A ficção científica ‘Ad Astra: Rumo Às Estrelas‘, estrelada por Brad Pitt, estreou no Festival de Veneza e as primeiras avaliações do longa estão entre nós.
Com uma atuação brilhante de Pitt, a produção conquistou a crítica especializada, sendo considerado uma “odisseia otimista”, “uma jornada interior intelectualmente sofisticada” e “implacável e melancólico”.
E para te preparar para o que vem por aí, separamos as principais avaliações já disponíveis.
Confira:
“Essa é uma narrativa avulsa e mítica; quanto mais expansiva sua visão se torna, mais voltado para o interior seu foco se torna. Mesmo com uma narrativa linear que nunca diminui a velocidade, uma sequência de perseguições que parece a Estrada da Fúria na lua e uma visão suspensa da galáxia que abre espaço para inúmeras surpresas inesperadas (cuidado com as marcas de garras dentro de uma nave espacial aparentemente abandonada), Ad Astra ainda é uma das odisseias mais ruminativas, retraídas e curiosamente otimistas deste lado do Solaris. É também uma dos melhores”. – David Ehrlich (IndieWire)
“Por mais potente que seja essa premissa, com sua dinâmica de Marlow-Kurtz entre o filho narrador e o pai fora da grade que ele presumiu estar morto há muito tempo, ela se desenrola de uma maneira que facilita mais a admiração do que o arrebatamento total da audiência. Talvez porque os tropos de gênero de Ad Astra, por mais impressionantes que sejam, também são familiares – um pouco de Gravidade aqui, os inevitáveis acenos de 2001: Uma Odisséia no Espaço por lá. Essa saga episódica parece arrancada por eles, em vez de habitar totalmente o terreno. Indo de uma provação homérica para outra, o filme pode ser teimosamente sem envolvimento”. – Sheri Linden (The Hollywood Reporter)
“Em Ad Astra, Apocalypse Now é o quadro em que Gray está pendurado … outro quadro. Ainda estamos falando sobre Apocalypse Now, 40 anos depois, mas não tenho certeza de que falaremos sobre Ad Astra em quatro semanas… o que ajudaria mais seria se o filme tivesse um fator uau genuíno gravado em sua ficção científica retrô. Espero que James Gray, como diretor, continue a explorar mundos desconhecidos, mas mesmo o seu culto de fãs pode achar difícil ficar muito empolgado com um filme que, por trás de suas aparências espaciais, é convencional. ” – Owen Gleiberman (Variety)
“Assim como o último filme de Gray, A Cidade Perdida de Z, Ad Astra pode parecer um conto de aventura tradicional, mas, na realidade, é uma jornada interior intelectualmente sofisticada e meticulosamente trabalhada, na qual um homem solitário luta com seus demônios. Para ter certeza, há uma familiaridade com essa configuração do Heart Of Darkness – e a voz sussurrada de Roy geralmente acrescenta outro nível de convencionalidade. Mas, apesar dessas limitações – e do fato de [Liv] Tyler ser relegada a um papel esquelético de Amante desapontada -, este filme cativante se aprofunda nos temas de pai e filho”. -Tim Grierson (Screen Daily)
“Emocionalmente, o filme opera em uma área cinzenta clássica, com redemoinhos quase imperceptíveis que se transformam em uma poderosa chave existencial. Tudo isso, deve-se dizer, repousa sobre os ombros de Pitt – que parecem ombros muito diferentes, de alguma forma, daqueles que se arrastaram de maneira tão atraente em Era Uma Vez em Hollywood. Seu desempenho aqui é tão emocionante e intimidador quanto seu trabalho para Tarantino foi espirituoso e amplo – é o verdadeiro estrelato do cinema e preenche uma tela do tamanho de um sistema estelar”. – Robbie Collin (The Telegraph)
“O último longa-metragem de Gray, o deslumbrante e triste drama de exploração A Cidade Perdida de Z, exibia obras de arte igualmente impressionantes. Mas em Ad Astra, Gray é capaz de trabalhar em uma escala muito maior. Claro, muitas das estéticas do filme lembram outras aventuras sombrias no espaço – mas Gray afirma sua própria voz, sua própria perspectiva. Gray está cutucando algo como Roy McBride, arranhando o uivo do universo para ver o que está fazendo barulho”. – Richard Lawson (Vanity Fair)
“Existencial, mas também íntimo, Ad Astra é uma exploração impressionante e sensível do espaço deixado por um pai ausente – e o vazio infinito do espaço real”. – John Nugent (Empire)
“Este filme é brilhantemente escolhido por Douglas Aibel (‘Depois do Casamento’), com Jones apresentando uma de suas melhores performances em anos como um homem tão completamente desalojado da realidade que considera um abismo sobrenatural como seu verdadeiro lar. Ele é implacável, melancólico e aterrorizante ao mesmo tempo”. – Candice Frederick (The Wrap)
Dirigido por James Gray (‘Z: A Cidade Perdida‘), o título original do filme significa “para as estrelas” em latim.
Roy McBride (Pitt) viaja para os limites do sistema solar para encontrar seu pai desaparecido e desvendar um mistério que ameaça a sobrevivência do nosso planeta. Sua jornada revelará segredos que desafiam a natureza da existência humana e nosso lugar no cosmos.
O elenco ainda conta com Tommy Lee Jones, Ruth Negga, Liv Tyler e Donald Sutherland.
O longa será lançado nos cinemas nacionais no dia 26 de setembro.