domingo , 22 dezembro , 2024

Aconteceu em Saint-Tropez

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A BELÍSSIMA MONICA BELLUCCI É O CHAMARIZ DESSA PRODUÇÃO FRANCESA, EXIBIDA ANTERIORMENTE NO FESTIVAL VARILUX 

A estrela italiana Monica Bellucci veio ao Brasil prestigiar o Festival Varilux de cinema francês, e promover o filme Aconteceu em Saint-Tropez, exibido no evento no início do ano, e que finalmente entra em circuito no Brasil. Embora italiana, Bellucci tem cacife para participar de uma obra inteiramente falada em francês, já que seu casamento com o talentoso Vincent Cassel já dura mais de dez anos. No filme Bellucci aceita um papel de coadjuvante para jovens atores, interpretando a matriarca fútil de uma grande família disfuncional.

Aconteceu em Saint-Tropez (cujo título original é algo como “Da gente que se abraça e beija”) é uma comedia de situações, coisa que os franceses sabem criar como ninguém. A trama gira em torno de uma família, ao longo das estações e de anos. Tudo começa focando no casamento de Melita (papel da sensual Clara Ponsot), filha dos personagens de Bellucci e Kad Merad (A Filha do Pai). O casal é ostentador, e devido a um negócio próspero envolvendo esmeraldas, usufruem do bom e do melhor. Como morar numa bela mansão, e fazer passeios a bordo de um luxuoso iate, justamente no local que dá título ao filme na tradução brasileira.



2

Já Zef (Eric Elmosnino), irmão do personagem de Merad, é um judeu convertido e convicto, que perde a esposa logo no início da projeção devido a um acidental atropelamento. Sua filha, interpretada pela jovem Lou de Laâge (dona de uma beleza irretocável), segue o caminho dos pais como música, e durante uma viagem de trem conhece um sujeito por quem se apaixona. É somente no dia do casamento de sua prima / velório de sua mãe, que Noga (Laâge) descobre que o homem de seus sonhos é na verdade o noivo de sua parente, tão próxima que é considerada uma irmã.

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Essa é a típica comédia de erros e desencontros, a chamada farsa, que ainda consegue encantar plateias de todas as idades. Aconteceu em Saint-Tropez usa de elementos muito vistos em diversos outros filmes (muitos inclusive melhores), mas é honesto o suficiente para cativar, sem precisar apelar para a escatologia que domina esse tipo de filme feito nos EUA. Essas são cenas de comédia que ainda utilizam um humor inocente, mas universalmente identificável; como numa cena onde num ritual de enterro a dondoca interpretada por Bellucci entra em pânico ao saber que seu belo vestido será cortado.

3

Bellucci, o maior nome da obra, continua estonteante, linda e voluptuosa, além de possuir um bom timing cômico aqui. Em determinada cena o idoso avô (Ivry Gitlis) compara as formas de Bellucci às de sua conterrânea Gina Lollobrigida. Tudo o que é pedido de Bellucci aqui é que seja o alívio cômico, suas cenas são de puro escape, e a atriz se sai bem.

Mas os protagonistas, se é que podemos dizer isso de um filme tão recheado de personagens, são os jovens envolvidos no triângulo amoroso, as primas vividas por Laâge e Ponsot, e seu objeto de desejo, vivido pelo sortudo Max Boubill. Aconteceu em Saint-Tropez é um agradável passatempo, uma obra despretensiosa que discute a família de uma forma relaxada e sem urgência. É o tipo de filme que promete agradar a gregos e troianos, mas que um dia após a exibição terá evaporado de nossas mentes.

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Aconteceu em Saint-Tropez (cujo título original é algo como “Da gente que se abraça e beija”) é uma comedia de situações, coisa que os franceses sabem criar como ninguém. A trama gira em torno de uma família, ao longo das estações e de anos. Tudo começa focando no casamento de Melita (papel da sensual Clara Ponsot), filha dos personagens de Bellucci e Kad Merad (A Filha do Pai). O casal é ostentador, e devido a um negócio próspero envolvendo esmeraldas, usufruem do bom e do melhor. Como morar numa bela mansão, e fazer passeios a bordo de um luxuoso iate, justamente no local que dá título ao filme na tradução brasileira.

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Já Zef (Eric Elmosnino), irmão do personagem de Merad, é um judeu convertido e convicto, que perde a esposa logo no início da projeção devido a um acidental atropelamento. Sua filha, interpretada pela jovem Lou de Laâge (dona de uma beleza irretocável), segue o caminho dos pais como música, e durante uma viagem de trem conhece um sujeito por quem se apaixona. É somente no dia do casamento de sua prima / velório de sua mãe, que Noga (Laâge) descobre que o homem de seus sonhos é na verdade o noivo de sua parente, tão próxima que é considerada uma irmã.

Essa é a típica comédia de erros e desencontros, a chamada farsa, que ainda consegue encantar plateias de todas as idades. Aconteceu em Saint-Tropez usa de elementos muito vistos em diversos outros filmes (muitos inclusive melhores), mas é honesto o suficiente para cativar, sem precisar apelar para a escatologia que domina esse tipo de filme feito nos EUA. Essas são cenas de comédia que ainda utilizam um humor inocente, mas universalmente identificável; como numa cena onde num ritual de enterro a dondoca interpretada por Bellucci entra em pânico ao saber que seu belo vestido será cortado.

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Bellucci, o maior nome da obra, continua estonteante, linda e voluptuosa, além de possuir um bom timing cômico aqui. Em determinada cena o idoso avô (Ivry Gitlis) compara as formas de Bellucci às de sua conterrânea Gina Lollobrigida. Tudo o que é pedido de Bellucci aqui é que seja o alívio cômico, suas cenas são de puro escape, e a atriz se sai bem.

Mas os protagonistas, se é que podemos dizer isso de um filme tão recheado de personagens, são os jovens envolvidos no triângulo amoroso, as primas vividas por Laâge e Ponsot, e seu objeto de desejo, vivido pelo sortudo Max Boubill. Aconteceu em Saint-Tropez é um agradável passatempo, uma obra despretensiosa que discute a família de uma forma relaxada e sem urgência. É o tipo de filme que promete agradar a gregos e troianos, mas que um dia após a exibição terá evaporado de nossas mentes.

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