sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Deadpool 2 [Com SPOILERS] – A Segunda Vez é Ainda Melhor

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Surgindo em meio ao concorridíssimo verão norte-americano, época de lançamento dos maiores filmes de seus respectivos estúdios, e derivado do mega surpresa que foi o primeiro, Deadpool 2 tinha a missão de não deixar a peteca cair, mantendo o nível de seu predecessor. Assim, seguindo à risca o conceito do que os produtores pensam sobre continuações, esta sequência consegue ser maior, melhor e mais engraçada que o original.

O primeiro Deadpool tem muitos méritos. Nasceu da grande vontade do astro Ryan Reynolds retratar o personagem nas telonas de forma correta. Para isso era necessário alcançar algo sem precedentes na história do cinema – um filme de super-heróis de censura alta. Palavrões, violência e uma liberdade artística inédita neste tipo de produção (sempre voltada ao público-alvo adolescente). O resultado, como sabemos, Deadpool (2016) se tornou sucesso de crítica e público, mostrando o potencial desta novidade.



Gostando da fórmula que criou, a FOX, estúdio retentor de tais personagens, trouxe na esteira Logan (2017), e com Deadpool 2 reafirma que a censura alta para este tipo de filme dá certo. Ano que vem teremos Os Novos Mutantes e quem sabe esta tendência não se espalhe para os outros estúdios.

Apesar da censura, Deadpool 2 não é um filme para adultos. É um filme violento, ácido e impróprio para crianças. Mas na verdade é apenas uma provocação para elas, já que traz tudo que elas mais adoram, se tornando aquele fruto proibido, quase um mito do qual todos sabem a existência, mas não podem se aproximar se não tiverem a idade certa. Alguém duvida, no entanto, que todas elas irão dar um jeito de assistir de uma forma ou outra?

Diretor

A saída de Tim Miller, que causou receio em alguns, se mostrou imperceptível quando em seu lugar David Leitch assumiu a direção. O cineasta, um especialista no quesito ação – tendo no currículo os elogiados De Volta ao Jogo (2014) e Atômica (2017) – deu a sorte de poder trabalhar com um orçamento mais folgado nesta continuação, já que o original rendeu em caixa quase US$ 800 milhões mundialmente, com um orçamento de menos de US$ 60 milhões. Dizem as más línguas inclusive que esta foi a grande divergência entre Tim Miller, Ryan Reynolds e o estúdio – o primeiro aparentemente queria manter a obra minimalista e contida, e os últimos abraçaram a extravagância.

Muita gente que não gostou de Deadpool 2, ou que gostou menos do que o original, usa este argumento. Sua simpatia era por um filme menor, mais cru, acreditando que a essência de Deadpool se esvaiu ao se tornar uma superprodução. E geralmente tal pensamento faz sentido, já que quanto maior é a produção, menos controle individual existe sobre ela, resultando em uma obra mecânica e sem alma. Bem, na maioria dos casos. Com Deadpool 2, chega a prova de que as exceções existem e elas são muito bem vindas. Apesar da ambição inegável, a sequência mantém tudo que deu certo no lugar – humor, referências, acidez, violência, sarcasmo do protagonista e a metalinguagem latente querendo explodir da tela – inclusive aprimorando cada um destes itens.

Desta forma, a saída de Tim Miller realmente não é notada, já que David Leitch se sai inclusive melhor, pilotando um ônibus (ao contrário do fusquinha de Miller) sem deixar que derrape ou se perca na estrada. O mais legal de Deapool 2 é manter a essência do personagem e do filme original, mesmo que você tenha achado que nem tudo funcione cem por cento, este é o personagem que nos foi apresentado no cinema em 2016. E por que Deadpool 2 é ainda melhor? Simples. Porque no roteiro, além do retorno da dupla original, Rhett Reese e Paul Wernick, temos um dos maiores especialistas no personagem da atualidade: o próprio Ryan Reynolds, adicionado à mistura no texto – estreando assim como roteirista de cinema.

Trama

Assim como no original, a trama de Deadpool 2 é o que menos importa. Ah, qual é, vai dizer que a história de origem, tirada de qualquer outro filme de super-herói já feito, era marcante no primeiro filme? Não! Deadpool nos ganhou justamente pelas entrelinhas. Pelo personagem único que é, pelas piadas, as tiradas e a quebra da quarta parede. O personagem sabia estar num filme de super-herói e brincava justamente com estes clichês. A estrutura não era nada de novo, já o conteúdo era refrescante e único.

Para a continuação, o roteiro vai ainda mais longe em questão de metalinguagem e referências. De fato, não passa uma cena sequer na qual elas não estejam contidas aos montes. É quase como um show de stand up comedy, no qual as piadas são incessantes e metralham o espectador com cultura pop a cada frame. Seu aproveitamento vai depender muito do quanto você é escolado no tópico, é claro. Por exemplo, se você não estiver a par de alguns detalhes muito comentados de Batman Vs. Superman (2016), ou não estiver familiarizado com o tom dos filmes do universo DC no cinema, perderá boas risadas.

A linha narrativa funciona em alguns tópicos. Primeiro, a perda do sentido da existência do protagonista, ou do amor, com a saída de cena de Vanessa. Sim, Morena Baccarin, nossa conterrânea que veio promover o longa, é morta com poucos minutos do longa e aparece em três cenas – duas em flashback. E sim, avisamos que este seria um texto com spoilers. Este é apenas um artifício do roteiro para aproximar o personagem de: a) uma família, primeiro entrando na equipe dos X-Men, e depois formando sua própria, com a X-Force. E b) a paternidade, a jornada do menino Russell (Julian Dennison) é toda pautada no amadurecimento do protagonista e sua responsabilidade sobre o jovem.

Novos Personagens

Neste quesito, Cable (Josh Brolin) era a maior preocupação. Sua história nos quadrinhos é complexa demais para caber em um filme no qual tantos personagens dividiriam a atenção. Fora isso, envolve viagem no tempo e a ligação com outros personagens, o que complicaria ainda mais a subtrama. A esperteza dos roteiristas aqui se faz valer de novo, e eles resolvem tais questões com um estalar de dedos. Com poucos minutos e numa cena sem diálogos, entendemos que Cable está no futuro, se depara com um grande tragédia pessoal e viaja no tempo de volta para nossa época.

Outro detalhe interessante é o invólucro para o personagem e sua subtrama, totalmente revestido de O Exterminador do Futuro (1984), de James Cameron, forte referência para sua criação nos quadrinhos também. Afinal, Cable nada mais é do que um humanoide robótico que viaja no tempo para realizar missões em nossa era. No filme, até mesmo as notas inicias de sua trilha sonora reprisam o filme de Cameron – temos também a cena da chegada e o encontro com os caipiras, a cena em que o personagem se olha de frente ao espelho no quarto, a missão de exterminar um inocente, e sua mudança de atitude de vilão para anti-herói – a mesma sofrida por Schwarzenegger no intervalo do primeiro filme para o segundo.

Outra personagem marcante no longa é Domino, impulsionada pelo carisma de Zazie Beetz (da série Atlanta). Seu visual é arrebatador, assim como a representatividade na mudança de etnia da personagem. Mas só isso não seria o suficiente para que a coisa emplacasse. Assim, por mais que no papel Domino tenha sido projetada para ocupar a vaga do empoderamento feminino na franquia, o que vendeu de vez a personagem foi a graça com a qual Beetz dá forma a ela.

Como falar dos novos personagens e não mencionar a X-Force. Vendida em todos os trailers, a equipe formada por Bedlam (Terry Crews), Zeitgeist (Bill Skarsgard), Shatterstar (Lewis Tan), Vanisher (Brad Pitt – surpresa!) e Peter (Rob Delaney) é dizimada da forma mais idiota possível logo em sua primeira missão. Além da quebra de expectativa – o que irá revoltar os mais xiitas – a coragem para um ato assim é uma verdadeira trolagem com os fãs, que esperavam ver os personagens como parte da trama. Justamente por isso a escolha do time D de heróis dos quais ninguém sentirá verdadeiramente falta – como Deadpool tira sarro em seguida. Simplesmente hilário.

Humor & Metalinguagem

Como diria um amigo, Deadpool 2 é pura “lacração nerd”. É um festival de referências não só aos filmes de super-heróis, mas à cultura pop do passado e presente. Sobram zoações para Os Vingadores, a Marvel, a DC e tudo que você possa ou não imaginar. Ao ponto do filme rivalizar com o recente Jogador Nº 1 no quesito. Fora isso, Deadpool 2 é verdadeiramente engraçado, dono de um humor negro que funciona longe de uma ligação prévia que o público tenha com qualquer outro filme citado. Em resumo, aqui você só não irá rir se tiver sido criado debaixo de uma rocha por toda a vida. Por outro lado, o humor chulo e vulgar, que permeava o primeiro, deu um tempo e aqui pegou mais leve. O que é um somatório e um avanço. Por exemplo, o tipo de humor presente na cena em que Deadpool abraça Colossus e aperta sua bunda, soa deslocado aqui, parecendo pertencer mais ao primeiro filme.

Ah sim, temos a metalinguagem também, elemento que todos os cinéfilos valorizam, pois fala diretamente conosco. Como se nosso conhecimento estivesse sendo recompensado. Aqui existe muita brincadeira com isso também. Deadpool toda hora tira sarro com a qualidade preguiçosa do roteiro, quando existe uma conveniência espantosa – uma boa maneira do filme se proteger, apontar a falha antes que façamos. Outro exemplo é que o protagonista conhece determinados personagens que dividem a tela com ele não de encontros passados, mas dos quadrinhos da vida real, nos quais figuraram pela primeira vez. Fora isso, é claro, como todos já devem saber, as cenas pós-créditos são algumas das mais insanas já confeccionadas para um filme do tipo, e realiza o que muitos estiveram pensando ao longo dos anos. Ryan Reynolds sabe disso, ouviu e mostrou que pensa igual a todos nós. A única falta sentida foi a de uma participação de Keira Knightley, ou ao menos uma menção à atriz como Cable, foco da sátira na cena pós-créditos do original. Seria a cereja no topo deste já muito saboroso bolo.

Em suma, Deadpool 2 dá certo porque, mais do que seu predecessor, funciona na forma de paródia ao subgênero.

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O primeiro Deadpool tem muitos méritos. Nasceu da grande vontade do astro Ryan Reynolds retratar o personagem nas telonas de forma correta. Para isso era necessário alcançar algo sem precedentes na história do cinema – um filme de super-heróis de censura alta. Palavrões, violência e uma liberdade artística inédita neste tipo de produção (sempre voltada ao público-alvo adolescente). O resultado, como sabemos, Deadpool (2016) se tornou sucesso de crítica e público, mostrando o potencial desta novidade.

Gostando da fórmula que criou, a FOX, estúdio retentor de tais personagens, trouxe na esteira Logan (2017), e com Deadpool 2 reafirma que a censura alta para este tipo de filme dá certo. Ano que vem teremos Os Novos Mutantes e quem sabe esta tendência não se espalhe para os outros estúdios.

Apesar da censura, Deadpool 2 não é um filme para adultos. É um filme violento, ácido e impróprio para crianças. Mas na verdade é apenas uma provocação para elas, já que traz tudo que elas mais adoram, se tornando aquele fruto proibido, quase um mito do qual todos sabem a existência, mas não podem se aproximar se não tiverem a idade certa. Alguém duvida, no entanto, que todas elas irão dar um jeito de assistir de uma forma ou outra?

Diretor

A saída de Tim Miller, que causou receio em alguns, se mostrou imperceptível quando em seu lugar David Leitch assumiu a direção. O cineasta, um especialista no quesito ação – tendo no currículo os elogiados De Volta ao Jogo (2014) e Atômica (2017) – deu a sorte de poder trabalhar com um orçamento mais folgado nesta continuação, já que o original rendeu em caixa quase US$ 800 milhões mundialmente, com um orçamento de menos de US$ 60 milhões. Dizem as más línguas inclusive que esta foi a grande divergência entre Tim Miller, Ryan Reynolds e o estúdio – o primeiro aparentemente queria manter a obra minimalista e contida, e os últimos abraçaram a extravagância.

Muita gente que não gostou de Deadpool 2, ou que gostou menos do que o original, usa este argumento. Sua simpatia era por um filme menor, mais cru, acreditando que a essência de Deadpool se esvaiu ao se tornar uma superprodução. E geralmente tal pensamento faz sentido, já que quanto maior é a produção, menos controle individual existe sobre ela, resultando em uma obra mecânica e sem alma. Bem, na maioria dos casos. Com Deadpool 2, chega a prova de que as exceções existem e elas são muito bem vindas. Apesar da ambição inegável, a sequência mantém tudo que deu certo no lugar – humor, referências, acidez, violência, sarcasmo do protagonista e a metalinguagem latente querendo explodir da tela – inclusive aprimorando cada um destes itens.

Desta forma, a saída de Tim Miller realmente não é notada, já que David Leitch se sai inclusive melhor, pilotando um ônibus (ao contrário do fusquinha de Miller) sem deixar que derrape ou se perca na estrada. O mais legal de Deapool 2 é manter a essência do personagem e do filme original, mesmo que você tenha achado que nem tudo funcione cem por cento, este é o personagem que nos foi apresentado no cinema em 2016. E por que Deadpool 2 é ainda melhor? Simples. Porque no roteiro, além do retorno da dupla original, Rhett Reese e Paul Wernick, temos um dos maiores especialistas no personagem da atualidade: o próprio Ryan Reynolds, adicionado à mistura no texto – estreando assim como roteirista de cinema.

Trama

Assim como no original, a trama de Deadpool 2 é o que menos importa. Ah, qual é, vai dizer que a história de origem, tirada de qualquer outro filme de super-herói já feito, era marcante no primeiro filme? Não! Deadpool nos ganhou justamente pelas entrelinhas. Pelo personagem único que é, pelas piadas, as tiradas e a quebra da quarta parede. O personagem sabia estar num filme de super-herói e brincava justamente com estes clichês. A estrutura não era nada de novo, já o conteúdo era refrescante e único.

Para a continuação, o roteiro vai ainda mais longe em questão de metalinguagem e referências. De fato, não passa uma cena sequer na qual elas não estejam contidas aos montes. É quase como um show de stand up comedy, no qual as piadas são incessantes e metralham o espectador com cultura pop a cada frame. Seu aproveitamento vai depender muito do quanto você é escolado no tópico, é claro. Por exemplo, se você não estiver a par de alguns detalhes muito comentados de Batman Vs. Superman (2016), ou não estiver familiarizado com o tom dos filmes do universo DC no cinema, perderá boas risadas.

A linha narrativa funciona em alguns tópicos. Primeiro, a perda do sentido da existência do protagonista, ou do amor, com a saída de cena de Vanessa. Sim, Morena Baccarin, nossa conterrânea que veio promover o longa, é morta com poucos minutos do longa e aparece em três cenas – duas em flashback. E sim, avisamos que este seria um texto com spoilers. Este é apenas um artifício do roteiro para aproximar o personagem de: a) uma família, primeiro entrando na equipe dos X-Men, e depois formando sua própria, com a X-Force. E b) a paternidade, a jornada do menino Russell (Julian Dennison) é toda pautada no amadurecimento do protagonista e sua responsabilidade sobre o jovem.

Novos Personagens

Neste quesito, Cable (Josh Brolin) era a maior preocupação. Sua história nos quadrinhos é complexa demais para caber em um filme no qual tantos personagens dividiriam a atenção. Fora isso, envolve viagem no tempo e a ligação com outros personagens, o que complicaria ainda mais a subtrama. A esperteza dos roteiristas aqui se faz valer de novo, e eles resolvem tais questões com um estalar de dedos. Com poucos minutos e numa cena sem diálogos, entendemos que Cable está no futuro, se depara com um grande tragédia pessoal e viaja no tempo de volta para nossa época.

Outro detalhe interessante é o invólucro para o personagem e sua subtrama, totalmente revestido de O Exterminador do Futuro (1984), de James Cameron, forte referência para sua criação nos quadrinhos também. Afinal, Cable nada mais é do que um humanoide robótico que viaja no tempo para realizar missões em nossa era. No filme, até mesmo as notas inicias de sua trilha sonora reprisam o filme de Cameron – temos também a cena da chegada e o encontro com os caipiras, a cena em que o personagem se olha de frente ao espelho no quarto, a missão de exterminar um inocente, e sua mudança de atitude de vilão para anti-herói – a mesma sofrida por Schwarzenegger no intervalo do primeiro filme para o segundo.

Outra personagem marcante no longa é Domino, impulsionada pelo carisma de Zazie Beetz (da série Atlanta). Seu visual é arrebatador, assim como a representatividade na mudança de etnia da personagem. Mas só isso não seria o suficiente para que a coisa emplacasse. Assim, por mais que no papel Domino tenha sido projetada para ocupar a vaga do empoderamento feminino na franquia, o que vendeu de vez a personagem foi a graça com a qual Beetz dá forma a ela.

Como falar dos novos personagens e não mencionar a X-Force. Vendida em todos os trailers, a equipe formada por Bedlam (Terry Crews), Zeitgeist (Bill Skarsgard), Shatterstar (Lewis Tan), Vanisher (Brad Pitt – surpresa!) e Peter (Rob Delaney) é dizimada da forma mais idiota possível logo em sua primeira missão. Além da quebra de expectativa – o que irá revoltar os mais xiitas – a coragem para um ato assim é uma verdadeira trolagem com os fãs, que esperavam ver os personagens como parte da trama. Justamente por isso a escolha do time D de heróis dos quais ninguém sentirá verdadeiramente falta – como Deadpool tira sarro em seguida. Simplesmente hilário.

Humor & Metalinguagem

Como diria um amigo, Deadpool 2 é pura “lacração nerd”. É um festival de referências não só aos filmes de super-heróis, mas à cultura pop do passado e presente. Sobram zoações para Os Vingadores, a Marvel, a DC e tudo que você possa ou não imaginar. Ao ponto do filme rivalizar com o recente Jogador Nº 1 no quesito. Fora isso, Deadpool 2 é verdadeiramente engraçado, dono de um humor negro que funciona longe de uma ligação prévia que o público tenha com qualquer outro filme citado. Em resumo, aqui você só não irá rir se tiver sido criado debaixo de uma rocha por toda a vida. Por outro lado, o humor chulo e vulgar, que permeava o primeiro, deu um tempo e aqui pegou mais leve. O que é um somatório e um avanço. Por exemplo, o tipo de humor presente na cena em que Deadpool abraça Colossus e aperta sua bunda, soa deslocado aqui, parecendo pertencer mais ao primeiro filme.

Ah sim, temos a metalinguagem também, elemento que todos os cinéfilos valorizam, pois fala diretamente conosco. Como se nosso conhecimento estivesse sendo recompensado. Aqui existe muita brincadeira com isso também. Deadpool toda hora tira sarro com a qualidade preguiçosa do roteiro, quando existe uma conveniência espantosa – uma boa maneira do filme se proteger, apontar a falha antes que façamos. Outro exemplo é que o protagonista conhece determinados personagens que dividem a tela com ele não de encontros passados, mas dos quadrinhos da vida real, nos quais figuraram pela primeira vez. Fora isso, é claro, como todos já devem saber, as cenas pós-créditos são algumas das mais insanas já confeccionadas para um filme do tipo, e realiza o que muitos estiveram pensando ao longo dos anos. Ryan Reynolds sabe disso, ouviu e mostrou que pensa igual a todos nós. A única falta sentida foi a de uma participação de Keira Knightley, ou ao menos uma menção à atriz como Cable, foco da sátira na cena pós-créditos do original. Seria a cereja no topo deste já muito saboroso bolo.

Em suma, Deadpool 2 dá certo porque, mais do que seu predecessor, funciona na forma de paródia ao subgênero.

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