segunda-feira , 4 novembro , 2024

Após polêmica do embranquecimento, ‘A Vigilante do Amanhã’ faz sucesso no Japão

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Enquanto o mundo todo fez um fuá porque Scarlett Johansson foi contratada para estrelar ‘A Vigilante do Amanhã’ ao invés de uma atriz japonesa, o filme foi super bem recebido no Japão.

No Japão, o sci-fi teve uma estreia surpreendente, se comparado com o mesmo final de semana de abertura nos Estados Unidos.

Arrecadando US$ 3 milhões em seus primeiros três dias no cinema, ‘A Vigilante do Amanhã’ teve uma recepção muito positiva entre os japoneses, apesar de toda a revolta gerada pelo ‘embranquecimento’ com a escalação de ScarJo para o papel da cyborg japonesa.

De acordo com o site de cinema do Yahooo japonês, a produção contabilizou a pontuação de 3.56 entre os fãs, número maior que o da animação original. O site The Hollywood Reporter também conversou com algumas pessoas que foram aos cinemas assistir ao sci-fi e a maior parte das opiniões sobre o filme foi positiva. Dentre os aspectos mais elogiados estão os efeitos visuais, a atuação de ScarJo e de forma geral a abordagem feita do material de origem.

Um do entrevistados pelo site, uma fã identificada apenas como Yuki, pontuou que acho o sci-fi acertou ao escolher uma mulher branca como a protagonista, ao invés de optar por uma atriz japonesa, como muito questionaram.

Segundo ela:

“Eu ouvi dizer que nos Estados Unidos queriam uma atriz asiática para interpretá-la. Será que seria ok se ela fosse asiática ou asiática-americana? Honestamente, isso seria pior, alguém de outro país asiático fingindo ser japonês. É melhor deixar a personagem branca”.

A Vigilante do Amanhã’ sofreu duras críticas por sua abordagem em relação ao elenco, chegando a sofrer acusações de racismo. No entanto, a própria equipe envolvida com o filme e até mesmo o diretor do anime original, Mamoru Oshii, não viram problemas na escolha da atriz, tão pouco acharam que havia algum tipo de preconceito enraizado na construção da narrativa e de seus personagens.

Quando questionado há cerca de um mês atrás sobre toda a polêmica de ‘embranquecimento’, Oshii foi bem categórico, utilizando o próprio material original para fundamentar a abordagem do live-action:

“Qual o problema em escalá-la? The Major é uma cyborg e sua forma física é inteiramente presumida. O nome Motoko Kusanagi e seu corpo atual não são seu nome e corpo originais, então não há base para dizer que uma atriz asiática deve interpretá-la. Ainda que seu corpo original (supondo que ele existisse) fosse japonês, isso ainda se aplicaria”.

Com essa afirmação, muitos fãs saíram em defesa de Scarlett e do diretor Rupert Sanders, mas a situação caótica já havia atingido um patamar tão grande que acabou sendo irreversível nas bilheterias.

Kyle Davies, chefe do departamento de distribuição doméstica da Paramount Pictures, afirmou que toda a polêmica sobre o embranquecimento afetou a performance do filme nos cinemas.

De acordo com ele:

“Você tem um filme que é muito importante para os fanboys, baseado em um anime japonês. Então você está sempre tentando colocar a linha na agulha, ficando entre honrar o material fonte e fazer um filme para um audiência massiva. Isso é desafiador, mas claramente as críticas não ajudaram”.

Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell‘ é baseado na famosa série mangá homônima e inspirado na obra escrita e ilustrada por Masamure Shirow para a Kodansha Comics. Sua trama acompanha Motoko Kusanagi – conhecida como Major (Scarlet Johansson), uma híbrida de humano e ciborgue, que lidera um esquadrão de elite: a Seção 9. Dedicada a perseguir os mais perigosos criminosos e extremistas, ela precisa aniquilar um hacker, cujo objetivo é deter os avanços da tecnologia cibernética.

Michael Pitt (‘Violência Gratuita’, ‘Hannibal’) interpreta o vilão The Laughing Man, um hacker terrorista que é fascinado pelo livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio‘, de J. D. Salinger.

Rila Fukushima, a Katana de ‘Esquadrão Suicida‘, completa o elenco.

A direção é de Rupert Sanders (‘Branca e Neve e o Caçador’).

 

 

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No Japão, o sci-fi teve uma estreia surpreendente, se comparado com o mesmo final de semana de abertura nos Estados Unidos.

Arrecadando US$ 3 milhões em seus primeiros três dias no cinema, ‘A Vigilante do Amanhã’ teve uma recepção muito positiva entre os japoneses, apesar de toda a revolta gerada pelo ‘embranquecimento’ com a escalação de ScarJo para o papel da cyborg japonesa.

De acordo com o site de cinema do Yahooo japonês, a produção contabilizou a pontuação de 3.56 entre os fãs, número maior que o da animação original. O site The Hollywood Reporter também conversou com algumas pessoas que foram aos cinemas assistir ao sci-fi e a maior parte das opiniões sobre o filme foi positiva. Dentre os aspectos mais elogiados estão os efeitos visuais, a atuação de ScarJo e de forma geral a abordagem feita do material de origem.

Um do entrevistados pelo site, uma fã identificada apenas como Yuki, pontuou que acho o sci-fi acertou ao escolher uma mulher branca como a protagonista, ao invés de optar por uma atriz japonesa, como muito questionaram.

Segundo ela:

“Eu ouvi dizer que nos Estados Unidos queriam uma atriz asiática para interpretá-la. Será que seria ok se ela fosse asiática ou asiática-americana? Honestamente, isso seria pior, alguém de outro país asiático fingindo ser japonês. É melhor deixar a personagem branca”.

A Vigilante do Amanhã’ sofreu duras críticas por sua abordagem em relação ao elenco, chegando a sofrer acusações de racismo. No entanto, a própria equipe envolvida com o filme e até mesmo o diretor do anime original, Mamoru Oshii, não viram problemas na escolha da atriz, tão pouco acharam que havia algum tipo de preconceito enraizado na construção da narrativa e de seus personagens.

Quando questionado há cerca de um mês atrás sobre toda a polêmica de ‘embranquecimento’, Oshii foi bem categórico, utilizando o próprio material original para fundamentar a abordagem do live-action:

“Qual o problema em escalá-la? The Major é uma cyborg e sua forma física é inteiramente presumida. O nome Motoko Kusanagi e seu corpo atual não são seu nome e corpo originais, então não há base para dizer que uma atriz asiática deve interpretá-la. Ainda que seu corpo original (supondo que ele existisse) fosse japonês, isso ainda se aplicaria”.

Com essa afirmação, muitos fãs saíram em defesa de Scarlett e do diretor Rupert Sanders, mas a situação caótica já havia atingido um patamar tão grande que acabou sendo irreversível nas bilheterias.

Kyle Davies, chefe do departamento de distribuição doméstica da Paramount Pictures, afirmou que toda a polêmica sobre o embranquecimento afetou a performance do filme nos cinemas.

De acordo com ele:

“Você tem um filme que é muito importante para os fanboys, baseado em um anime japonês. Então você está sempre tentando colocar a linha na agulha, ficando entre honrar o material fonte e fazer um filme para um audiência massiva. Isso é desafiador, mas claramente as críticas não ajudaram”.

Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell‘ é baseado na famosa série mangá homônima e inspirado na obra escrita e ilustrada por Masamure Shirow para a Kodansha Comics. Sua trama acompanha Motoko Kusanagi – conhecida como Major (Scarlet Johansson), uma híbrida de humano e ciborgue, que lidera um esquadrão de elite: a Seção 9. Dedicada a perseguir os mais perigosos criminosos e extremistas, ela precisa aniquilar um hacker, cujo objetivo é deter os avanços da tecnologia cibernética.

Michael Pitt (‘Violência Gratuita’, ‘Hannibal’) interpreta o vilão The Laughing Man, um hacker terrorista que é fascinado pelo livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio‘, de J. D. Salinger.

Rila Fukushima, a Katana de ‘Esquadrão Suicida‘, completa o elenco.

A direção é de Rupert Sanders (‘Branca e Neve e o Caçador’).

 

 

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