sexta-feira , 21 fevereiro , 2025

As Melhores Animações em Stop-Motion – Incluindo ‘Ilha dos Cachorros’


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Aproveitando o gancho do lançamento de Ilha dos Cachorros, novo e excelente filme do diretor Wes Anderson, nos cinemas brasileiros, resolvemos confeccionar uma nova lista aqui no CinePOP. O novo trabalho do cineasta renomado – e põe trabalho nisso – é uma animação que utiliza a técnica do stop-motion, aquela na qual cenários e personagens são realmente criados e ganham movimento um fotograma por vez.

A forma é extremamente trabalhosa e demorada, justamente por isso a arte da animação em stop-motion é quase extinta. A animação em 3D, gerada por computadores, é mais rápida e mais barata, além de emplacar de forma certeira no gosto de grande parte do seu público-alvo (tal animação conseguiu, inclusive, dizimar a tradicional, aquela desenhada à mão).



Mas alguns fortes guerreiros ainda promovem sua paixão pela técnica, se especializando unicamente nela. Justamente por isso, é preciso prestigiar os poucos resistentes desta peculiar e fascinante arte de animação. Vamos conhecer um pouco mais estes especialistas.

Crítica | Ilha dos Cachorros – Wes Anderson declara seu amor ao stop-motion (e aos cachorros)

Wes Anderson

Como a deixa para a matéria é o lançamento de Ilha dos Cachorros, não poderíamos começar com outro representante da técnica senão o diretor Wes Anderson. Conhecido por seu estilo estético e narrativo únicos, o cineasta também é adepto da animação em stop-motion. No entanto, seus filmes não são necessariamente voltados ao público infantil.


Ilha dos Cachorros

isle of dogs cinepop 1

O mais recente trabalho do cineasta é sua segunda investida numa animação em stop-motion. Um filme emotivo, mas com muito subtexto, a trama se passa no Japão e a obra possui grande parte falada em japonês. Devido a uma doença contagiosa, todos os cães do país são exilados numa ilha-lixão. Isso causa uma revolução política no local.

O Fantástico Sr. Raposo

the fantastic mr fox cinepop

Assista também: 
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Antes de lançar Ilha dos Cachorros, Wes Anderson estreava na direção de um longa animado em stop-motion com este filme de 2009, baseado no livro infantil de Roald Dahl, o mesmo autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate. A investida do diretor no conto, no entanto, foi mais adulta. O filme recebeu duas indicações ao Oscar: melhor animação e trilha sonora – caminho que Ilha dos Cachorros deverá percorrer igualmente no próximo prêmio da Academia.

Tim Burton

O cineasta conhecido por seu estilo gótico no início de carreira, começou sua trajetória justamente em animações da Disney, época na qual dirigiu alguns curtas, como Vincent (1982), usando a técnica em stop-motion. Tim Burton é um verdadeiro apaixonado pelo estilo.

O Estranho Mundo de Jack

the nightmare before christmas cinepop

O primeiro contato do diretor Tim Burton com um longa-metragem animado em stop-motion foi com este filme de 1993. Aqui, no entanto, Burton não dirigiu, mas produziu e criou a história e personagens. Um conto que mistura o Halloween e o Natal, bem no estilo do cineasta, apresenta Jack Skellington, uma criatura bem intencionada vinda do submundo que deseja substituir o Papai Noel na famosa noite e presentear as crianças da cidade. O filme foi indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais.

James e o Pêssego Gigante

james and the giant peach cinepop

Novamente, Burton assumia a cadeira de produtor para um filme comandado por Henry Selick – o mesmo de O Estranho Mundo de Jack. Com seu estilo visual inconfundível, que depois Burton levaria para suas próprias animações, a obra é baseada em outro livro de Road Dahl (ele de novo!) e mostra um menino órfão fazendo amizade com insetos humanoides que vivem dentro de um pêssego gigante. É uma pena que a parceria de Burton com Selick não tenha tido continuidade após este filme de 1996. O filme foi indicado ao Oscar de melhor canção.

A Noiva Cadáver

corpse bride cinepop

Aqui, em 2005, foi onde Tim Burton finalmente dirigiu uma animação utilizando a técnica adorada por ele. Um conto gótico – como não poderia deixar de ser – sobre os vivos e os mortos. O interessante é que o cineasta utiliza muitas cores para representar o mundo dos mortos e um tom acinzentado e sombrio para o nosso mundo. Ah sim, é claro que aqui temos Johnny Depp dublando o personagem principal, um sujeito que acidentalmente fica noivo de uma mulher que já morreu. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Frankenweenie

frankenweenie cinepop

Sete anos depois de sua primeira investida na direção de um filme em stop-motion, Burton retornava ao comando de uma obra do gênero. O interessante aqui é que Frankenweenie surgiu originalmente como um dos primeiros curtas dirigidos pelo cineasta, na época em live action. Ao revisitar sua criação muitos anos depois, o diretor optou pela técnica da animação. Para as vozes, Burton resgatou parcerias com Winona Ryder e Catherine O´Hara – ambas veteranas do neo clássico Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice, 1988). A história é Frankenstein contado através da ótica de um cachorro trazido dos mortos. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Estúdios Laika

Este item tem ligação direta com o anterior. O estúdio norte-americano Laika foi fundado em 2005, por Phil Knight, dono da Nike. Atualmente, Travis Knight, filho de Phil, é o diretor do estúdio e sua cara. Especializado na técnica do stop-motion, o primeiro trabalho da casa foi justamente A Noiva Cadáver, o qual produziu ao lado da Warner.

Coraline e o Mundo Secreto

coraline cinepop 1

Uma das características das animações do estúdio Laika é seu teor sombrio e certo clima de terror em suas obras. Depois de sua estreia em A Noiva Cadáver (2005), a Laika assumia de vez as formas e o estilo visual que carrega até hoje. E o primeiro filme para isso foi esta adaptação de um conto do famoso autor Neil Gaiman, lançada em 2009, sobre uma menina que descobre através de um portal um mundo bizarro e assustador, que imita e tenta dominar nossa realidade. A direção ficou a cargo de um velho conhecido do stop-motion, Henry Selick. O filme foi indicado ao Oscar.

ParaNorman

paranorman cinepop

Novamente se embrenhando por uma temática de horror, esta animação da Laika de 2012 brinca e se joga por completo na homenagem aos anos 1980 e aos filmes do gênero. Zumbis, bruxas, fantasmas, um menino que vê gente morta, adolescentes em perigo e referências diretas a franquias como Halloween e Sexta-Feira 13, ParaNorman é um deleite aos fãs da época. O filme foi indicado ao Oscar.

Os Boxtrolls

the box trolls cinepop

Depois de uma adaptação de Neil Gaiman e uma investida nos filmes trash da década de 1980, a Laika apostou num tipo de “terror” mais clássico. Passado numa fictícia aldeia vitoriana na Inglaterra. Na trama, um menino órfão é criado nos subterrâneos da cidade por uma raça de criaturas conhecidas como boxtrolls, ou duendes que amam caixas. As criaturas são gentis, mas a população da cidade, em sua maioria homens cruéis, as trata como monstros. O filme foi indicado ao Oscar.

Kubo e as Cordas Mágicas

kubo and the two strings cinepop

Dono de um dos visuais mais encantadores de uma produção Laika, e ainda apostando na atmosfera soturna, Kubo e as Cordas Mágicas, de 2016, se banha na cultura japonesa para contar a história de um menino músico, sua família e seus ancestrais – mesclando o mundo dos vivos e dos mortos. Com grandes pitadas do folclore do país, Kubo talvez seja a obra mais intensa do estúdio (não recomendado para crianças menores). Mesmo assim, faz belo e eficiente uso da canção While My Guitar Gently Weeps, dos Beatles. No elenco de dubladores, Charlize Theron, Matthew McConaughey e Rooney Mara. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação e melhores efeitos especiais.

Estúdio Aardman

Mais conhecido como as animações de Nick Park e Peter Lord (um dos fundadores da empresa), o estúdio britânico foi criado ainda na década de 1970, sendo um dos mais tradicionais do ramo quando o assunto é animação em stop-motion. Sua primeira investida em um longa-metragem, no entanto, só ocorreu em 2000.

A Fuga das Galinhas

chicken run cinepop

Enorme sucesso em seu ano de lançamento (2000), esta animação fez o mundo redescobrir e toda uma nova geração se apaixonar pelo stop-motion. Com a voz do astro Mel Gibson impulsionando o projeto na pele de um galo trambiqueiro, A Fuga das Galinhas apresentou para a criançada o subgênero dos filmes de fuga de prisão. Na trama, o destino de um grupo de frangos é o abatedouro para se tornarem tortas, a não ser que consigam escapar de seu cativeiro. Park e Lord dirigem. Apesar do enorme sucesso, o filme não foi indicado ao Oscar (apenas ao Globo de Ouro), já que na época não existia a categoria de animação.

Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais

wallace and gromit cinepop

Cinco anos depois de encantar o mundo com A Fuga das Galinhas e colocar o stop-motion de novo no mapa, o estúdio Aardman resolve presentear seus queridos personagens Wallace & Gromit (um homem e seu cão), protagonistas em diversos curtas da empresa, com seu primeiro longa-metragem. Na trama, a dupla investiga a sabotagem ao concurso de vegetais de sua pequena cidade, que pode ter desdobramentos sobrenaturais. Como forma de homenagear o tradicional estúdio, e se redimir com A Fuga das Galinhas, a Academia premiou o longa com o Oscar de animação.

Piratas Pirados!

the pirates cinepop

Curiosamente, o filme que seguiu o vencedor do Oscar no estúdio Aardman foi Por Água Abaixo logo no próximo ano. No entanto, o motivo pelo qual não se encontra em nossa lista se deve pelo fato de que esta não é uma animação em stop-motion tradicional, e sim uma animação 3D criada por computação gráfica. Por Água Abaixo não emplacou no gosto popular e sequer foi indicado ao Oscar. Seis anos depois, o estúdio voltava ao que faz de melhor para entregar uma divertida história de piratas, recobrar o prestígio e conquistar nova indicação ao Oscar.

Shaun: O Carneiro

shaun the sheep cinepop

Depois de Wallace & Gromit, outra criação famosa dos estúdios Aardman ganhou filme próprio. Trata-se de Shaun, o carneiro, personagem originalmente parte de uma série de TV de 2007, que durou cinco temporadas. Em 2015, tal universo ganhou a telona. Na trama do longa, Shaun e seus colegas ovelhas, saem da fazenda para a cidade grande.

O Homem das Cavernas

early man cinepop 1

Infelizmente, esta última produção Aardman marca um dos maiores fracassos financeiros da empresa. Só esperamos que isto não coloque na geladeira outras obras da casa – apesar de um novo filme de Shaun: O Carneiro estar prometido para 2019 e a continuação de A Fuga das Galinhas também estar programada – afinal, todos têm direito a uma escorregada de vez em quando, e o trabalho da companhia é imprescindível para o terreno da animação e entretenimento. Em O Homem das Cavernas, a ideia é por uma trama contada no início dos tempos, na era pré-histórica, na qual criaturas gigantescas e nossos antepassados vagavam pela Terra.

Animações Adultas

Anomalisa

anomalisa cinepop

Geralmente não costumamos ver questões existencialistas complexas em animações. Mas é exatamente isso o que ganhamos quando tal obra é assinada no roteiro e direção por Charlie Kaufman – o sujeito por trás das pancadas Quero Ser John Malkovich (1999), Adaptação (2002), Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança (2004) e Sinédoque, Nova York (2008). Deu para sentir o drama né? Literalmente. Não por menos, Anomalisa é um dos melhores filmes de 2015 e foi indicado ao Oscar de animação.

Mary e Max: Uma Amizade Diferente

mary and max cinepop

Outro tipo de filme que não vemos tradicionalmente em animações são histórias baseadas em fatos. Aqui, no relato de uma história real, acompanhamos a inusitada amizade entre uma menina australiana de oito anos e um nova yorkino de quarenta e quatro anos. Os dois se tornam correspondentes e comaçam a trocar cartas. O filme conta com as vozes do saudoso Philip Seymour Hoffman como Max e Toni Collette como a menina Mary. Injustamente, o filme não concorreu ao Oscar de animação em 2009 – que tinha como representantes do stop-motion Coraline e o Mundo Secreto e O Fantástico Sr. Raposo. Seja como for, Mary e Max faz parte da lista dos melhores filmes de todos os tempos do IMDB.

Minha Vida de Abobrinha

my life as a zucchini cinepop

Passando para uma produção mais recente, esta obra francesa com coprodução suíça figurou na cerimônia do Oscar de 2017 como um dos indicados ao prêmio de animação. A história apresenta um menino levado a um orfanato após a morte de sua mãe. No local, ele irá se relacionar com outras crianças e aprender o verdadeiro significado de confiança e amor.

Clássicos

A Rena do Nariz Vermelho

rudolph cinepop

Um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos, com reprises que duram até a hoje, esta produção de 1964 dirigida por Larry Roemer é um primor no gênero e mostra como o domínio de tal técnica é antigo. A trama é a velha história do patinho feio subvertida para um conto de Natal. Rudolph é uma rena diferente das demais no trenó do papai Noel e precisará conquistar a aceitação de suas outras colegas.

A Festa do Monstro Maluco

mad monster party cinepop

Três anos depois de A Rena do Nariz Vermelho, outra animação em stop-motion entrava para a história da sétima arte como um clássico instantâneo. Hoje uma obra cult, A Festa do Monstro Maluco pode ser melhor desfrutado em outra celebração de feriado – o dia das bruxas (halloween). Drácula, Frankenstein, O médico e o Monstro, o Lobisomen, o homem invisível, entre outros, dão as caras para uma noite inesquecível numa mansão assombrada. O detalhe curioso é que um dos chamarizes é a voz do icônico Boris Karloff, eternizado justamente como o monstro de Frankenstein, dublando seu criador aqui, o cientista Barão Boris von Frankenstein.


IMPERDÍVEL! Você vai VICIAR nessa história de Vingança à moda antiga....

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As Melhores Animações em Stop-Motion – Incluindo ‘Ilha dos Cachorros’

Aproveitando o gancho do lançamento de Ilha dos Cachorros, novo e excelente filme do diretor Wes Anderson, nos cinemas brasileiros, resolvemos confeccionar uma nova lista aqui no CinePOP. O novo trabalho do cineasta renomado – e põe trabalho nisso – é uma animação que utiliza a técnica do stop-motion, aquela na qual cenários e personagens são realmente criados e ganham movimento um fotograma por vez.

A forma é extremamente trabalhosa e demorada, justamente por isso a arte da animação em stop-motion é quase extinta. A animação em 3D, gerada por computadores, é mais rápida e mais barata, além de emplacar de forma certeira no gosto de grande parte do seu público-alvo (tal animação conseguiu, inclusive, dizimar a tradicional, aquela desenhada à mão).

Mas alguns fortes guerreiros ainda promovem sua paixão pela técnica, se especializando unicamente nela. Justamente por isso, é preciso prestigiar os poucos resistentes desta peculiar e fascinante arte de animação. Vamos conhecer um pouco mais estes especialistas.

Crítica | Ilha dos Cachorros – Wes Anderson declara seu amor ao stop-motion (e aos cachorros)

Wes Anderson

Como a deixa para a matéria é o lançamento de Ilha dos Cachorros, não poderíamos começar com outro representante da técnica senão o diretor Wes Anderson. Conhecido por seu estilo estético e narrativo únicos, o cineasta também é adepto da animação em stop-motion. No entanto, seus filmes não são necessariamente voltados ao público infantil.

Ilha dos Cachorros

isle of dogs cinepop 1

O mais recente trabalho do cineasta é sua segunda investida numa animação em stop-motion. Um filme emotivo, mas com muito subtexto, a trama se passa no Japão e a obra possui grande parte falada em japonês. Devido a uma doença contagiosa, todos os cães do país são exilados numa ilha-lixão. Isso causa uma revolução política no local.

O Fantástico Sr. Raposo

the fantastic mr fox cinepop

Antes de lançar Ilha dos Cachorros, Wes Anderson estreava na direção de um longa animado em stop-motion com este filme de 2009, baseado no livro infantil de Roald Dahl, o mesmo autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate. A investida do diretor no conto, no entanto, foi mais adulta. O filme recebeu duas indicações ao Oscar: melhor animação e trilha sonora – caminho que Ilha dos Cachorros deverá percorrer igualmente no próximo prêmio da Academia.

Tim Burton

O cineasta conhecido por seu estilo gótico no início de carreira, começou sua trajetória justamente em animações da Disney, época na qual dirigiu alguns curtas, como Vincent (1982), usando a técnica em stop-motion. Tim Burton é um verdadeiro apaixonado pelo estilo.

O Estranho Mundo de Jack

the nightmare before christmas cinepop

O primeiro contato do diretor Tim Burton com um longa-metragem animado em stop-motion foi com este filme de 1993. Aqui, no entanto, Burton não dirigiu, mas produziu e criou a história e personagens. Um conto que mistura o Halloween e o Natal, bem no estilo do cineasta, apresenta Jack Skellington, uma criatura bem intencionada vinda do submundo que deseja substituir o Papai Noel na famosa noite e presentear as crianças da cidade. O filme foi indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais.

James e o Pêssego Gigante

james and the giant peach cinepop

Novamente, Burton assumia a cadeira de produtor para um filme comandado por Henry Selick – o mesmo de O Estranho Mundo de Jack. Com seu estilo visual inconfundível, que depois Burton levaria para suas próprias animações, a obra é baseada em outro livro de Road Dahl (ele de novo!) e mostra um menino órfão fazendo amizade com insetos humanoides que vivem dentro de um pêssego gigante. É uma pena que a parceria de Burton com Selick não tenha tido continuidade após este filme de 1996. O filme foi indicado ao Oscar de melhor canção.

A Noiva Cadáver

corpse bride cinepop

Aqui, em 2005, foi onde Tim Burton finalmente dirigiu uma animação utilizando a técnica adorada por ele. Um conto gótico – como não poderia deixar de ser – sobre os vivos e os mortos. O interessante é que o cineasta utiliza muitas cores para representar o mundo dos mortos e um tom acinzentado e sombrio para o nosso mundo. Ah sim, é claro que aqui temos Johnny Depp dublando o personagem principal, um sujeito que acidentalmente fica noivo de uma mulher que já morreu. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Frankenweenie

frankenweenie cinepop

Sete anos depois de sua primeira investida na direção de um filme em stop-motion, Burton retornava ao comando de uma obra do gênero. O interessante aqui é que Frankenweenie surgiu originalmente como um dos primeiros curtas dirigidos pelo cineasta, na época em live action. Ao revisitar sua criação muitos anos depois, o diretor optou pela técnica da animação. Para as vozes, Burton resgatou parcerias com Winona Ryder e Catherine O´Hara – ambas veteranas do neo clássico Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice, 1988). A história é Frankenstein contado através da ótica de um cachorro trazido dos mortos. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação.

Estúdios Laika

Este item tem ligação direta com o anterior. O estúdio norte-americano Laika foi fundado em 2005, por Phil Knight, dono da Nike. Atualmente, Travis Knight, filho de Phil, é o diretor do estúdio e sua cara. Especializado na técnica do stop-motion, o primeiro trabalho da casa foi justamente A Noiva Cadáver, o qual produziu ao lado da Warner.

Coraline e o Mundo Secreto

coraline cinepop 1

Uma das características das animações do estúdio Laika é seu teor sombrio e certo clima de terror em suas obras. Depois de sua estreia em A Noiva Cadáver (2005), a Laika assumia de vez as formas e o estilo visual que carrega até hoje. E o primeiro filme para isso foi esta adaptação de um conto do famoso autor Neil Gaiman, lançada em 2009, sobre uma menina que descobre através de um portal um mundo bizarro e assustador, que imita e tenta dominar nossa realidade. A direção ficou a cargo de um velho conhecido do stop-motion, Henry Selick. O filme foi indicado ao Oscar.

ParaNorman

paranorman cinepop

Novamente se embrenhando por uma temática de horror, esta animação da Laika de 2012 brinca e se joga por completo na homenagem aos anos 1980 e aos filmes do gênero. Zumbis, bruxas, fantasmas, um menino que vê gente morta, adolescentes em perigo e referências diretas a franquias como Halloween e Sexta-Feira 13, ParaNorman é um deleite aos fãs da época. O filme foi indicado ao Oscar.

Os Boxtrolls

the box trolls cinepop

Depois de uma adaptação de Neil Gaiman e uma investida nos filmes trash da década de 1980, a Laika apostou num tipo de “terror” mais clássico. Passado numa fictícia aldeia vitoriana na Inglaterra. Na trama, um menino órfão é criado nos subterrâneos da cidade por uma raça de criaturas conhecidas como boxtrolls, ou duendes que amam caixas. As criaturas são gentis, mas a população da cidade, em sua maioria homens cruéis, as trata como monstros. O filme foi indicado ao Oscar.

Kubo e as Cordas Mágicas

kubo and the two strings cinepop

Dono de um dos visuais mais encantadores de uma produção Laika, e ainda apostando na atmosfera soturna, Kubo e as Cordas Mágicas, de 2016, se banha na cultura japonesa para contar a história de um menino músico, sua família e seus ancestrais – mesclando o mundo dos vivos e dos mortos. Com grandes pitadas do folclore do país, Kubo talvez seja a obra mais intensa do estúdio (não recomendado para crianças menores). Mesmo assim, faz belo e eficiente uso da canção While My Guitar Gently Weeps, dos Beatles. No elenco de dubladores, Charlize Theron, Matthew McConaughey e Rooney Mara. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação e melhores efeitos especiais.

Estúdio Aardman

Mais conhecido como as animações de Nick Park e Peter Lord (um dos fundadores da empresa), o estúdio britânico foi criado ainda na década de 1970, sendo um dos mais tradicionais do ramo quando o assunto é animação em stop-motion. Sua primeira investida em um longa-metragem, no entanto, só ocorreu em 2000.

A Fuga das Galinhas

chicken run cinepop

Enorme sucesso em seu ano de lançamento (2000), esta animação fez o mundo redescobrir e toda uma nova geração se apaixonar pelo stop-motion. Com a voz do astro Mel Gibson impulsionando o projeto na pele de um galo trambiqueiro, A Fuga das Galinhas apresentou para a criançada o subgênero dos filmes de fuga de prisão. Na trama, o destino de um grupo de frangos é o abatedouro para se tornarem tortas, a não ser que consigam escapar de seu cativeiro. Park e Lord dirigem. Apesar do enorme sucesso, o filme não foi indicado ao Oscar (apenas ao Globo de Ouro), já que na época não existia a categoria de animação.

Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais

wallace and gromit cinepop

Cinco anos depois de encantar o mundo com A Fuga das Galinhas e colocar o stop-motion de novo no mapa, o estúdio Aardman resolve presentear seus queridos personagens Wallace & Gromit (um homem e seu cão), protagonistas em diversos curtas da empresa, com seu primeiro longa-metragem. Na trama, a dupla investiga a sabotagem ao concurso de vegetais de sua pequena cidade, que pode ter desdobramentos sobrenaturais. Como forma de homenagear o tradicional estúdio, e se redimir com A Fuga das Galinhas, a Academia premiou o longa com o Oscar de animação.

Piratas Pirados!

the pirates cinepop

Curiosamente, o filme que seguiu o vencedor do Oscar no estúdio Aardman foi Por Água Abaixo logo no próximo ano. No entanto, o motivo pelo qual não se encontra em nossa lista se deve pelo fato de que esta não é uma animação em stop-motion tradicional, e sim uma animação 3D criada por computação gráfica. Por Água Abaixo não emplacou no gosto popular e sequer foi indicado ao Oscar. Seis anos depois, o estúdio voltava ao que faz de melhor para entregar uma divertida história de piratas, recobrar o prestígio e conquistar nova indicação ao Oscar.

Shaun: O Carneiro

shaun the sheep cinepop

Depois de Wallace & Gromit, outra criação famosa dos estúdios Aardman ganhou filme próprio. Trata-se de Shaun, o carneiro, personagem originalmente parte de uma série de TV de 2007, que durou cinco temporadas. Em 2015, tal universo ganhou a telona. Na trama do longa, Shaun e seus colegas ovelhas, saem da fazenda para a cidade grande.

O Homem das Cavernas

early man cinepop 1

Infelizmente, esta última produção Aardman marca um dos maiores fracassos financeiros da empresa. Só esperamos que isto não coloque na geladeira outras obras da casa – apesar de um novo filme de Shaun: O Carneiro estar prometido para 2019 e a continuação de A Fuga das Galinhas também estar programada – afinal, todos têm direito a uma escorregada de vez em quando, e o trabalho da companhia é imprescindível para o terreno da animação e entretenimento. Em O Homem das Cavernas, a ideia é por uma trama contada no início dos tempos, na era pré-histórica, na qual criaturas gigantescas e nossos antepassados vagavam pela Terra.

Animações Adultas

Anomalisa

anomalisa cinepop

Geralmente não costumamos ver questões existencialistas complexas em animações. Mas é exatamente isso o que ganhamos quando tal obra é assinada no roteiro e direção por Charlie Kaufman – o sujeito por trás das pancadas Quero Ser John Malkovich (1999), Adaptação (2002), Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança (2004) e Sinédoque, Nova York (2008). Deu para sentir o drama né? Literalmente. Não por menos, Anomalisa é um dos melhores filmes de 2015 e foi indicado ao Oscar de animação.

Mary e Max: Uma Amizade Diferente

mary and max cinepop

Outro tipo de filme que não vemos tradicionalmente em animações são histórias baseadas em fatos. Aqui, no relato de uma história real, acompanhamos a inusitada amizade entre uma menina australiana de oito anos e um nova yorkino de quarenta e quatro anos. Os dois se tornam correspondentes e comaçam a trocar cartas. O filme conta com as vozes do saudoso Philip Seymour Hoffman como Max e Toni Collette como a menina Mary. Injustamente, o filme não concorreu ao Oscar de animação em 2009 – que tinha como representantes do stop-motion Coraline e o Mundo Secreto e O Fantástico Sr. Raposo. Seja como for, Mary e Max faz parte da lista dos melhores filmes de todos os tempos do IMDB.

Minha Vida de Abobrinha

my life as a zucchini cinepop

Passando para uma produção mais recente, esta obra francesa com coprodução suíça figurou na cerimônia do Oscar de 2017 como um dos indicados ao prêmio de animação. A história apresenta um menino levado a um orfanato após a morte de sua mãe. No local, ele irá se relacionar com outras crianças e aprender o verdadeiro significado de confiança e amor.

Clássicos

A Rena do Nariz Vermelho

rudolph cinepop

Um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos, com reprises que duram até a hoje, esta produção de 1964 dirigida por Larry Roemer é um primor no gênero e mostra como o domínio de tal técnica é antigo. A trama é a velha história do patinho feio subvertida para um conto de Natal. Rudolph é uma rena diferente das demais no trenó do papai Noel e precisará conquistar a aceitação de suas outras colegas.

A Festa do Monstro Maluco

mad monster party cinepop

Três anos depois de A Rena do Nariz Vermelho, outra animação em stop-motion entrava para a história da sétima arte como um clássico instantâneo. Hoje uma obra cult, A Festa do Monstro Maluco pode ser melhor desfrutado em outra celebração de feriado – o dia das bruxas (halloween). Drácula, Frankenstein, O médico e o Monstro, o Lobisomen, o homem invisível, entre outros, dão as caras para uma noite inesquecível numa mansão assombrada. O detalhe curioso é que um dos chamarizes é a voz do icônico Boris Karloff, eternizado justamente como o monstro de Frankenstein, dublando seu criador aqui, o cientista Barão Boris von Frankenstein.

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