quinta-feira , 26 dezembro , 2024

‘As Branquelas’: Por Onde Anda o Elenco 16 Anos Depois

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Deus abençoe os irmãos Wayans. Muitos podem não saber, mas Keenen Ivory Wayans, o irmão mais velho e exemplo de todo o clã, foi um dos grandes responsáveis pela inclusão e representatividade de atores negros no humor ainda na década de 1990, ao criar, lançar, escrever, apresentar e atuar no programa cômico In Living Color – que durou cinco temporadas até 1994. Keenen iniciou a carreira como diretor de cinema com a sátira aos filmes blaxploitation Vou Te Pegar Otário (1988), e seguiu para dirigir os irmãos Damon, Shawn e Marlon em alguns filmes. Entre os mais famosos de seu repertório estão Todo Mundo em Pânico e sua primeira sequência (2000 e 2001).

Embora muitos de seus filmes dividam os críticos e o público em si, é inegável seu forte apelo popular – algo como as nossas comédias nacionais, donos de um humor de fácil acesso. Assim, seus últimos filmes possuem um humor rasteiro, porém, muito abraçado por quem cresceu assistindo a eles. E é aí que entra As Branquelas (2004), penúltimo filme assinado por Keenen na direção e com Marlon e Shawn protagonizando – o último (até agora) foi O Pequenino (2006). A trama todos já conhecem, dois agentes do FBI caídos em desgraça (Shawn e Marlon) são incumbidos de um caso de sequestro envolvendo duas herdeiras brancas e loiras. Assim, eles assumem o lugar das moças, numa maquiagem grotesca, que tira um sarro ao subverter o “blackface”, e se tornou o “charme” da produção.



Com os críticos no Rotten Tomatoes, As Branquelas soma irrisórios 15% de aprovação e foi chamado de uma “comédia desorganizada que é boba e óbvia”. Bem, isso ninguém nega. Mas não é por isso que não pode ser engraçada também. Seja como prazer culposo, com o grande público o filme tem nota 56 no IMDB. E com um orçamento de US$37 milhões, obteve uma bilheteria de US$113 milhões mundiais. Enquanto o trio não ouve o apelo dos fãs e tira da cartola uma continuação, vamos descobrir por onde anda o elenco do filme

Shawn Wayans (Kevin)

Shawn esteve na franquia Todo Mundo em Pânico como o gay enrustido Ray e rendeu risadas com a situação. No entanto, depois de críticas não muito favoráveis a O Pequenino (2006), Shawn, assim como Keenen, deu uma freada na carreira, trabalhando pouco nos últimos anos, e deixando os holofotes para os irmãos mais famosos, Marlon e Damon. Ele esteve numa participação na paródia Ela Dança com Meu Ganso (2009), zoação com os filmes de dança da época. O longa é mais uma produção em família, com o roteiro assinado pelo próprio Shawn e por Keenen, Marlon e o sobrinho do trio Damien Dante Wayans – que estreia na direção com o longa. Infelizmente, Ela Dança com Meu Ganso é considerado um dos piores filmes de todos os tempos, pelo grande público no IMDB.

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Marlon Wayans (Marcus)

Você sabia que Marlon Wayans quase foi o primeiro Robin do cinema? E isso ainda na era dos filmes Batman de Tim Burton. Planejado para estrear no filme original, o personagem foi adiado para o segundo e depois para o terceiro, até Burton sair da direção, e Marlon ser substituído por Chris O’ Donnell. Mas o ator viria a interpretar um super-herói em G.I. Joe – A Origem de Cobra (2009), no qual deu vida para Ripcord. Fora isso, seguiu seu caminho nas paródias sem os irmãos, assinando o roteiro e estrelando em filmes como Inatividade Paranormal (2013), sua continuação (2014) e Cinquenta Tons de Preto (2016); além de ter ganhado seu próprio programa de TV com a série Marlon (que durou duas temporadas); e ter fechado parceria com a Netflix em filmes como Nu (2017) e Seis Vezes Confusão (2019). Seus próximos trabalhos são filmes mais sérios, como On The Rocks (2020), novo longa de Sofia Coppola, e Respect (2021), biografia de Aretha Franklin.

Terry Crews (Latrell)

O grandalhão Terry Crews já participou de três filmes dos Mercenários, ao lado de Stallone e os trogloditas dos anos 1980, mas ficará para sempre eternizado como o “pai do Chris” na série Todos Odeiam o Chris. Bem, se tem um papel que rivaliza em popularidade é este. Como todo “desenho animado”, As Branquelas precisava de alguém para se apaixonar pela dupla de agentes disfarçados de mulheres, e coube ao musculoso Latrell, que ainda rendeu o meme de sua cena de dança “frito” de drogas. Enquanto o quarto Mercenários não chega, Crews apareceu em Deadpool 2 (2018), no drama de ação John Henry (2020) e é parte do elenco fixo da série Lei & Desordem (Brooklyn Nine-Nine). Seus próximos trabalhos são no reboot do desenho animado Os Animaniacs e na superprodução animada A Liga de Monstros.

Brittany Daniel (Megan)

Curiosamente, Brittany Daniel possui uma irmã gêmea na vida real, a também atriz Cynthia Daniel, e com ela estrelou a série Sweet Valley High (1994-1998).  Ela reprisou seu papel na comédia cult Joe Sujo (2001), na continuação Joe Sujo 2 (2015). Seus últimos trabalhos foram nas séries Black-ish (2019) e #BlackAF (2020), da Netflix.

Jennifer Carpenter (Lisa)

No ano seguinte de sua participação na comédia, Jennifer Carpenter descolaria o papel título no terror O Exorcismo de Emily Rose (2005). Ela seguiria no gênero com Quarentena (2008), remake do espanhol REC. Depois disso, viveu Debra Morgan no programa de sucesso Dexter (2006-2013). Recentemente, ela protagonizou o seriado dramático Inimigo Interno (2019), deu voz para Sonya Blade na animação Mortal Kombat Legends (2020), e estará ao lado de Amanda Seyfried, Britt Robertson, Paul Giamatti e Amy Irving no drama A Mouthful of Air (2021).

Busy Philipps (Karen)

A atriz ficou conhecida por séries como Dawson’s Creek, Plantão Médico e O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor. Mais recentemente, fez parte do elenco fixo de Cougar Town, série estrelada por Courteney Cox. Em 2018 participou do filme de aceitação do corpo Sexy por Acidente, com Amy Schumer. Seus últimos trabalhos foram nas séries Camping, da HBO, com Jennifer Garner, Unbreakable Kimmy Schmidt, da Netflix, e na ainda inédita Damage Control, prometida para este ano.

Jessica Cauffiel (Tori)

Talvez você não esteja ligando o nome à pessoa, mas a loirinha Jessica Cauffiel foi um rosto conhecido no início dos anos 2000, por suas participações em filmes como Legalmente Loira (2001) e O Dia do Terror (2001). Além disso, marcou presença na série The Drew Carrey Show. Ela também esteve no seriado Meu Nome é Earl, da FX, e em breve reprisará seu papel como Margot em Legalmente Loira 3. Cauffiel não filmava nada desde 2009.

Jamie King (Heather)

Antes de As Branquelas, a loirinha Jamie King apareceu em superproduções como Pearl Harbor, de Michael Bay, e Profissão de Risco, com Johnny Depp. Ela também esteve nos filmes baseados em HQs Sin City (2005), The Spirit (2008), e no remake do terror Dia dos Namorados Macabro (2009). Recentemente, ela interpretou a si mesma em Oito Mulheres e um Segredo (2018) e esteve nos horrendos Rota de Fuga 2 e 3 (2018 e 2019), ao lado de Sylvester Stallone. King também protagonizou para a Netflix a série de terror Black Summer (2019). Seu próximo trabalho é o thriller criminal Out of Death, ao lado de Bruce Willis.

John Heard (Warren)

O saudoso John Heard viveu o patriarca Warren Vandergeld em As Branquelas. Antes disso, o ator havia interpretado outro patriarca inesquecível do cinema, Peter McCallister de Esqueceram de Mim (1990) e sua continuação (1992). O ator tinha um currículo extenso de mais de 180 créditos, no qual constam filmes como A Marca da Pantera (1982), Quero Ser Grande (1988), Tempo de Despertar (1990) e O Dossiê Pelicano (1993). Um dos últimos trabalhos “famosos” de Heard foi o farofeiro Sharknado (2013). Heard faleceu em 2017, aos 71 anos.

Bônus: Evangeline Lilly

Dessa eu aposto que muitos não sabiam. Hoje, uma estrela da Marvel no papel de Hope van Dyne nos filmes do Homem-Formiga, além de contar com a trilogia do Hobbit igualmente no currículo. Mas Lilly também viu sua cota de participações não creditadas no início de carreira, em filmes como Freddy x Jason (2003), por exemplo. E aqui viveu simplesmente “convidada da festa”, uma personagem sem nome. Ela também participou nesse esquema da série Smallville, até ser descoberta em Lost, e o resto é história.

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‘As Branquelas’: Por Onde Anda o Elenco 16 Anos Depois

Deus abençoe os irmãos Wayans. Muitos podem não saber, mas Keenen Ivory Wayans, o irmão mais velho e exemplo de todo o clã, foi um dos grandes responsáveis pela inclusão e representatividade de atores negros no humor ainda na década de 1990, ao criar, lançar, escrever, apresentar e atuar no programa cômico In Living Color – que durou cinco temporadas até 1994. Keenen iniciou a carreira como diretor de cinema com a sátira aos filmes blaxploitation Vou Te Pegar Otário (1988), e seguiu para dirigir os irmãos Damon, Shawn e Marlon em alguns filmes. Entre os mais famosos de seu repertório estão Todo Mundo em Pânico e sua primeira sequência (2000 e 2001).

Embora muitos de seus filmes dividam os críticos e o público em si, é inegável seu forte apelo popular – algo como as nossas comédias nacionais, donos de um humor de fácil acesso. Assim, seus últimos filmes possuem um humor rasteiro, porém, muito abraçado por quem cresceu assistindo a eles. E é aí que entra As Branquelas (2004), penúltimo filme assinado por Keenen na direção e com Marlon e Shawn protagonizando – o último (até agora) foi O Pequenino (2006). A trama todos já conhecem, dois agentes do FBI caídos em desgraça (Shawn e Marlon) são incumbidos de um caso de sequestro envolvendo duas herdeiras brancas e loiras. Assim, eles assumem o lugar das moças, numa maquiagem grotesca, que tira um sarro ao subverter o “blackface”, e se tornou o “charme” da produção.

Com os críticos no Rotten Tomatoes, As Branquelas soma irrisórios 15% de aprovação e foi chamado de uma “comédia desorganizada que é boba e óbvia”. Bem, isso ninguém nega. Mas não é por isso que não pode ser engraçada também. Seja como prazer culposo, com o grande público o filme tem nota 56 no IMDB. E com um orçamento de US$37 milhões, obteve uma bilheteria de US$113 milhões mundiais. Enquanto o trio não ouve o apelo dos fãs e tira da cartola uma continuação, vamos descobrir por onde anda o elenco do filme

Shawn Wayans (Kevin)

Shawn esteve na franquia Todo Mundo em Pânico como o gay enrustido Ray e rendeu risadas com a situação. No entanto, depois de críticas não muito favoráveis a O Pequenino (2006), Shawn, assim como Keenen, deu uma freada na carreira, trabalhando pouco nos últimos anos, e deixando os holofotes para os irmãos mais famosos, Marlon e Damon. Ele esteve numa participação na paródia Ela Dança com Meu Ganso (2009), zoação com os filmes de dança da época. O longa é mais uma produção em família, com o roteiro assinado pelo próprio Shawn e por Keenen, Marlon e o sobrinho do trio Damien Dante Wayans – que estreia na direção com o longa. Infelizmente, Ela Dança com Meu Ganso é considerado um dos piores filmes de todos os tempos, pelo grande público no IMDB.

Marlon Wayans (Marcus)

Você sabia que Marlon Wayans quase foi o primeiro Robin do cinema? E isso ainda na era dos filmes Batman de Tim Burton. Planejado para estrear no filme original, o personagem foi adiado para o segundo e depois para o terceiro, até Burton sair da direção, e Marlon ser substituído por Chris O’ Donnell. Mas o ator viria a interpretar um super-herói em G.I. Joe – A Origem de Cobra (2009), no qual deu vida para Ripcord. Fora isso, seguiu seu caminho nas paródias sem os irmãos, assinando o roteiro e estrelando em filmes como Inatividade Paranormal (2013), sua continuação (2014) e Cinquenta Tons de Preto (2016); além de ter ganhado seu próprio programa de TV com a série Marlon (que durou duas temporadas); e ter fechado parceria com a Netflix em filmes como Nu (2017) e Seis Vezes Confusão (2019). Seus próximos trabalhos são filmes mais sérios, como On The Rocks (2020), novo longa de Sofia Coppola, e Respect (2021), biografia de Aretha Franklin.

Terry Crews (Latrell)

O grandalhão Terry Crews já participou de três filmes dos Mercenários, ao lado de Stallone e os trogloditas dos anos 1980, mas ficará para sempre eternizado como o “pai do Chris” na série Todos Odeiam o Chris. Bem, se tem um papel que rivaliza em popularidade é este. Como todo “desenho animado”, As Branquelas precisava de alguém para se apaixonar pela dupla de agentes disfarçados de mulheres, e coube ao musculoso Latrell, que ainda rendeu o meme de sua cena de dança “frito” de drogas. Enquanto o quarto Mercenários não chega, Crews apareceu em Deadpool 2 (2018), no drama de ação John Henry (2020) e é parte do elenco fixo da série Lei & Desordem (Brooklyn Nine-Nine). Seus próximos trabalhos são no reboot do desenho animado Os Animaniacs e na superprodução animada A Liga de Monstros.

Brittany Daniel (Megan)

Curiosamente, Brittany Daniel possui uma irmã gêmea na vida real, a também atriz Cynthia Daniel, e com ela estrelou a série Sweet Valley High (1994-1998).  Ela reprisou seu papel na comédia cult Joe Sujo (2001), na continuação Joe Sujo 2 (2015). Seus últimos trabalhos foram nas séries Black-ish (2019) e #BlackAF (2020), da Netflix.

Jennifer Carpenter (Lisa)

No ano seguinte de sua participação na comédia, Jennifer Carpenter descolaria o papel título no terror O Exorcismo de Emily Rose (2005). Ela seguiria no gênero com Quarentena (2008), remake do espanhol REC. Depois disso, viveu Debra Morgan no programa de sucesso Dexter (2006-2013). Recentemente, ela protagonizou o seriado dramático Inimigo Interno (2019), deu voz para Sonya Blade na animação Mortal Kombat Legends (2020), e estará ao lado de Amanda Seyfried, Britt Robertson, Paul Giamatti e Amy Irving no drama A Mouthful of Air (2021).

Busy Philipps (Karen)

A atriz ficou conhecida por séries como Dawson’s Creek, Plantão Médico e O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor. Mais recentemente, fez parte do elenco fixo de Cougar Town, série estrelada por Courteney Cox. Em 2018 participou do filme de aceitação do corpo Sexy por Acidente, com Amy Schumer. Seus últimos trabalhos foram nas séries Camping, da HBO, com Jennifer Garner, Unbreakable Kimmy Schmidt, da Netflix, e na ainda inédita Damage Control, prometida para este ano.

Jessica Cauffiel (Tori)

Talvez você não esteja ligando o nome à pessoa, mas a loirinha Jessica Cauffiel foi um rosto conhecido no início dos anos 2000, por suas participações em filmes como Legalmente Loira (2001) e O Dia do Terror (2001). Além disso, marcou presença na série The Drew Carrey Show. Ela também esteve no seriado Meu Nome é Earl, da FX, e em breve reprisará seu papel como Margot em Legalmente Loira 3. Cauffiel não filmava nada desde 2009.

Jamie King (Heather)

Antes de As Branquelas, a loirinha Jamie King apareceu em superproduções como Pearl Harbor, de Michael Bay, e Profissão de Risco, com Johnny Depp. Ela também esteve nos filmes baseados em HQs Sin City (2005), The Spirit (2008), e no remake do terror Dia dos Namorados Macabro (2009). Recentemente, ela interpretou a si mesma em Oito Mulheres e um Segredo (2018) e esteve nos horrendos Rota de Fuga 2 e 3 (2018 e 2019), ao lado de Sylvester Stallone. King também protagonizou para a Netflix a série de terror Black Summer (2019). Seu próximo trabalho é o thriller criminal Out of Death, ao lado de Bruce Willis.

John Heard (Warren)

O saudoso John Heard viveu o patriarca Warren Vandergeld em As Branquelas. Antes disso, o ator havia interpretado outro patriarca inesquecível do cinema, Peter McCallister de Esqueceram de Mim (1990) e sua continuação (1992). O ator tinha um currículo extenso de mais de 180 créditos, no qual constam filmes como A Marca da Pantera (1982), Quero Ser Grande (1988), Tempo de Despertar (1990) e O Dossiê Pelicano (1993). Um dos últimos trabalhos “famosos” de Heard foi o farofeiro Sharknado (2013). Heard faleceu em 2017, aos 71 anos.

Bônus: Evangeline Lilly

Dessa eu aposto que muitos não sabiam. Hoje, uma estrela da Marvel no papel de Hope van Dyne nos filmes do Homem-Formiga, além de contar com a trilogia do Hobbit igualmente no currículo. Mas Lilly também viu sua cota de participações não creditadas no início de carreira, em filmes como Freddy x Jason (2003), por exemplo. E aqui viveu simplesmente “convidada da festa”, uma personagem sem nome. Ela também participou nesse esquema da série Smallville, até ser descoberta em Lost, e o resto é história.

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