quinta-feira , 14 novembro , 2024

Assalto Ao Banco Central

 

O maior assalto a um banco na história do Brasil, ocorreu faz alguns anos, e até hoje não conseguiram recuperar a quantia total roubada (160 milhões de reais). Essa história real, que nos lembra o filme de Woody Allen (Trapaceiros), onde a trupe woodialiana monta uma loja de cookies e embaixo do estabelecimento, cavam um túnel em direção ao banco.
Na vida real foi mais ou menos assim; inspirado neste fato, Marcos Paulo (o diretor de novelas) decidiu rodar um filme.

Esta é a estreia do diretor nos cinemas e isto é perceptível em sua narrativa. Motivos: escalação de atores globais no elenco (tudo bem, ele também convidou atores de cinema como Juliano Cazarré, Gero Camilo e Hermila Guedes); diálogos televisivos e over; e a tentativa frustrada de contar uma história não linear. Esta última é a pior. Pois o diretor não tem a sagacidade de um Tarantino para contar uma história fora da ordem, mas o faz a fim de aparentar inovação.



Iniciando pelo primeiro problema no longa: o elenco. Parte do elenco , acostumado com a linguagem televisa, ficou presa à tal. Com exceção de Lima Duarte, Juliano Cazarré, Gero Camilo e Tonico Pereira – cujos personagens são de longe os mais interessantes e bem interpretados -; o restante se conteve com atuações caricaturais ou por vezes expressivas demais – o caso de Eriberto Leão, Milhem Cortaz, Daniel Filho e Antonia Fontenelle (participação desnecessária). E por falar em Antonia Fontenelle, sua entrada é desesperada e didática demais.

Milhem Cortaz, não exibe aqui sua malvadeza e timming de Tropa de Elite; seu vilão/protagonista é over e canastra em demasio. O ator não conseguiu segurar a onda de protagonizar um filme, e nem tem porte para tal. Tonico Pereira exibe sua boa forma, e é por ter uma extensa bagagem cinematográfica que, juntamente com Gero Camilo, fornecem aos espectadores boas cenas de humor – que não aconteceriam se fosse outros atores -.

O segundo problema, é inevitável: os diálogos e situações televisivas. O excesso de frases de efeito tiram a dinâmica do filme. Tornando-o cansativo. A evasividade dos personagens contribui também para a falta de jogo entre os atores. O terceiro problema é o mais grave: a edição. Marcos Paulo tenta fazer algo diferente e atraente pro longa, em vão. A história é contada em dois momentos: a gangue planejando o roubo e a polícia investigando o crime. Simultaneamente. E quando a ação é finalizada, eles continuam a ação investigativa. Talvez se o caríssimo editor, exibisse primeiro as ações decorrentes da investigação,e aí depois narrasse como aconteceu tudo; o longa pudesse ter mais agilidade e pudesse despertar o interesse dos espectadores.

E ele se enrola em sua própria narrativa, acontecimentos são descritos muito antes de acontecerem. Como filme de ação, este não decola e como longa policial é brochante. Mas Marcos Paulo merece uma salva de palmas, esta é sua estreia cinematográfica e ele consegue resultados na sua obra de igual teor às produções dispensáveis de seu ator Daniel Filho, há anos produzindo/dirigindo/atuando no cinema brasileiro.

 

 

Crítica por: Thais Nepomuceno (Blog)

 

 

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O maior assalto a um banco na história do Brasil, ocorreu faz alguns anos, e até hoje não conseguiram recuperar a quantia total roubada (160 milhões de reais). Essa história real, que nos lembra o filme de Woody Allen (Trapaceiros), onde a trupe woodialiana monta uma loja de cookies e embaixo do estabelecimento, cavam um túnel em direção ao banco.
Na vida real foi mais ou menos assim; inspirado neste fato, Marcos Paulo (o diretor de novelas) decidiu rodar um filme.

Esta é a estreia do diretor nos cinemas e isto é perceptível em sua narrativa. Motivos: escalação de atores globais no elenco (tudo bem, ele também convidou atores de cinema como Juliano Cazarré, Gero Camilo e Hermila Guedes); diálogos televisivos e over; e a tentativa frustrada de contar uma história não linear. Esta última é a pior. Pois o diretor não tem a sagacidade de um Tarantino para contar uma história fora da ordem, mas o faz a fim de aparentar inovação.

Iniciando pelo primeiro problema no longa: o elenco. Parte do elenco , acostumado com a linguagem televisa, ficou presa à tal. Com exceção de Lima Duarte, Juliano Cazarré, Gero Camilo e Tonico Pereira – cujos personagens são de longe os mais interessantes e bem interpretados -; o restante se conteve com atuações caricaturais ou por vezes expressivas demais – o caso de Eriberto Leão, Milhem Cortaz, Daniel Filho e Antonia Fontenelle (participação desnecessária). E por falar em Antonia Fontenelle, sua entrada é desesperada e didática demais.

Milhem Cortaz, não exibe aqui sua malvadeza e timming de Tropa de Elite; seu vilão/protagonista é over e canastra em demasio. O ator não conseguiu segurar a onda de protagonizar um filme, e nem tem porte para tal. Tonico Pereira exibe sua boa forma, e é por ter uma extensa bagagem cinematográfica que, juntamente com Gero Camilo, fornecem aos espectadores boas cenas de humor – que não aconteceriam se fosse outros atores -.

O segundo problema, é inevitável: os diálogos e situações televisivas. O excesso de frases de efeito tiram a dinâmica do filme. Tornando-o cansativo. A evasividade dos personagens contribui também para a falta de jogo entre os atores. O terceiro problema é o mais grave: a edição. Marcos Paulo tenta fazer algo diferente e atraente pro longa, em vão. A história é contada em dois momentos: a gangue planejando o roubo e a polícia investigando o crime. Simultaneamente. E quando a ação é finalizada, eles continuam a ação investigativa. Talvez se o caríssimo editor, exibisse primeiro as ações decorrentes da investigação,e aí depois narrasse como aconteceu tudo; o longa pudesse ter mais agilidade e pudesse despertar o interesse dos espectadores.

E ele se enrola em sua própria narrativa, acontecimentos são descritos muito antes de acontecerem. Como filme de ação, este não decola e como longa policial é brochante. Mas Marcos Paulo merece uma salva de palmas, esta é sua estreia cinematográfica e ele consegue resultados na sua obra de igual teor às produções dispensáveis de seu ator Daniel Filho, há anos produzindo/dirigindo/atuando no cinema brasileiro.

 

 

Crítica por: Thais Nepomuceno (Blog)

 

 

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