encargo do roteiro: de um lado, cremos ter sido convidados para uma aventura de terror clássica que logo se mostra permeada com incursões cômicas que apenas provam que o longa foi vendido da maneira errada através dos materiais promocionais (um dos aspectos mais frustrantes, diga-se de passagem); de outro, há diálogos cansativos e clichês que não ajudam a desenvolver em nada a narrativa além de criar metáforas que se engasgam na própria egolatria.

    3. UNTIL DAWN: NOITE DO TERROR

    Direção: David F. Sandberg

    Adaptações de games de terror não têm um bom histórico no cenário da sétima arte, ainda que um ou outro projeto destoem ao se aproximar bastante do jogo original ou até mesmo ao explorar incursões novas que expandam determinada mitologia. E, ‘Until Dawn: Noite do Terror’, por mais que não se leve a sério e tentando se desvencilhar de potenciais clichês, falha em entregar o que pretende ao fazer escolhas duvidosas que mancham o ritmo e transformam o enredo em um monótono compilado de tropos repetitivos.

    Dirigido por David F. Sandberg, o longa-metragem traz um bom elenco que se mostra comprometido com essa “farofada” – mas que não consegue ofuscar os inúmeros deslizes que se estendem pela produção. A trama nos leva a um centro de visitantes abandonado onde Clover e seus amigos encontram um assassino mascarado que os mata um por um. No entanto, quando eles misteriosamente acordam no início da mesma noite, são forçados a reviver o terror repetidamente.

    2. RUA DO MEDO: RAINHA DO BAILE

    Direção: Matt Palmer

    A franquia ‘Rua do Medo’ fez um grande barulho ao chegar à Netflix em 2021, reavivando nosso interesse em produções slasher e na mitologia eternizada por R.L. Stine. Logo, o anúncio de um quarto capítulo da saga nos deixou bastante animados – convidando-nos para um baile de formatura em que as candidatas ao título de Rainha do Baile estão sendo sumariamente caçadas por um assassino mascarado.

    Dirigido por Matt Palmer, o longa mantém-se fiel à identidade explorada na trilogia original, garantindo que os clichês existam em reformulações propositais e que celebrem uma das décadas mais famosas do terror slasher na sétima arte. Há menções gritantes a incursões como ‘Carrie, a Estranha’ e ‘Baile de Formatura’, uma trilha sonora nostálgica e envolvente que inclui sucessos atemporais como “Never Gonne Give You Up” e “Gloria”, e uma paleta de cores que mistura o tradicionalismo dos bailes de formatura ao neon vibrante. E, enquanto a estética funciona, é notável como o fraco enredo não consegue nos convencer de que esta é uma história digna de pertencer ao universo de Shadyside, saindo de lugar nenhum e chegando a nenhum lugar com uma completa falta de originalidade.

    1. DIABÓLICA

    diabólica

    Direção: Chris Weitz

    Terror e ficção científica parecem andar lado a lado quando pensamos no escopo da sétima arte – e já sofreram inúmeros tipos de “mutação” em relação a suas próprias narrativas. Temos, por exemplo, a icônica franquia ‘Alien’, que nos levou a um futuro distante e construiu um enredo de pura claustrofobia em pleno espaço sideral; ou então o recente ‘M3GAN’, que distorceu os avanços robóticos para arquitetar uma divertida jornada serial killer. Agora, com a popularização das inteligências artificiais, chegou a hora de enfrentar um novo medo com o longa-metragem ‘DIAbólica’ – que prometia funcionar como uma prática narrativa do gênero e entreter o público ao redor do mundo.

    O projeto, comandado por Chris Weitz, tinha todos os elementos para funcionar dentro de seus limites autoimpostos. E, considerando que o trabalho do cineasta incluiu produções como ‘A Saga Crepúsculo: Lua Nova’, ‘American Pie’ e ‘A Bússola de Ouro’, tudo o que queríamos era algo com valor de entretenimento para nos fazer escapar da realidade por alguns minutos. Infelizmente, não é isso o que acontece: ‘DIAbólica’ é um equívoco de proporções catastróficas que se afoga nas próprias metáforas vencidas ao tentar dar um passo maior que a perna e, ao mesmo tempo, morre na praia por ser covarde demais para se manter fiel ao que propõe.

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