Na trama assinada por Paolo Sorrentino e Umberto Contarello um deprimido ex-astro do rock, com uma vasta cabeleira preservada daqueles tempos, vai para os Estados Unidos em busca do carrasco de seu pai (com o qual não falava à 30 anos), um criminoso de guerra dos tempos do holocausto.
O personagem principal é um ex-roqueiro famoso que tem muitas peculiaridades, passando uma empatia fora do comum em cena. Conhecemos Cheyenne em seu casarão na Europa, onde mora com sua mulher Jane e vive uma vida pacata longe das badalações. Hoje em dia o ex-roqueiro vive uma vida limitada e monótona praticando esporte em uma piscina desativada ou indo ao shopping (sempre com sua mala de alça) conversar com uma vizinha, por quem tem um grande carinho. Começamos a entender melhor as aflições e conturbações que pairam naquela mente após Cheyenne saber do estado de saúde de seu pai. Nessa rota de fuga e liberdade, para achar um homem que fez mal ao seu velho, encontra a grande oportunidade que esperava há tempos: encontrar um novo sentido para sua vida.
Um fator muito interessante e que encaixa como uma luva na história é a excentricidade da esposa do roqueiro, Jane, interpretada pela ganhadora do Oscar Frances McDormand. Casada a mais de 30 anos com Cheyenne, a profissional do corpo de bombeiros tem cenas hilárias, às vezes praticando Tai Chi Chuan, outras vezes, praticando esporte com o marido.
O final da fita é bem emblemático e fecha bem todo o ciclo de descobertas que acompanhamos aos olhos do protagonista.
Curte filme Cult? Esse longa é uma grande pedida!
Crítica por: Raphael Camacho (Blog)