sexta-feira , 15 novembro , 2024

A DC finalmente se encontrou nos cinemas?

A DC sofreu ultimamente no cinema e isso não está necessariamente ligado ao sucesso dos filmes da Marvel. Sim, há uma disparidade grande, porém, a DC por si só não consegue realizar um bom trabalho em projetos cinematográficos, independentemente do parâmetro a ser usado como base. Sua organização enquanto universo compartilhado foi confusa e houve uma grande bagunça naqueles que em tese organizam todo o projeto.

Agora, o DC Universe não vai seguir a agenda antes divulgada que apresentava a data de lançamento de filmes até 2020. Nela, Liga da Justiça 2 estava marcado para 2019, porém, o projeto foi engavetado. Já o filme solo do Flash estava agendado para 2018 e agora a notícia é de que a produção terá início apenas em 2019, após ter alterado o roteiro e a direção. Recentemente, saiu a notícia de que o tom do filme vai ser leve e que terá como referência o icônico “De Volta Para o Futuro”.



Outro ponto é que personagens secundários agora vão ganhar um maior holofote até mesmo antes dos principais membros da Liga serem estabelecidos de modo satisfatório. A DC irá produzir um filme da Batgirl e existe a possibilidade remota de uma produção solo focada no Coringa de Jared Leto, que não teve uma grande aprovação.

Por falar em aprovação, os únicos filmes da DC com unanimidade em relação a sucesso é Mulher Maravilha e Aquaman. Gal Gadot interpretando Diana teve uma boa participação em Batman vs Superman e um filme solo muito elogiado. Jason Momoa arrasou com o divertido Aquaman. Por outro lado, Liga da Justiça, Batman vs Superman, Esquadrão Suicida e Man of Steel não conseguiram conquistar o público e tiveram uma bilheteria aquém da expectativa da Warner/DC, além de sofrer inúmeras críticas pelos mais diversos motivos.

E então fica a pergunta: O DC Universe tem salvação?

Como universo compartilhado, provavelmente não. Mas o estúdio está acertando alto em filmes solo com histórias pontuais. O potencial de sucesso é grande. Os super-heróis principais da DC sempre foram os mais populares. Enquanto a Liga da Justiça é icônica desde que surgiu, os Vingadores, por exemplo, só caíram no gosto popular de fato após chegarem às telas de cinema. Juntando o pós de ter os heróis mais famosos e o contra de ter um histórico recente ruim, a DC poderia optar por dois caminhos.

A decisão mais acertada é desistir da ideia de Universo Compartilhado. A estratégia deu completamente certo na Marvel não somente por existir um universo único para os filmes e sim porque havia uma pessoa responsável por isso, Kevin Feige (e seu brilhante trabalho). Sem alguém por trás para pensar em tudo na DC, a ideia está fadada ao fracasso. Cada filme poderia ser totalmente independente e desconexo, assim não havendo a necessidade de ligar os pontos. O ônus disso é que um futuro filme da Liga Da Justiça perderia muita força.

A DC teve que correr devido ao sucesso de sua rival e isto pesou muito. Com uma maior tranquilidade, seria possível apresentar o filme solo de cada herói antes de chegar ao ápice da Liga, tal qual ocorreu em Vingadores. Era necessário criar um vínculo afetivo entre o público e os personagens do cinema, mesmo que eles já fossem conhecidos.

Após ‘Aquaman‘ arrecadar sensacionais US$ 1,038.0 bilhão, Toby Emmerich, principal executivo da Warner, confirmou que a DC não tem mais planos para um universo compartilhado.

“Todos nós sentimos que viramos uma página agora. Estamos jogando pelo playbook da DC, que é muito diferente do que o livro da Marvel. Estamos muito menos focados em um universo compartilhado. Nós fazemos um filme de cada vez. Cada filme é sua própria equação e sua própria entidade criativa. Se você tivesse que dizer uma coisa sobre nós, é que sempre tem que ser sobre os diretores.”, afirmou durante entrevista ao Hollywood Reporter.

Agora, a ordem é seguir com filmes sem conexão focados em boas histórias.  A primeira delas é o filme solo do ‘Coringa‘, que trará Joaquin Phoenix tentando apagar aquela imagem ruim deixada por Jared Leto. Dirigido pelo indicado ao Oscar, Todd Phillips (‘Cães de Guerra’) e produzido pelo vencedor do Oscar, Martin Scorsese (‘Os Bons Companheiros’), esta prequel do indicado ao Oscar, Christopher Nolan, ‘Cavaleiro das Trevas’, vai explorar como o Palhaço Príncipe do Crime veio a se tornar o que é. A expectativa não poderia estar mais alta.

Outro filme com grande potencial de ter um estilo diferente ao habitual – seja em obras da DC ou da Marvel – é Batgirl. Nas HQ’s, o tom das histórias é muito contemporâneo e faz uso constante de, por exemplo, redes sociais, além de tirar selfies e demais atitudes de uma grande quantidade de adolescentes nos dias de hoje. Na Marvel, o Homem-Aranha já explorou isso de certa forma, mas não tanto quanto é possível utilizar este recurso –  como ocorre com a jovem nos quadrinhos. Joss Whedon era o responsável pelo roteiro, porém saiu do projeto e deu lugar a Christina Hodson.

Por falar em pegar o público jovem, principalmente o infantil, Shazam! pode ser a pedida. Por se tratar de uma criança em um corpo de um adulto que é um super-herói, é possível explorar diversos tipos de cenas e fazer com que crianças se imaginem no lugar dele, vivendo situações triviais que na mente delas são muito maiores.  O filme estreia no dia 5 de abril de 2019 nos Estados Unidos.

Basicamente, o caminho a ser seguido é justamente o oposto do apresentado até então. Largar o tom pesado e sério dos filmes, mesmo sem necessariamente imitar o tom das produções da Marvel. Se fazendo um universo compartilhado há pouco êxito, é possível que a DC consiga atingir o sucesso em filmes pontuais e que explorem um público e situações diferentes de tudo que já foi mostrado no que diz respeito aos filmes de herói. É triste que seus personagens principais tenham sido tão mal explorados nas telas de cinema até o momento, porém, isso não significa que a DC tenha que desistir de vez de fazer novos filmes e sim apenas seguir um caminho diferente: e parece que eles finalmente aprenderam a lição.

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Agora, o DC Universe não vai seguir a agenda antes divulgada que apresentava a data de lançamento de filmes até 2020. Nela, Liga da Justiça 2 estava marcado para 2019, porém, o projeto foi engavetado. Já o filme solo do Flash estava agendado para 2018 e agora a notícia é de que a produção terá início apenas em 2019, após ter alterado o roteiro e a direção. Recentemente, saiu a notícia de que o tom do filme vai ser leve e que terá como referência o icônico “De Volta Para o Futuro”.

Outro ponto é que personagens secundários agora vão ganhar um maior holofote até mesmo antes dos principais membros da Liga serem estabelecidos de modo satisfatório. A DC irá produzir um filme da Batgirl e existe a possibilidade remota de uma produção solo focada no Coringa de Jared Leto, que não teve uma grande aprovação.

Por falar em aprovação, os únicos filmes da DC com unanimidade em relação a sucesso é Mulher Maravilha e Aquaman. Gal Gadot interpretando Diana teve uma boa participação em Batman vs Superman e um filme solo muito elogiado. Jason Momoa arrasou com o divertido Aquaman. Por outro lado, Liga da Justiça, Batman vs Superman, Esquadrão Suicida e Man of Steel não conseguiram conquistar o público e tiveram uma bilheteria aquém da expectativa da Warner/DC, além de sofrer inúmeras críticas pelos mais diversos motivos.

E então fica a pergunta: O DC Universe tem salvação?

Como universo compartilhado, provavelmente não. Mas o estúdio está acertando alto em filmes solo com histórias pontuais. O potencial de sucesso é grande. Os super-heróis principais da DC sempre foram os mais populares. Enquanto a Liga da Justiça é icônica desde que surgiu, os Vingadores, por exemplo, só caíram no gosto popular de fato após chegarem às telas de cinema. Juntando o pós de ter os heróis mais famosos e o contra de ter um histórico recente ruim, a DC poderia optar por dois caminhos.

A decisão mais acertada é desistir da ideia de Universo Compartilhado. A estratégia deu completamente certo na Marvel não somente por existir um universo único para os filmes e sim porque havia uma pessoa responsável por isso, Kevin Feige (e seu brilhante trabalho). Sem alguém por trás para pensar em tudo na DC, a ideia está fadada ao fracasso. Cada filme poderia ser totalmente independente e desconexo, assim não havendo a necessidade de ligar os pontos. O ônus disso é que um futuro filme da Liga Da Justiça perderia muita força.

A DC teve que correr devido ao sucesso de sua rival e isto pesou muito. Com uma maior tranquilidade, seria possível apresentar o filme solo de cada herói antes de chegar ao ápice da Liga, tal qual ocorreu em Vingadores. Era necessário criar um vínculo afetivo entre o público e os personagens do cinema, mesmo que eles já fossem conhecidos.

Após ‘Aquaman‘ arrecadar sensacionais US$ 1,038.0 bilhão, Toby Emmerich, principal executivo da Warner, confirmou que a DC não tem mais planos para um universo compartilhado.

“Todos nós sentimos que viramos uma página agora. Estamos jogando pelo playbook da DC, que é muito diferente do que o livro da Marvel. Estamos muito menos focados em um universo compartilhado. Nós fazemos um filme de cada vez. Cada filme é sua própria equação e sua própria entidade criativa. Se você tivesse que dizer uma coisa sobre nós, é que sempre tem que ser sobre os diretores.”, afirmou durante entrevista ao Hollywood Reporter.

Agora, a ordem é seguir com filmes sem conexão focados em boas histórias.  A primeira delas é o filme solo do ‘Coringa‘, que trará Joaquin Phoenix tentando apagar aquela imagem ruim deixada por Jared Leto. Dirigido pelo indicado ao Oscar, Todd Phillips (‘Cães de Guerra’) e produzido pelo vencedor do Oscar, Martin Scorsese (‘Os Bons Companheiros’), esta prequel do indicado ao Oscar, Christopher Nolan, ‘Cavaleiro das Trevas’, vai explorar como o Palhaço Príncipe do Crime veio a se tornar o que é. A expectativa não poderia estar mais alta.

Outro filme com grande potencial de ter um estilo diferente ao habitual – seja em obras da DC ou da Marvel – é Batgirl. Nas HQ’s, o tom das histórias é muito contemporâneo e faz uso constante de, por exemplo, redes sociais, além de tirar selfies e demais atitudes de uma grande quantidade de adolescentes nos dias de hoje. Na Marvel, o Homem-Aranha já explorou isso de certa forma, mas não tanto quanto é possível utilizar este recurso –  como ocorre com a jovem nos quadrinhos. Joss Whedon era o responsável pelo roteiro, porém saiu do projeto e deu lugar a Christina Hodson.

Por falar em pegar o público jovem, principalmente o infantil, Shazam! pode ser a pedida. Por se tratar de uma criança em um corpo de um adulto que é um super-herói, é possível explorar diversos tipos de cenas e fazer com que crianças se imaginem no lugar dele, vivendo situações triviais que na mente delas são muito maiores.  O filme estreia no dia 5 de abril de 2019 nos Estados Unidos.

Basicamente, o caminho a ser seguido é justamente o oposto do apresentado até então. Largar o tom pesado e sério dos filmes, mesmo sem necessariamente imitar o tom das produções da Marvel. Se fazendo um universo compartilhado há pouco êxito, é possível que a DC consiga atingir o sucesso em filmes pontuais e que explorem um público e situações diferentes de tudo que já foi mostrado no que diz respeito aos filmes de herói. É triste que seus personagens principais tenham sido tão mal explorados nas telas de cinema até o momento, porém, isso não significa que a DC tenha que desistir de vez de fazer novos filmes e sim apenas seguir um caminho diferente: e parece que eles finalmente aprenderam a lição.

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