Sinopse: Treze anos depois de sua primeira visita, Alice volta para o País das Maravilhas. Sua missão é acabar com o reinado cruel da Rainha Vermelha.
Apenas pela idade da pouco conhecida atriz Mia Wasikowska fica claro que Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) não é uma adaptação totalmente fiel do livro homônimo. Na verdade, elementos desse e de Através do Espelho foram usados no roteiro do filme.
Originalmente as aventuras de Alice eram apenas passeios pontilhados por encontros com criaturas absurdas que não tinha necessariamente relação entre si. O roteiro de Linda Woolverton (O Rei Leão) tenta dar mais unidade para o universo criado por Lewis Carroll, com personagens que antes estavam separados em capítulos diferentes interagindo e até colaborando uns aos outros. Com isso, a relação entre Alice e o Chapeleiro ficou mais parecida com a de Dorothy e Espantalho em O Mágico de Oz.
Essa é a sétima vez que o diretor Tim Burton trabalha com Johnny Depp e a sexta com sua esposa, Helena Bonham Carter (todos estavam juntos em Sweeney Todd). O visual sombrio não chega a ser novidade para os fãs do cineasta, já apreciado desde Os Fantasmas se Divertem (1988). A fantasia também se faz presente na filmografia de Burton, com especial destaque para Peixe Grande (2003). Colocando tudo isso em consideração, não há novidades em Alice.
Para não dizer que o novo filme é apenas uma repetição sem fim, trata-se da primeira vez que Tim Burton usa a tecnologia de captação em 3D. Esse talvez seja uma dos maiores ganhos da produção, com efeitos interessantes e a integração dos elementos reais com os criados por computação gráfica em harmonia perfeita.
Vale a pena assistir a Alice no País das Maravilhas por se tratar de uma história nova e pelos efeitos bem posicionados. As vozes de atores talentosos nos personagens animados é mais um atrativo que merece ser reparado.
Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)