Segundo a Vulture, as equipes de efeitos visuais da Marvel Studios assinaram uma petição exigindo reconhecimento sindical em virtude de longas jornadas de trabalho e pagamento insuficiente.
Nesta última segunda-feira (07), um grupo de mais de cinquenta empregados assinou uma petição para uma eleição que será representada pela IATSE (International Alliance of Theatrical Stage Employees), com o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas.
Os trabalhadores pediram para que a eleição aconteça no dia 21 de agosto.
Essa marca a primeira vez que os profissionais de efeitos visuais uniram forças para exigir os mesmos direitos, proteções salariais e supervisão profissional desfrutados pelos funcionários de quase todos os outros segmentos da indústria do entretenimento.
A maioria da equipe de produção da Marvel, formada por 52 pessoas, assinou cartões de autorização para indicar que deseja ser representada pelo poderoso sindicato trabalhista, que supervisiona cerca de 170.000 artesãos, técnicos, ajudantes de palco e trabalhadores de TV, cinema e teatro ao vivo nos Estados Unidos e no Canadá.
“Por quase cinquenta anos, funcionários da indústria de efeitos visuais foram negados a terem as mesmas proteções e os mesmos benefícios de seus colegas de profissão, que os possuem desde o início da indústria fílmica em Hollywood”, Mark Patch, representante da organização de efeitos visuais para a IATSE, disse em uma declaração oficial. “Esse é um primeiro passo histórico para os trabalhadores de efeitos visuais se unirem com uma voz coletiva, exigindo respeito pelo que fazemos”.
“Os prazos de entrega não se aplicam a nós, as horas protegidas não se aplicam a nós e a equidade salarial não se aplica a nós”, disse a coordenadora de efeitos visuais, Bella Huffman. “Os efeitos visuais devem se tornar um departamento sustentável e seguro para todos que sofreram por muito tempo e para todos os recém-chegados que precisam saber que não serão explorados”.
Vale lembrar que o levante para oficialização de um sindicato ocorre pouco depois de uma grave crise nesse setor criativo da Marvel, que sofreu diversas críticas por exigir uma jornada de trabalho semanal de 64 horas, sem finais de semana, e que foi refletida na queda de qualidade e de popularidade das produções da Fase 4 do Universo Cinemático Marvel.