sexta-feira , 22 novembro , 2024

As Séries que NÃO duraram – Relembre produções Cult que não passaram do primeiro ano

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Carregadas de expectativas, elas não vingaram

O mundo do entretenimento pode ser cruel, até mesmo para aquelas produções que mais receberam recursos. Em um momento em que os serviços de streaming e TV a cabo estão investindo pesado no fortalecimento de suas grades programação, inevitavelmente acabam surgindo aqueles projetos que são concebidos como apostas com ótima perspectiva de funcionar.



Essas produções geralmente se valem de um maior orçamento que, consequentemente, permite a contratação de um elenco mais conhecido; um design de produção convincente e a certeza praticamente garantida de que, ao menos, esse projeto já conta com uma segunda temporada. Todavia, nem sempre as coisas ocorrem como o planejado.

Por vezes essas apostas acabam não conquistando a atenção do público, seja pela qualidade com que a história é contada ou simplesmente porque não reúne uma base de espectadores grande o suficiente. Independente da razão, sempre é um pouco chocante quando um seriado muito alardeado antes do lançamento é prematuramente interrompido.

A adaptação em live action de Cowboy Bebop pode ser o caso mais recente, principalmente envolvendo a Netflix, mas é sempre bom relembrar de outros exemplos que prometeram o mundo porém mau tiveram tempo de conquista-lo.

  • Cursed – A Lenda do Lago

O caso dessa série em particular se arrastou por um bom tempo após a estreia da primeira temporada; a série tinha a proposta de entregar uma nova abordagem de vários elementos das lendas arturianas, como a Dama do Lago e Excalibur, seguindo muito do sucesso do também primeiro ano de The Witcher (uma vez que a Netflix tinha o objetivo de liderar o gênero de fantasia após o fim de Game of Thrones). 

A releitura da lenda arturiana ficará em aberto definitivamente

A produção também se utilizou do nome de Katherine Langfor, em evidência por 13 Reasons Why, para atrair mais atenção. Entretanto, a recepção da série foi morna logo no seu primeiro fim de semana e por muito tempo o serviço manteve sigiloso os números de audiência de Cursed, deixando no ar se haveria uma tentativa de continuação. Foi só no ano seguinte que o martelo foi batido e a série enterrada de vez.

  • Legado de Júpiter

Não foi só no gênero de fantasia que a Netflix tentou se instalar, mas ainda assim ela não foi para as adaptações de quadrinho totalmente alheia. A empresa teve uma parceria relativamente produtiva com propriedades da Marvel no passado, gerando a consagrada Demolidor, bem como com a série Umbrella Academy.

Entretanto, faltava a ela um universo compartilhado para chamar de seu. Foi então que sua atenção se voltou para as propriedades assinadas pelo quadrinista Mark Millar, assinando um contrato de exclusividade com as propriedades. Dentre elas estava presente a série de quadrinhos Legado de Júpiter que tem como proposta mostrar como super heróis se comportam na sociedade sendo celebridades e ícones pop, ao mesmo tempo precisando manter a linha de honestidade.

A aposta da Netflix em uma alternativa que foge ao guarda chuva Marvel\DC não deu certo

Desde antes do lançamento a série já sofreu críticas de antemão quanto ao visual proposto, no qual boa parte do público notou que eles não transmitiam o nível de qualidade que o orçamento (de supostamente US$ 130 milhões) dá a entender. Após o lançamento veio a somar-se a percepção de que os efeitos visuais eram de qualidade muito inferior, assim como o elenco em geral não engatou uma ligação com o espectador. Moral da história: o que antes era ambição, agora está morta e enterrada.

  • Freaks and Geeks

Se afastando um pouco do núcleo Netflix e voltando no tempo, pode-se dizer que o início dos anos 2000 foi um período áureo para produções que retratam o dia a dia dos adolescentes. The O.C, Gilmore Girls, That 70s Show e outras compartilhavam entre si a tendência de dialogar com o público jovem através de situações do cotidiano presentes em cada episódio (claro que variando o nível de realismo de produção para produção).

Foi nesse redemoinho que Freaks and Geeks foi lançado quase no final de 1999, apresentando o dia a dia de um grupo de estudantes do colegial nos anos 80. A grande sacada da série foi saber parodiar os estereótipos de cada um dos personagens naquele ambiente e, aliado a um jovem e promissor elenco com os ainda desconhecidos James Franco e Seth Rogen, a série se tornou um clássico.

Mesmo com vida curta a sitcom adolescente virou um clássico

Ainda assim, nem os clássicos estão livres do fantasma do cancelamento e a produção nunca chegou a ver um segundo ano. O principal motivo geralmente é atribuído ao horário que cada episódio era lançado, às oito da noite de sábado. Dificilmente o público alvo, os jovens, estariam disponíveis para contribuir com a audiência.

  • Flashforward 

Por volta de 2009 a série Lost era a grande coisa da televisão norte-americana. Era a produção mais discutida, mais acompanhada e mais instigante que inevitavelmente acabou produzindo diversos “filhos” que tinham o intuito de repetir o sucesso do então gigante. Dentre elas, houve Flashforward que talvez tivesse mais conexão com a série inspiradora do que se propunha.

Na trama um evento paranormal faz com que a população desmaie ao mesmo tempo, cada qual tendo uma visão do futuro. É a partir daí que o enredo trabalha a investigação de um grupo de agentes do FBI para entender o que ocorreu. Curiosamente, ou não, em 2009 Lost já estava em sua quinta temporada abordando viagem no tempo, ao passo que Flashforward abordava a visão do futuro.

Ambas as séries foram produzidas pela ABC e a segunda conta com um easter egg da companhia aérea que levou os protagonistas à famosa ilha. Interligados ou não, esse possível parentesco não salvou a ficção do fracasso.

 

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O mundo do entretenimento pode ser cruel, até mesmo para aquelas produções que mais receberam recursos. Em um momento em que os serviços de streaming e TV a cabo estão investindo pesado no fortalecimento de suas grades programação, inevitavelmente acabam surgindo aqueles projetos que são concebidos como apostas com ótima perspectiva de funcionar.

Essas produções geralmente se valem de um maior orçamento que, consequentemente, permite a contratação de um elenco mais conhecido; um design de produção convincente e a certeza praticamente garantida de que, ao menos, esse projeto já conta com uma segunda temporada. Todavia, nem sempre as coisas ocorrem como o planejado.

Por vezes essas apostas acabam não conquistando a atenção do público, seja pela qualidade com que a história é contada ou simplesmente porque não reúne uma base de espectadores grande o suficiente. Independente da razão, sempre é um pouco chocante quando um seriado muito alardeado antes do lançamento é prematuramente interrompido.

A adaptação em live action de Cowboy Bebop pode ser o caso mais recente, principalmente envolvendo a Netflix, mas é sempre bom relembrar de outros exemplos que prometeram o mundo porém mau tiveram tempo de conquista-lo.

  • Cursed – A Lenda do Lago

O caso dessa série em particular se arrastou por um bom tempo após a estreia da primeira temporada; a série tinha a proposta de entregar uma nova abordagem de vários elementos das lendas arturianas, como a Dama do Lago e Excalibur, seguindo muito do sucesso do também primeiro ano de The Witcher (uma vez que a Netflix tinha o objetivo de liderar o gênero de fantasia após o fim de Game of Thrones). 

A releitura da lenda arturiana ficará em aberto definitivamente

A produção também se utilizou do nome de Katherine Langfor, em evidência por 13 Reasons Why, para atrair mais atenção. Entretanto, a recepção da série foi morna logo no seu primeiro fim de semana e por muito tempo o serviço manteve sigiloso os números de audiência de Cursed, deixando no ar se haveria uma tentativa de continuação. Foi só no ano seguinte que o martelo foi batido e a série enterrada de vez.

  • Legado de Júpiter

Não foi só no gênero de fantasia que a Netflix tentou se instalar, mas ainda assim ela não foi para as adaptações de quadrinho totalmente alheia. A empresa teve uma parceria relativamente produtiva com propriedades da Marvel no passado, gerando a consagrada Demolidor, bem como com a série Umbrella Academy.

Entretanto, faltava a ela um universo compartilhado para chamar de seu. Foi então que sua atenção se voltou para as propriedades assinadas pelo quadrinista Mark Millar, assinando um contrato de exclusividade com as propriedades. Dentre elas estava presente a série de quadrinhos Legado de Júpiter que tem como proposta mostrar como super heróis se comportam na sociedade sendo celebridades e ícones pop, ao mesmo tempo precisando manter a linha de honestidade.

A aposta da Netflix em uma alternativa que foge ao guarda chuva Marvel\DC não deu certo

Desde antes do lançamento a série já sofreu críticas de antemão quanto ao visual proposto, no qual boa parte do público notou que eles não transmitiam o nível de qualidade que o orçamento (de supostamente US$ 130 milhões) dá a entender. Após o lançamento veio a somar-se a percepção de que os efeitos visuais eram de qualidade muito inferior, assim como o elenco em geral não engatou uma ligação com o espectador. Moral da história: o que antes era ambição, agora está morta e enterrada.

  • Freaks and Geeks

Se afastando um pouco do núcleo Netflix e voltando no tempo, pode-se dizer que o início dos anos 2000 foi um período áureo para produções que retratam o dia a dia dos adolescentes. The O.C, Gilmore Girls, That 70s Show e outras compartilhavam entre si a tendência de dialogar com o público jovem através de situações do cotidiano presentes em cada episódio (claro que variando o nível de realismo de produção para produção).

Foi nesse redemoinho que Freaks and Geeks foi lançado quase no final de 1999, apresentando o dia a dia de um grupo de estudantes do colegial nos anos 80. A grande sacada da série foi saber parodiar os estereótipos de cada um dos personagens naquele ambiente e, aliado a um jovem e promissor elenco com os ainda desconhecidos James Franco e Seth Rogen, a série se tornou um clássico.

Mesmo com vida curta a sitcom adolescente virou um clássico

Ainda assim, nem os clássicos estão livres do fantasma do cancelamento e a produção nunca chegou a ver um segundo ano. O principal motivo geralmente é atribuído ao horário que cada episódio era lançado, às oito da noite de sábado. Dificilmente o público alvo, os jovens, estariam disponíveis para contribuir com a audiência.

  • Flashforward 

Por volta de 2009 a série Lost era a grande coisa da televisão norte-americana. Era a produção mais discutida, mais acompanhada e mais instigante que inevitavelmente acabou produzindo diversos “filhos” que tinham o intuito de repetir o sucesso do então gigante. Dentre elas, houve Flashforward que talvez tivesse mais conexão com a série inspiradora do que se propunha.

Na trama um evento paranormal faz com que a população desmaie ao mesmo tempo, cada qual tendo uma visão do futuro. É a partir daí que o enredo trabalha a investigação de um grupo de agentes do FBI para entender o que ocorreu. Curiosamente, ou não, em 2009 Lost já estava em sua quinta temporada abordando viagem no tempo, ao passo que Flashforward abordava a visão do futuro.

Ambas as séries foram produzidas pela ABC e a segunda conta com um easter egg da companhia aérea que levou os protagonistas à famosa ilha. Interligados ou não, esse possível parentesco não salvou a ficção do fracasso.

 

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