quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Aproximação

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Sinopse: O pai de Ana falece e lhe faz um pedido inusitado no testamento. Ela deve ir até a Faixa de Gaza conhecer a filha que teve na adolescência.



O cineasta Amos Gitai é nascido em Israel e em seu mais novo trabalho, o filme Aproximação (Disengagement), a história a ser contada se passa na desocupação da Faixa de Gaza. Para almejar certa imparcialidade, ele faz uma opção inteligente na dinâmica das câmeras. A todo o momento o que se vê são planos bem abertos e sem grandes movimentações, fugindo da câmera documental tão em voga no cinema contemporâneo. Se optasse por cortes e closes, haveria espaço para especular quais detalhes o diretor quer ressaltar e orientar o olhar do espectador.

Com isso, o filme acaba assumindo algumas características teatrais, para o bem ou para o mal. A atuação de Juliette Binoche (Paris), por exemplo, pode irritar quem não curte peças de teatro, mas pode ser bem recebida pelos fãs do tablado. Já o que foge da questão de gosto pessoal é a figura do rabino. Ele atravanca o desenvolvimento do enredo de tal forma, que algumas pessoas vão torcer para que haja uma cena de violência policial.

Outra tática nessa estratégia da neutralidade é a falta de trilha musical. Há cenas interessantes com uma cantora de ópera, mas a trilha clássica que toca ao coração é deixada de lado para não ficar apontando os momentos em que mais emoção deve ser investida.

O efeito colateral de tal escolha é deixar filme muito frio. Tanto que, na cena final, quando finalmente se tem a trilha a todo vapor, fica praticamente impossível resgatar a emotividade.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (CineDude)

 

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O cineasta Amos Gitai é nascido em Israel e em seu mais novo trabalho, o filme Aproximação (Disengagement), a história a ser contada se passa na desocupação da Faixa de Gaza. Para almejar certa imparcialidade, ele faz uma opção inteligente na dinâmica das câmeras. A todo o momento o que se vê são planos bem abertos e sem grandes movimentações, fugindo da câmera documental tão em voga no cinema contemporâneo. Se optasse por cortes e closes, haveria espaço para especular quais detalhes o diretor quer ressaltar e orientar o olhar do espectador.

Com isso, o filme acaba assumindo algumas características teatrais, para o bem ou para o mal. A atuação de Juliette Binoche (Paris), por exemplo, pode irritar quem não curte peças de teatro, mas pode ser bem recebida pelos fãs do tablado. Já o que foge da questão de gosto pessoal é a figura do rabino. Ele atravanca o desenvolvimento do enredo de tal forma, que algumas pessoas vão torcer para que haja uma cena de violência policial.

Outra tática nessa estratégia da neutralidade é a falta de trilha musical. Há cenas interessantes com uma cantora de ópera, mas a trilha clássica que toca ao coração é deixada de lado para não ficar apontando os momentos em que mais emoção deve ser investida.

O efeito colateral de tal escolha é deixar filme muito frio. Tanto que, na cena final, quando finalmente se tem a trilha a todo vapor, fica praticamente impossível resgatar a emotividade.

 


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