quinta-feira, março 28, 2024

‘A Ilha da Fantasia’, ‘As Panteras’ e os filmes que Mudaram os gêneros de suas Séries Originais

Ontem, os fãs do cinema puderam conferir em primeira mão o trailer de A Ilha da Fantasia – que você pode assistir no link abaixo. Como prometido pelo produtor Jason Blum e sua Blumhouse, a nova roupagem da série clássica da década de 1970 se tornou um terror barra-pesada.

‘A Ilha da Fantasia’: Terror da Blumhouse com Lucy Hale ganha trailer LEGENDADO

O fato, no entanto, pode ter pego muita gente de surpresa, em especial os fãs do programa televisivo. Pensando nisso, o CinePOP criou esta nova matéria lembrando de algumas séries que se transformaram em filmes de estilo, teor ou gêneros diferentes de sua contraparte original. Vem conhecer.

A Ilha da Fantasia

Começamos a lista com o terror que acaba de divulgar seu trailer. Para os que não sabem, A Ilha da Fantasia foi um dos programas televisivos mais populares do fim da década de 1970. Protagonizado por Ricardo Montalban na pele do enigmático Mr. Rourke, que tinha como fiel escudeiro o anãozinho Tattoo (Hervé Villechaize) – que gritava sempre que um avião chegava à ilha – o seriado ficou no ar por sete temporadas, de 1977 a 1984.

A trama mostrava uma ilha misteriosa na qual seus visitantes tinham seus desejos mais impossíveis atendidos. Por mais elementos sobrenaturais que a série pudesse conter, tudo sempre ocorria em meio a comédia, o drama e a aventura. Agora, temos Michael Peña mais macabro do que nunca como o novo Mr. Rourke, mas por enquanto nada de Tattoo. A jovem Lucy Hale é a protagonista do filme, na pele de uma das visitantes.

As Panteras

Outro seriado antigo que acaba de ganhar nova roupagem. O novo As Panteras estreia nesta quinta-feira e traz Kristen Stewart, Naomi Scott e Ella Balinska como o trio de detetives sensuais, resolvendo as mais intrincadas missões. Aqui voltamos mais uma vez para a década de 1970, mais precisamente para 1976, quando estreou o programa sobre três detetives particulares, parte de uma agência, desvendando todo tipo de caso. Farrah Fawcett, Kate Jackson e Jaclyn Smith foram o trio original, e depois disso, a formação foi se alterando ao longo das cinco temporadas, até 1981.

No cinema, a primeira roupagem saiu em 2000, com um novo trio de panteras vivido por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu. O tom policial de crime dava lugar a uma aventura cômica e cartunesca, que se intensificou na sequência As Panteras Detonando (2003), com direito a pulos, pausas no ar e piruetas mirabolantes. Agora, ao invés de seguir com mais um filme, a Sony optou por resetar a franquia, apostando num tom mais sóbrio, porém, sem esquecer o bom humor.

Um detalhe pouco conhecido do público, é que As Panteras tentou sobrevida em 2011, retornando à TV. A investida com Annie Ilonzeh, Minka Kelly e Rachael Taylor, no entanto, apesar da produção de Drew Barrymore, não deu certo e o programa durou apenas 8 episódios – se tornando quase uma destas lendas urbanas.

Perdidos no Espaço

Não deixe de assistir:

Por falar em programa clássico, este é um dos seriados mais cult da história da TV. Apesar da verdadeira legião de fãs que se mantém até hoje, a série ficou no ar apenas por três temporadas, de 1965 a 1968. O charme desta história sobre uma família de colonizadores espaciais estava no teor camp da produção, onde tudo soava extremamente artificial, desde o robô que nada mais era do que uma pessoa vestida, aos cenários e objetos de cena. Ah, e claro, nos personagens, como o acovardado Dr. Smith (Jonathan Harris), o alívio cômico.

Para a versão cinematográfica do programa, lançada em 1998, a história ganhou contornos bem mais sombrios e temas pra lá de complexos, como a relação entre pai de filho, do Dr. Robinson (William Hurt) e Will (Jack Johnson). Este clima mais pesado terminou por afastar os fãs. Nem mesmo as presenças de Gary Oldman como o Doutor Smith (agora transformado num vilão completo) e Matt Le Blanc, o Joey da série Friends, como o Capitão Don West, trouxeram carisma ao longa, que fracassou.

Ano passado, a Netflix estreou uma nova versão da série, levada no mesmo tom do filme, mas com um roteiro melhor desenvolvido. Em dezembro chega a segunda temporada do programa.

Missão: Impossível

Quem vê Tom Cruise realizando suas próprias cenas de ação sem dublês em um filme repleto de adrenalina atrás do outro, pode não imaginar que a franquia Missão: Impossível nasceu lá atrás, na TV, ainda na época da Guerra Fria. Tudo começou em 1966, num período muito propício para tramas de espionagem envolvendo governos. Assim nascia a equipe de agentes secretos americanos, se arriscando nas missões mais, bem, impossíveis. O programa durou sete temporadas até 1973.

Na década de 1980, o seriado ganhava sobrevida, reformulado. Porém, terminou durando apenas duas temporadas, de 1988 a 1990. Nesta nova roupagem, foi mantido apenas o chefe Jim Phelps, vivido pelo mesmo Peter Graves. E foi justamente este personagem que voltou a aparecer na primeira versão cinematográfica da série, lançada em 1996, e protagonizada por Tom Cruise. No filme, Jim Phelps foi vivido por Jon Voight e teve sua personalidade alterada – quem já viu o filme sabe.

O primeiro longa, dirigido por Brian De Palma, é o único a tentar manter vivo o espírito do programa, entregando mais suspense e tramas de espionagem. A partir do segundo filme, tais elementos deram espaço para a ação desenfreada e climão de blockbuster. Já são cinco continuações, com mais duas prometidas até 2022.

Anjos da Lei

O programa que ajudou a impulsionar a carreira de Johnny Depp, mostrava jovens policiais, com aparência de adolescentes, infiltrados em colégios e faculdades a fim de desvendar crimes pertencentes a este universo. A premissa curiosa era levada num tom sério, com dramas e elementos investigativos. O programa durou cinco temporadas, de 1987 a 1991. Depp, que vivia o detetive Tom Hanson, deixou a série na última temporada.

Mas como rir de si mesmo pode ser o melhor remédio, quando foi a hora de levar o produto ao cinema, os amalucados e hilários diretores e roteiristas, Phil Lord e Christopher Miller, decidiram transformar tudo numa verdadeira galhofa, sabendo que o que tinham em mãos seria muito melhor trabalhado como comédia. E não deu outra, com Jonah Hill e Channing Tatum protagonizando, o longa de 2012 se tornou um sucesso e rendeu uma continuação ainda mais engraçada em 2014. É claro que Depp, e o resto do elenco fazem participações especiais.

Baywatch – SOS Malibu

Tudo bem, é verdade que ninguém levava este programa sobre um grupo de salva-vidas nas praias de Malibu a sério. Até mesmo Friends tirava sarro com a série, mostrando que muitos só assistiam por causa das belas atrizes em trajes de banho apertados, correndo em câmera lenta pelas praias, vide Pamela Anderson. Apesar disso, suas tramas eram pseudo dramáticas e o clima era de aventura e certo suspense.

O caminho a seguir foi acertado, e o longa baseado na série, lançado em 2017, foi puro escracho. O problema é que os realizadores miraram em Anjos da Lei e acabaram acertando em Loucademia de Polícia. As piadas e o humor ficaram abaixo da linha da cintura por mais tempo do que deveriam e terminaram não funcionando muito. Nem a presença do sempre carismático Dwayne Johnson, vivendo um Mitch Buchannon bombado, consegue trazer vida ao projeto, muito devido à sua falta de química com o parceiro de cena Zac Efron.

O programa de TV durou inacreditáveis onze temporadas (de 1989 a 2001), gerou um derivado (Baywatch Nights – 1995 a 1997), mas o filme morreu na praia.

CHIPs

Esta série sobre dois guardas rodoviários e suas possantes motos ficou muito popular no Brasil. O sucesso também foi grande em seu país de origem, os EUA, garantindo o status de galã de Erik Estrada – que na série viveu o oficial Frank Poncherello. O programa durou seis temporadas, de 1977 a 1983, e era basicamente um drama policial sobre patrulheiros de estrada, que combatiam o crime, em tramas com doses de suspense.

Seguindo de perto a cartilha do filme Anjos da Lei, e lançado no mesmo ano de Baywatch, CHIPs: O Filme teve uma recepção ainda pior do público e dos críticos. Isso porque por trás do projeto, a Warner deu aval para Dax Shepard, um dos sujeitos mais sem talento do ramo cinematográfico de Hollywood (mas pelo visto bem relacionado). Tendo Shepard envolvido é claro que o material se tornou uma comédia escrachada e escatológica, enfatizando seu humor adolescente. Resultado: o filme sequer foi exibido nos cinemas brasileiros, chegando por aqui direto no mercado de vídeo. Merecido.

Miami Vice

Para terminar a lista, um dos maiores clássicos modernos da TV, saído diretamente da década de 1980. Miami Vice ficou no ar por cinco temporadas, de 1984 a 1989, e trouxe semanalmente as investigações da dupla de detetives descolada (para a época) James Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Philip Michael Thomas) pelas ruas e mares de Miami. Tudo na série grita anos 80, desde a trilha sonora repleta de música eletrônica com batidas de sintetizadores, até os figurinos de cores berrantes e blazers de ombreiras – hoje considerados brega. Além disso, a série serviu como porta de entrada no mercado para diversos atores hoje consagrados, vide Julia Roberts, Bruce Willis e Liam Neeson.

Quando foi a hora de transformar o programa de TV cult num longa-metragem para o cinema, não existia ninguém melhor do que o cineasta Michael Mann, consagrado por dramas policiais intensos como Fogo Contra Fogo (1995) e Colateral (2004). Isso porque Mann foi um dos produtores do programa em seu início de carreira, ou seja, conhecia o material fonte como poucos. Assim, coube a ele o roteiro, a direção e a produção também do filme, que surgiu com um viés bem mais real e cru, quase um docudrama sobre operações policiais. Vestindo as personas dos protagonistas, Colin Farrell foi Crockett e Jamie Foxx assumiu Tubbs.

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