domingo , 22 dezembro , 2024

Agora e Para Sempre

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A “INQUIETA” DAKOTA FANNING

Exibido em festivais de cinema em Londres e na França, Agora e Para Sempre é uma produção inglesa estrelada pela menina de ouro Dakota Fanning. A atriz explodiu no cinema americano ainda na infância, onde chamou a atenção em diversas produções de renome como Chamas da Vingança e Guerra dos Mundos, sempre desempenhando performances assustadoras (de tão boas) para alguém de sua idade.

Apesar de nunca ter sido indicada ao Oscar, em meados da década passada Fanning era considerada uma das melhores atrizes americanas em atividade, mesmo sendo apenas uma criança. Passado o tempo e baixada a poeira, Fanning agora é uma jovem adulta. Muitas atrizes mirins não foram bem sucedidas na fase madura, outras conseguiram se destacar, como é o caso com Jodie Foster, um dos exemplos mais claros no mercado de Hollywood.



5

Aqui, Fanning com 19 anos de idade, aparece com um sotaque britânico pela primeira vez ao viver a britânica Tessa Scott, uma menina diagnosticada com leucemia. É sempre estranho ver atores que sabemos ser de certa nacionalidade forjando um sotaque de outro país. E à primeira vista é isso o que acontece aqui, com a menina empurrando um sotaque carregado e fajuto, porém, o fato apenas demonstra que o nível do talento da jovem atriz não diminuiu e em poucos minutos ela nos faz esquecer que é uma americana nata e nos embrenha fundo na história da vida de sua personagem.

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De cabelos curtos, Fanning já nos captura logo em sua primeira cena ao aparecer numa festa com o desejo de perder a virgindade, e depois voltando atrás. A cena de Fanning correndo pelas ruas logo se transforma numa elaborada animação, e a música contagiante nos afirma que essa será uma excursão única, por uma trama emotiva, mas igualmente muito positiva.

6

Diversos temas já foram explorados sobre doentes terminais e seus últimos dias, e o que vem diretamente à cabeça é o recente e elogiadíssimo filme do cultuado Gus Van Sant, Inquietos. O filme de Van Sant trazia inclusive uma Mia Wasikowaska loirinha e de cabelos curtos, semelhante fisicamente à personagem de Fanning. A trama é uma mistura de Inquietos com Antes de Partir, filme com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Na história, a menina Tessa desiste de seu tratamento contra a fatídica doença, justamente por lhe tirar todas as forças e últimas energias que lhe restam.

Ao contrário, ela decide valorizar sua vida, criando uma lista das coisas que nunca fez e deseja realizar antes de sua despedida de nosso mundo. Essa é uma obra básica, com um roteiro que embora baseado num livro, já vimos diversas outras vezes, como nos filmes citados e muitos outros. O diretor Ol Parker foi o responsável pelo roteiro do açucarado e agradável O Exótico Hotel Marigold, e entrega aqui um filme com os mesmos adjetivos.

7

O que chama a atenção no filme sem dúvida são as atuações. Como citado, Dakota Fanning (sumida em sua fase adolescente, tendo participado apenas em pontas nos filmes da saga Crepúsculo e The Runnaways, nos últimos anos) entra na fase adulta pela porta da frente com um trabalho digno. O talentoso ator e diretor Paddy Considine (Terra de Sonhos e Tiranossauro) entrega um desempenho igualmente forte como o pai da menina, e o jovem Jeremy Irvine (Cavalo de Guerra e Great Expectations) vive o vizinho ao lado, e interesse romântico da protagonista.

Mas um dos chamarizes é a ótima Olivia Williams (O Escritor Fantasma) na pele da ausente e disfuncional mãe da protagonista. Diz o ditado que um filme para ser considerado bom precisa ter ao menos três cenas boas e nenhuma ruim. Agora e Para Sempre tem ao menos mais de uma cena boa, e nenhuma ruim. O final é perfeito.

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Exibido em festivais de cinema em Londres e na França, Agora e Para Sempre é uma produção inglesa estrelada pela menina de ouro Dakota Fanning. A atriz explodiu no cinema americano ainda na infância, onde chamou a atenção em diversas produções de renome como Chamas da Vingança e Guerra dos Mundos, sempre desempenhando performances assustadoras (de tão boas) para alguém de sua idade.

Apesar de nunca ter sido indicada ao Oscar, em meados da década passada Fanning era considerada uma das melhores atrizes americanas em atividade, mesmo sendo apenas uma criança. Passado o tempo e baixada a poeira, Fanning agora é uma jovem adulta. Muitas atrizes mirins não foram bem sucedidas na fase madura, outras conseguiram se destacar, como é o caso com Jodie Foster, um dos exemplos mais claros no mercado de Hollywood.

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Aqui, Fanning com 19 anos de idade, aparece com um sotaque britânico pela primeira vez ao viver a britânica Tessa Scott, uma menina diagnosticada com leucemia. É sempre estranho ver atores que sabemos ser de certa nacionalidade forjando um sotaque de outro país. E à primeira vista é isso o que acontece aqui, com a menina empurrando um sotaque carregado e fajuto, porém, o fato apenas demonstra que o nível do talento da jovem atriz não diminuiu e em poucos minutos ela nos faz esquecer que é uma americana nata e nos embrenha fundo na história da vida de sua personagem.

De cabelos curtos, Fanning já nos captura logo em sua primeira cena ao aparecer numa festa com o desejo de perder a virgindade, e depois voltando atrás. A cena de Fanning correndo pelas ruas logo se transforma numa elaborada animação, e a música contagiante nos afirma que essa será uma excursão única, por uma trama emotiva, mas igualmente muito positiva.

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Diversos temas já foram explorados sobre doentes terminais e seus últimos dias, e o que vem diretamente à cabeça é o recente e elogiadíssimo filme do cultuado Gus Van Sant, Inquietos. O filme de Van Sant trazia inclusive uma Mia Wasikowaska loirinha e de cabelos curtos, semelhante fisicamente à personagem de Fanning. A trama é uma mistura de Inquietos com Antes de Partir, filme com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Na história, a menina Tessa desiste de seu tratamento contra a fatídica doença, justamente por lhe tirar todas as forças e últimas energias que lhe restam.

Ao contrário, ela decide valorizar sua vida, criando uma lista das coisas que nunca fez e deseja realizar antes de sua despedida de nosso mundo. Essa é uma obra básica, com um roteiro que embora baseado num livro, já vimos diversas outras vezes, como nos filmes citados e muitos outros. O diretor Ol Parker foi o responsável pelo roteiro do açucarado e agradável O Exótico Hotel Marigold, e entrega aqui um filme com os mesmos adjetivos.

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O que chama a atenção no filme sem dúvida são as atuações. Como citado, Dakota Fanning (sumida em sua fase adolescente, tendo participado apenas em pontas nos filmes da saga Crepúsculo e The Runnaways, nos últimos anos) entra na fase adulta pela porta da frente com um trabalho digno. O talentoso ator e diretor Paddy Considine (Terra de Sonhos e Tiranossauro) entrega um desempenho igualmente forte como o pai da menina, e o jovem Jeremy Irvine (Cavalo de Guerra e Great Expectations) vive o vizinho ao lado, e interesse romântico da protagonista.

Mas um dos chamarizes é a ótima Olivia Williams (O Escritor Fantasma) na pele da ausente e disfuncional mãe da protagonista. Diz o ditado que um filme para ser considerado bom precisa ter ao menos três cenas boas e nenhuma ruim. Agora e Para Sempre tem ao menos mais de uma cena boa, e nenhuma ruim. O final é perfeito.

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