‘Argylle – O Superespião’, novo filme do famoso diretor Matthew Vaughn, estreou nos cinemas nacionais no último dia 01 de fevereiro – e trouxe um elenco estelar às telonas.
Estrelado por Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Henry Cavill e vários outros, a produção gira em torno de Elly Conway (Howard), uma escritora de livros de espionagem que se tornou mundialmente famosa ao assinar a saga de aventura Argylle. Entretanto, sua vida reclusa e introspectiva passa por uma grande mudança quando ela vira alvo de uma organização secreta que quer encontrá-la e obrigá-la a escrever o último capítulo do quinto volume da saga – visto que Elly, de alguma maneira, conseguiu prever eventos geopolíticos de extrema importância e, agora, pode ser a única chave para encontrar um main frame que contém informações sobre agentes que cometeram graves delitos ao longo de sua carreira.
O longa não apenas traz essa história como fio condutor, mas aproveita a metalinguagem para criar um segundo cosmos em que Cavill interpreta Argylle e Dua Lipa interpreta uma femme fatale chamada LaGrange – cujas sequências são representações audiovisuais dos escritos de Elly e que, na verdade, emergem como pistas para que ela possa ajudar seus aliados a encontrar o main frame em questão. E, conhecendo as mirabolantes reviravoltas criadas por Vaughn, já poderíamos imaginar que o longa traria uma cena pós-créditos que abrisse ganchos para o futuro da franquia – e de seu multiverso da espionagem.
Primeiramente, é necessário relembrar que o diretor havia expressado interesse em construir um cosmos de superespiões que cruzasse ‘Argylle’ com outra franquia de sucesso pela qual ficou responsável, ‘Kingsman’.
Em entrevista ao podcast Happy Sad Confused, Vaughn comentou que já tem planos para um ‘Argylle 2’:
“Então, existe um universo e o que estamos tentando fazer é uma espécie de Marvel para os super-heróis. […] Temos ‘Kingsman’ à direita, ‘Argylle’ à esquerda, e também temos uma ideia para algo no meio”.
A cena pós-créditos do filme, dessa forma, insurge como o primeiro vislumbre do que o universo compartilhado poderia aparecer. Afinal, seguindo os passos da metalinguagem, Vaughn arquiteta uma breve cena ambientada vinte anos dos eventos do filme. A sequência, infundida em um filtro sépia, mostra um jovem rapaz que entra em um pub chamado The King’s Man (referência direta aos outros filmes de Vaughn).
Ao se aproximar do barman, ele pede um “cosmopolitan com um toque diferente”. Como resposta, o barman disse que aquilo não é um bar de drinques ou uma balada. O jovem, então, anuncia o código secreto ao dizer: “tire o Cointreau. E o suco de cranberry. E a vodca. Só o toque diferente”.
Assim que compreende que o rapaz tem o código correto, o barman lhe entrega uma caixa que contém uma pistola, além de perguntar seu nome. Ele, então, revela que é uma versão mais nova de Aubrey Argylle, personagem dos livros de Elly que, no filme, é interpretado por Cavill (como já mencionado).
Pouco depois, um letreiro anuncia: “Argylle: Livro Um – O Filme – Em Breve”.
Vaughn, dessa forma, nos indica dois caminhos a serem seguidos. Caso ‘Argylle – O Superespião’ faça o sucesso de bilheteria prometido, é provável que a narrativa do próximo capítulo mostre o livro de Elly sendo adaptado como longa-metragem; ou, é possível que a história funcione como uma adaptação literal do romance fictício e, inclusive, seja ambientado dentro do mesmo universo ‘Kingsman‘ – afinal, pode ser que Elly, tendo um conhecimento enorme sobre o mundo da espionagem, também tenha assinado essas histórias e tenha premeditado o aguardado encontro entre os personagens icônicos. Afinal, quem não gostaria de ver Argylle se unindo a Galahad e a Gary, por exemplo?
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