quarta-feira , 20 novembro , 2024

As Melhores Animações em Stop-Motion – Incluindo ‘Ilha dos Cachorros’

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Aproveitando o gancho do lançamento de Ilha dos Cachorros, novo e excelente filme do diretor Wes Anderson, nos cinemas brasileiros, resolvemos confeccionar uma nova lista aqui no CinePOP. O novo trabalho do cineasta renomado – e põe trabalho nisso – é uma animação que utiliza a técnica do stop-motion, aquela na qual cenários e personagens são realmente criados e ganham movimento um fotograma por vez.

A forma é extremamente trabalhosa e demorada, justamente por isso a arte da animação em stop-motion é quase extinta. A animação em 3D, gerada por computadores, é mais rápida e mais barata, além de emplacar de forma certeira no gosto de grande parte do seu público-alvo (tal animação conseguiu, inclusive, dizimar a tradicional, aquela desenhada à mão).



Mas alguns fortes guerreiros ainda promovem sua paixão pela técnica, se especializando unicamente nela. Justamente por isso, é preciso prestigiar os poucos resistentes desta peculiar e fascinante arte de animação. Vamos conhecer um pouco mais estes especialistas.

Crítica | Ilha dos Cachorros – Wes Anderson declara seu amor ao stop-motion (e aos cachorros)

Wes Anderson

Como a deixa para a matéria é o lançamento de Ilha dos Cachorros, não poderíamos começar com outro representante da técnica senão o diretor Wes Anderson. Conhecido por seu estilo estético e narrativo únicos, o cineasta também é adepto da animação em stop-motion. No entanto, seus filmes não são necessariamente voltados ao público infantil.

Ilha dos Cachorros

O mais recente trabalho do cineasta é sua segunda investida numa animação em stop-motion. Um filme emotivo, mas com muito subtexto, a trama se passa no Japão e a obra possui grande parte falada em japonês. Devido a uma doença contagiosa, todos os cães do país são exilados numa ilha-lixão. Isso causa uma revolução política no local.

O Fantástico Sr. Raposo

Antes de lançar Ilha dos Cachorros, Wes Anderson estreava na direção de um longa animado em stop-motion com este filme de 2009, baseado no livro infantil de Roald Dahl, o mesmo autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate. A investida do diretor no conto, no entanto, foi mais adulta. O filme recebeu duas indicações ao Oscar: melhor animação e trilha sonora – caminho que Ilha dos Cachorros deverá percorrer igualmente no próximo prêmio da Academia.

Tim Burton

O cineasta conhecido por seu estilo gótico no início de carreira, começou sua trajetória justamente em animações da Disney, época na qual dirigiu alguns curtas, como Vincent (1982), usando a técnica em stop-motion. Tim Burton é um verdadeiro apaixonado pelo estilo.

O Estranho Mundo de Jack

O primeiro contato do diretor Tim Burton com um longa-metragem animado em stop-motion foi com este filme de 1993. Aqui, no entanto, Burton não dirigiu, mas produziu e criou a história e personagens. Um conto que mistura o Halloween e o Natal, bem no estilo do cineasta, apresenta Jack Skellington, uma criatura bem intencionada vinda do submundo que deseja substituir o Papai Noel na famosa noite e presentear as crianças da cidade. O filme foi indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais.

James e o Pêssego Gigante

Novamente, Burton assumia a cadeira de produtor para um filme comandado por Henry Selick – o mesmo de O Estranho Mundo de Jack. Com seu estilo visual inconfundível, que depois Burton levaria para suas próprias animações, a obra é baseada em outro livro de Road Dahl (ele de novo!) e mostra um menino órfão fazendo amizade com insetos humanoides que vivem dentro de um pêssego gigante. É uma pena que a parceria de Burton com Selick não tenha tido continuidade após este filme de 1996. O filme foi indicado ao Oscar de melhor canção.

A Noiva Cadáver

Aqui, em 2005, foi onde Tim Burton finalmente dirigiu uma animação utilizando a técnica adorada por ele. Um conto gótico – como não poderia deixar de ser – sobre os vivos e os mortos. O interessante é que o cineasta utiliza muitas cores para representar o mundo dos mortos e um tom acinzentado e sombrio para o nosso mundo. Ah sim, é claro que aqui temos Johnny Depp dublando o personagem principal, um sujeito que acidentalmente fica noivo de uma mulher que já morreu. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Frankenweenie

Sete anos depois de sua primeira investida na direção de um filme em stop-motion, Burton retornava ao comando de uma obra do gênero. O interessante aqui é que Frankenweenie surgiu originalmente como um dos primeiros curtas dirigidos pelo cineasta, na época em live action. Ao revisitar sua criação muitos anos depois, o diretor optou pela técnica da animação. Para as vozes, Burton resgatou parcerias com Winona Ryder e Catherine O´Hara – ambas veteranas do neo clássico Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice, 1988). A história é Frankenstein contado através da ótica de um cachorro trazido dos mortos. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Estúdios Laika

Este item tem ligação direta com o anterior. O estúdio norte-americano Laika foi fundado em 2005, por Phil Knight, dono da Nike. Atualmente, Travis Knight, filho de Phil, é o diretor do estúdio e sua cara. Especializado na técnica do stop-motion, o primeiro trabalho da casa foi justamente A Noiva Cadáver, o qual produziu ao lado da Warner.

Coraline e o Mundo Secreto

Uma das características das animações do estúdio Laika é seu teor sombrio e certo clima de terror em suas obras. Depois de sua estreia em A Noiva Cadáver (2005), a Laika assumia de vez as formas e o estilo visual que carrega até hoje. E o primeiro filme para isso foi esta adaptação de um conto do famoso autor Neil Gaiman, lançada em 2009, sobre uma menina que descobre através de um portal um mundo bizarro e assustador, que imita e tenta dominar nossa realidade. A direção ficou a cargo de um velho conhecido do stop-motion, Henry Selick. O filme foi indicado ao Oscar.

ParaNorman

Novamente se embrenhando por uma temática de horror, esta animação da Laika de 2012 brinca e se joga por completo na homenagem aos anos 1980 e aos filmes do gênero. Zumbis, bruxas, fantasmas, um menino que vê gente morta, adolescentes em perigo e referências diretas a franquias como Halloween e Sexta-Feira 13, ParaNorman é um deleite aos fãs da época. O filme foi indicado ao Oscar.

Os Boxtrolls

Depois de uma adaptação de Neil Gaiman e uma investida nos filmes trash da década de 1980, a Laika apostou num tipo de “terror” mais clássico. Passado numa fictícia aldeia vitoriana na Inglaterra. Na trama, um menino órfão é criado nos subterrâneos da cidade por uma raça de criaturas conhecidas como boxtrolls, ou duendes que amam caixas. As criaturas são gentis, mas a população da cidade, em sua maioria homens cruéis, as trata como monstros. O filme foi indicado ao Oscar.

Kubo e as Cordas Mágicas

Dono de um dos visuais mais encantadores de uma produção Laika, e ainda apostando na atmosfera soturna, Kubo e as Cordas Mágicas, de 2016, se banha na cultura japonesa para contar a história de um menino músico, sua família e seus ancestrais – mesclando o mundo dos vivos e dos mortos. Com grandes pitadas do folclore do país, Kubo talvez seja a obra mais intensa do estúdio (não recomendado para crianças menores). Mesmo assim, faz belo e eficiente uso da canção While My Guitar Gently Weeps, dos Beatles. No elenco de dubladores, Charlize Theron, Matthew McConaughey e Rooney Mara. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação e melhores efeitos especiais.

Estúdio Aardman

Mais conhecido como as animações de Nick Park e Peter Lord (um dos fundadores da empresa), o estúdio britânico foi criado ainda na década de 1970, sendo um dos mais tradicionais do ramo quando o assunto é animação em stop-motion. Sua primeira investida em um longa-metragem, no entanto, só ocorreu em 2000.

A Fuga das Galinhas

Enorme sucesso em seu ano de lançamento (2000), esta animação fez o mundo redescobrir e toda uma nova geração se apaixonar pelo stop-motion. Com a voz do astro Mel Gibson impulsionando o projeto na pele de um galo trambiqueiro, A Fuga das Galinhas apresentou para a criançada o subgênero dos filmes de fuga de prisão. Na trama, o destino de um grupo de frangos é o abatedouro para se tornarem tortas, a não ser que consigam escapar de seu cativeiro. Park e Lord dirigem. Apesar do enorme sucesso, o filme não foi indicado ao Oscar (apenas ao Globo de Ouro), já que na época não existia a categoria de animação.

Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais

Cinco anos depois de encantar o mundo com A Fuga das Galinhas e colocar o stop-motion de novo no mapa, o estúdio Aardman resolve presentear seus queridos personagens Wallace & Gromit (um homem e seu cão), protagonistas em diversos curtas da empresa, com seu primeiro longa-metragem. Na trama, a dupla investiga a sabotagem ao concurso de vegetais de sua pequena cidade, que pode ter desdobramentos sobrenaturais. Como forma de homenagear o tradicional estúdio, e se redimir com A Fuga das Galinhas, a Academia premiou o longa com o Oscar de animação.

Piratas Pirados!

Curiosamente, o filme que seguiu o vencedor do Oscar no estúdio Aardman foi Por Água Abaixo logo no próximo ano. No entanto, o motivo pelo qual não se encontra em nossa lista se deve pelo fato de que esta não é uma animação em stop-motion tradicional, e sim uma animação 3D criada por computação gráfica. Por Água Abaixo não emplacou no gosto popular e sequer foi indicado ao Oscar. Seis anos depois, o estúdio voltava ao que faz de melhor para entregar uma divertida história de piratas, recobrar o prestígio e conquistar nova indicação ao Oscar.

Shaun: O Carneiro

Depois de Wallace & Gromit, outra criação famosa dos estúdios Aardman ganhou filme próprio. Trata-se de Shaun, o carneiro, personagem originalmente parte de uma série de TV de 2007, que durou cinco temporadas. Em 2015, tal universo ganhou a telona. Na trama do longa, Shaun e seus colegas ovelhas, saem da fazenda para a cidade grande.

O Homem das Cavernas

Infelizmente, esta última produção Aardman marca um dos maiores fracassos financeiros da empresa. Só esperamos que isto não coloque na geladeira outras obras da casa – apesar de um novo filme de Shaun: O Carneiro estar prometido para 2019 e a continuação de A Fuga das Galinhas também estar programada – afinal, todos têm direito a uma escorregada de vez em quando, e o trabalho da companhia é imprescindível para o terreno da animação e entretenimento. Em O Homem das Cavernas, a ideia é por uma trama contada no início dos tempos, na era pré-histórica, na qual criaturas gigantescas e nossos antepassados vagavam pela Terra.

Animações Adultas

Anomalisa

Geralmente não costumamos ver questões existencialistas complexas em animações. Mas é exatamente isso o que ganhamos quando tal obra é assinada no roteiro e direção por Charlie Kaufman – o sujeito por trás das pancadas Quero Ser John Malkovich (1999), Adaptação (2002), Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança (2004) e Sinédoque, Nova York (2008). Deu para sentir o drama né? Literalmente. Não por menos, Anomalisa é um dos melhores filmes de 2015 e foi indicado ao Oscar de animação.

Mary e Max: Uma Amizade Diferente

Outro tipo de filme que não vemos tradicionalmente em animações são histórias baseadas em fatos. Aqui, no relato de uma história real, acompanhamos a inusitada amizade entre uma menina australiana de oito anos e um nova yorkino de quarenta e quatro anos. Os dois se tornam correspondentes e comaçam a trocar cartas. O filme conta com as vozes do saudoso Philip Seymour Hoffman como Max e Toni Collette como a menina Mary. Injustamente, o filme não concorreu ao Oscar de animação em 2009 – que tinha como representantes do stop-motion Coraline e o Mundo Secreto e O Fantástico Sr. Raposo. Seja como for, Mary e Max faz parte da lista dos melhores filmes de todos os tempos do IMDB.

Minha Vida de Abobrinha

Passando para uma produção mais recente, esta obra francesa com coprodução suíça figurou na cerimônia do Oscar de 2017 como um dos indicados ao prêmio de animação. A história apresenta um menino levado a um orfanato após a morte de sua mãe. No local, ele irá se relacionar com outras crianças e aprender o verdadeiro significado de confiança e amor.

Clássicos

A Rena do Nariz Vermelho

Um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos, com reprises que duram até a hoje, esta produção de 1964 dirigida por Larry Roemer é um primor no gênero e mostra como o domínio de tal técnica é antigo. A trama é a velha história do patinho feio subvertida para um conto de Natal. Rudolph é uma rena diferente das demais no trenó do papai Noel e precisará conquistar a aceitação de suas outras colegas.

A Festa do Monstro Maluco

Três anos depois de A Rena do Nariz Vermelho, outra animação em stop-motion entrava para a história da sétima arte como um clássico instantâneo. Hoje uma obra cult, A Festa do Monstro Maluco pode ser melhor desfrutado em outra celebração de feriado – o dia das bruxas (halloween). Drácula, Frankenstein, O médico e o Monstro, o Lobisomen, o homem invisível, entre outros, dão as caras para uma noite inesquecível numa mansão assombrada. O detalhe curioso é que um dos chamarizes é a voz do icônico Boris Karloff, eternizado justamente como o monstro de Frankenstein, dublando seu criador aqui, o cientista Barão Boris von Frankenstein.

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As Melhores Animações em Stop-Motion – Incluindo ‘Ilha dos Cachorros’

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Aproveitando o gancho do lançamento de Ilha dos Cachorros, novo e excelente filme do diretor Wes Anderson, nos cinemas brasileiros, resolvemos confeccionar uma nova lista aqui no CinePOP. O novo trabalho do cineasta renomado – e põe trabalho nisso – é uma animação que utiliza a técnica do stop-motion, aquela na qual cenários e personagens são realmente criados e ganham movimento um fotograma por vez.

A forma é extremamente trabalhosa e demorada, justamente por isso a arte da animação em stop-motion é quase extinta. A animação em 3D, gerada por computadores, é mais rápida e mais barata, além de emplacar de forma certeira no gosto de grande parte do seu público-alvo (tal animação conseguiu, inclusive, dizimar a tradicional, aquela desenhada à mão).

Mas alguns fortes guerreiros ainda promovem sua paixão pela técnica, se especializando unicamente nela. Justamente por isso, é preciso prestigiar os poucos resistentes desta peculiar e fascinante arte de animação. Vamos conhecer um pouco mais estes especialistas.

Crítica | Ilha dos Cachorros – Wes Anderson declara seu amor ao stop-motion (e aos cachorros)

Wes Anderson

Como a deixa para a matéria é o lançamento de Ilha dos Cachorros, não poderíamos começar com outro representante da técnica senão o diretor Wes Anderson. Conhecido por seu estilo estético e narrativo únicos, o cineasta também é adepto da animação em stop-motion. No entanto, seus filmes não são necessariamente voltados ao público infantil.

Ilha dos Cachorros

O mais recente trabalho do cineasta é sua segunda investida numa animação em stop-motion. Um filme emotivo, mas com muito subtexto, a trama se passa no Japão e a obra possui grande parte falada em japonês. Devido a uma doença contagiosa, todos os cães do país são exilados numa ilha-lixão. Isso causa uma revolução política no local.

O Fantástico Sr. Raposo

Antes de lançar Ilha dos Cachorros, Wes Anderson estreava na direção de um longa animado em stop-motion com este filme de 2009, baseado no livro infantil de Roald Dahl, o mesmo autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate. A investida do diretor no conto, no entanto, foi mais adulta. O filme recebeu duas indicações ao Oscar: melhor animação e trilha sonora – caminho que Ilha dos Cachorros deverá percorrer igualmente no próximo prêmio da Academia.

Tim Burton

O cineasta conhecido por seu estilo gótico no início de carreira, começou sua trajetória justamente em animações da Disney, época na qual dirigiu alguns curtas, como Vincent (1982), usando a técnica em stop-motion. Tim Burton é um verdadeiro apaixonado pelo estilo.

O Estranho Mundo de Jack

O primeiro contato do diretor Tim Burton com um longa-metragem animado em stop-motion foi com este filme de 1993. Aqui, no entanto, Burton não dirigiu, mas produziu e criou a história e personagens. Um conto que mistura o Halloween e o Natal, bem no estilo do cineasta, apresenta Jack Skellington, uma criatura bem intencionada vinda do submundo que deseja substituir o Papai Noel na famosa noite e presentear as crianças da cidade. O filme foi indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais.

James e o Pêssego Gigante

Novamente, Burton assumia a cadeira de produtor para um filme comandado por Henry Selick – o mesmo de O Estranho Mundo de Jack. Com seu estilo visual inconfundível, que depois Burton levaria para suas próprias animações, a obra é baseada em outro livro de Road Dahl (ele de novo!) e mostra um menino órfão fazendo amizade com insetos humanoides que vivem dentro de um pêssego gigante. É uma pena que a parceria de Burton com Selick não tenha tido continuidade após este filme de 1996. O filme foi indicado ao Oscar de melhor canção.

A Noiva Cadáver

Aqui, em 2005, foi onde Tim Burton finalmente dirigiu uma animação utilizando a técnica adorada por ele. Um conto gótico – como não poderia deixar de ser – sobre os vivos e os mortos. O interessante é que o cineasta utiliza muitas cores para representar o mundo dos mortos e um tom acinzentado e sombrio para o nosso mundo. Ah sim, é claro que aqui temos Johnny Depp dublando o personagem principal, um sujeito que acidentalmente fica noivo de uma mulher que já morreu. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Frankenweenie

Sete anos depois de sua primeira investida na direção de um filme em stop-motion, Burton retornava ao comando de uma obra do gênero. O interessante aqui é que Frankenweenie surgiu originalmente como um dos primeiros curtas dirigidos pelo cineasta, na época em live action. Ao revisitar sua criação muitos anos depois, o diretor optou pela técnica da animação. Para as vozes, Burton resgatou parcerias com Winona Ryder e Catherine O´Hara – ambas veteranas do neo clássico Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice, 1988). A história é Frankenstein contado através da ótica de um cachorro trazido dos mortos. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Estúdios Laika

Este item tem ligação direta com o anterior. O estúdio norte-americano Laika foi fundado em 2005, por Phil Knight, dono da Nike. Atualmente, Travis Knight, filho de Phil, é o diretor do estúdio e sua cara. Especializado na técnica do stop-motion, o primeiro trabalho da casa foi justamente A Noiva Cadáver, o qual produziu ao lado da Warner.

Coraline e o Mundo Secreto

Uma das características das animações do estúdio Laika é seu teor sombrio e certo clima de terror em suas obras. Depois de sua estreia em A Noiva Cadáver (2005), a Laika assumia de vez as formas e o estilo visual que carrega até hoje. E o primeiro filme para isso foi esta adaptação de um conto do famoso autor Neil Gaiman, lançada em 2009, sobre uma menina que descobre através de um portal um mundo bizarro e assustador, que imita e tenta dominar nossa realidade. A direção ficou a cargo de um velho conhecido do stop-motion, Henry Selick. O filme foi indicado ao Oscar.

ParaNorman

Novamente se embrenhando por uma temática de horror, esta animação da Laika de 2012 brinca e se joga por completo na homenagem aos anos 1980 e aos filmes do gênero. Zumbis, bruxas, fantasmas, um menino que vê gente morta, adolescentes em perigo e referências diretas a franquias como Halloween e Sexta-Feira 13, ParaNorman é um deleite aos fãs da época. O filme foi indicado ao Oscar.

Os Boxtrolls

Depois de uma adaptação de Neil Gaiman e uma investida nos filmes trash da década de 1980, a Laika apostou num tipo de “terror” mais clássico. Passado numa fictícia aldeia vitoriana na Inglaterra. Na trama, um menino órfão é criado nos subterrâneos da cidade por uma raça de criaturas conhecidas como boxtrolls, ou duendes que amam caixas. As criaturas são gentis, mas a população da cidade, em sua maioria homens cruéis, as trata como monstros. O filme foi indicado ao Oscar.

Kubo e as Cordas Mágicas

Dono de um dos visuais mais encantadores de uma produção Laika, e ainda apostando na atmosfera soturna, Kubo e as Cordas Mágicas, de 2016, se banha na cultura japonesa para contar a história de um menino músico, sua família e seus ancestrais – mesclando o mundo dos vivos e dos mortos. Com grandes pitadas do folclore do país, Kubo talvez seja a obra mais intensa do estúdio (não recomendado para crianças menores). Mesmo assim, faz belo e eficiente uso da canção While My Guitar Gently Weeps, dos Beatles. No elenco de dubladores, Charlize Theron, Matthew McConaughey e Rooney Mara. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação e melhores efeitos especiais.

Estúdio Aardman

Mais conhecido como as animações de Nick Park e Peter Lord (um dos fundadores da empresa), o estúdio britânico foi criado ainda na década de 1970, sendo um dos mais tradicionais do ramo quando o assunto é animação em stop-motion. Sua primeira investida em um longa-metragem, no entanto, só ocorreu em 2000.

A Fuga das Galinhas

Enorme sucesso em seu ano de lançamento (2000), esta animação fez o mundo redescobrir e toda uma nova geração se apaixonar pelo stop-motion. Com a voz do astro Mel Gibson impulsionando o projeto na pele de um galo trambiqueiro, A Fuga das Galinhas apresentou para a criançada o subgênero dos filmes de fuga de prisão. Na trama, o destino de um grupo de frangos é o abatedouro para se tornarem tortas, a não ser que consigam escapar de seu cativeiro. Park e Lord dirigem. Apesar do enorme sucesso, o filme não foi indicado ao Oscar (apenas ao Globo de Ouro), já que na época não existia a categoria de animação.

Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais

Cinco anos depois de encantar o mundo com A Fuga das Galinhas e colocar o stop-motion de novo no mapa, o estúdio Aardman resolve presentear seus queridos personagens Wallace & Gromit (um homem e seu cão), protagonistas em diversos curtas da empresa, com seu primeiro longa-metragem. Na trama, a dupla investiga a sabotagem ao concurso de vegetais de sua pequena cidade, que pode ter desdobramentos sobrenaturais. Como forma de homenagear o tradicional estúdio, e se redimir com A Fuga das Galinhas, a Academia premiou o longa com o Oscar de animação.

Piratas Pirados!

Curiosamente, o filme que seguiu o vencedor do Oscar no estúdio Aardman foi Por Água Abaixo logo no próximo ano. No entanto, o motivo pelo qual não se encontra em nossa lista se deve pelo fato de que esta não é uma animação em stop-motion tradicional, e sim uma animação 3D criada por computação gráfica. Por Água Abaixo não emplacou no gosto popular e sequer foi indicado ao Oscar. Seis anos depois, o estúdio voltava ao que faz de melhor para entregar uma divertida história de piratas, recobrar o prestígio e conquistar nova indicação ao Oscar.

Shaun: O Carneiro

Depois de Wallace & Gromit, outra criação famosa dos estúdios Aardman ganhou filme próprio. Trata-se de Shaun, o carneiro, personagem originalmente parte de uma série de TV de 2007, que durou cinco temporadas. Em 2015, tal universo ganhou a telona. Na trama do longa, Shaun e seus colegas ovelhas, saem da fazenda para a cidade grande.

O Homem das Cavernas

Infelizmente, esta última produção Aardman marca um dos maiores fracassos financeiros da empresa. Só esperamos que isto não coloque na geladeira outras obras da casa – apesar de um novo filme de Shaun: O Carneiro estar prometido para 2019 e a continuação de A Fuga das Galinhas também estar programada – afinal, todos têm direito a uma escorregada de vez em quando, e o trabalho da companhia é imprescindível para o terreno da animação e entretenimento. Em O Homem das Cavernas, a ideia é por uma trama contada no início dos tempos, na era pré-histórica, na qual criaturas gigantescas e nossos antepassados vagavam pela Terra.

Animações Adultas

Anomalisa

Geralmente não costumamos ver questões existencialistas complexas em animações. Mas é exatamente isso o que ganhamos quando tal obra é assinada no roteiro e direção por Charlie Kaufman – o sujeito por trás das pancadas Quero Ser John Malkovich (1999), Adaptação (2002), Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança (2004) e Sinédoque, Nova York (2008). Deu para sentir o drama né? Literalmente. Não por menos, Anomalisa é um dos melhores filmes de 2015 e foi indicado ao Oscar de animação.

Mary e Max: Uma Amizade Diferente

Outro tipo de filme que não vemos tradicionalmente em animações são histórias baseadas em fatos. Aqui, no relato de uma história real, acompanhamos a inusitada amizade entre uma menina australiana de oito anos e um nova yorkino de quarenta e quatro anos. Os dois se tornam correspondentes e comaçam a trocar cartas. O filme conta com as vozes do saudoso Philip Seymour Hoffman como Max e Toni Collette como a menina Mary. Injustamente, o filme não concorreu ao Oscar de animação em 2009 – que tinha como representantes do stop-motion Coraline e o Mundo Secreto e O Fantástico Sr. Raposo. Seja como for, Mary e Max faz parte da lista dos melhores filmes de todos os tempos do IMDB.

Minha Vida de Abobrinha

Passando para uma produção mais recente, esta obra francesa com coprodução suíça figurou na cerimônia do Oscar de 2017 como um dos indicados ao prêmio de animação. A história apresenta um menino levado a um orfanato após a morte de sua mãe. No local, ele irá se relacionar com outras crianças e aprender o verdadeiro significado de confiança e amor.

Clássicos

A Rena do Nariz Vermelho

Um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos, com reprises que duram até a hoje, esta produção de 1964 dirigida por Larry Roemer é um primor no gênero e mostra como o domínio de tal técnica é antigo. A trama é a velha história do patinho feio subvertida para um conto de Natal. Rudolph é uma rena diferente das demais no trenó do papai Noel e precisará conquistar a aceitação de suas outras colegas.

A Festa do Monstro Maluco

Três anos depois de A Rena do Nariz Vermelho, outra animação em stop-motion entrava para a história da sétima arte como um clássico instantâneo. Hoje uma obra cult, A Festa do Monstro Maluco pode ser melhor desfrutado em outra celebração de feriado – o dia das bruxas (halloween). Drácula, Frankenstein, O médico e o Monstro, o Lobisomen, o homem invisível, entre outros, dão as caras para uma noite inesquecível numa mansão assombrada. O detalhe curioso é que um dos chamarizes é a voz do icônico Boris Karloff, eternizado justamente como o monstro de Frankenstein, dublando seu criador aqui, o cientista Barão Boris von Frankenstein.

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