domingo , 22 dezembro , 2024

‘Bicho de Sete Cabeças’ completa 20 anos! Conheça curiosidades de um dos melhores filmes brasileiros

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O aclamadíssimo filme nacional ‘Bicho de Sete Cabeças’ está completando – pasmem! – vinte anos esse ano! Produzido no ano 2000, o filme teve lançamento no Brasil em 22 de junho de 2001 e é um marco no cinema brasileiro contemporâneo. Para celebrar as duas décadas de lançamento do filme, levantamos aqui algumas curiosidades que corroboram o fato de ‘Bicho de Sete Cabeças’ figurar entre as melhores produções nacionais do novo milênio.

Inspirado em livro



Como boa parte das boas produções, ‘Bicho de Sete Cabeças’ é inspirado em um livro. Intitulado ‘O Canto dos Malditos’, foi escrito por Austragésilo Carrano Bueno. Posteriormente, o filme também virou livro, que leva o mesmo título da produção. O autor morreu em 2008, em decorrência de um câncer no fígado.

Assista também:
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Baseado em história real

Um dos pontos mais impactantes em ‘Bicho de Sete Cabeças’ é que o filme é baseado na história real de Austragésilo Carrano Bueno, à época dos acontecimentos apenas um adolescente de 17 anos. Nos anos 1970, Austragésilo foi internado em um hospital psiquiátrico pelo próprio pai após este encontrar uma trouxinha de maconha em seus pertences. Na instituição, o jovem adolescente sofreu todo tipo de experimento e maus tratos, dentre eletrochoque e medicamentos pedados, sob a argumentação de estarem realizando um tratamento para pessoas viciadas em drogas.

Proibição judicial

Quando o livro foi lançado pela primeira vez, no começo dos anos 1990, ‘O Canto dos Malditos’ causou burburinho, e, quando foi reeditado, em 2002, teve sua comercialização proibida pela Justiça, que atendeu a um pedido de um dos psiquiatras citados na obra. O livro foi recolhido e só teve permissão de ser reeditado em 2007. Em outra ação, o Hospital do Bom Retiro e a Federação Espírita do Paraná entraram com uma ação na Justiça pedindo o impedimento de Austragésilo de continuar a dar palestras e entrevistas sobre os anos em que ficou internado nessas instituições.

Rodrigo Santoro

Bicho de Sete Cabeças’ foi o filme que lançou a carreira nos cinemas do nosso Rodrigo Santoro. A carreira do jovem ator começara com o sucesso na novela ‘Explode Coração’, na qual vivia um jovem cabeludo que se relacionava com uma mulher com o dobro da sua idade. À época do lançamento do filme, Rodrigo estava às voltas com a gravação de ‘Estrela Guia’, novela em que contracenou ao lado de Sandy. Como ‘Bicho de Sete Cabeças’ rodou muitos festivais internacionais e causou um bom impacto, foi a partir desse filme que Rodrigo recebeu convites para estrelar produções internacionais – o que comprova que todo bom ator só precisa de um bom papel dramático para expor todo o seu talento ao mundo.

Laís Bodanzky

De igual maneira, ‘Bicho de Sete Cabeças’ também foi o primeiro filme da diretora Laís Bodanzky – à época um pouco mais velha que Rodrigo Santoro. O clima jovem nos bastidores certamente contribuiu para imprimir maior veracidade à história. O filme também foi crucial na carreira de Laís, tendo-lhe trazido inúmeras oportunidades inclusive para seus filmes posteriores. Laís ficou até o início de 2021 à frente da SPCine.

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Saúde Mental e Movimento Antimanicomial

Bicho de Sete Cabeças’ trouxe luz sobre o tema da saúde mental em uma época em que ninguém falava ou queria falar sobre isso, especialmente com relação aos jovens. O filme denuncia a falta de tato parental em dialogar com os filhos e o abuso psicológico e físico sofrido por pacientes internados em manicômios. O que em outros filmes é utilizado como ferramenta de terror para entreter em produções de gênero, em ‘Bicho de Sete Cabeças’ é a realidade aterrorizante sofrida de verdade pelos internos.

Releitura musical

O título ‘Bicho de Sete Cabeças’ é inspirado na música tema homônima que embala o longa, originalmente escrita e cantada por Zé Ramalho e Geraldo Azevedo em 1979. Para o longa, a canção teve uma releitura feita pela voz doce de Zeca Baleiro, e até hoje é um dos maiores sucessos do cantor. O filme conta ainda com música de Arnaldo Antunes.

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Clima Tenso

Com uma temática tão pesada, não é de se espantar que o clima nos bastidores tenha ficado tenso às vezes. A ver pelo making off, a equipe de gravação parece ter ficado o tempo todo com a respiração suspensa durante as filmagens, especialmente na cena do esporro do pai em Neto. Sabe quando você vê seu amigo tomando esporro dos pais e você está ali, no meio da sala, sem poder se meter, mas assistindo a tudo? Pois é.

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Onde Assistir

Atualmente, ‘Bicho de Sete Cabeças’ está disponível para aluguel sob demanda nas plataformas Vivo Play, NOW e no Petra Belas Artes a la Carte.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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‘Bicho de Sete Cabeças’ completa 20 anos! Conheça curiosidades de um dos melhores filmes brasileiros

O aclamadíssimo filme nacional ‘Bicho de Sete Cabeças’ está completando – pasmem! – vinte anos esse ano! Produzido no ano 2000, o filme teve lançamento no Brasil em 22 de junho de 2001 e é um marco no cinema brasileiro contemporâneo. Para celebrar as duas décadas de lançamento do filme, levantamos aqui algumas curiosidades que corroboram o fato de ‘Bicho de Sete Cabeças’ figurar entre as melhores produções nacionais do novo milênio.

Inspirado em livro

Como boa parte das boas produções, ‘Bicho de Sete Cabeças’ é inspirado em um livro. Intitulado ‘O Canto dos Malditos’, foi escrito por Austragésilo Carrano Bueno. Posteriormente, o filme também virou livro, que leva o mesmo título da produção. O autor morreu em 2008, em decorrência de um câncer no fígado.

Baseado em história real

Um dos pontos mais impactantes em ‘Bicho de Sete Cabeças’ é que o filme é baseado na história real de Austragésilo Carrano Bueno, à época dos acontecimentos apenas um adolescente de 17 anos. Nos anos 1970, Austragésilo foi internado em um hospital psiquiátrico pelo próprio pai após este encontrar uma trouxinha de maconha em seus pertences. Na instituição, o jovem adolescente sofreu todo tipo de experimento e maus tratos, dentre eletrochoque e medicamentos pedados, sob a argumentação de estarem realizando um tratamento para pessoas viciadas em drogas.

Proibição judicial

Quando o livro foi lançado pela primeira vez, no começo dos anos 1990, ‘O Canto dos Malditos’ causou burburinho, e, quando foi reeditado, em 2002, teve sua comercialização proibida pela Justiça, que atendeu a um pedido de um dos psiquiatras citados na obra. O livro foi recolhido e só teve permissão de ser reeditado em 2007. Em outra ação, o Hospital do Bom Retiro e a Federação Espírita do Paraná entraram com uma ação na Justiça pedindo o impedimento de Austragésilo de continuar a dar palestras e entrevistas sobre os anos em que ficou internado nessas instituições.

Rodrigo Santoro

Bicho de Sete Cabeças’ foi o filme que lançou a carreira nos cinemas do nosso Rodrigo Santoro. A carreira do jovem ator começara com o sucesso na novela ‘Explode Coração’, na qual vivia um jovem cabeludo que se relacionava com uma mulher com o dobro da sua idade. À época do lançamento do filme, Rodrigo estava às voltas com a gravação de ‘Estrela Guia’, novela em que contracenou ao lado de Sandy. Como ‘Bicho de Sete Cabeças’ rodou muitos festivais internacionais e causou um bom impacto, foi a partir desse filme que Rodrigo recebeu convites para estrelar produções internacionais – o que comprova que todo bom ator só precisa de um bom papel dramático para expor todo o seu talento ao mundo.

Laís Bodanzky

De igual maneira, ‘Bicho de Sete Cabeças’ também foi o primeiro filme da diretora Laís Bodanzky – à época um pouco mais velha que Rodrigo Santoro. O clima jovem nos bastidores certamente contribuiu para imprimir maior veracidade à história. O filme também foi crucial na carreira de Laís, tendo-lhe trazido inúmeras oportunidades inclusive para seus filmes posteriores. Laís ficou até o início de 2021 à frente da SPCine.

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Saúde Mental e Movimento Antimanicomial

Bicho de Sete Cabeças’ trouxe luz sobre o tema da saúde mental em uma época em que ninguém falava ou queria falar sobre isso, especialmente com relação aos jovens. O filme denuncia a falta de tato parental em dialogar com os filhos e o abuso psicológico e físico sofrido por pacientes internados em manicômios. O que em outros filmes é utilizado como ferramenta de terror para entreter em produções de gênero, em ‘Bicho de Sete Cabeças’ é a realidade aterrorizante sofrida de verdade pelos internos.

Releitura musical

O título ‘Bicho de Sete Cabeças’ é inspirado na música tema homônima que embala o longa, originalmente escrita e cantada por Zé Ramalho e Geraldo Azevedo em 1979. Para o longa, a canção teve uma releitura feita pela voz doce de Zeca Baleiro, e até hoje é um dos maiores sucessos do cantor. O filme conta ainda com música de Arnaldo Antunes.

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Clima Tenso

Com uma temática tão pesada, não é de se espantar que o clima nos bastidores tenha ficado tenso às vezes. A ver pelo making off, a equipe de gravação parece ter ficado o tempo todo com a respiração suspensa durante as filmagens, especialmente na cena do esporro do pai em Neto. Sabe quando você vê seu amigo tomando esporro dos pais e você está ali, no meio da sala, sem poder se meter, mas assistindo a tudo? Pois é.

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Atualmente, ‘Bicho de Sete Cabeças’ está disponível para aluguel sob demanda nas plataformas Vivo Play, NOW e no Petra Belas Artes a la Carte.

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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